O Divino Mestre sempre enviou seus emissários para instruir povos,
raças e civilizações com conhecimentos e princípios da lei natural. Além
disso, há dois milênios, veio pessoalmente sancionar os conhecimentos
já existentes, deixando a Boa Nova como patrimônio para toda Humanidade.
Observando o fluxo histórico dos povos, raças e civilizações
identificamos que em todos os tempos houve missionários, fundadores de
religião, filósofos, Espíritos Superiores que aqui encarnaram, trazendo
novos conhecimentos sobre as Leis Divinas ou Naturais com a finalidade
de fazer progredir os habitantes da Terra. Porém, por mais admiráveis
que tenham sido esses apóstolos, nenhum se iguala ao Soberano Governador
da Terra. Até mesmo porque todos eles estiveram a serviço do Mestre
Incomparável, o Guia e Modelo do homem neste mundo de prova e expiação.
Kardec, na introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo, escolhe o
Ensino Moral das Escrituras, porque não está afeito a controvérsias,
podendo inclusive unir todas as crenças em torno da sua proposta
universalista. Na Terra, onde se multiplicam as conquistas da
inteligência e fazem-se mais complexos os quadros do sentimento
conspurcado no materialismo, compreendamos que o Cristo, na trajetória
da Humanidade, foi o único mestre completo, exato e inquestionável, que
abdicou do convívio com os seres celestiais para viver e coexistir
conosco na carne.
Nos tempos áureos do Evangelho o apóstolo
Pedro, mediunizado, definiu a transcendência de Jesus, revelando que Ele
era "o Cristo, o Filho de Deus vivo" . No século XIX o Espírito de
Verdade atesta ser Ele "o Condutor e Modelo do Homem". Para o célebre
pedagogo e gênio de Lyon, o Cristo foi "Espírito superior da ordem mais
elevada, Messias, Espírito Puro, Enviado de Deus e, finalmente, Médium
de Deus." Não há dúvidas que Jesus foi o Doutrinador Divino e por
excelência o "Médico Divino”, segundo André Luiz. Por sua vez, Emmanuel
o denomina de "Diretor angélico do orbe e Síntese do amor divino".
Quando o Codificador questionou os Espíritos sobre quem teria sido o
ser mais evoluído da Terra, recebeu uma resposta tão curta quanto
profunda: "Jesus!". Sua lição é não só a pedra angular do Consolador
Prometido, da Doutrina dos Espíritos, mas a régua de medida, o
referencial universal com que aferiremos o nosso proceder, o nosso
avanço ou o nosso recuo no processo de espiritualização que nos
propusermos: a visão real do que somos no íntimo de nossa consciência e
quão perto ou distante estejamos do incondicional Amigo e Mestre que
nos exorta a amarmos uns aos outros como Ele nos amou.
Adorado
por uns, execrado por outros, indiferente para muitos, o Crucificado
deixou ensinamentos muito singelos, porém profundos, Ele aplicou a
filosofia que difundia, desconcertando os inimigos gratuitos, recebendo
apoios no povo e confundindo os restantes. Aos Espíritas sinceros cumpre
não perder de vista essa realidade de suma importância - a total
vinculação do Espiritismo com os ensinos do Filho do Homem, com o
Cristianismo primitivo, pela base moral comum a ambos, sem desvios
impostos pelo interesse dos religiosos infiéis.
O Desejado das
Nações vigia e cuida a nau terrestre e se compadece de cada um de nós,
facultando-nos vários recomeços para conquista definitiva da paz. Cada
palavra que o Bom Pastor plasmou na atmosfera terrena dirige-se a todos
nós, ontem, hoje e sempre independentemente de onde possamos estar ou do
que fazemos.
O Príncipe da Paz transcende as dimensões de toda
análise convencional e paira muito além do grau de desenvolvimento
científico, moral ou espiritual de qualquer representante dos mais
renomados intelectuais humanos, porquanto Ele foi, é e sempre será o
construtor excelso do nosso planeta, quando sequer a vida existia nas
plagas do orbe.
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