É senso comum para aqueles com um mínimo de espiritualidade que
estamos em transição para um novo estágio planetário, e a Doutrina
Espírita nos esclarece dizendo que estamos experimentando o período
final da condição de expiação e provas, e início do período de
regeneração.
Trata-se de uma adequação natural que visa dar aos que já apresentam
comportamentos morais tendendo aos valores exarados do Evangelho do
Senhor Jesus, condições de se desenvolverem com mais velocidade e
tranquilidade.
Nosso Senhor Jesus Cristo disse que a cada um é dado segundo suas próprias obras, e que os mansos herdarão a Terra.
Isso significa que matricular-se nas fileiras do mundo de regeneração
que a Terra está adentrando requer esforço pessoal, portanto,
intransferível, no sentido de fazer por merecê-lo, ou seja, é preciso
apresentar certas credenciais, tais como, por exemplo:
– Tendência à paciência e serenidade; inclinação ao voluntariado que
visa o bem comum; entendimento da necessária prática do perdão;
envolvimento natural ao estudo em geral, etc.
Ao mesmo tempo requer-se do candidato ao mundo de regeneração que se
esforce para repensar e eliminar seus valores culturais menos felizes,
entre eles, por exemplo:
– Viciações de toda sorte; hábitos sensualistas; pessimismo e
maledicência; gosto pela música barulhenta e filmes de terror; notícias
sensacionalistas, etc.
A questão de se fazer presente no mundo de regeneração é a de
identificar-se com um estágio superior em termos morais e espirituais, o
que, naturalmente, chama-nos ao abandono de velhos comportamentos e
reflexos condicionados ao longo de nossas reencarnações.
No sentido religioso podemos dizer que o acesso ao mundo de
regeneração seria a salvação preconizada costumeiramente pelas religiões
cristãs. Mas convém nos lembrarmos das palavras de Jesus a respeito
quando diz que “quem quiser salvar sua própria vida vai perdê-la”, porque isso significa que se alguém quiser se salvar será preciso ajudar na salvação alheia, esquecendo-se de si mesmo.
Mas imaginemos uma determinada situação; conseguimos a “salvação”,
tendo direito ao mundo de regeneração, mas um coração afeito ao nosso
não a conseguiu. Que faremos a respeito? Seguiremos a nossa vida ou
tentaremos acompanhá-lo nos mundos inferiores para consolá-lo e
socorrê-lo?
Segui-lo, em socorro, mostra abnegação e generosidade, que são
sentimentos presentes nas condições espirituais superiores. Portanto,
podemos deduzir que para merecer acesso aos mundos superiores será
preciso vivenciá-lo no íntimo, independentemente de onde estejamos
localizados.
Pensemos nisso.
Antônio Carlos Navarro
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