sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Turbulências - Divaldo Franco

O mundo está em turbulência de todo jaez.



A violência – esse monstro insaciável – continua na sua faina destruidora, utilizando-se de personagens psicopatas, a fim de mais intranquilizar a sociedade.
A tragédia terrorista vivida por Barcelona, há poucos dias, com a inacreditável conduta do atropelador numa das suas Ramblas, assassinando pessoas descomprometidas com os acontecimentos políticos e econômicos da Humanidade, incluindo crianças, estarrece-nos a todos. Noutras cidades do planeta o terror atira os seus lobos solitários contra quaisquer vítimas que se encontrem nos seus torpes caminhos e os assassinam friamente, criando o clima de horror em toda parte. Alguns deles, agindo em nome de um Deus monstruoso que encontra albergue na religião que professam, outros por paixões políticas de expansionismo, mais outros, simplesmente, porque lhes compraz matar, multiplicam-se como erva má em toda parte.
Hemos de convir que já não deveriam existir na Terra, após os esforços da cultura e da civilização, das ciências e da tecnologia avançada, biótipos humanos chafurdando nos pântanos das psicopatologias terríveis, no entanto, por toda parte encontramos esses portadores do crime de toda espécie, comprazendo-se com os atos ultrajantes que realizam.
Ocorre que a Terra ainda é um planeta de provas e expiações, como afirmou Allan Kardec, o dor'>codificador do Espiritismo, e nos encontramos em um momento de transição evolutiva muito grave.
À semelhança do que acontece com o Espírito, que evolui através das reencarnações, também os mundos habitados mudam de psicosfera, a fim de albergar aqueles que alcançam estágio elevado, equivalente aos Céus das tradições religiosas. Mas, de maneira idêntica, outros se encontram em estado primitivo, experimentando toda forma de inferioridade, como se fossem os Infernos das mesmas tradições.
O amor de Deus, no entanto, está sempre agindo de maneira a facultar a todos a conquista da harmonia e da sabedoria.
Incontáveis Espíritos que permaneciam na psicosfera da Terra, atrelados à ignorância e ao primarismo, estão fruindo a oportunidade de reencarnar-se, melhorando a situação moral para mudar de estado. Entretanto, aferrados aos instintos básicos, nos quais a crueldade tem primazia, formam essas hordas criminosas e atacam os demais, com objetivos sórdidos de dominar mentes e consciências, em processo de subjugação obsessiva em que se comprazem.
Cuide cada criatura da sua vida psíquica e moral, a fim de sintonizar com os Benfeitores espirituais, resguardando-se do mal que se espraia largamente.
Contribuamos para a melhora do mundo, produzindo a própria transformação, criando a sociedade do bem a que aspiramos.



Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 24-08-2017

HEREDITARIEDADE e REENCARNAÇÃO, qual a relação ?

HEREDITARIEDADE e REENCARNAÇÃO, qual a relação ?






O espiritismo de maneira nenhuma descarta a hereditariedade, antes a confirma, mas não é a hereditariedade a causa primária dos distúrbios orgânicos bem como dos transtornos de natureza psicológica e psiquiátrica, porque a carga de natureza genética é, por si mesma, um efeito, porquanto o Espírito, quando se vai reencarnar, ao vincular-se ao espermatozoide encarregado de fecundar o óvulo, imprime no código genético aquilo de que tem necessidade para o processo da evolução e, por isso, cada qual irá reencarnar-se no grupo espiritual, familial de que necessite, a fim de poder desenvolver os caracteres que propiciem a manifestação da enfermidade depuradora do futuro, tais as degenerecências de Alzheimer, de Parkinson, de esclerose múltipla e de outras, encontrando no fator genético os elementos programadores da reencarnação. O mesmo ocorre em relação à saúde, aos valores positivos do bem-estar, da inteligência, da memória e das aptidões artísticas.
Fonte: Divaldo Pereira Franco- “Doenças ou Transtornos Espirituais?”- AME-MG, página 124

A Arte de Elevar-se -- Irmão X

Delfim Mendes era estudante aplicado, na escola do Espiritualismmo cristão, sempre atencioso nas discussões filosóficas, a cujo brilho emprestava diligente cooperação; entretanto, fugindo aos testemunhos pessoais no trabalho renovador, vivia em regime de perenes reclamações. Interpretava os ricos por gênios malditos do desregramento e os pobres por fantasmas do desespero.
A cada passo, asseverava sob escura revolta:





- A Terra é um despenhadeiro de sombras sem fim... Como nos livraremos deste horrível sorvedouro?
Tanto se habituou às queixas infindáveis que, certa noite, quando Fabiano, o Espírito-diretor da reunião que freqüentava, expunha conclusões evangélicas de alto sentido, desfechou-lhe vasta dose de extemporâneas indagações:
- Benfeitor amado, como conquistar o desligamento do purgatório'>purgatório do mundo? Por todos os lugares da Terra, vejo a maldade dominante. Nas pessoas incultas reparo a preguiça sistemática. De todos os ângulos da existência, no plano selvagem em que nos encarnamos, surgem aguilhões...
E, quase lacrimejante, rematara:
- Que fazer para fugir desta moradia tenebrosa da expiação?
O Espírito amigo escutou, benevolamente, e quando o silêncio voltou a pesar na assembléia, comentou, bondoso:
- Um homem trabalhador, depois da morte, em razão de certo relaxamento espiritual, foi colhido pelas redes de Satanás e desceu aos infernos, ralado de espanto e dor. Lá dentro, passou a ver as figuras monstruosas que povoavam o abismo e, por muitos dias consecutivos, gemeu nos tanques móveis de lava comburente. Acostumado, porém, ao esforço ativo, pouco a pouco se esqueceu dos poços vulcânicos que o cercavam e sentiu fome de trabalho benéfico. Arrastou-se, dificilmente, para fora da cratera em que jazia atolado até à cintura e, depois de perambular pelas margens, à maneira dum réptil, encontrou um diabo menor, com o braço desconjuntado, e deu-se pressa em socorrê-lo. Esforçou-se, ganhou posição sobre uma trípode, que se destinava ao arquivo de velhas tridentes esfogueadas, e agiu, tecnicamente, restituindo-lhe o equilíbrio. O perseguidor, algo comovido, incumbiu-se de melhorar-lhe a ficha. Daí a momentos, uma sereia perversa passou, exibindo defeituosa túnica, como quem se dirigia a zonas festivas. O prestimoso internado pediu permissão para ajudá-la, afirmando haver trabalhado num instituto de beleza terrestre, e tantos laçarotes lhe aplicou à vestimenta que a criatura diabólica se afastou, reconhecida. Continuando a arrastar-se, encontrou um grupo de condenados a cavar profunda cisterna, e, conhecedor que era do problema, forneceu-lhes valiosas instruções. Encorajado pelos elogios de todos, seguiu caminho para diante, no pavoroso domínio de que era prisioneiro, encontrando um gigante do mal, caído por terra, a vomitar lodo e sangue, depois de conflito feroz com poderoso inimigo, mais vigoroso em brutalidade. O dedicado colaborador do bem apiedou-se dele e guardou-lhe a horrenda cabeça entre as mãos. Como não possuísse adequado material de socorro, soprou-lhe ao coração, com o desejo ardente de infundir-lhe novo ânimo e, com efeito, o gênio maléfico despertou, sensibilizado, e contemplou-o com o enternecimento que lhe era possível. A fama do piedoso sentenciado espalhou-se e um dos grandes representantes de Satanás chegou a solicitar-lhe os serviços num caso melindroso, em que se fazia imperiosa a colaboração de uma pessoa competente, humilde e discreta. Com tamanho acerto agiu o encarcerado que a direção do abismo conferiu-lhe o direito da palavra. E o trabalhador, lembrando o ensinamento do Mestre que determina seja dado a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, não afiançou, de público, que os demônios deviam ser multiplicados, mas começou a dizer que os gênios das sombras eram grandes senhores, naturalmente por Vontade do Eterno, e que deviam ser respeitados em seus tronos de borralho luminescente, acrescentando, mais, que tanto quanto o buril que aperfeiçoa a pedra é honrado pelo ingrato labor que desempenha, assim também os diabos deviam ser reverenciados por benfeitores das almas, lapidando-as para a espiritualidade superior. Multiplicando pregações de amor, obediência e esperança, fez-se querido de todo o povo das trevas, imperando nas almas das vítimas e dos verdugos. Desde então, com assombro comum, o padrão de sofrimento no inferno começou a baixar. As almas atormentadas adquiriram vasta paciência, as imprecações e blasfêmias foram atenuadas, os gemidos quase desapareceram e os próprios algozes multisseculares se comoviam, inesperadamente, aos primeiros vagidos da piedade que lhes nascia no peito. Alterou-se a situação de tal maneira que Satanás, em pessoa, veio observar a mudança e, depois de informado quanto aos estranhos acontecimentos, ordenou que o trabalhador fosse expulso. Naturalmente aquele homem estaria no inferno, em razão de algum equívoco, e a permanência dele, no trevoso país de que era soberano, perturbava-lhe os projetos. Desse momento em diante, o servidor do trabalho digno fez-se livre, colocando-se na direção do Reino da Paz...
Nesse ponto, o guia espiritual interrompeu a narrativa e, talvez porque Delfim Mendes o contemplasse, expectante, riu-se, bondoso, e concluiu:
- Você, Delfim, sente-se na Terra como se estivesse no inferno, Pense, fale e procure agir, como se fosse no Céu, e o próprio mundo restituirá você ao Paraíso, compreende?
O irrequieto companheiro enterrou a cabeça nas mãos alongadas, mas não respondeu.

A Arma Infalível - Néio Lúcio

Certo dia, um homem revoltado criou um poderoso e longo pensamento de ódio, colocou-o numa carta rude e malcriada e mandou-o para o chefe da oficina de que fora despedido.
O pensamento foi vazado em forma de ameaças cruéis.


E quando o diretor do serviço deu as frases ingratas que o expressava, acolheu-o, desprevenidamente, no próprio coração, e tornou-se furioso sem saber porque. Encontrou, quase de imediato, o subchefe da oficina e, a pretexto de enxergar uma pequena peça quebrada, desfechou sobre ele a bomba mental que trazia consigo.
Foi a vez do subchefe tornar-se neurastênico, sem dar o motivo. Abrigou a projeção maléfica no sentimento, permaneceu amuado várias horas e, no instante do almoço, ao invés de alimentar-se, descarregou na esposa o perigoso dardo intangível.
Tão-só por ver um sapato imperfeitamente engraxado, proferiu dezenas de palavras feias; sentiu-se aliviado e a mulher passou a asilar no peito a odienta vibração, em forma de cólera inexplicável. Repentinamente transtornada pelo raio que a feriara e que, até ali, ninguém soubera remover, encaminhou-se para a empregada que se incumbia do serviço de calçados e desabafou.
Com palavras indesejáveis inoculou-lhe no coração o estilete invisível.
Agora, era uma pobre menina quem detinha o tóxico mental. Não podendo despejá-lo nos pratos e xícaras ao alcance de suas mãos, em vista do enorme débito em dinheiro que seria compelida a aceitar, acercou-se de velho cão, dorminhoco e paciente, e transferiu-lhe o veneno ponderável'>imponderável, num pontapé de largas proporções.
O animal ganiu e disparou, tocado pela energia mortífera, e, para livrar-se desta, mordeu a primeira pessoa que encontrou na via pública.
Era senhora de um proprietário vizinho que, ferida na coxa, se enfureceu instantaneamente, possuída pela força maléfica. Em gritaria desesperada, foi conduzida a certa farmácia; entretanto, deu-se pressa em transferir ao enfermeiro que a socorria a vibração amaldiçoada. Crivou-se de xingamentos e esbofeteou-lhe o rosto.
O rapaz muito prestativo, de calmo que era, converteu-se em fera verdadeira. Revidou os golpes recebidos com observações ásperas e saiu, alucinado, para a residência, onde a velha e devotada mãezinha o esperava para a refeição da tarde. Chegou e descarregou sobre ela toda a ira de que era portador.
- Estou farto! - bradou a senhora - é culpada dos aborrecimentos que me perseguem!
Não suporto mais esta vida infeliz! Fuja de minha frente ! ...
Pronunciou terríveis. Blasfemou. Gritou, colérico, qual louco.
A velhinha, porém, longe de agastar-se, tomou-lhe as mãos e disse-lhe com naturalidade e brandura:
- Venha cá, meu filho! Você está cansado e doente! Sei a extensão de seus sacrifícios por mim e reconheço que tem razão para lamentar-se.
No entanto, tenhamos bom ânimo!
Lembremo-nos de Jesus! ... Tudo passa na Terra. Não nos esqueçamos do amor que o Mestre nos regou ...
Abraçou-o, comovida, e afagou-lhe os cabelos!
O filho demorou-se a contemplar-lhe os olhos serenos e reconheceu que havia no carinho materno tanto perdão e tanto entendimento que começou a chorar, pedindo-lhe desculpas.
Houve então entre os dois uma explosão de íntimas alegrias. Jantaram felizes e oraram em sinal de reconhecimento a Deus.
A projeção destrutiva do ódio morrera, afinal, ali, dentro do lar humilde, diante da força infalível e sublime do amor.

A Aparição de Jesus depois da Morte

Em várias oportunidades Jesus disse aos seus discípulos que após sua morte ressuscitaria. Preocupa-nos a compreensão correta do que, em seu conceito, era a ressurreição. Vejamos a seguinte passagem:
“E que os mortos ressuscitem, é Moisés quem dá a conhecer através do episódio da Sarça Ardente, quando chama ao Senhor: o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó. Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos; para ele, então, todos são vivos”. (Lc 20,37-38).





Vejam bem, se Jesus, em se referindo a pessoas que haviam morrido, diz que para Deus todos “são vivos” é porque nossa individualidade sobrevive após a morte, em outras palavras, poderia estar dizendo da nossa condição de espíritos eternos. Ao que chamamos de morte é apenas o processo, ao qual nosso espírito, em seu regresso ao plano espiritual de onde veio, devolve à natureza os elementos constitutivos do corpo físico, cuja finalidade era viabilizar o seu desenvolvimento moral e intelectual. Em vista disso, é que devemos entender que a ressurreição de que Jesus falava não era no corpo físico, e sim o ressurgir em espírito. Foi o que aconteceu com ele. Depois de sua morte esteve ainda na terra em seu corpo espiritual, conforme se encontra em Atos: “Após sua paixão, ele lhes mostrou, com muitas provas, que estava vivo, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes do Reino de Deus”. (1,3).
Sabemos, por informação dos próprios espíritos, que eles se manifestam em seu corpo espiritual, denominado perispírito. Nele é evidenciada toda a evolução moral do espírito, assim quanto mais luminoso maior evolução e, via de conseqüência, quanto menos luz produzir mais inferior é o espírito. Deve ser pelo motivo de sua luminosidade que, em algumas situações, Jesus não foi reconhecido pelos seus discípulos, como observamos em Mc 16,12: “Depois disto, ele apareceu sob outra forma, a dois deles que estavam a caminho do campo”. Também ao aparecer a Saulo, na estrada de Damasco (At 9, 3-9), veio em sua plenitude espiritual, fato que impossibilitou aos que presenciavam o fenômeno de vê-lo, só ouviram sua voz. Ao narrar esse acontecimento, Paulo diz (At 22,6-9): “... aí pelo meio-dia, de repente uma grande luz que vinha do céu brilhou ao redor de mim”, o que confirma o que estamos dizendo sobre o perispírito refletir a evolução moral.
A matéria, igualmente, não oferece nenhuma resistência a esse corpo perispiritual. Vejamos a prova disso, pelo fato de Jesus ter entrado em ambiente fechado: “Oito dias depois, os discípulos se achavam de novo na casa, e Tomé com eles. Jesus entrou, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e os cumprimentou: A paz esteja convosco!”. (Jo 20,26).
Podemos aceitar também que, em algumas circunstâncias, Jesus se materializou diante dos discípulos, nesse caso tornou-se tangível, o que podemos verificar quando diz: “Olhai para minhas mãos e pés: sou eu mesmo! Apalpai-me e vede: um fantasma não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho! Dizendo isto, mostrou-lhes mãos e pés. Mas como hesitavam em acreditar, por causa da muita alegria, e continuavam espantados, Jesus lhes disse: ‘Tendes aqui alguma coisa para comer?’ Deram-lhe um pedaço de peixe grelhado. Ele o tomou e comeu na presença deles”. (Lc 24, 39-43). É bem provável que Jesus, ao se materializar, teve que se comportar como se fosse realmente de carne e osso, tendo em vista que nem os discípulos nem os de sua época tinham conhecimento dos mecanismos das manifestações espirituais para entender o que estava acontecendo.
Temos que convir que, em certos relatos do Evangelho, existem alguns exageros. Assim, determinados acontecimentos foram colocados buscando valorizar os fatos ou a pessoa quem os produziu. Vejamos, como exemplo, o que consta em Jo 21,25: “Há, porém, muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem escritas uma por uma, creio que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que seriam escritos”.
Dito isso, vamos à 1ª carta aos Coríntios 15, 3-6: “Eu vos transmiti principalmente o que eu mesmo recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras; que apareceu a Cefas, depois aos doze. Em seguida apareceu, de uma só vez, a mais de quinhentos irmãos, dos quais a maior parte vive ainda hoje, embora alguns tenham morrido”. Nenhum dos quatro evangelistas fala que Jesus teria aparecido a quinhentas pessoas, assim podemos supor que pode ser apenas um exagero de Paulo.
Por outro lado, até mesmo a questão de Jesus ter ficado quarenta dias no meio dos discípulos poderíamos entender de outra forma, pois o número 40 possuía, para eles, um significado importante, observem:
O povo hebreu permaneceu 40 anos no deserto;
No dilúvio choveu 40 dias e 40 noites;
Jacó ao morrer ficou 40 dias embalsamado;
Moisés ficou no Sinai 40 dias e 40 noites, quando recebe os Dez Mandamentos;
Deus, por castigo, entrega os israelitas aos filisteus por 40 anos (Jz 13,1);
Em desafio um filisteu se apresenta ao exército hebreu por 40 dias (1Sm 17,16);
Davi reinou por 40 anos (2Sm 5,4);
O templo tinha 40 côvados.(1Rs 6,17);
O reinado de Salomão durou 40 anos (1Rs 11,42);
Elias, após comer o que um anjo lhe dá, caminha 40 dias e 40 noites (1Rs 19,8);
Jesus jejuou 40 dias e 40 noites.


Paulo da Silva Neto Sobrinho

ESPÍRITOS “ALÉRGICOS” AOS SOFREDORES

A Lição de Jesus de que: “O doente é que precisa do médico” mostra claramente o perfil dos Espíritos Superiores, equiparáveis ao “médico” da Lição, porque é fácil identificarse o “doente” como todos os Espíritos necessitados da luz do esclarecimento, seja ele intelectual ou moral.





Enquanto os evoluídos procuram desempenhar o papel do “médico”, ou seja, orientadores, tanto pela palavra quanto pelo exemplo, há muitos Espíritos ainda egoístas, portanto, não evoluídos o suficiente para sentirem-se felizes com o trabalho de socorro e esclarecimento aos semelhantes. Esses não se dispõem, na prática, ao discipulado de Jesus, porque o mais importante requisito para tanto o próprio Divino Mestre enunciou: “Conhecereis Meus discípulos pelo muito Amor que manifestarem.”
Quem procura se manter distante dos sofrimentos alheios e dos sofredores não acordou ainda para a glória que representa o serviço em nome de Jesus e de Deus.
A vivência desses irmãos e irmãs transcorre numa sucessão de negativas aos convites para servir, que a Vida apresenta a cada minuto. Enquanto os evoluídos não perdem nenhuma oportunidade de serem úteis aos semelhantes, esses se esquivam, a cada momento justificando-se com algum pretexto ou mesmo ignorando propositadamente os pedidos explícitos ou implícitos das carências humanas dos que os cercam. O egoísmo é que os faz pensar, sentir e agir dessa forma.
Vejamos a lição de Emmanuel sobre o egoísmo, constante de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec: O egoísmo, esta chaga da humanidade, deve desaparecer da Terra, porque impede o seu progresso moral. É ao Espiritismo que cabe a tarefa de fazê-la elevar-se na hierarquia dos mundos. O egoísmo é portanto o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas armas, suas forças e sua coragem.
Digo coragem, porque esta é a qualidade mais necessária para vencer-se a si mesmo do que para vencer aos outros. Que cada qual, portanto, dedique toda a sua atenção em combatê-lo em si próprio, pois esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é a fonte de todas as misérias terrenas. Ele é a negação da caridade, e por isso mesmo, o maior obstáculo à felicidade dos homens. Jesus vos deu o exemplo da caridade, e Pôncio Pilatos o do egoísmo.
Porque, enquanto o Justo vai percorrer as santas estações do seu martírio, Pilatos lava as mãos, dizendo: Que me importa! Disse mesmo aos judeus: Esse homem é justo, por que quereis crucificá-lo? E, no entanto, deixa que o levem ao suplício. É a esse antagonismo da caridade e do egoísmo à invasão dessa lepra do coração humano, que o Cristianismo deve não ter ainda cumprido toda a sua missão.
E é a vós, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, que cabem a tarefa e o dever de extirpar esse mal, para dar ao Cristianismo toda a sua força e limpar o caminho dos obstáculos que lhe entravam a marcha. Expulsai o egoísmo da Terra, para que ela possa elevar-se na escala dos mundos, pois já é tempo da humanidade vestir a sua toga viril, e para isso é necessário primeiro expulsá-lo de vosso coração.


Fonte - Remédio Contra o Suicidio e Outras Misérias Humanas (psicografia Luiz Guilherme Marques - espírito Yvonne do Amaral Pereira)

A RESIDÊNCIA DE CHICO

Fui VISITAR A RESIDÊNCIA mais famosa de Uberaba, a casa onde Chico morou.



Localizada no bairro Parque das Américas, hoje foi transformada em museu e está aberta à visitação.
A casa é simples. Na frente, onde seria uma garagem, foi instalada uma pequena livraria que vende livros, fotos, canetas e demais lembranças com fotos e frases do médium.
Por lá, tem-se acesso a casa, que está exatamente como Chico a deixou.
Logo na entrada há uma pequena varanda com painéis de fotos enfeitando as paredes.
Lá pode-se ter uma ideia da trajetória e importância de Chico Xavier. Existem fotos do médium com cantores, atores, apresentadores de televisão, personalidades políticas e pessoas famosas de diversas áreas.
Nas fotos, pode-se perceber claramente que os papeis de fã e ídolo se invertem.
São as celebridades que demonstram carinho explicito por Chico, embora ele não concordasse com seu mérito para tais demonstrativos e tenha passado a vida se referindo a si próprio como "apenas um cisco", "menos que um nada", "mais imperfeito que os outros", "o mais pequenino de todos", entre tantas outras frases e adjetivos que usava para se proteger de uma grande e perigosa inimiga — a vaidade.
Entro na sala e vejo que não só a varanda, mas todas as paredes da casa são cobertas de fotos e quadros.
A esquerda está a máquina que Chico usava para "passar a limpo" e datilografar as mensagens que recebia do além.
No local, encontra-se exposta uma enorme variedade de itens, como selos de cartas com o rosto de Chico, matérias de revistas, velas de seu aniversário e medalhas de títulos de cidadão honorário de várias cidades do Brasil, entre outros.
Da sala, pode-se ver o quarto minúsculo onde se encontra exposta sua cama, seus ternos, camisas, sapatos, travesseiro, sua cadeira de rodas, sua coleção de boinas e alguns itens que me chamaram a atenção em especial, como um terço pendurado sobre a cama e imagens de santos católicos.
Ao lado desse quarto está o quarto de visitas. Também pequeno quanto o anterior. Numa pequena cama, repousam quadros e revistas.
Foi nesse quarto que, certa noite, Chico teve que dormir devido a um conserto na caixa d'agua que ficava em cima do seu aposento usual.
Chico não teve dúvidas, deixou um bilhete dizendo:
-"Se algum amigo espiritual porventura estiver determinado a me proporcionar a alegria de uma visita, aviso que estarei nesta noite, somente hoje, no quarto a esquerda, onde estarei com a satisfação de receber."
A cozinha, seguindo o padrão da casa, é pequena e simples e mantém seus moveis intactos.
Em cima da mesa há um livro de visitas para aqueles que quiserem assiná-lo.
A simplicidade do local emociona e mostra como Chico não dava realmente nenhuma importância a bens materiais. A esmagadora maioria das pessoas, com raríssimas exceções, se tivesse as possibilidades de riqueza que Chico teve, não hesitaria em usá-las em benefício próprio, e cairia em tentações em algum momento. Felizmente Chico nunca caiu. E, quando indagado, respondia:
— Nunca cai porque nunca sequer me levantei... Naquela simplicidade, lembrei-me de Chico dizendo:
— Partirei desta vida sem um níquel sequer. Tudo que veio a mim, em matéria de dinheiro, simplesmente passou por minhas mãos. Graças a Deus, a minha aposentadoria dá para os meus remédios. Roupas?! Os amigos, quando acham que eu estou malvestido, me doam. Sapatos, eu custo a gastar um par. Em casa, a nossa comida é simples. Não tenho conta bancária, talão de cheques, nenhuma propriedade em meu nome, a não ser esta casa que eu já passei em cartório para outros, tenho apenas o usufruto. Nunca tive carros, nem mesmo uma carroça. De modo que, neste sentido, nada vai me pesar na consciência. Fiz o que pude pelos meus familiares, e, se não fiz mais, é porque mais eu não podia fazer.

CLAUDINEI LOPES

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

A MORTE é DOLOROSA ?

Quando morre alguém, sentimo-nos todos tomados por um sentimento de perda e dor. É natural, gostamos da pessoa e desejamos que continue vivendo conosco. Mas, a morte é a única certeza da vida e está enquadrada nos acontecimentos normais da existência de todo mundo. A todo instante, partem jovens e velhos, sadios e enfermos...





E muitos perguntam, talvez temerosos do momentoem que também enfrentarão a circunstância e acerto de contas com D. Morte: ela dói? O que ensinam os espíritos a respeito?
Em O Livro dos Espíritos, há um capítulo inteiro sobre o assunto: é o III, do livro segundo, com o título Retorno da vida corpórea à vida espiritual. As questões 149 a 165 esclarecem o assunto. Para não ficarmos em simples transcrição das respostas dadas pelos espíritos, fizemos breve resumo de forma didática para melhor entendimento do assunto. Mas remetemos o leitor à pesquisa direta às questões citadas.
No instante da morte, todo homem retorna ao mundo dos espíritos, pátria de origem;
Uma vez no chamado outro mundo, conserva plenamente sua individualidade;
A separação da alma e do corpo não é dolorosa. O corpo sofre mais durante a vida que no momento da morte;
A alma se liberta com o rompimento dos laços que a mantinham presa ao corpo;
A sensação que se experimenta no momento em que se reconhece no mundo dos espíritos depende do que fizeram em vida. Se foram bons, sentirão enorme alegria. Se foram maus, sentirão vergonha;
Normalmente reencontra aqueles que partiram antes, se já não reencarnaram;
A consciência de si mesmo vem aos poucos. Passa-se algum tempo de perturbação, convalescente, cujo tempo de duração depende da elevação de cada um;
Compreender antes o assunto exerce grande influência sobre o tempo de perturbação, mas o que realmente alivia a perturbação são a prática do bem e a pureza de consciência.
Indicamos ainda ao leitor, estudar o livro O Céu e o Inferno, também de Allan Kardec, onde há diversas descrições do momento da morte e do pós-morte, de espíritos nas mais variadas condições evolutivas. O livro Depois da Morte, de Léon Denis e Obreiros da Vida Eterna, de André Luiz/Chico Xavier também trazem muitas explicações sobre o interessante tema. Há, também, uma série enumerável de livros de mensagens enviadas por desencarnados aos entes queridos que ficaram. Entre eles, o famoso Jovens no além, de 1975, recebido por Chico Xavier. O filme Joelma 23º andar, baseado no incêndio ocorrido em São Paulo, mostra bem a questão da continuidade da vida.
Não tema a morte. Ela faz parte do processo evolutivo. Viva de maneira prudente, faça o bem que puder e quando soar seu momento, vá sem medo. Mas nunca a busque ou a precipite. Tudo tem seu momento na vida e todos temos algo a fazer num tempo programado. Para aqueles que foram antes, guarde a convicção de breve reencontro e ore pela felicidade deles. Eles receberão a mensagem de seu coração.

Orson Peter Carrara

PARTIDA DE ENTES QUERIDOS!

Nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio.





Ver a névoa da morte estampar-se, inexorável, na fisionomia dos que mais amamos, e cerrar-lhes os olhos no adeus indescritível, é como despedaçar a própria alma e prosseguir vivendo...
Digam aqueles que já estreitaram de encontro ao peito um filhinho transfigurado em anjo da agonia; um esposo que se despede, procurando debalde mover os lábios mudos; uma companheira, cujas mãos consagradas à ternura pendem extintas; um amigo que tomba desfalecente para não mais se erguer, ou um semblante materno acostumado a abençoar, e que nada mais consegue exprimir senão a dor da extrema separação, através da última lágrima!
Falem aqueles que, um dia, se inclinaram, esmagados de solidão, à frente de um túmulo; os que se rojaram em prece nas cinzas que recobrem a derradeira recordação dos entes inesquecíveis; os que caíram, varados de saudade, carregando no seio o esquife dos próprios sonhos; os que tatearam, gemendo, a lousa imóvel, e os que soluçaram de angústia, no adito dos próprios pensamentos, perguntando, em vão, pela presença dos que partiram...
Todavia, quando semelhante provação te bata à porta, reprime o desespero e dilui a corrente da mágoa na fonte viva da oração, porque os chamados mortos são apenas ausentes e as gotas de teu pranto lhes fustigam a alma como chuva de fel.
Também eles pensam e lutam, sentem e choram.
Atravessam a faixa do sepulcro como quem se desvencilha da noite, mas, na madrugada do novo dia, inquietam-se pelos que ficaram... Ouvem-lhes os gritos e as súplicas, na onda mental que rompe a barreira da grande sombra e tremem cada vez que os laços afetivos da retaguarda se rendem à inconformação ou se voltam para o suicídio.
Lamentam-se quanto aos erros praticados e trabalham, com afinco, na regeneração que lhes diz respeito.
Estimulam-te à prática do bem, partilhando-te as dores e as alegria.
Rejubilam-se com as tuas vitórias no mundo interior e consolam-te nas horas amargas para que te não percas no frio do desencanto.
Tranqüiliza, desse modo, os companheiros que demandam o Além, suportando corajosamente a despedida temporária, e honra-lhes a memória, abraçando com nobreza os deveres que te legaram.
Recorda que, em futuro próximo que imaginas, respirarás entre eles, comungando-lhes as necessidades e os problemas, porquanto terminarás também a própria viagem no mar das provas redentoras...
E, vencendo para sempre o terror da morte, não nos será lícito esquecer que Jesus, o nosso Divino Mestre e Herói do Túmulo Vazio, nasceu em noite escura, viveu entre os infortúnios da Terra e expirou na cruz, em tarde pardacenta, sobre um monte empedrado, mas ressuscitou aos cânticos da manhã, no fulgor de um jardim.

Emmanuel

("Religião dos Espíritos", 58, Francisco C. Xavier, FEB)

O INSTITUTO FAMILIAR

O instituto familiar é organizado no plano espiritual, antes de projetar na terra?




O colégio familiar tem suas origens sagradas na esfera espiritual. Em seus laços, reúnem-se todos aqueles que se comprometem, no Além, a desenvolver na Terra uma tarefa construtiva de fraternidade real e definitiva.
Preponderam nesse instituto divino os elos do amor,
fundidos nas experiências de outras eras; todavia, ai ocorrem igualmente os ódios e as perseguições do pretério obscuro, a fim de se transfundirem em solidariedade, com vistas ao futuro.É nas dificuldades provocadas em comum, nas dores e nas experiências recebidas na mesma estrada de evolução redentora, que se olvidam as amarguras do passado longínquo, transformando-se todos os sentimentos inferiores em expressões regeneradas e santificantes.
Purificar as afeições, acima dos laços do sangue, o sagrado instinto da família se perpétua no Infinito, através dos laços imperecíveis do Espírito. 



-Emmanuel-

DOENÇAS ESCOLHIDAS

Reunião pública de 4/9/59
Questão nº 259




Convictos de que o Espírito escolhe as provações que experimentará na Terra, quando se mostre na posição moral de resolver quanto ao próprio destino, é justo recordar que a criatura, durante a reencarnação, elege, automaticamente, para si mesma, grande parte das doenças que se lhe incorporam às preocupações.
Não precisamos lembrar, nesse capítulo, as grandes calamidades particulares, quais sejam o homicídio, de que o autor arrasta as consequências na forma de extrema perturbação espiritual, ou o suicídio frustrado, que assinala o corpo daquele que o perpetra com dolorosos e aflitivos remanescentes.
Deter-nos-emos, de modo ligeiro, no exame das decisões lamentáveis, que assumimos quando enleados no carro físico, sem saber que lhe martelamos ou desagregamos as peças.
Sempre que já tenhamos deixado as constrições do primitivismo, todos sabemos que a prática do bem é simples dever e que a prática do bem é o único antídoto eficiente contra o império do mal em nós próprios.
Entretanto, rendemo-nos, habitualmente, às sugestões do mal, criando em nós não apenas condições favoráveis à instalação de determinadas moléstias no cosmo orgânico, mas também ligações fluídicas aptas a funcionarem como pontos de apoio para as influências perniciosas interessadas em vampirizar-nos a vida.
Seja na ingestão de alimento inadequado, por extravagâncias à mesa, seja no uso de entorpecentes, no alcoolismo mesmo brando, no aborto criminoso e nos abusos sexuais, estabelecemos em nosso prejuízo as síndromes abdominais de caráter urgente, as úlceras gastrintestinais, as afecções hepáticas, as dispepsias crônicas, as pancreatites, as desordens renais, as irritações do cólon, os desastres circulatórios, as moléstias neoplásicas, a neurastenia, o traumatismo do cérebro, as enfermidades degenerativas do sistema nervoso, além de todo um largo cortejo de sintomas outros, enquanto que na crítica inveterada, na inconformação, na inveja, no ciúme, no despeito, na desesperação e na avareza, engendramos variados tipos de crueldade silenciosa com que, viciando o próprio pensamento, atraímos o pensamento viciado das Inteligências menos felizes, encarnadas ou desencarnadas, que nos rodeiam.
Exteriorizando ideias conturbadas, assimilamos as ideias conturbadas que se agitam em torno de nosso passo, elementos esses que se nos ajustam ao desequilíbrio emotivo, agravando-nos as potencialidades alérgicas ou pesando nas estruturas nervosas que conduzem a dor.
Mantidas tais conexões, surgem frequentemente os processos obsessivos que, muitas vezes, sem afetarem a razão, nos mantêm no domínio de enfermidades – fantasmas que nos esterilizam as forças e, pouco a pouco, nos corroem a existência.
Guardemo-nos, assim, contra a perturbação, procurando o equilíbrio e compreendendo no bem – expressando bondade e educação – a mais alta fórmula para a solução de nossos problemas.
E ainda mesmo em nos sentindo enfermos, arrastando-nos embora, aperfeiçoemo-nos ajudando aos outros, na certeza de que, servindo ao próximo, serviremos a nós mesmos, esquecendo, por fim, o mercado da invigilância onde cada um adquire as doenças que deseja para tormento próprio.

Religião dos Espíritos
Emmanuel/Francisco Cândido Xavier

domingo, 17 de setembro de 2017

SOMOS REALMENTE LIVRES?

Como se encontra no Livro "Brasil, coração do Mundo, Pátria do Evangelho, pelo Espírito Humberto de Campos, cap. 18 e 19, a independência do Brasil foi fruto do intenso trabalho das hostes espirituais junto aos homens. Muitos homens deram a vida por esse Ideal.
São passados 195 anos de nossa independência!





Olhamos o nosso imenso País, um gigante geográfico e nos indagamos: “SOMOS REALMENTE LIVRES?”
A verdadeira independência é MORAL.
Enquanto prosseguem vigentes o JEITINHO BRASILEIRO e a LEI DE GERSON não seremos livres.
Quando assumirmos nosso papel de homens e mulheres dignos, corretos, fiéis aos nobres ideais, seremos livres.
Quando o estandarte (bandeira) da solidariedade e da tolerância se implantar em nossos corações, a nossa bandeira verde e amarela tremulará mais bela.
Quando estendermos os braços para o bem da comunidade, as estrelas do Pano Pátrio brilharão com maior intensidade.
Quando a ordem e a disciplina se instalarem nas ações de todos nós, o branco do Pavilhão Nacional terá alcançado o verdadeiro sentido: A PAZ.
Para que o progresso real se instale, é necessário que as individualidades cresçam. A soma das conquistas pessoais resultará no crescimento coletivo.
Hoje é um excelente dia para se propor a trabalhar pelo nosso Gigante.
Dizem que está adormecido, mas só porque os seus filhos dormem.
A Mãe gentil que nos recebe nesta etapa da vida no planeta merece-nos o esforço.
Se quisermos, e só se quisermos, poderemos tornar verdadeira, desde agora a assertiva espiritual: Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho.
Coração que pulsa, que ama, que não relega ao abandono os seus filhos. E tanto quanto pode, recebe e ampara os filhos de outros solos.
Pátria do Evangelho que irradia o bem, que serve de modelo, que luta pela Justiça, pela Verdade.
Independência moral. Crescimento real. Vamos todos começar neste dia a lutar por tais objetivos?

Trecho do texto do Redação do Momento Espírita
Grupo de Estudo Allan kardec

Proteção da Vida Superior

"Qual a missão do Espírito protetor?"







- A de um pai para com os filhos: conduzir o seu protegido pelo bom caminho, ajudá-lo com os seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, sustentar sua coragem nas provas da vida."
(Questão 491 - O Livro dos Espíritos)
Há mais de um século, conforme se depreende da Questão número quatrocentos e noventa e um de "O Livro dos Espíritos", inquiriu Allan Kardec dos mentores desencarnados que lhe presidiam a obra: "Qual a missão do Espírito protetor?" e o esclarecimento veio claro: "a de um pai com relação aos filhos; a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-los nas suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida".
Tracemos reduzidas anotações aos cinco pontos enunciados:
Um pai consagra-se aos filhos, durante a existência terrestre, pavimentando-lhes o caminho com todas as facilidades que o amor lhe possibilite, entretanto, não consegue exonerá-lo das tribulações, referentes às dívidas contraídas por eles, em passadas reencarnações.
Determinado educador abraçará generosamente o compromisso de orientar alguém nas trilhas da virtude, contudo, o aprendiz traz a consciência livre para aceitar ou não as indicações que se lhe sugere.
O amigo ampara o outro amigo, administrando-lhe avisos oportunos, todavia, é provável que o beneficiário não os admita resolvendo tomar experiências difíceis, à própria conta.
Devotado companheiro dispensar-nos-á reconforto nas aflições, mas se está consciente do respeito à justiça, não intentará suprimi-las, na certeza de que as recebemos da vida por inevitável necessidade.
Compassivo irmão dar-nos-á coragem para vencer nos transes de rudes provas, no entanto, se realmente nos deseja felicidade, procederá conosco, à maneira do professor que instrui o discípulo, nas dificuldades do ensino, sem furtar-lhe os méritos da lição.
Longe de nos classificarmos por espíritos protetores, de vez que somos simples e imperfeitos servidores de todos aqueles ainda sofrem o esmeril das lutas humanas, compreendemos as dores e os constrangimentos de quantos imploram socorro e exceção, em nossas casas de fé, mas a clareza doutrinária recomenda se proclame que o Evangelho não promete gratificações do mundo e que o Espiritismo não anuncia vantagens materiais, no que concerne à ilusão.
Nós todos, espíritos vinculados ainda à Terra, estamos evoluindo e resgatando, aprendendo e edificando, no burilamento da alma.
Estendamos mãos fraternas, amparando-nos mutuamente.
Reconheçamos, porém, que o progresso reclama esforço, quitação pede reajuste, estudo exige atenção e trabalho roga suor.

-Texto extraído do livro: Opinião Espírita;
Psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz.

RECEITA PARA MELHORAR




 

Dez gramas de juízo na cabeça.
Serenidade na mente.
Equilíbrio nos raciocínios.
Elevação nos sentimentos.
Pureza nos olhos.
Vigilância nos ouvidos.
Lubrificante na cerviz.
Interruptor na língua.
Amor no coração.
Serviço útil e incessante nos braços,
Simplicidade no estômago.
Boa direção nos pés.
Uso diário em temperatura de boa ­vontade.
José Grosso
Supomos descobrir, neste curioso receituário, excelentes motivos para sorriso e meditação.
Livro: Lindos casos de Chico Xavier por Ramiro Gama

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

MÉDIUNS INICIANTES






No intercâmbio espiritual, encontramos vasto grupo de companheiros, carecedores de especial atenção — os médiuns iniciante.
Muitas vezes, fascinados pelo entusiasmo excessivo, diante do impacto das revelações espirituais que os visitam de jato, solicitam o entendimento e o apoio dos irmãos experimentados, para que não se percam, através de engodos brilhantes.
Induzamo-los a reconhecer que estamos todos à frente dos Espíritos generosos e sábios, à feição de cooperadores, perante autoridades de serviço, que nos esperam o concurso eficiente e espontâneo.
Não nos compete avançar sem a devida preparação, conquanto supervisionados por mentores respeitáveis e competentes.
Tanto quanto para nós, para cada médium urge o dever de estudar para discernir, e trabalhar para merecer.
Tão-só porque os seareiros da mediunidade revelem facilidades para a transmissão de observações e mensagens, isso não exime da responsabilidade na apresentação, condução e aplicação dos assuntos de que se tornam intérpretes. Indispensável se capacitem de que a morte não altera a personalidade humana, de modo fundamental.
Acesso à esfera dos seres desencarnados, ainda jungidos ao plano físico, é semelhante ao ingresso em praça pública da própria Terra, onde enxameiam Inteligências de todos os tipos.
Admitido a construções de ordem superior, o médium é convidado ao discernimento e à disciplina, para que se lhe aclarem e aprimorem as faculdades, cabendo-lhe afastar-se do tudo querer>> e do tudo fazer>> a que somos impelidos, nós todos, quando imaturos na vida, pelos que se afazem à rebeldia e à perturbação.
Ajudemos os médiuns iniciantes a perceber que na mediunidade, como em qualquer outra atividade terrestre, não há conhecimento real onde o tempo não consagrou a aprendizagem, e que todos os encargos são nobres onde a luz da caridade preside as realizações.
Para esse fim, conduzamo-los a se esclarecerem nos princípios salutares e libertadores da Doutrina Espírita.
Médiuns para fenômenos surgem de toda parte e de todas as posições. Médiuns para a edificação do aprimoramento e da felicidade, entre as criaturas, são apenas aqueles que se fazem autênticos servidores da Humanidade. 


Estude e Viva

Emmanuel/Francisco Cândido Xavier
André Luiz/Waldo Vieira

Alimentação dos Desencarnados

Como é a alimentação das pessoas desencarnadas (ou seja, que habitam a dimensão vibratória conhecida como “mundo espiritual”)? E qual o sistema fisiológico do nosso corpo espiritual (veículo físico utilizado na outra dimensão)?

André Luiz explica a forma de alimentação dos desencarnados e a suas consequências fisiológicas no livro “Evolução em Dois Mundos”, p. 211/212, 25ª edição):
"Abandonado o envoltório físico na desencarnação, se o psicossoma está profundamente arraigado às sensações terrestres, sobrevém ao Espírito a necessidade inquietante de prosseguir atrelado ao mundo biológico que lhe é familiar, e, quando não a supera ao preço do próprio esforço, no autorreajustamento, provoca os fenômenos da simbiose psíquica, que o levam a conviver, temporariamente, no halo vital daqueles encarnados com os quais se afine, quando não promove a obsessão espetacular.
Na maioria das vezes, os desencarnados em crise dessa ordem são conduzidos pelos agentes da Bondade Divina aos centros de reeducação do plano espiritual, onde encontram alimentação semelhante à da terra, porém fluídica, recebendo-a em porções adequadas até que se adaptem aos sistemas de sustentação da esfera superior, em cujos círculos a tomada de substância é tanto menor e tanto mais leve quanto maior se evidencie o enobrecimento da alma, porquanto, pela difusão cutânea, o corpo espiritual, através de sua extrema porosidade, nutre-se de produtos sutilizados ou sínteses quimio-eletromagnéticas, hauridas no reservatório da Natureza e no intercâmbio de raios vitalizantes e reconstituintes do amor com que os seres se sustentam entre si.
Essa alimentação psíquica, por intermédio das projeções magnéticas trocadas entre aqueles que se amam, é muito mais importante que o nutricionista do mundo possa imaginar, de vez que, por ela, se origina a ideal euforia orgânica e mental da personalidade. Daí porque toda criatura tem necessidade de amar e receber amor para que se lhe mantenha o equilíbrio geral.
De qualquer modo, porém, o corpo espiritual com alguma provisão de substância específica ou simplesmente sem ela, quando já consiga valer-se apenas da difusão cutânea para refazer seus potenciais energéticos, conta com os processos da assimilação e da desassimilação dos recursos que lhe são peculiares, não prescindindo do trabalho de exsudação dos resíduos, pela epiderme ou pelos emunctórios normais, compreendendo-se, no entanto, que pela harmonia de nível, nas operações nutritivas, e pela essencialização dos elementos absorvidos, não existem para o veículo psicossomático determinados excessos e inconveniências dos sólidos e líquidos da excreta comum”.
Dessa explicação de André Luiz, podemos concluir alguns pontos a respeito da alimentação daqueles que habitam a dimensão vibratória “Mundo Espiritual”:
I – Conforme a mente esteja viciada na alimentação grosseira desta dimensão (a nossa), ao desencarnar, naturalmente a pessoa possuirá a necessidade de uma alimentação parecida. Nesse caso, se a pessoa não foi beneficiada com uma desencarnação assistida, ficará, em regra, próximo aos seus afins encarnados, absorvendo as vibrações emanadas da alimentação deles, até que um dia receba alguma espécie de socorro espiritual, do contrário passará anos e poderá até desenvolver quadro de obsessão.
Porém, se a desencarnação foi assistida por amigos espirituais (e isso ocorre quando há méritos, méritos adquiridos na prática do bem/caridade), a pessoa será levada a um Hospital (ou instituto similar) na outra dimensão, onde receberá ajuda necessária. Caso, a pessoa ainda esteja “viciada” na alimentação grosseira, ela receberá preparados que imitam a sensação da alimentação terrena.
No livro “Senhores da Escuridão”, de Robson Pinheiro, espírito Ângelo Inácio, há a explicação de que há preparados que imitam até mesmo o sabor da carne animal.
Porém, esta alimentação mais pesada vibracionalmente somente ocorre nas faixas vibratórias mais densas do “Mundo Espiritual”. Ou seja, para ascender para faixas vibratórias mais sutis, torna-se necessário depurar também a alimentação.
II – Há locais apropriados para ajudar na adaptação alimentar, auxiliando na transição da alimentação mais grosseira para a mais sutil.
III – Todo pensamento emite vibrações e estas vibrações também são formas de alimentação. Disso resulta que nosso corpo espiritual absorve as vibrações afins, fato que ocorre inclusive quando estamos encarnados repercutindo nos corpo físico (ver “Alimento Mental, no livro Missionários da Luz.
IV – Da mesma forma que aqui, lá também há a necessidade de expelir os excessos de alimentos não absorvidos pelo corpo espiritual (veículo físico da dimensão vibratória “mundo espiritual”).
Ocorre que, quanto mais sutil for a alimentação, mais sutil e diferente será a forma de expelir esses excesso (dispensando, conforme o nível atingido, os procedimentos adotados por nós). O que, via contrária, leva-nos ao fato de que aqueles desencarnados que se alimentam das comidas densas (preparados que imitam a alimentação dos encarnados), possuirão as necessidades fisiológicas iguais às nossas, os encarnados.

Fonte: Breno Costa

Casa ou lar?

O que será mais importante: uma casa ou um lar? Existe grande
preocupação com a casa. São importantes o estilo, o tamanho, os
móveis e, claro, cada coisa no seu lugar.





Enquanto não se tem filhos, quase tudo vai bem, mas depois, começa a se tornar difícil se ter uma casa bem arrumada.
Alguns pais ocultam brinquedos das crianças, porque elas fazem
bagunça demais. Esquecem que, quando se tornarem adultas, elas não necessitarão mais de brinquedos.
Um dia, um pai, depois de ouvir o estardalhaço da esposa sobre o
estado de sua casa, perguntou: - Afinal, o que você quer: uma casa ou um lar?
As palavras soaram como uma bomba. Ele tinha razão. Os olhos dela se voltaram para um quadro que se encontrava na parede da sala.
O quadro mostrava uma antiga roda de vagão de trem, encostada em um pilar, prestes a apodrecer. O mato ameaçava tomar conta das flores silvestres que cresciam perto de sua base.
No topo do pilar, havia uma velha caixa de correspondência amassada, cuja porta sustentava-se no lugar apenas por uma dobradiça enferrujada.
Dentro, protegidos em seu ninho de galhos secos, quatro filhotes
aguardavam a refeição. A cautelosa mãe estava empoleirada no galho de um arbusto retorcido, que sobressaía do outro lado da abertura da caixa.
Ela havia escolhido o local do ninho com muito cuidado. Ali, seus
filhotes estariam protegidos do sol e da chuva, enquanto ela e seu
companheiro procuravam comida.
A pequenina ave não estava preocupada com o que seus vizinhos
poderiam pensar ou se seu ninho passaria pelo teste de controle de
qualidade.
A mensagem da pintura era muito simples: a casa não faz o lar. O lar é construção da família. É produto do carinho e do amor.
Resultado do saber eleger prioridades.
Assim, quando você tiver que escolher entre uma casa totalmente
limpa e arrumada e as necessidades de sua família, pense um pouco.
Se sua filha a convidar para sair com ela e você tiver roupas para
lavar, pense que sempre haverá roupas sujas, mas um dia aquela
garotinha vai parar de chamar você para sair com ela.
Se seu filho o convidar para jogar bola e você estiver pensando em
colocar em ordem a sua biblioteca, pense que os livros continuarão
sempre necessitando de ordem e limpeza, mas o seu garotinho crescerá e deixará de buscar você para chutar bola com ele.
Naturalmente, você não dará todo o seu tempo aos seus filhos, mas
terá o bom senso para administrá-lo bem, a fim de eleger o que seja mais importante.
* * *
Mantenha a casa em ordem, mas não esqueça de colocar flores de
ternura nos vasos do seu lar, e de regá-las com a água da
paciência.
Quando descobrir rabiscos nas paredes, peça a seus filhos que os
limpem, mas antes admire o arco-íris que eles pintaram.
Quando aparecerem marcas de dedos nas janelas, providencie a limpeza, mas antes fotografe todos os dedinhos com a câmara do seu coração para sempre os lembrar.
E quando descobrir brinquedos quebrados, agradeça a Deus, que sejam somente brinquedos e não os corações amados dos seus filhos, jóias preciosas da sua existência.

Redação do Momento Espírita

As bebidas alcoólicas são tóxicos fatais (Jorge Hessen)

No Brasil , a Lei Federal 9.294, de 1996 , estabelece “restrições” à propaganda de álcool, todavia, o parágrafo único da lei é obscena, notemos: "Consideram-se bebidas alcoólicas, para efeitos desta Lei, as bebidas potáveis com teor alcoólico superior a treze graus Gay Lussac". Logicamente, ficam excluídas das “proibições” as cervejinhas televisivas. Eis aí a vitória da indústria etílica com direito a “palma de ouro”.





Em verdade, mais da metade dos brasileiros afunda-se moralmente na farra dos metafóricos “treze graus Gay Lussac” de teor alcoólico. Portanto, como obra prima das “trevas”, a cerveja, que em tese possui um teor alcoólico até o limite de treze graus Gay Lussac , por não sofrer restrições publicitárias no Brasil, é liberada para todos , trafegando, de tal modo, em altíssima velocidade na contramão da legislação de trânsito que estabelece uma tolerância baixíssima com o álcool. Nesse gerigonça vão os adolescentes se expondo hoje muito mais ao álcool. Está se formando uma geração de dependência de álcool. Além dos riscos à saúde, há os perigos de dirigir embriagado, da violência e de traumatismos decorrentes do abuso de álcool.
Através das propagandas apelativas, hipnotizantes, que custam bilhões de dólares, intoxica-se a estrutura mental dos adolescentes mais tolos. Dessa forma, os jovens agem sem padrões definidos de comportamento racional, projetam-se em uma perspectiva cada vez mais próxima da derrocada em busca do entorpecimento da consciência e da razão, justificado pelo prazer alucinado no mundo das bebidas, situação, essa, que promove um mergulho no “nada” para as fugas espetaculares da realidade.
À maneira de um incêndio, que começa de uma fagulha e causa grande destruição, muitos adolescentes, a partir de um simples gole "inofensivo", precipitam-se nos escombros da miséria moral, transformando-se em uma pessoa vazia de ideais.
É assombrosa a lavagem cerebral através das mídias veiculando reiteradamente o convite para o consumo de cervejas, em razão disso, o volume consumido no Brasil está acima da média mundial. Pela televisão “o gênio das trevas” aconselha, após trinta segundos de propaganda, em tão-somente um milésimo de segundos, o famoso “beba com moderação”.
Ora, não se pode aceitar passivamente uma situação em que as autoridades de saúde passam uma mensagem de legalidade e possível “moderação” ao mesmo tempo em que a indústria acena com uma publicidade maldita e cara cujo conteúdo instiga e incentiva o consumo da cerveja de modo avassalante.
Para o espírita, o vício de beber tem implicações muito graves, especialmente em face das repetidas advertências dos Benfeitores Espirituais, elucidando sobre os danos que causam à mediunidade, por exemplo. O médium, contaminado pelos alcoólicos torna-se mira de obsessão dos indigentes alcoolistas do além. A obsessão, através da inofensiva cervejinha, é mais generalizada do que parece.
Num contexto social permissivo, o vício da ingestão de alcoólicos torna-se expressão de "status", atestando a decadência de um período histórico que passa lento e doído. A Doutrina Espírita adverte sobre essa influência espiritual, oculta, ou seja, o meio espiritual que respiramos pode contribuir para o surgimento de um determinado vício. Não nos iludamos, o viciado em álcool quase sempre tem a seu lado obsessores extra físicos que o induzem à bebida, nele exercendo grande domínio e dele usufruindo as mesmas sensações etílicas.
Pais espíritas e, absolutamente, cônscios da responsabilidade que assumiram perante a família, não devem oferecer bebidas alcoólicas para seus filhos sob quaisquer pretextos. Ao contrário disso, devem envidar todos os esforços para afastá-los das festas regadas a álcool; essa, sim, é uma atitude sensata. Creio que haja suficiente razão para não estocarmos, em casa, as esplêndidas e suntuosas garrafas de bebidas alcoólicas, normalmente, conservadas em um “atraente” barzinho, pois, nelas, está acondicionado o tóxico fatal.

Jorge Hessen

"PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS"

188. Os Espíritos puros habitam mundos especiais, ou se acham no espaço universal, sem estarem mais ligados a um mundo do que a outros?

“Habitam certos mundos, mas não lhes ficam presos, como os homens à Terra; podem, melhor do que os outros, estar em toda parte.”
Segundo os Espíritos, de todos os mundos que compõe o nosso sistema planetário, a Terra é dos de habitantes menos adiantados, física e moralmente. Marte lhe estaria ainda abaixo, sendo-lhe Júpiter superior de muito, a todos os respeitos. O Sol não seria mundo habitado por seres corpóreos, mas simplesmente um lugar de reunião dos Espíritos superiores, os quais de lá irradiam seus pensamentos para os outros mundos, que eles dirigem por intermédio de Espíritos menos elevados, transmitindo-os a estes por meio do fluido universal. Considerado do ponto de vista da sua constituição física, o Sol seria um foco na de eletricidade. Todos os sóis como que estariam em situação análoga.
O volume de cada um e a distância a que esteja do Sol nenhuma relação necessária guardam com o grau do seu adiantamento, pois que, do contrário, Vênus deveria ser tida por mais adiantada do que a Terra e Saturno menos do que Júpiter.
Muitos Espíritos, que na Terra animaram personalidades conhecidas, disseram estar reencarnados em Júpiter, um dos mundos mais próximos da perfeição, e há causado espanto que, nesse globo tão adiantado, estivessem homens a que a opinião geral aqui não atribuía tanta elevação. Nisso nada há de surpreendente, desde que se atenda a que, possivelmente, certos Espíritos, habitantes daquele planeta, foram mandados à Terra para desempenharem aí certa missão que, aos nossos olhos, os não colocava na primeira plana. Em segundo lugar, deve-se atender a que, entre a existência que tiveram na Terra e a que passaram a ter em Júpiter, podem eles ter tido outras intermédias, em que se melhoraram. Finalmente, cumpre se considere que, naquele mundo, como no nosso, múltiplos são os graus de desenvolvimento e que, entre esses graus, pode medear lá a distância que vai, entre nós, do selvagem ao homem civilizado. Assim, do fato de um Espírito habitar Júpiter não se segue que esteja no nível dos seres mais adiantados, do mesmo modo que ninguém pode considerar-se na categoria de um sábio do Instituto, só porque reside em Paris.
As condições de longevidade não são, tampouco, em qualquer parte, as mesmas que na Terra e as idades não se podem comparar. Evocado, um Espírito que desencarnara havia alguns anos, disse que, desde seis meses antes, estava encarnado em mundo cujo nome nos é desconhecido. Interrogado sobre a idade que tinha nesse mundo, disse: “Não posso avaliá-la, porque não contamos o tempo como contais. Depois, os modos de existência não são idênticos. Nós, lá, nos desenvolvemos muito mais rapidamente. Entretanto, se bem não haja mais de seis dos vossos meses que lá estou, posso dizer que, quanto à inteligência, tenho trinta anos da idade que tive na Terra.”
Muitas respostas análogas foram dadas por outros Espíritos e o fato nada apresenta de inverossímil. Não vemos que, na Terra, uma imensidade de animais em poucos meses adquire o desenvolvimento normal? Por que não se poderia dar o mesmo com o homem noutras esferas? Notemos, além disso, que o desenvolvimento que o homem alcança na Terra aos trinta anos talvez não passe de uma espécie de infância, comparado com o que lhe cumpre atingir. Bem curto de vista se revela quem nos toma em tudo por protótipos da criação, assim como é rebaixar a Divindade o imaginar-se que, fora o homem, nada mais seja possível a Deus.”

Fonte O Livro dos Espíritos

terça-feira, 5 de setembro de 2017

PERANTE OS PROBLEMAS MATERNAIS

Pelo espírito Bezerra de Menezes



I As nossas irmãs que se fizerem mães, juntamente com os seus filhinhos, atrairão sempre a assistência do Alto, na caminhada redentora.
II Quanto às nossas tarefas de mãe, prossigamos confiando na Infinita Bondade de Jesus, que nunca nos abandona. Conservemos a firmeza de atitudes, revestindo o nosso carinho maternal de Amor Puro e guardando a certeza de que Jesus nos sustentará.
III Sustentemos a calma por clima constante no coração. O ministério de mãe- redentora tarefa de alegrias e angústias – prosseguirá amparado por muitos Amigos da Esfera Superior. Marchemos ao encontro da vontade de Jesus e Jesus virá ao encontro da nossa.
IV Sob os testemunhos do amor materno, não faltará o socorro do Senhor. Sigamos ao encontro de nossa luta, guardando a certeza de que a Bênção de Jesus estará conosco.
V O sacrifício das mães é a bênção maior dos filhos. Ajudemos, como sempre, aqueles que o Senhor nos concedeu aos braços amorosos por brilhantes a burilar. A hora porém é de resistência moral e de novos testemunhos de fé, porquanto o carinho maternal, embora sempre ao lado dos filhos em dificuldades, não poderá eximi-los das suas responsabilidades naturais.
VI As forças maternais serão sempre renovadas, na missão redentora, pelos Amigos Espirituais constantemente a postos. Quanto possível, evitemos acréscimo de preocupações em benefício de nós mesmos.
VII Auxiliemos aos filhos, quanto se nos faça possível, guardando sempre uma posição digna e tranqüila, na certeza de que o amparo do Senhor não nos faltará. Só assim as nossas atitudes estarão em harmonia com os nossos deveres maternais.
VIII Amigos da Espiritualidade Superior dispensam assistência habitual em favor da manutenção da paz, na solução dos inquietantes problemas que afligem o coração materno.

Fonte - Apelos Cristãos, psicografia Chico Xavier, ditado espírito Bezerra de Menezes

AÇÃO DO HOMEM SOBRE OS ESPÍRITOS INFELIZES

A nossa indiferença para com as manifestações espíritas não nos privaria
somente do conhecimento do futuro de além-túmulo, pois nos desviaria
também da possibilidade de agir sobre os Espíritos infelizes, de amenizar-lhes a sorte, tornando-lhes mais fácil a reparação de suas faltas.





Os Espíritos atrasados, tendo mais afinidade com os homens do que com os Espíritos puros, em virtude de sua constituição fluídica ainda grosseira, são, por isso mesmo, mais acessíveis à nossa influência. Entrando em comunicação com eles, podemos preencher uma generosa missão, instrui-los, moralizá-los e, ao mesmo tempo, melhorarmos, (1) sanearmos o meio fluidico em que todos vivemos.
(1.) O que usualmente chamamos doutrinação (o administrador da página)
Os Espíritos sofredores ouvem o nosso apelo e as nossas evocações. Os
nossos pensamentos, simpáticos, envolvendo-OS como uma corrente elétrica e atraindo-os a nós, permitem que conversemos com eles por meio dos médiuns.
O mesmo dá-se com as almas que deixam este mundo. As nossas evocações despertam a atenção dos Espíritos e facultam-lhe o desapego corpóreo; as nossas preces ardentes são como um jato luminoso que os esclarece e vivifica.
É-lhes agradável perceber que não estão abandonados a si próprios na
Imensidade, que há ainda na Terra seres que se interessam pela sua sorte e
desejam a sua felicidade. E, quando mesmo esta não possa ser alcançada por preces, contudo elas não deixam de ser salutares, arrancando-os ao
desespero, dando-lhes as forças fluídicas necessárias para lutarem contra as
influências perniciosas e ajudando-os a subirem mais alto.
Não devemos, entretanto, esquecer que as relações com os Espíritos
inferiores exigem uma certa segurança de vistas, de tato e de energia; daí os
bons efeitos que se podem esperar. É preciso uma verdadeira superioridade
moral para dominar tais Espíritos, para reprimir os seus desmandos e dirigi-los ao caminho reto; e essa superioridade não se adquire senão por uma vida isenta de paixões materiais, pois, em tal caso, os fluídos depurados do
evocador atuam eficazmente sobre os fluídos dos Espíritos atrasados.
Além disso, é necessário um conhecimento prático do mundo invisível para nos podermos guiar com segurança no meio das contradições e dos erros que pululam nas comunicações dos Espíritos levianos.
Em conseqüência da sua natureza imperfeita, eles só possuem conhecimentos muito restritos; vêem e julgam as coisas diferentemente; muitos conservam as opniões e os preconceitos da vida terrena.
O critério e a clarividência tornam-se, portanto, indispensáveis a quem se dirigir nesse dédalo.
O estudo dos fenômenos espíritas e as relações com o mundo Invisível
apresentam muitas dificuldades e, mesmo, perigos ao homem Ignorante e
frívolo, que pouco se tenha preocupado com o lado moral da questão.
Aquele que, descuidando-se de estudar a ciência e a filosofia dos Espíritos, penetra bruscamente no domínio do Invisível, entregando-se, sem reserva, às suas manifestações, desde logo se acha em contacto com milhares de seres cujos atos e palavras ele não tem meio algum de aferir. Sua ignorância entregá-lo-á desarmado à Influência deles, pois a sua vontade vacilante, Indecisa, não poderá resistir às sugestões de que se fez alvo.
Fraco, apaixonado, sua imperfeição faz com que atraia Espíritos Iguais a si, que o assediam sem o menor escrúpulo de enganar. Nada sabendo sobre as leis morais, insulado no seio de um mundo onde a alucinação e a realidade confundem-se, terá tudo a temer: a mentira, a Ironia, a obsessão.
A princípio, foi considerável a parte que os Espíritos inferiores tomaram nas
manifestações, e isso tinha sua razão de ser. Em um meio material como o
nosso, só as manifestações ruidosas, os fenômenos de ordem física poderiam impressionar os homens e arrancá-los à Indiferença por tudo que não diga respeito aos seus interesses imediatos.
É isso que justifica o predomínio das mesas giratórias, das pancadas, das pedradas, etc.
Esses fenômenos vulgares, produzidos por Espíritos submetidos à Influência da matéria, eram apropriados às exigências da causa e ao estado mental daqueles de quem se queria despertar a atenção.
Não se os deverá atribuir aos Espíritos superiores, pois estes só se manifestaram ulteriormente e por processos menos grosseiros, sobretudo com o auxílio de médiuns escreventes, auditivos e sonambúlicos.
Depois dos fatos materiais, que se dirigiam aos sentidos, os Espíritos têm
falado à inteligência, aos sentimentos e à razão. Esse aperfeiçoamento gradual dos meios de comunicação mostra-nos os grandes recursos de que dispõem os poderes invisíveis, as combinações profundas e variadas que sabem pôr em jogo para estimular o homem no caminho do progresso e no conhecimento dos seus destinos.

Do Livro - Depois da Morte de Léon Denis

QUE TIPO DE OLHOS TEMOS NÓS? - "Emmanuel ".

Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz..." - Jesus. (Mateus, 6:22)

Olhos...Patrimônio de todos.





Encontramos, porém, olhos diferentes em todos os lugares.
Olhos de malícia...
Olhos de crueldade...
Olhos de ciúme...
Olhos de ferir...
Olhos de desespero...
Olhos de desconfiança...
Olhos de atrair a viciação...
Olhos de perturbar...
Olhos de registrar males alheios...
Olhos de frieza...
Olhos de irritação...
Se aspiras, no entanto, a enobrecer os recursos da visão, ama e ajuda, aprende e perdoa sempre, e guardarás contigo os "olhos bons", a que se referia o Cristo de Deus, instalando no próprio espírito a grande compreensão suscetível de impulsionar-te à glória da Eterna Luz.

Escrito pelo Espírito: Emmanuel
Do livro: Palavras de vida eterna
Psicografia de: Chico Xavier

QUEM FOI O ESPÍRITO DE DOM PEDRO II?

Existem pouquíssimos relatos acerca da vida do soldado romano que perfurou Jesus. O seu nome era Longinus. Ele tinha um problema ocular no qual dificultava sua visão, e para que ninguém soubesse do seu problema de visão, e nem coloca-lo para fora do exercito romano, ele procurava lutar sem medo e com destreza tinha força e velocidade em sua lança. E com o passar do tempo, perto de se aposentar, foi enviado para Jerusalém para designar seu último serviço como comandante de guarda. Seu nome Longinus é derivado do grego que significa “uma lança”, é referido como tendo sido o soldado romano que perfurou Jesus com uma lança (Jo 19,34), ou como o centurião que, na crucificação, reconheceu Jesus como “o filho de Deus” (Mt 27,54; Mc 15,39; Lc 23,47)


Durante o percurso do calvário Longinus escutou alguns homens do Sinédrio comentar que os joelhos de Jesus deveriam serem quebrados, pois, as profecias diziam que o messias não teria nenhum osso quebrado (Salmo34:20 – Êxodo12:46), e também pelo fato de que ao pôr do sol iria iniciar-se o Shabat, para que os corpos dos condenados não profanassem o dia santo, assim os seus joelhos deveriam serem quebrados para apressar a morte e para que a profecia não fosse cumprida. Longinus escutando tal conversa ficou indignado com tal perversidade articulada contra um homem humilde, já com o corpo abatido, e sem ter realizado nenhuma reclamação ou revolta estando em tal situação.
Então, no momento de quebrarem os joelhos dos crucificados, Longinus vai até Jesus, e assim para comprovar-lhe o óbito sem a necessidade dos seus joelhos serem quebrados como queria o Sinédrio, perfurou-lhe o corpo com uma lança. O líquido saído do corpo de Jesus bateu nos olhos do Longinus, curando-o instantaneamente da sua grave doença ocular, e também o curando na alma, pois atribui-se a ele as palavras de um soldado presente na hora da morte de Jesus: “Verdadeiramente este homem era o filho de Deus.” Depois desse fato Longinus converteu-se e abandonou o exercito romano.
Após abandonar o exercito romano por causa de sua conversão, Longinus fugiu para Cesárea e, depois, Capadócia, na atual Turquia. Mas, foi descoberto pelo Governador da Capadócia e denunciado a Pôncio Pilatos. No processo, foi acusado de desertor e condenado a pena de morte. Se ele renunciasse à sua fé em Jesus Cristo seria perdoado. Mas, ele se manteve firme e não renegou Jesus. Por isso, foi torturado, teve seus dentes arrancados e sua língua cortada. Depois, foi decapitado.
Longinus foi canonizado santo pela Igreja Católica no ano de 999, pelo Papa Silvestre II. tendo recebido o nome de São Longuinho.
Depois desta vida, Longinus reencarnou várias vezes, a última sendo como o imperador Dom Pedro II.
LONGINUS REENCARNA COMO D. PEDRO II
Definitivamente proclamada a independência do Brasil, o guia espiritual do Brasil, Ismael, leva a Jesus o relato de todas as conquistas verificadas, solicitando o amparo do seu coração compassivo e misericordioso para a organização política e social do Brasil.
Corriam os primeiros messes de 1824, encontrando-se a emancipação do pais mais ou menos consolidada perante a metrópole portuguesa. Os estadistas topavam com dificuldades para a organização estatal da terra do Cruzeiro. A constituição, depois de calorosos debates e dos famosos incidentes dos Andradas, incidentes que haviam terminado com a dissolução da Assembleia Constituinte e com o exílio desses notáveis brasileiros, só fora aclamada e jurada, justamente naquela época , a 25 de março de 1824. Nesse dia, findava a mais difícil de todas as etapas da independência e o coração inquieto do primeiro imperador podia gabar-se de haver refletido, muitas vezes, naqueles dias turbulentos, os ditames dos emissários invisíveis, que revestiram as suas energias de novas claridades, para o formal desempenho da sua tarefa nos primeiros anos de liberdade da pátria.
Recebendo as confidencias de Ismael, que apelava para a sua misericórdia infinita, considerou o Senhor a necessidade de polarizar as atividades do Brasil num centro de exemplos e de virtudes, para modelo geral de todos. Assim, Jesus chamou Longinus à sua presença, e falou com bondade:
- Longinus, entre as nações do orbe terrestre, organizei o Brasil como coração do mundo. Minha assistência misericordiosa tem velado constantemente pelos seus destinos e, inspirado a Ismael e seus companheiros do Infinito, consegui evitar que a pilhagem das nações ricas e poderosas fragmentasse o seu vasto território, cuja configuração geográfica representa o órgão do sentimento no planeta, como um coração que deverá pulsar pela paz indestrutível e pela solidariedade coletiva e cuja evolução terá de dispensar, logicamente, a presença continua dos meus emissários para a solução dos seus problemas de ordem geral. Bem sabes que os povos tem a sua maioridade, como os indivíduos, e se bem não os percam de vista os gênios tutelares do mundo espiritual, faz-se mister se lhes outorgue toda a liberdade de ação, a fim de aferirmos o aproveitamento das lições que lhes foram prodigalizadas. Sente-se o teu coração com a necessária fortaleza para cumprir uma grande missão na Pátria do Evangelho?”
- Senhor – respondeu Longinus, num misto de expectativa angustiosa e de refletida esperança – bem conheceis o meu elevado propósito de aprender as vossas lições divinas e de servir à causa das vossas verdades sublimes, na face triste da Terra. Muitas existências de dor tenho voluntariamente experimentado, para gravar no íntimo do meu espírito a compreensão do vosso amor infinito, que não pude entender ao pé da cruz dos vossos martírios no Calvário, em razão dos espinhos da vaidade e da impenitência, que sufocam, naquele tempo, a minha alma. Assim, é com indizível alegria, Senhor, que receberei vossa incumbência para trabalhar na terra generosa, onde se encontra a árvore magnânima da vossa inesgotável misericórdia. Seja qual for o gênero de serviço que me forem confiados, acolherei as vossas determinações como um sagrado ministério.
- Pois bem – redarguiu Jesus com grande piedade – essa missão, se for bem cumprida por ti, constituirá a tua última romagem pelo planeta escuro da dor e do esquecimento. A tua tarefa será daquelas que requerem o máximo de renúncias e devotamentos. Serás imperador do Brasil, até que ele atinja a sua perfeita maioridade, como nação. Concentrarás o poder e a autoridade para beneficiar a todos os seus filhos. Não é preciso encarecer aos teus olhos a delicadeza e sublimidade desse mandato, porque os reis terrestres, quando bem compenetrados das suas elevadas obrigações diante das leis divinas, sentem nas suas efêmeras um peso maior que o das algemas dos forçados. A autoridade, como a riqueza, é um patrimônio terrível para os espíritos dos seus grandes deveres. Dos teus esforços se exigirá de meio século de lutas e dedicações permanentes. Inspirarei as tuas atividades; mas, considera sempre a responsabilidade que permanecerá nas tuas mãos. Ampara os fracos e os desvalidos, corrige as leis despóticas e inaugura um novo período de progresso moral para o povo das terras do Cruzeiro. Institui, por toda parte do continente, o regime do respeito e da paz, e lembra-te da prudência e da fraternidade que deverá manter o país nas suas relações com as nacionalidades vizinhas. Nas lutas internacionais, guarda a tua espada na bainha e espera o pronunciamento da minha justiça, que surgirá sempre, no momento oportuno. Fisicamente consideradas, todas as nações constituem o patrimônio comum da humanidade e, se algum dia for o Brasil menosprezado, saberei providenciar para que sejam devidamente restabelecidos os princípios da justiça e da fraternidade universal. Procura aliviar os padecimentos daqueles que sofrem nos martírios do cativeiro, cuja abolição se verificará nos últimos tempos do teu reinado. Tuas lides terminarão ao fim deste século, e não deves esperar a gratidão dos teus contemporâneos; ao fim delas, serás alijado da tua posição por aqueles mesmos a quem proporcionares os elementos de cultura e liberdade. As mãos aduladoras, que buscarem a proteção das tuas, voltarão aos teus palácios transitórios, para assinar o decreto da tua expulsão do solo abençoado, onde semearás o respeito e a honra, o amor e o dever, com lágrimas redentoras dos teus sacrifícios. Contudo, amparar-te-ei o coração nos angustiosos transes do teu último resgate, no planeta das sombras. Nos dias da amargura final, minha luz descerá sobre os teus cabelos brancos, santificando a tua morte. Conserva as tuas esperanças na minha misericórdia, porque se observares as minhas recomendações, não cairá uma gota de sangue no instante amargo em que experimentares o teu coração igualmente trespassado pelo gládio da ingratidão. A posteridade, porém, saberá descobrir as marcas dos teus passos na Terra, para se firmar no roteiro da paz e da missão evangélica do Brasil.
Longinus recebeu com humildade a designação de Jesus, implorando o socorro de suas inspirações divinas para a grande tarefa do trono.
Ele nasceria no ramo enfermo da família dos Braganças; mas, todas as enfermidades tem na alma as suas raízes profundas.
Foi assim que Longinus preparou a sua volta à Terra, depois de outras existências tecidas de abnegações edificantes em favor da humanidade, e, no dia 2 de dezembro de 1825, no Rio de janeiro, nascia de Dona Leopoldina, esposa de D. Pedro, aquele que seria no Brasil o grande imperador e que, na expressão dos seus próprios adversários, seria “o maior de todos os republicanos de sua pátria.”
No fim da sua vida, D. Pedro II, que já houvera perdido a esposa, que estava abandonado, esquecido, num modesto quarto de hotel, longe da pátria e dos amigos protegidos pelo boníssimo monarca. Mas tudo isso não conseguia “turva-lhe a majestática serenidade de ânimo” e apenas levou-o a mandar buscar do Brasil um caixotinho de terra, talvez da mesma terra da sua vivenda em Petrópolis; só a uns dois ou três amigos íntimos revelou o motivo daquela encomenda, que era: repousar a cabeça depois de morto! Sendo este o conteúdo do seu belíssimo e perfeito soneto: Terra do Brasil.
Depois, alquebrado pela moléstia e pela velhice, expulso da pátria como um réprobo, privado de tudo quanto amava, no modestíssimo Hotel Bedford, à rua de l’Arcade, 17, em paris, faleceu o ex-imperador do Brasil a 5 de dezembro de 1891. Suas derradeiras palavras foram estas: “Nunca me esqueci do Brasil. Morro pensando nele. Deus o proteja.”

Fonte: Livro – Brasil, Coração do Mundo – Pátria do Evangelho. Pelo espírito Humberto de Campos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro – Chico Xavier D. Pedro II e o Brasil. De Walter José Faé

FAMÍLIA E REENCARNAÇÃO

O espírito de André Luiz escreveu em um dos seus livros que
não há casamento que se erga na terra sem vínculos com o
passado e Emmanuel já disse que no lar estamos pagando a
prestação certas dívidas contraídas por atacado.

Não me lembro quem, no momento, mas alguém já disse que o
exercício do amor verdadeiro não pode cansar o coração.
Quando Jesus perguntou a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas
"tu me amas?", Simão entristeceu-se porque era a terceira vez
que JESUS lhe perguntava se ele o amava e disse-lhe:
-Senhor, tu sabes todas as coisas. Tu sabes que te amo.
JESUS lhe respondeu:
-Apascenta minhas ovelhas.
Interessante notar que JESUS não perguntou se Simão Pedro
tinha dinheiro, cultura, propriedades, inteligência, se era casado
ou tinha filhos. Perguntou-lhe apenas se ele O amava, como a
nos indicar que se tivermos amor, todas as demais dificuldades
se resolvem.
-Adelino da Silveira

(Do livro Momentos com Chico Xavier)

05 de Setembro - Feliz dia do Irmão

A convivência familiar nem sempre é harmônica.
Frequentemente, tem-se mais espontaneidade e prazer no relacionamento com amigos do que com irmãos.






Causam perplexidade as dificuldades de relações entre pessoas que foram criadas juntas e tiveram experiências similares em seus primeiros anos.
Elas aprenderam com os pais valores e lições semelhantes, mas apresentam grandes diferenças em seus gostos e tendências.
Alguns irmãos, tão logo atingem a idade adulta, deliberadamente se afastam dos demais.
Outros, mesmo permanecendo em contato, estão em constantes atritos.
A razão dessa dificuldade de relacionamento é explicada pelo Espiritismo.
Ele esclarece que existem duas espécies de família, a material e a espiritual.
A família material é estabelecida pelos laços sanguíneos.
A família espiritual decorre exclusivamente de afinidade e de comunhão de ideias e valores.
O parentesco corporal é estabelecido a partir da necessidade de aprendizado e de refazimento de erros do passado.
A parentela corporal pode ou não ser composta de Espíritos afins, ditos parentes espirituais.
A parentela espiritual é facilmente identificável.
São as pessoas que se buscam e têm prazer na companhia umas das outras.
Elas têm valores em comum e seu relacionamento é tranquilo e prazeroso.
Se dois irmãos carnais têm genuína afinidade, eles sempre são grandes amigos.
As dificuldades surgem quando a vida reúne antigos desafetos no mesmo lar.
A convivência entre seres radicalmente diferentes e com uma certa dose de antipatia costuma ser explosiva.
Entretanto, a Sabedoria Divina jamais se equivoca.
Se ela providenciou essa reunião, é porque se trata de providência imprescindível à conquista da harmonia.
A Lei Divina estabelece o amor e a fraternidade entre os seres.
Quando alguns Espíritos não aprendem suas lições com facilidade, a vida providencia os meios necessários para que o aprendizado ocorra.
Por exemplo, dois cônjuges que se traem e infelicitam.
Eles podem aprender a lição de que a lealdade é um tesouro.
Também podem, a partir da ciência de sua própria fragilidade moral, ter compaixão do erro do outro.
Mas muitos que traem e vilipendiam se permitem odiar quem com eles faz o mesmo.
Esses por vezes renascem como irmãos, para que aprendam a se amar fraternalmente.
Embora esse convívio não seja fácil, ele corresponde a uma real necessidade espiritual.
Em inúmeros outros contextos, a Providência Divina reúne no mesmo lar Espíritos que se permitiram equívocos uns contra os outros.
A família é um poderoso instrumento para eliminar rancores seculares e viabilizar a transformação moral das criaturas.
Ciente dessa realidade, valorizemos a nossa família!



Fonte: Redação do Momento Espírita