Falta de caráter, aberração genética, doença ou opção?
Essas e outras teorias, são tentativas frustradas para definir a causa da homossexualidade.
Origem
A palavra homossexual ou homossexualidade deriva do grego homos -
igual e do latim sexus - sexo. E de uma maneira simplificada, designa a
atração física e relacionamento entre indivíduos do mesmo sexo.
Não é
possível determinar um ponto de partida na história da humanidade para o
aparecimento da homossexualidade, no entanto, ela é evidente desde os
primórdios das relações humanas. Sabe-se que existiram civilizações que
até estimulavam a prática homossexual, que inclusive fora percebida em
várias personalidades históricas.
Evolução
Esta polêmica
questão, em um passado não muito distante, era vista com grande
preconceito pela sociedade, apesar da prática homossexual não ser
recente. Não que hoje o preconceito tenha desaparecido, ele ainda
resite, seja de forma explícita ou velada. Em alguns países é
caracterizado como crime, mas no Brasil houve um avanço na garantia dos
direitos homossexuais perante a sociedade civil e por consequência,
maior visibilidade e respeito.
Nunca se aventou tanto a questão da
homossexualidade nos meios de comunicação como agora. O cinema e a
teledramaturgia, formadores de opinião, tratam do assunto abertamente,
rompendo paradigmas e derrubando tabus. Os próprios homossexuais gozam
de maior liberdade para assumir suas relações sem medo de represálias, o
que nos induz a pensar que houve um aumento da classe homoafetiva.
A Posição das Doutrinas ditas Cristãs
“Se um homem se deitar com outro homem, como se fosse com mulher, ambos
terão praticado abominação; certamente serão mortos; o seu sangue será
sobre eles” (Lev. 20:13).
O que se percebe na contemporaneidade é
que a homossexualidade ainda enfrenta grande resistência por parte das
doutrinas religiosas mais populares, as quais reafirmam com veemência
seus dogmas tradicionalistas, adotando muitas vezes uma política de
exclusão e incentivando o preconceito, mesmo que de forma inconsciente.
Até mesmo no reino animal a biologia já identificou cerca de 5000
espécies que possuem um comportamento homossexual. Seria o
homossexualismo uma prática pecaminosa também entre os animais?
Em
detrimento desta segregação inconsciente, os homossexuais perdem sua
identidade religiosa e tendem a viver sem orientação espiritual, o que
não contribui em nenhum aspecto para o progresso moral e social.
A Homossexualidade Explicada pelo Espiritismo
Sabemos que os espíritos não possuem sexo, ou seja, não são separados
por gênero (homem e mulher), como demonstra Allan Kardec em O Livro dos
Espíritos:
200. Os Espíritos têm sexo?
— Não como o
entendeis, porque os sexos dependem da constituição orgânica. Há entre
eles amor e simpatia, mas baseados na afinidade de sentimentos.
201. O Espírito que animou o corpo de um homem pode animar o de uma mulher, numa nova existência, e vice-versa?
— Sim, pois são os mesmos Espíritos que animam os homens e as mulheres.
202. Quando somos Espíritos, preferimos encarnar num corpo de homem ou de mulher?
— Isso pouco importa ao Espírito; depende das provas que ele tiver de sofrer.
A questão é claramente elucidada pelos espíritos, os quais orientam que
o sexo existe apenas na organização física e sua determinação está
condicionada ao gênero da prova que o espírito necessita enfrentar. Não
chegaríamos a perfeição se estagiássemos somente em corpos masculinos,
pois não conheceríamos as dificuldades enfrentadas pelas mulheres e vice
versa. Desta maneira o espírito deve reencarnar ora em corpos
masculinos, ora em corpos femininos.
O que acontece é que em algumas
situações os espíritos estagiam inúmeras vezes em apenas um gênero e
quando há a necessidade de retornar em um sexo oposto, o mesmo encontra
dificuldades para adaptar-se a sua nova condição biológica, resultando
desta maneira na homossexualidade.
Homens ou mulheres que abusaram
da sexualidade em vidas pregressas, destruindo lares e sentimentos
alheios, são convidados a adotar outra postura em nova existência, para
reajustar suas próprias tendências. Muitas vezes os próprios espíritos
solicitam a reencarnação em corpos opostos a suas condições psíquicas do
momento, para que em regime de clausura física, possam resgatar o
passado doloso.
O problema da homossexualidade pode ser compreendido
tão somente pela misericórdia da reencarnação, não se enquadrando
portanto, como doença, transtorno de personalidade ou alterações
genéticas, tão pouco como opção e falta de caráter.
A Conduta Espírita
A Doutrina Espírita é acolhedora e não se opõe a estrutura homossexual
do indivíduo. Mas é necessário fazer um alerta com relação a
promiscuidade que pode ocorrer independentemente da orientação sexual. O
abuso do sexo constitui prática perturbadora para o espírito pois visa,
tão somente, a satisfação dos instintos mais primitivos e por isso,
deve ser corrigida para que o mesmo não acumule débitos futuros. Outro
aspecto a considerar é a questão do respeito a si mesmo e a outrem,
visando a preservação dos sentimentos e do corpo e sobretudo, não impor a
outras pessoas a própria orientação sexual, seja ela qual for.
Como
os espíritos necessitam retornar em diferentes corpos físicos, tanto
masculinos quanto femininos, a homossexualidade constitui um desvio de
resgate, missão ou prova. Se ao espírito é fornecida nova oportunidade
em um determinado gênero, é porque faz-se necessário evoluir como tal.
Porém é importante compreender que todos somos espíritos em processo de
evolução e ainda somos dotados de tendências viciosas que nos levam a
falhar em dadas circunstancias, seja no campo da sexualidade ou em
qualquer outro aspecto da vida terrena. Desta forma, ninguém tem o
direito de julgar e ou discriminar a outrem por motivo algum, pois
também estamos sujeitos a erros. Não é a orientação sexual do indivíduo
que vai garantir a sua salvação, mas sim a sua conduta moral.
A
postura da Doutrina Espírita portanto, é de amparo, orientação e
esclarecimento de forma racional, sem proselitismo, discriminação ou
qualquer forma de repreensão.
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