Como é a alimentação das pessoas desencarnadas (ou seja, que habitam
a dimensão vibratória conhecida como “mundo espiritual”)? E qual o
sistema fisiológico do nosso corpo espiritual (veículo físico utilizado
na outra dimensão)?
André Luiz explica a forma de alimentação dos
desencarnados e a suas consequências fisiológicas no livro “Evolução em
Dois Mundos”, p. 211/212, 25ª edição):
"Abandonado o envoltório
físico na desencarnação, se o psicossoma está profundamente arraigado às
sensações terrestres, sobrevém ao Espírito a necessidade inquietante de
prosseguir atrelado ao mundo biológico que lhe é familiar, e, quando
não a supera ao preço do próprio esforço, no autorreajustamento, provoca
os fenômenos da simbiose psíquica, que o levam a conviver,
temporariamente, no halo vital daqueles encarnados com os quais se
afine, quando não promove a obsessão espetacular.
Na maioria das
vezes, os desencarnados em crise dessa ordem são conduzidos pelos
agentes da Bondade Divina aos centros de reeducação do plano espiritual,
onde encontram alimentação semelhante à da terra, porém fluídica,
recebendo-a em porções adequadas até que se adaptem aos sistemas de
sustentação da esfera superior, em cujos círculos a tomada de substância
é tanto menor e tanto mais leve quanto maior se evidencie o
enobrecimento da alma, porquanto, pela difusão cutânea, o corpo
espiritual, através de sua extrema porosidade, nutre-se de produtos
sutilizados ou sínteses quimio-eletromagnéticas, hauridas no
reservatório da Natureza e no intercâmbio de raios vitalizantes e
reconstituintes do amor com que os seres se sustentam entre si.
Essa
alimentação psíquica, por intermédio das projeções magnéticas trocadas
entre aqueles que se amam, é muito mais importante que o nutricionista
do mundo possa imaginar, de vez que, por ela, se origina a ideal euforia
orgânica e mental da personalidade. Daí porque toda criatura tem
necessidade de amar e receber amor para que se lhe mantenha o equilíbrio
geral.
De qualquer modo, porém, o corpo espiritual com alguma
provisão de substância específica ou simplesmente sem ela, quando já
consiga valer-se apenas da difusão cutânea para refazer seus potenciais
energéticos, conta com os processos da assimilação e da desassimilação
dos recursos que lhe são peculiares, não prescindindo do trabalho de
exsudação dos resíduos, pela epiderme ou pelos emunctórios normais,
compreendendo-se, no entanto, que pela harmonia de nível, nas operações
nutritivas, e pela essencialização dos elementos absorvidos, não existem
para o veículo psicossomático determinados excessos e inconveniências
dos sólidos e líquidos da excreta comum”.
Dessa explicação de André
Luiz, podemos concluir alguns pontos a respeito da alimentação daqueles
que habitam a dimensão vibratória “Mundo Espiritual”:
I – Conforme a
mente esteja viciada na alimentação grosseira desta dimensão (a nossa),
ao desencarnar, naturalmente a pessoa possuirá a necessidade de uma
alimentação parecida. Nesse caso, se a pessoa não foi beneficiada com
uma desencarnação assistida, ficará, em regra, próximo aos seus afins
encarnados, absorvendo as vibrações emanadas da alimentação deles, até
que um dia receba alguma espécie de socorro espiritual, do contrário
passará anos e poderá até desenvolver quadro de obsessão.
Porém, se a
desencarnação foi assistida por amigos espirituais (e isso ocorre
quando há méritos, méritos adquiridos na prática do bem/caridade), a
pessoa será levada a um Hospital (ou instituto similar) na outra
dimensão, onde receberá ajuda necessária. Caso, a pessoa ainda esteja
“viciada” na alimentação grosseira, ela receberá preparados que imitam a
sensação da alimentação terrena.
No livro “Senhores da Escuridão”,
de Robson Pinheiro, espírito Ângelo Inácio, há a explicação de que há
preparados que imitam até mesmo o sabor da carne animal.
Porém, esta
alimentação mais pesada vibracionalmente somente ocorre nas faixas
vibratórias mais densas do “Mundo Espiritual”. Ou seja, para ascender
para faixas vibratórias mais sutis, torna-se necessário depurar também a
alimentação.
II – Há locais apropriados para ajudar na adaptação
alimentar, auxiliando na transição da alimentação mais grosseira para a
mais sutil.
III – Todo pensamento emite vibrações e estas vibrações
também são formas de alimentação. Disso resulta que nosso corpo
espiritual absorve as vibrações afins, fato que ocorre inclusive quando
estamos encarnados repercutindo nos corpo físico (ver “Alimento Mental,
no livro Missionários da Luz.
IV – Da mesma forma que aqui, lá
também há a necessidade de expelir os excessos de alimentos não
absorvidos pelo corpo espiritual (veículo físico da dimensão vibratória
“mundo espiritual”).
Ocorre que, quanto mais sutil for a
alimentação, mais sutil e diferente será a forma de expelir esses
excesso (dispensando, conforme o nível atingido, os procedimentos
adotados por nós). O que, via contrária, leva-nos ao fato de que aqueles
desencarnados que se alimentam das comidas densas (preparados que
imitam a alimentação dos encarnados), possuirão as necessidades
fisiológicas iguais às nossas, os encarnados.
Fonte: Breno Costa
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