quinta-feira, 29 de junho de 2017

REFLEXÕES SOBRE A GRANDE TRANSIÇÃO PLANETÁRIA

REFLEXÕES SOBRE A  GRANDE  TRANSIÇÃO PLANETÁRIA

            Queridos amigos, estas são reflexões imprescindíveis, que todos nós, espíritas, comprometidos com a divulgação e vivência dos ensinamentos do Espiritismo, necessitamos fazer, compreendendo que estamos sendo convocados, diretamente, para contribuir com o processo de regeneração da Humanidade.



Minha proposta aos queridos amigos é a de observarmos mais atentamente a mensagem-revelação do Espírito Órion., contida no livro Transição Planetária.
Ressaltarei desse capítulo, que é o terceiro, os pontos referentes à convocação que é feita pelo emissário que veio de uma das Pleiâdes (constelação do Touro), especialmente a nós, espíritas.
Incialmente apresento algumas considerações.

O livro Transição Planetária, a meu ver, é a obra mediúnica mais importante dos últimos tempos ao abordar o grandioso processo da renovação planetária, conforme está predito, e como isso se realizará, para que a Terra alcance o patamar da regeneração.
            Jesus, no Sermão profético (Mt c.24 e 25; Mc c.13; Lc 21:5-36) fala do
“princípio das dores” e da“grande tribulação”.
            Em O Livro dos Espíritos, em resposta à questão 1019 proposta por Allan Kardec, o Espírito São Luís elucida, com muita clareza, o que deverá ocorrer para que o bem reine na Terra. Também em A Gênese, cap. XVIII, Kardec aprofunda os esclarecimentos com relação à grande transformação moral e espiritual do planeta.
Na magnífica obra mediúnica Há dois mil anos, (FEB, 1939), Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier, relata no cap. VI da segunda parte, intitulado “Alvoradas do reino do Senhor”, o discurso de Jesus (texto que divulguei há 3 anos para todos os nossos grupos), quando recepcionava um grupo de mártires sacrificados no circo romano. Segundo Emmanuel, o Mestre fez naquele momento sublime, “a exposição de suas profecias augustas”. Nessa importante profecia – recordemos que isto aconteceu há dois mil anos –encontramos detalhes de como se dará a transição, que ora está em curso.
No ano de 1948, a FEB lança o livro Caminho, verdade e vida, de Emmanuel/Chico Xavier, em cujo cap.140, intitulado “Para os montes”, o autor espiritual tece comentários sobre um dos versículos do Sermão profético, conforme Mt 24:16. O texto é notável pois traça um panorama - àquela época –do que estamos vivendo hoje.
Recentemente, a Mentora Joanna de Ângelis, através de Divaldo Franco, divulga a mensagem intitulada “A Grande transição”, (livro Jesus e Vida – LEAL, 2007) excelente esclarecimento sobre o tema que estou enfocando. Interessante assinalar que esta mensagem foi transmitida, penso eu, como preparação para o livro Transição Planetária , que é o objeto de nossas reflexões.
Todos os textos acima evidenciam que a importante contribuição do querido Benfeitor Manoel Philomeno de Miranda, está doutrinariamente fundamentadanas obras citadas.
A obra Transição Planetária, traz, portanto, minuciosos esclarecimentos acerca do processo da regeneração do planeta Terra. Sendo assim é imprescindível que todos os que estarão recebendo essas reflexões estejam em dia com a leitura desse livro. E quem já leu releia...
A seguir, observemos o trecho em que Órion esclarece a vinda de milhares de Espíritos da mesma Esfera ao qual pertence que, inicialmente, estarão se dirigindo às comunidades espirituais (que são denominadas entre nós de ‘colônias espirituais’) que estão próximas à Terra, expondo o grandioso programa ,“de forma que, unidos, formemos uma só caravana de laboriosos servidores, atendendo as determinações do Governador terrestre, o Mestre por excelência.”
“De todas essas comunidades(colônias espirituais) seguirão grupos espirituais preparados para a disseminação do programa, comunicando-se nas instituições espíritas sérias e convocando os seus membros à divulgação das diretrizes para os novos cometimentos.
Expositores dedicados e médiuns sinceros estarão sendo convocados a participarem de estudos e seminários, para que seja desencadeada uma ação internacional no planeta, convidando as pessoas sérias à contribuição psíquica e moral em favor do novo período.”
É importante que leiam todo o capítulo e que atentemos para as advertências que Órion transmite. Claro que os testemunhos acontecerão, como podemos imaginar.
Na parte final da mensagem ele afirma : “ O modelo a seguir permanece Jesus, e a nova onda de amor trará de retorno o apostolado, os dias inesquecíveis das perseguições e do martirológio que, na atualidade, terá características diversas, já que não se podem matar impunemente os corpos como no passado...”
Queridos amigos, agora já sabemos.
A sintonia com essa programação depende de cada um, desde que aceite participar. Mas penso que todos estamos, vibratoriamente e honrosamente,engajados nesse nobre propósito.
Como diz Joanna, aamorável  Benfeitora de todos nós:
“Aclimatados à atmosfera do Evangelho, respiremos o ideal da crença...
E unidos uns aos outros, entre os encarnados e com os desencarnados, sigamos.
Jesus espera: avancemos! 


Suely Caldas Schubert  - 18/01/2011

DESENCARNAÇÕES COLETIVAS

DESENCARNAÇÕES COLETIVAS
 
           Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos dos grandes incêndios?
          (Pergunta endereçada a Emmanuel por algumas dezenas de pessoas em reunião pública, na noite de 28 de fevereiro de 1972, em Uberaba, Minas Gerais.)






Resposta:

          Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio.
          Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.
          É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.
* * *
          Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.
          Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.
          Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas.
          Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidades na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.
* * *
          Criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as consequências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança. É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida.
* * *
          Lamentemos sem desespero quantos se fizeram vítimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos.
          Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença de Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Justiça, que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor.

Emmanuel 

AS LEIS DA CONSCIÊNCIA

          A resposta de Emmanuel vem do plano espiritual e acentua o aspecto terreno da autopunição dos encarnados, em virtude de um fator psicológico: o das leis da consciência. Obedecendo a essas leis, as vítimas de mortes coletivas aparecem como as mais severas julgadoras de si mesmas. São almas que se punem a si próprias em virtude de haverem crescido em amor e trazerem consigo a justiça imanente. Se no passado erraram, agora surgem como heroínas do amor no sacrifício reparador.
          As leis da Justiça Divina estão escritas na consciência humana. Caim matou Abel por inveja e a sua própria consciência o acusou do crime. Ele não teve a coragem heróica de pedir a reparação equivalente, mas Deus o marcou e puniu. Faltava-lhe crescer em amor para punir-se a si mesmo. O símbolo bíblico nos revela a mecânica da autopunição cumprindo-se compulsoriamente. Mas, nas almas evoluídas, a compulsão é substituída pela compaixão.
           Para a boa compreensão desse problema precisamos de uma visão clara do processo evolutivo do homem. Como selvagem ele ainda se sujeita mais aos instintos do que à consciência. Po isso não é inteiramente responsável pelos atos. Como civilizado ele se investe do livre-arbítrio que o torna responsável. Mas o amor ainda não o ilumina com a devida intensidade. As civilizações antigas (como o demonstra a própria Bíblia) são cenários de apavorantes crimes coletivos, porque o homem amava mais a si mesmo do que aos semelhantes e a Deus. Nas civilizações modernas, tocadas pela luz do Cristianismo, os processos de autopunição se intensificam.
          O suicídio de Judas é o exemplo da autopunição determinada por uma consciência evoluída. O que ocorreu com Judas em vida, ocorre com as almas desencarnadas que enfrentam os erros do passado na vida espiritual. Para encontrar o alívio da consciência elas sentem a necessidade (determinada pela compaixão) de passar pelo sacrifício que impuseram aos outros. Mas o que é esse sacrifício passageiro, diante da eternidade do espírito? A misericórdia divina se manifesta na reabilitação da alma após o sacrifício para que possa atingir a felicidade suprema na qualidade de herdeira de Deus e co-herdeira de Cristo, segundo a expressão do apóstolo Paulo.
          Encarando a vida sem a compreensão das leis da consciência e do processo da reencarnação não poderemos explicar a Justiça de Deus – principalmente nos casos brutais de mortes coletivas. Os que assim perecem estão sofrendo a autopunição de que suas próprias consciências sentiram necessidade na vida espiritual. A diferença entre esses casos e o de Judas é que essas vítimas não são suicidas, mas criaturas submetidas à lei de ação e reação.
          Judas apressou o efeito da lei ao invés de enfrentar o remorso na vida terrena. Tornou-se um suicida e aumentou assim a sua própria culpa, rebelando-se contra a Justiça Divina e tentando escapar a ela.

Irmão Saulo (J. Herculano Pires)

Livro:  Chico Xavier Pede Licença – Um Aparte do Além nos Diálogos da Terra Cap.19
            Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos, J. Herculano Pires
GEEM – Grupo Espírita Emmanuel Sociedade Civil Editora

Aos Pais da Terra

Teu filho corre e é saudável?
Brinca com ele no campo da Vida!
Pois essa fase, além de divertida
deixa uma doce lembrança inapagável.



Teu filho não pode correr?
Brinca com ele carinhosamente!
O melhor remédio para o doente
é a Alegria, fazendo esquecer!

Teu filho vai bem nos estudos?
Parabéns pelo ilustre rebento,
que estudando usa o tempo,
mas brinque com ele contudo!

Teu filho não consegue estudar,
por obra de enfermo retardo?
Não te esquece que ele está no aguardo
e também deseja rir e brincar!

Teu filho casou-se?
Parabéns pelos netos e netas que virão,
sem esquecer que os netinhos desejarão
um vovô Alegre e muito brincalhão!

Para que esse mundo seja de Alegria
é preciso semear a esperança,
principalmente no peito da criança,
que será adulto um dia!

Comece em casa essa experiência
Vale a pena!  Sorrir é viver!!!
E no Lar, quando o Amor renascer,
O mundo também sofrerá essa influência!  

Olhe teu filho como amigo e irmão!
Ele precisa sentir-se igual,
e não deixa que lhe ocorra nada de mal,
e poderá ser teu pai na próxima encarnação!

Observe teu Lar com carinho!
A dedicada companheira que
todos os dias divide contigo
as lutas, as dores, as agonias.

Já pensastes se um dia ficares sozinho?
Abra as janelas para o Sol entrar!
Ame os teus, ame o mundo!
A Vida na Terra é um segundo,
não passe por ela sem Amar!

Reforme teu Lar com emoções!
Cante, dance, rega as flores!
Não nega para os teus amores,
a festa sublime dos Corações!

E quando o teatro da Vida mudar a cena,
e o colorido enfeitar teu jardim,
verás que tanto esforço assim pela Alegria,
Bem que valeu a pena!!!

Pelo Espírito José Grosso
Psicografia de Alvaro Basile Portughesi
SP/ 09 Agosto 1990

Qual seria a explicação para o problema do nanismo”.

Chico Xavier respondeu a esta questão em Uberaba.



Chico Xavier:
Ele afirmou que a pessoa encarna sob essa condição, basicamente por duas razões: a primeira delas, a mais frequente, porque praticou o suicídio em outra existência e a segunda por ter abusado da beleza física, causando a infelicidade de outras pessoas.
O nanismo está particularmente ligado ao suicídio por precipitação de grandes alturas. O anão revoltado, segundo explicou-nos Chico, em geral é o suicida de outra existência que não se conforma de não ter morrido, porque constatou que a vida é uma fatalidade e, mesmo desejando, não conseguiu extingui-la.
Chico afirmou que o corpo espiritual sofre, com esse tipo de morte, lesões que vão interferir no próximo corpo, prejudicando particularmente a produção de hormônios, daí a formação do corpo anão, e as diversas formas de nanismo, mais ou menos graves, segundo o comprometimento do espírito.
Ele disse ainda que conhece mães e pais maravilhosos que têm aceitado a prova com coragem e amparado os filhoslivro lições de sabedoria anões com muito carinho e dedicação. Reconhece que a explicação espírita através da lei de causa e efeito e das encarnações sucessivas contribui bastante para a resignação perante a prova. Suas palavras são de estímulo e encorajamento aos pais e portadores de nanismo para que não se revoltem e aceitem essa estágio na Terra como um valioso aprendizado para o espírito imortal.
Fonte: Livro, Lições de Sabedoria: Chico Xavier nos 22 anos da Folha Espírita - Marlene Rossi Severino Nobre.
“Demonstrando a existência e a imortalidade da alma, o Espiritismo reaviva a fé no futuro, levanta os ânimos abatidos e faz suportar com resignação as vicissitudes da vida”

 Allan Kardec

Publicado na coluna da Liga Espírita Pelotense no dia 17 de Fevereiro de 2013 – JORNAL DIÁRIO DA MANHÃ.

A Reencarnação da MÃE de Chico Xavier (emocionante história)

O ano era 1997, numa terça-feira à noite. Quando chegamos para visitá-lo, ele contou-nos o seguinte caso:



-Hoje minha mãe (D. Maria João de Deus) me apareceu e disse-me:
-Meu filho, após tantos anos de estudo no mundo espiritual estou-me formando assistente social. Venho me despedir e dizer que não mais vou aparecer a você.
-Mas a senhora vai me abandonar?
-Não meu filho. Imagine você que seu pai precisa renascer e disse que só reencarna se eu vier como esposa dele. Fui falar com a Cidália, sua segunda mãe, que criou vocês com tanto carinho e jamais fez diferença entre os meus filhos e os dela.
Ela contou-me que também precisa voltar à Terra. Então eu lhe disse:
-Cidália (Madrasta), você foi tão boa para meus filhos, fez tantos sacrifícios por eles, suportou tantas humilhações. Nunca me esqueci quando você disse ao João Cândido que só se casaria com ele se ele fosse buscar meus filhos que estavam espalhados por várias casas para que você os criasse.
Desde minha decisão de voltar ao corpo, tenho refletido muito sobre tudo isso e venho perguntar-lhe se você aceitaria nascer como nossa primeira filha?
Abraçamo-nos e choramos muito. Quando me despedi dela, perguntei-lhe:
-Cidália há alguma coisa que eu possa fazer por você quando for sua mãe?
Ela me disse:
-Dona Maria, eu sempre tive muita inclinação para a música e não pude me aproximar de um instrumento. Sempre amei o piano.
-Pois bem, minha filha. Vou imprimir no meu coração um desejo para que minha primeira filha venha com inclinação para a música. Jesus há de nos proporcionar a alegria de possuir um piano.
A essa altura da narrativa o Chico estava banhado em lágrimas e nós também. Mas continuou a falar de Dona Maria:
-Seu pai vai reencarnar em 1997. Vou ficar junto dele por aproximadamente três anos e renascerei nos primeiros meses do ano 2000.
-Mas a senhora já sofreu tanto e vai renascer para ser esposa e mãe novamente?
-São os sacrifícios do amor. Até um dia meu filho.
Neste momento, concluiu o Chico, também ela começou a chorar.

Extraído do livro MOMENTOS COM CHICO XAVIER, de Adelino Silveira, ed. GEP

Como os Espíritos se deslocam no Espaço?

De acordo com informações do Espírito André Luiz, a colônia espiritual Nosso Lar está localizada na ionosfera, a quinhentos quilômetros de altitude do solo da cidade do Rio de Janeiro.



É a mesma distância entre São José do Rio Preto e a cidade de São Paulo. De avião, nosso percurso, enquanto encarnados, duraria cerca de 1 hora.
Mas, quanto tempo um Espírito, André Luiz, por exemplo, partindo de Nosso Lar, demoraria em chegar à cidade maravilhosa, distante quinhentos quilômetros?
Se vier a uma velocidade de 500 Km/h, demoraria uma hora.
Mas usará André Luiz algum veículo ou virá volitando?
Volitar: é a capacidade que tem um espírito, sob certas condições e de acordo com o seu grau evolutivo, de poder transportar-se, elevar-se do solo e deslocar-se numa espécie de voo. Sob essas circunstâncias o espírito se transporta para onde quiser ou lhe for determinado, sob a ação e impulso da própria inteligência. (4)
De acordo com relatos do próprio André Luiz, virá de uma ou outra forma, uma vez que existem veículos ou naves espaciais no mundo astral que facilitam o transporte dos Espíritos. Entendemos que o meio utilizado pelo Espírito dependerá da necessidade e objetivo de sua viagem, bem como as regiões que atravessará até atingir a crosta terrestre.
A velocidade na volitação poderá ser extraordinária, tudo a depender da evolução do Espírito. Não há obstáculo material para eles, o que facilita muito a viagem. Alguns podem viajar na velocidade do pensamento que, de acordo com André Luiz, é maior que a da Luz.
Quase sempre viajam em grupos e o mais adiantado vai à frente. O mais experiente abre caminho para os menos adiantados e inseguros, que seguem atrás. Nesse momento, o Espírito que vai à frente, cria um campo magnético de proteção aos demais do grupo, facilitando a volitação dos outros Espíritos do grupo.
O Espírito Galileu, em “A Gênese”, de Allan Kardec, servindo-se de expressões e conhecimentos vigentes à época das comunicações (1862-1863), num exercício de imaginação propõe uma viagem interplanetária. Nessa viagem o espaço é percorrido “com a velocidade prodigiosa da faísca elétrica que percorre milhares de léguas por segundo”. (2)
Atualmente, após todo o avanço científico-tecnológico alcançado, a viagem proposta deixa de ser imaginária para ser real, sendo executada por moderníssimas naves espaciais, viajando pelo Universo em altíssimas velocidades.
As distâncias de “milhares de léguas por segundo” passaram a ser distâncias astronômicas, tendo com parâmetro a “faísca elétrica” medida a partir da velocidade da luz no vácuo (300.000 quilômetros por segundo, aproximadamente).
Para termos noção do que significa esta velocidade, comparemos: a sonda espacial Voyager 1 atinge apenas 0,00558% da velocidade da luz, equivalente a 16,72 km/seg. ou 602.223,09 quilômetros por hora. Um carro de fórmula 1, a 300 km/h., corre cerca de 2.000 vezes mais lento que a nave espacial.(3)
A Ciência confirma o que o Espírito Galileu afirma em “A Gênese” sobre a relatividade do tempo. Vejamos:
“O tempo não é senão uma medida relativa de sucessão das coisas transitórias. A eternidade não é suscetível de nenhuma medida, do ponto de vista de sua duração; para ela, não há começo nem fim; para ela, tudo é o presente.” (2)
Podemos resumir assim então: os Espíritos gastam algum tempo para percorrer o espaço, mas podem fazê-lo com a rapidez do pensamento. Muitas vezes têm consciência da distância que percorrem e dos espaços e paisagens que atravessam. Isso dependerá da sua vontade e evolução. (1)
Alguns Espíritos relatam o percurso quando interessa ao nosso aprendizado. Estagiam em outras colônias, atravessam regiões a pé, volitando ou com naves espirituais, conforme a natureza da área que irão atravessar – mais ou menos trevosas ou perigosas.
Quando vêm à crosta de nave espiritual, costumam deixá-la estacionada próxima à cidade terrestre que irão visitar e continuar o percurso volitando ou a pé.
Não pense que você verá uma nave dessas por aí – elas são espirituais, compostas de matéria diferente da nossa. Bem, se você for médium vidente e os Espíritos quiserem, poderá vê-la.
Quando vêm visitar a crosta terrestre por alguns dias, costumam pernoitar em lares equilibrados onde reinam a harmonia e o amor, mas sempre com a aquiescência dos protetores espirituais da família. Outras vezes descansam em Casas Espíritas, também com a autorização dos mentores espirituais do Centro.
Fernando Rossit
Referências Bibliográficas:
(1) KARDEC, ALLAN. O Livro dos Espíritos, questões 89 a 91;
(2) KARDEC, ALLAN. A Gênese. 19. ed., São Paulo, SP: LAKE, 1999, cap. VI, p.87-90;
(3) http://www.cebatuira.org.br/Adelino Alves Chaves Jr;(http://cienciahoje.uol.com.br/53460 – FERREIRA, AURÉLIO B. H. Novo Aurélio – Século XXI. Ed. Nova Fronteira, 3. ed., Rio de Janeiro, RJ, 1999;OLIVEIRA, ADILSON. Prof. Dr. UFSCAR. Um novo tempo. Coluna Física sem Mistério.
(4) Wikipédia

O QUE SÃO OS MUNDOS DE REGENERAÇÃO?

III – MUNDOS REGENERADORES



16 – Entre essas estrelas que cintilam na abóbada azulada, quantas delas são mundos, como o vosso, designados pelo Senhor para expiação e provas! Mas há também entre elas mundos mais infelizes e melhores, como há mundos transitórios, que podemos chamar de regeneradores. Cada turbilhão planetário, girando no espaço em torno de um centro comum, arrasta consigo mundos primitivos, de provas, de regeneração e de felicidade. Já ouvistes falar desses mundos em que a alma nascente é colocada, ainda ignorante do bem e do mal, para que possa marchar em direção a Deus, senhora de si mesma, na posse do seu livre-arbítrio. Já ouvistes falar das amplas faculdades de que a alma foi dotada, para praticar o bem. Mas ai!, existem as que sucumbem! Então Deus, que não quer aniquilá-las, permite-lhes ir a esses mundos em que, de encarnações em encarnações podem fazer-se novamente dignas da glória a que foram destinadas.
17 – Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os felizes. A alma que se arrepende, neles encontra a paz e o descanso, acabando por se purificar. Sem dúvida, mesmo nesses mundos, o homem ainda está sujeito às leis que regem a matéria. A humanidade experimenta as vossas sensações e os vossos desejos, mas está isenta das paixões desordenadas que vos escravizam. Neles, não há mais o orgulho que emudece o coração, a inveja que o tortura e o ódio que os asfixia. A palavra amor está escrita em todas as frontes; uma perfeita equidade regula as relações sociais; todos manifestam a Deus e procuram elevar-se a Ele, seguindo as suas leis.
Nesses mundos, contudo, ainda não existe a perfeita felicidade, mas a aurora da felicidade. O homem ainda é carnal, e por isso mesmo sujeito às vicissitudes de que só estão isentos os seres completamente desmaterializados. Ainda tem provas a sofrer, mas estas não se revestem das pungentes angústias da expiação. Comparados à Terra, esses mundos são mais felizes, e muito de vós gostariam de habitá-los, porque representa a calma após a tempestade, a convalescença após uma doença cruel. Menos absorvido pelas coisas materiais, o homem entrevê melhor o futuro do que vós, compreende que são outras as alegrias prometidas pelo Senhor aos que tornam dignos, quando a morte ceifar novamente os seus corpos, para lhes dar a verdadeira vida. É então que a alma liberta poderá pairar sobre os horizontes. Não mais os sentidos materiais e grosseiros, mas os sentidos de um perispírito puro e celeste, aspirando às emanações de Deus, sob os aromas do amor e da caridade, que se expandem do seu seio.
18 – Mas, ah!, nesses mundos o homem ainda é falível, e o Espírito do mal ainda não perdeu completamente o seu domínio sobre ele. Não avançar é recuar, e se ele não estiver firme no caminho do bem, pode cair novamente em mundos de expiação, onde o esperam novas e mais terríveis provas. Contemplai, pois, durante a noite, na hora do repouso e da prece, essa abóbada azulada, e entre as inumeráveis esferas que brilham sobre as vossas cabeças, procurai as que levam a Deus, e pedi que um mundo regenerador vos abrisse o seu seio, após a expiação na Terra.

ALLAN KARDEC – O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – MUNDOS REGENERADORES — SANTO AGOSTINHO
— PARIS, 1862

Nem Tudo é Mediunidade

Realmente, sintomas físicos ou mesmo perturbações emocionais e psicológicas podem ser confundidos com mediunidade.




 Atendentes fraternos, dirigentes, coordenadores de estudos e mesmo palestrantes ou escritores, precisamos sempre levar em conta esse detalhe. Mediunidade, como já aprendemos, não é doença, nem tampouco privilégio ou exclusividade dos espíritas. É, antes, potencialidade humana, apesar dos diferentes estágios em que se apresenta e das variáveis que afetam sua manifestação, inclusive de maturidade emocional, intelectual e do meio onde se apresenta.
Não é incomum pessoas tristonhas e deprimidas, muitas vezes dependentes de medicamentos, serem confundidas pela precipitação de dirigentes que alegam ser o exercício da mediunidade o único caminho de superação desses estados. Indicam presença de espíritos perturbados ou perturbadores como causa do abatimento e apontam, equivocadamente, como causa uma suposta hipnose de espíritos, agravando ainda mais o quadro de aflição da pessoa que simplesmente precisa de ajuda...
Tais considerações foram inspiradas no capítulo 22 do livro Encontros com a Consciência, ditado pelo Espírito Irmão Malco ao médium Alaor Borges Jr. Referido capítulo descreve o diálogo de um atendimento fraterno. Aliás, todo o livro é composto de casos relacionados a ocorrências em centros espíritas, inclusive com muitos ensinos de Chico Xavier. No caso em questão, o Espírito que relata a ocorrência conclui com sabedoria: “(...) Passei a entender que, na condição de socorrista espiritual, temos que ter muito critério. Nem todo distúrbio nervoso, qual seja a depressão, síndrome do pânico, insônia e outras mais, estão relacionadas à presença de mediunidade (...)”.
Nesse ponto, interrompemos a transcrição para destacar, aí sim, caminhos de superação de estados de abatimento, na continuidade do raciocínio do autor: “(...) mas o serviço prestado pelo passe, as palestras, a água magnetizada e o vínculo com as atividades assistenciais da casa têm valor inconcebível. (...)”.
O destaque é nosso e proposital. Não percebemos que muito mais que focar nossa atenção em supostas influências de espíritos, embora elas sejam reais e contínuas, precisamos, isso sim, prestar mais atenção em nossas reações e procurar no Espiritismo o que ele realmente tem a oferecer: o consolo, a diretriz, o conforto, a orientação, a luz para nossos caminhos, a lucidez de seus fundamentos, caminhos claros de entusiasmo e superação das dificuldades que normalmente enfrentamos, até pela nossa condição humana. Recursos que encontramos, principalmente, nos estudos, palestras...
O livro é rico de casos assim. Mágoas, dinheiro, opiniões, relacionamentos, dificuldades, influências, inspiração, pressa, entre outros temas, vão surpreender o leitor. Exatamente pela clareza e concisão dos diálogos. Não deixe de conhecer. Trará benefícios para os grupos espíritas.
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Orson Peter Carrara

sexta-feira, 23 de junho de 2017

O CONSOLADOR PROMETIDO

Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador, para que fique eternamente convosco, o Espírito da Verdade, a quem o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece. Mas vós o conhecereis, porque ele ficará convosco e estará em vós. – Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito. (João, XIV: 15 a 17 e 26)

Em busca da Salvação

A busca pela salvação, em se tratando de religião, é um anseio natural que a natureza humana desenvolveu ao longo de sua romagem visando um estado de felicidade após as tribulações da vida física.



Há milênios o Homem vem interpretando as forças da natureza e a divindade que as controla e, naturalmente, foi levado ao entendimento de que a vida continua após a morte do corpo físico, conforme assevera a Doutrina Espírita:
“É a uma lembrança retrospectiva que o homem deve, mesmo no estado selvagem, o sentimento instintivo da existência de Deus e o pressentimento da vida futura?

– É uma lembrança que conservou do que sabia como Espírito antes de encarnar; mas o orgulho muitas vezes sufoca esse sentimento.” (1)
Da mesma forma desenvolveu-se no entendimento humano a noção de recompensas e castigos após a vida física, que a Doutrina Espírita também explica:
“De onde vem a crença que se encontra em todos os povos das penalidades e recompensas futuras?
– É sempre a mesma coisa: pressentimento da realidade trazida ao homem pelo Espírito nele encarnado. Porque, sabei-o, não é em vão que uma voz interior vos fala; o erro está em não escutá-la com bastante atenção. Se pensásseis bem nisso e mais frequentemente, melhores vos tornaríeis.” (2)
Com a dificuldade em se modificar para melhor, e portador do egoísmo e do orgulho em grau elevado, a infantilidade espiritual induziu o Homem a criar mecanismos de salvação, a partir de seu próprio entendimento, e segundo seu próprio interesse, e a medida que as religiões, enquanto organizações humanas, se desenvolveram, cada uma tomou para si a razão e a sua verdade passou a ser a chave da salvação.
As fórmulas se multiplicaram, tais como “só se salva quem frequenta determinada religião e obedece seus dogmas e rituais”, ou “a salvação está em aceitar Jesus como Salvador”.
Toda a pregação de Jesus e o Seu exemplo contraria esse entendimento, e o próprio Mestre advertiu:
Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. (3)
Percebamos que querer salvar-se a si mesmo é ato de egoísmo, portanto, a salvação que o Homem pretende não está no rótulo religioso, e sim na prática das orientações que o Senhor Jesus nos trouxe, e que se resumem em ações direcionadas ao próximo da forma que gostaríamos que para nós fosse feito.
Allan Kardec analisa, no capítulo quinze de O Evangelho Segundo o Espiritismo, a máxima “Fora da Caridade não há Salvação”, a partir de texto do evangelho de Mateus:
“Mas os fariseus, ao verem que Jesus tinha feito calar a boca dos saduceus, reuniram-se, e um deles, que era doutor da lei, veio fazer essa pergunta para tentá-Lo: Mestre, qual é o grande mandamento da lei? Jesus lhe respondeu: Amareis ao Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda a vossa alma, e de todo o vosso Espírito. Este é o maior e o primeiro mandamento. E eis o segundo, que lhe é semelhante: Amareis ao vosso próximo como a vós mesmos (grifo de Kardec). Toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos. (Mateus, 22:34 a 40)
Caridade e humildade, eis portanto o único caminho para a salvação; egoísmo e orgulho, eis o caminho da perdição (grifo nosso). Este ensinamento está formulado em termos precisos nestas palavras: Amareis a Deus de toda vossa alma e ao vosso próximo como a vós mesmos; toda lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos.
Jesus, para que não houvesse dúvidas na interpretação do amor a Deus e ao próximo, acrescentou: E eis o segundo mandamento que é semelhante ao primeiro, isto é: não se pode, verdadeiramente, amar a Deus sem amar ao próximo, nem amar ao próximo sem amar a Deus. Portanto, tudo o que se faz contra o próximo, é o mesmo que fazê-lo contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se encontram resumidos neste ensinamento moral: Fora da caridade não há salvação.” (grifo nosso)
Pensemos nisso.
Antonio Carlos Navarro

HISTÓRIA DO ESPIRITISMO

No século 19, um fenômeno agitou a Europa: as mesas girantes. Nos salões elegantes, após os saraus, as mesas eram alvo de curiosidade e de extensas reportagens, pois moviam-se, erguiam-se no ar e respondiam a questões mediante batidas no chão (tiptologia). O fenômeno chamou a atenção de um pesquisador sério, discípulo do célebre Johann Pestalozzi: Hippolyte Leon Denizard Rivail.



Rivail, pedagogo francês, fluente em diversos idiomas, autor de livros didáticos e adepto de rigoroso método de investigação científica não aceitou de imediato os fenômenos das mesas girantes, mas estudou-os atentamente, observou que uma força inteligente as movia e investigou a natureza dessa força, que se identificou como os “Espíritos dos homens” que haviam morrido. Rivail fez centenas de perguntas aos Espíritos, analisou as respostas, comparou-as e codificou-as, tudo submetendo ao crivo da razão, não aceitando e não divulgando nada que não passasse por esse crivo. Assim nasceu O Livro dos Espíritos. O professor Rivail imortalizou-se adotando o pseudônimo de Allan Kardec.
A Doutrina codificada por ele tem caráter científico, religioso e filosófico. Essa proposta de aliança da Ciência com a Religião está expressa em uma das máximas de Kardec, no livro “A Gênese”: "O espiritismo, marchando com o progresso, jamais será ultrapassado porque, se novas descobertas demonstrassem estar em erro sobre um certo ponto, ele se modificaria sobre esse ponto; se uma nova verdade se revelar, ele a aceitará".
Fonte: Federação Espírita Brasileira

MOCIDADE E VELHICE

Infância, juventude, madureza e velhice são simples fases da experiência material.



A vida é essência divina e a juventude é seiva eterna do espírito imperecível.
Mocidade da alma é condição de todas as criaturas que receberam com a existência o aprendizado sublime, em favor da iluminação de si mesmas e que acolheram no trabalho incessante do bem o melhor programa de engrandecimento e ascensão da personalidade.
A velhice, pois, como índice de senilidade improdutiva ou enfermiça, constitui, portanto, apenas um estado provisório da mente que desistiu de aprender e de progredir nos quadros de luta redentora e santificante que o mundo nos oferece.
Nesse sentido, há jovens no corpo físico que revelam avançadas características de senectude, pela ociosidade e rebeldia a que se confinam, e velhos na indumentária carnal que ressurgem sempre à maneira de moços invulneráveis, clareando as tarefas de todos pelo entusiasmo e bondade, valor e alegria com que sabem fortalecer os semelhantes na jornada para a frente.
Se a individualidade e o caráter não dependem da roupa com que o homem se apresenta na vida social, a varonilidade juvenil e o bom ânimo não se acham escravizados à roupagem transitória.
O jovem de hoje, pelas determinações biológicas do Planeta, será o velho de amanhã; e o ancião de agora, pela lei sublime da reencarnação, será o moço do futuro.
Lembramo-nos, porém, de que a Vida é imortal, de que o Espiritismo é escola ascendente de progresso e sublimação, de que o Evangelho é luz eterna, em torno da qual nos cabe dever de estruturar as nossas asas de Sabedoria e de Amor e, num abraço compreensivo de verdadeira fraternidade, no círculo das esperanças, dificuldades e aspirações que nos identificam uns com os outros, continuemos trabalhando.
André Luiz - Chico Xavier. Correio Fraterno.
Espíritos Diversos. FEB.

sábado, 17 de junho de 2017

QUEM SÃO AS PESSOAS QUE MAIS SOFREM?

Pergunta direcionada a Chico Xavier

QUEM SÃO AS PESSOAS QUE MAIS SOFREM?



"-Chico quem são as pessoas que mais sofrem?

-São aquelas que têm mais tempo pra si mesmo. Quando o sofrimento alheio nos incomoda, o nosso não nos incomoda tanto. Eu tinha que ir para o Centro Espírita Luiz Gonzaga escutar todo aquele povo e acabava me convencendo que o que eu sofria não era nada.. A gente tem mania de dramatizar, em excesso, a própria dor".

Chico Xavier.

As Drogas e suas Implicações Espirituais

I— Introdução
Um dos problemas mais graves da sociedade humana, na atualidade, é o consumo indiscriminado e, cada vez mais crescente, das drogas por parte não só dos adultos, mas, também, dos jovens e lamentavelmente até das crianças, principalmente nos centros urbanos das grandes cidades.
A situação é tão preocupante, que cientistas de várias partes do Planeta, reunidos,chegaram à seguinte conclusão: “Os viciados em drogas de hoje podem não só estar pondo em risco seu próprio corpo e sua mente, mas fazendo uma espécie de roleta genética, ao projetar sombras sobre os seus filhos e netos ainda não nascidos.”






Diante de tal flagelo e de suas terríveis consequências, não poderia o Espiritismo,Doutrina comprometida com o crescimento integral da criatura humana na sua dimensão espírito-matéria, deixar de se associar àqueles segmentos da sociedade que trabalham pela preservação da vida e dos seus ideais superiores, em seus esforços de
erradicação de tão terrível ameaça.
O efeito destruidor das drogas é tão intenso que extrapola os limites do organismo físico da criatura humana, alcançando e comprometendo, substancialmente, o equilíbrio e a própria saúde do seu corpo perispiritual. Tal situação, somada àquelas de natureza fisiológica, psíquica e espiritual, principalmente as relacionadas com as vinculações a entidades desencarnadas em desalinho, respondem, indubitavelmente, pelos sofrimentos, enfermidades e desajustes emocionais e sociais a que vemos submetidos os viciados em drogas.
Em instantes tão preocupantes da caminhada evolutiva do ser humano em nosso planeta, cabe a nós, espíritas, não só difundir as informações antidrogas que nos chegam do plano espiritual benfeitor que nos assiste, mas, acima de tudo, atender aos apelos velados que esses amigos espirituais nos enviam, com seus informes e relatos contrários ao uso indiscriminado das drogas, no sentido de envidarmos esforços mais concentrados e específicos no combate às drogas, quer no seu aspecto preventivo, quer no de assistência aos já atingidos pelo mal.
II - A ação das drogas no perispírito
Revela-nos a ciência médica que a droga, ao penetrar no organismo físico do viciado, atinge o aparelho circulatório, o sangue, o sistema respiratório, o cérebro e as células, principalmente as neuroniais.
Na obra “Missionários da Luz” – André Luiz ( pág. 221 – Edição FEB), lemos: “O corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. O sangue é elemento básico de equilíbrio do corpo perispiritual.” Em “Evolução em dois Mundos”, o mesmo autor espiritual revela-nos que os neurônios guardam relação íntima com o perispírito.
Comparando as informações dessas obras com as da ciência médica, conclui-se que a agressão das drogas ao sangue e às células neuroniais também refletirá nas regiões correlatas do corpo perispiritual, em forma de lesões e deformações consideráveis que, em alguns casos, podem chegar até a comprometer a própria aparência humana do perispírito. Tal violência concorre até mesmo para o surgimento de um acentuado desequilíbrio do Espírito, uma vez que “o perispírito funciona, em relação a esse, como uma espécie de filtro na dosagem e adaptação das energias espirituais junto ao corpo físico e vice-versa.
Por vezes o consumo das drogas se faz tão excessivo, que as energias, oriundas do perispírito para o corpo físico, são bloqueadas no seu curso e retornam aos centros de força.
III - A ação dos espíritos inferiores junto ao viciado
Esta ação pode ser percebida através das alterações no comportamento do viciado, dos danos adicionais ao seu organismo perispiritual, já tão agredido pelas drogas, e das conseqüências futuras e penosas que experimentará quando estiver na condição de espírito desencarnado, vinculado a regiões espirituais inferiores.
Sabemos que, após a desencarnação, o Espírito guarda, por certo tempo, que pode ser longo ou curto, seus condicionamentos, tendências e vícios de encarnado. O Espírito de um viciado em drogas, por exemplo, em face do estado de dependência a que ainda se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e a necessidade de consumir a droga. Somente a forma de satisfazer seu desejo é que varia, já que a condição de desencarnado não lhe permite proceder como quando na carne. Como Espírito precisará vincular-se à mente de um viciado, de início, para transmitir-lhe seus anseios de consumo da droga, posteriormente, para saciar sua necessidade, valendo-se para tal do recurso da vampirização das emanações tóxicas impregnadas no perispírito do viciado, ou da inalação dessas mesmas emanações quando a droga estiver sendo consumida.
“O Espírito de um viciado em drogas, em face do estado de dependência a que se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e a necessidade de consumir a droga.”
Essa sobrecarga mental, indevida, afeta tão seriamente o cérebro, a ponto de ter suas funções alteradas, com conseqüente queda no rendimento físico, intelectual e emocional do viciado. Segundo Emmanuel, “o viciado, ao alimentar o vício dessas entidades que a ele se apegam, para usufruir das mesmas inalações inebriantes, através de um processo de simbiose em níveis vibratórios, coleta em seu prejuízo as impregnações fluídicas maléficas daquelas, tornando-se enfermiço, triste, grosseiro, infeliz, preso à vontade de entidades inferiores, sem o domínio da consciência dos seus verdadeiros desejos”.

IV — Contribuição do Centro Espírita no trabalho anti drogas desenvolvido pelos
Benfeitores Espirituais

As Casas Espíritas, como Pronto-Socorro espirituais, muito podem contribuir com os Espíritos Superiores no trabalho de prevenção e auxílio às vítimas das drogas nos dois lados da vida. Com certeza, esta contribuição poderia ocorrer através de medidas que,no dia-a-dia da instituição:
Um incentivo cada vez mais constante às atividades de evangelização da infância e da juventude, principalmente com sua implantação, caso a Instituição ainda não o tenha implantado.
Estimular seus frequentadores, em particular a família do viciado em tratamento, à prática do Evangelho no Lar. Estas pequenas reuniões, quando realizadas com o devido envolvimento e sinceridade de propósitos, são fontes sublimes de socorro às entidades sofredoras, além, naturalmente, de concorrer para o estreitamento dos laços afetivos familiares, o que decerto estimulará o viciado, por exemplo, a perseverar no seu propósito de libertar-se das drogas ou a dar o primeiro passo nesse sentido.
Preparar devidamente seu corpo mediúnico para o sublime exercício da mediunidade com Jesus, condição essencial ao socorro às vítimas das drogas, até mesmo as desencarnadas.
No diálogo fraterno com o viciado e seus familiares, sejam-lhes colocados à disposição os recursos socorristas do tratamento espiritual: passe, desobsessão, água fluidificada e reforma íntima.Criar, no trabalho assistencial da Casa, uma atividade que enseje o diálogo, a orientação, o acompanhamento e o esclarecimento, com fundamentação doutrinária, ao viciado e a seus familiares.

V - Conclusão

Diante dos fatos e dos acontecimentos que estão a envolver a criatura humana, enredada no vício das drogas, geradoras de tantas misérias morais, sociais, suicídios e loucuras, nós, espíritas, não podemos deixar de considerar essa realidade, nem tampouco deixar de concorrer para a erradicação desse terrível flagelo que hoje assola a Humanidade. Nesse sentido, urge que intensifiquemos e aprimoremos cada vez mais as ações de ordem preventiva e terapêutica, já em curso em nossas Instituições, e que, também, criemos outros mecanismos de ação mais específicos nesse campo, sempre em sintonia com os ensinamentos do Espiritismo e seu propósito de bem concorrer para a ascensão espiritual da criatura humana às faixas superiores da vida.
(Reformador – Março/98, páginas 86 e 87)

Xerxes Pessoa De Luna

MENSAGEIROS DA PAZ: JOANNA DE ÂNGELIS

Joanna de Ângelis é um espírito de elevada escol responsável por dirigir os trabalhos mediúnicos do conhecido médium brasileiro, Divaldo Pereira Franco.



As informações existentes sobre Joanna não são abundantes, a maior parte delas fora revelada por Divaldo Franco na medida em que o médium tomava conhecimento dos caminhos trilhados por sua mentora em existências pretéritas.
Toma-se nota das primeiras manifestações de Joanna na codificação espírita, onde a mesma utiliza-se do pseudônimo “Um Espírito Amigo” em duas mensagens contidas no “Evangelho Segundo o Espiritismo”: A Paciência – Capítulo IX, item 7 e Dar-se-á Àquele que Tem – XVIII, itens 13 a 15.
O primeiro contato de Joanna de Angelis com Divaldo Franco, aconteceu em 5 de dezembro de 1945. Joanna utilizou-se do mesmo epíteto com o qual assinou as mensagens do “Evangelho Segundo o Espiritismo”: “Um Espírito Amigo”, vindo a se identificar tal qual a conhecemos hoje, anos mais tarde.
Através da mediunidade de Divaldo Franco, a benfeitora espiritual já produziu dezenas de livros e mensagens, muitos traduzidos para diversos idiomas, destacando os temas existenciais, filosóficos, religiosos, psicológicos e transcendentais.
Joanna é conhecida por abordar assuntos relacionados à psicologia, estabelecendo um elo entre o espiritismo e esta ciência. A autora possui uma característica própria ao falar da psicologia da alma. Suas ideias estão em consonância com as teorias psicológicas modernas existentes atualmente, trazendo respostas a lacunas não preenchidas pela psicologia convencional:
“O Ser real é constituído de corpo, mente e espírito. Dessa forma, uma abordagem psicológica para ser verdadeiramente eficaz deve ter uma visão holística do ser, tratando de seu corpo (físico e perispirítico), de sua mente (consciente, inconsciente e subconsciente) e de seu espírito imortal que traz consigo uma bagagem de experiências anteriores à presente existência e está caminhando para a perfeição Divina.”
(Joanna de Ângelis)
Suas obras mais conhecidas estão contidas em uma coletânea denominada: “A Série Psicológica de Joanna de Ângelis”, que é composta por mais de 15 livros que abordam a psicologia moderna de acordo com a visão espírita, o que faz deste espírito uma referência ao se tratar da psicologia da alma.
Algumas de suas vidas passadas foram marcadas pelo amor e dedicação aos ensinamentos do Cristo e a religiosidade. Joanna acompanhou o calvário do mestre de Nazaré e foi discípula de São Francisco de Assis. A seguir, destacaremos algumas de suas existências na terra:
JOANA DE CUSA (TEMPOS DE CRISTO)
Joana de Cusa fora esposa de Cusa, um dos procuradores de Herodes Antipas, governador da Galiléia. Esposa dedicada ao lar sofreu repressões de seu marido que não aceitava sua devoção ao Nazareno. Joana de Cusa foi referenciada no evangelho de Lucas, o qual destaca sua cura por Jesus, juntamente com Maria Madalena. A nobre mulher esteve ao lado de Jesus de Nazaré em todo o caminho percorrido por ele no calvário e também aparece nos registros sua presença no domingo de páscoa, junto ao sepulcro do Cristo para constatar sua ressurreição. Desencarnou no ano de 68, queimada na fogueira no Coliseu, por não renunciar sua fé em Jesus.

JUNTO A SÃO FRANCISCO DE ASSIS (1182-1226 APROXIMADAMENTE)

Em uma das visitas de Divaldo Franco a Itália, Joanna de Angelis lhe revela com forte emoção que possuíra fortes ligações com Francisco de Assis, sem ter, contudo, informado quem fora nessa época. Após esta revelação de Joanna a Divaldo, suspeita-se que a benfeitora teria sido uma irmã Clarissa (Termo designado às seguidoras de São Francisco dirigidas por Santa Clara), próxima a Francisco de Assis, ou até mesmo Santa Clara de Assis, entretanto não há relatos concretos a respeito desta reencarnação de Joanna de Ângelis.

SÓROR JUANA INÉS DE LA CRUZ (1651 – 1695)

Nesta existência, Joanna renasce na cidade de San Miguel Nepantla – México, filha de pai basco e mãe indígena. Aprende a escrever com apenas 3 anos e aos 6 já dominava seu idioma pátrio, aos 12 anos aprendeu latim com apenas 20 aulas e português, por conta própria. Aos 16 anos ingressa no Convento das Carmelitas Descalças, porém adoeceu devido às rigorosas obrigações que tinha, a partir daí se transferiu para a Ordem de São Jerônimo da Conceição, que tem menos obrigações religiosas, podendo dedicar-se às letras e à ciência. Tomou o nome de SÓROR JUANA INÉS DE LA CRUZ.
Criou um sistema simples de anotar música, ganhou fama como pintora miniaturista e fez-se competente em teologia moral e dogma, medicina, direito canônico e astronomia. Era frequentemente visitada por intelectuais europeus e do Novo Mundo. Nesta época, Joanna publicou algumas obras e com o dinheiro arrecadado com as vendas, ajudou os pobres.
Após forte epidemia de Peste que assolou a região, Joanna retorna a pátria espiritual aos 44 anos de idade.

SÓROR JOANA ANGÉLICA DE JESUS (1761–1822)

Joanna de Ângelis agora reencarna em Salvador – Brasil como Joana Angélica, filha de uma abastada família baiana. Aos 21 anos, ingressou no convento da Lapa como Franciscana e adota o nome de SÓROR JOANA ANGÉLICA DE JESUS, fazendo profissão de Irmã das Religiosas Reformadas de Nossa Senhora da Conceição. Foi irmã, escrivã e vigária, sendo que em 1815, tornou-se Abadessa.
Em 20 de fevereiro de 1822, para evitar que as noviças que estavam no convento fossem violentadas por soldados que lutavam contra a Independência do Brasil, postando-se, corajosamente, à entrada do Convento, com a cruz em suas mãos, a Abadessa Joana Angélica resistiu à investida dos homens armados, dizendo, segundo registra nossa História:
“Para trás, bárbaros. Respeitem a casa de Deus. Ninguém entrará no convento, a menos que passe por cima de meu cadáver!"
Uma baioneta atravessou, então, o peito da destemida Abadessa que, com seu gesto, não só dera tempo para que as irmãs e demais brasileiros que estavam no Convento escapassem, como se fez alçada para as páginas de nossa História como símbolo de resistência à opressão e mártir da Independência.

DE SÃO DAMIÃO A LAPA – DE CLARA DE ASSIS A JOANA ANGÉLICA

Em certa ocasião, no ano de 1234, quando as tropas de Frederico II, Rei Alemão e Imperador do Sacro Império Romano, estavam devastando o vale do Espoleto, onde está situada a cidade de Assis, os soldados, preparando-se para entrar na cidade, começavam à noite a escalar as paredes do Convento de São Damião. Alertada pelas irmãs, Clara (Santa Clara de Assis), como superiora do Convento, apesar de adoentada, levantou-se de sua cama, apanhou o ostensório na pequena capela ao lado de sua cela e foi até uma janela que havia em uma parede por onde os invasores já subiam por uma escada. Diz à tradição que, quando ela elevou o ostensório ao alto em oração, pedindo a Deus proteção para suas irmãs, já que ela, doente, não se sentia em condição de ajudar, os soldados teriam recuado estarrecidos e se posto em debandada para não mais voltar.
Que curioso paralelo com o ataque ao Convento da Lapa, quase 600 anos mais tarde! Na Idade Média, a Abadessa Clara, sentindo o corpo fraco, elevou a vibração da alma à altura tão grande que colocou os atacantes para correr. Em nosso Brasil, prestes a se tornar independente, a Abadessa Joana Angélica, sentindo o corpo forte, coloca-se à frente dos soldados e enfrenta a morte do corpo com bravura e consciente da prática do bem.
Paralelos sempre nos colocam a pensar. Terá o personagem que Joanna animou na Idade Média sido a própria Clara? Terá sido uma irmã tão próxima de Clara que, tendo assistido a tudo o que ocorreu em São Damião, teria tido a cena heroica marcada em seu psiquismo como grata lembrança a emular?
Sabemos que no mundo espiritual não há coincidências, os fins sempre justificam os meios. O que todos nós devemos concordar é que Joanna de Ângelis é um grande espírito que continua trabalhando para semear o amor e fortalecer os ensinamentos de Jesus para os que aqui sofrem.
Encerramos este artigo, com as ultimas palavras de Joanna de Angelis como Joana de Cusa as vésperas de seu martírio. Joana de Cusa dirigiu a seu algoz, quando perguntada por ele se o Cristo a havia somente ensinado a morrer:

“Não apenas a morrer, mas também a vos amar!...”.

Ser ateu no Brasil

Alguns ateus como, por exemplo, o ator Gregório Duvivier, reclamam da complicação de ser ateu num país religioso como o Brasil. Logo que alguém se declara ateu, ou na própria expressão que estão utilizando "sai do armário" é visto de maneira pejorativa em nosso país, como se tivesse uma doença contagiosa.



Questões assim não são aplicadas apenas aos ateus, mas, sim as minorias de um modo geral. Os homossexuais também padecem com esse preconceito que não para por ai e bate forte nas mulheres, nos pobres, negros, nordestinos e etc. Atrevo-me a dizer que os grupos desprovidos de força, seja econômica, social ou quantitativa são os mais marginalizados. Vale salientar que essas minorias podem não obedecer a ordem quantitativa.
Creio, aliás, que a discussão sobre alguém ser ateu, homossexual, negro ou torcer para o Corinthians estão em campo secundário e tornam-se temas principais de nosso debate por conta de nossa inferioridade. É pura perda de foco do que é, realmente, nosso principal objetivo neste mundo.
Portanto, deveria importar pouco a orientação sexual ou religiosa de um indivíduo.
Não nos cabe aqui qualquer julgamento, como se nossa forma de proceder fosse a mais adequada.
Há problemas sérios a serem combatidos, mas que desprezamos porque nosso foco está em questões que, sinceramente, em nada contribuirão.
Sejamos francos:
Quê importa se alguém e ateu? O que isso muda na vida da sociedade? Quantos pobres deixarão de existir por isso? Aumentou o número de indivíduos alfabetizados? Diminuiram-se as chacinas que ocorrem todos os dias? Houve um “upgrade” espiritual de modo que iremos respeitar o próximo por conta disto?
Observe que todas as respostas acima são negativas.
Em realidade ser ateu ou não muda pouco as coisas. O que modifica mesmo são as atitudes do indivíduo em relação a ele próprio e o meio em que está inserido.
Mais vale ateus com caráter do que beatos corruptos. E, convenhamos, Deus não se ofende se acreditam ou não NELE. Estamos falando do absoluto, do Criador, da Inteligência Suprema... Quem se aborrece nas questões pertinentes a crença somos nós, Espíritos ainda imperfeitos, mas jamais Deus...
Vou parafrasear a inesquecível Dra. Elisabeth Kübler-Ross: Deus se sairá bem dessa! Pode crer, ateus e religiosos, Deus se sairá bem dessa descrença...
Afinal, é Deus...

Wellington Balbo – Salvador BA

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Espiritismo e Umbanda.

1)O Espiritismo ou Doutrina Espírita não tem nenhuma ligação com cartomantes, umbanda, candomblé, magias, misticismo.




O Mestre Allan Kardec em suas Obras não manda ninguém usar velas, incenso, amuletos, talismã, roupas brancas, imagens de santos, fazer despachos, muito menos sacrificar pobres animais, nada disso representa a Doutrina Espirita.
Uma questão muito importante, Kardec não manda ninguém evocar espíritos para tratar de assuntos matérias terra a terra, assuntos vulgares como, volta da pessoa amada, sorte com o dinheiro, sorte com as mulheres, predizer o futuro, revelar tesouros perdidos, revelar formulas para ficar rico, fazer trabalhos de magia para prejudicar desafetos etc...
O intercambio com o mundo espiritual ou plano astral é para instruir, esclarecer e moralizar os espíritos humanos.
Nunca para tratar de assuntos vulgares, matérias e mesquinhos sem elevação Moral.
Quem pratica essas coisas vai atrair pela Sintonia vibratória dos pensamentos os espíritos inferiores, perturbadores, embusteiros e obsessores do plano astral.
O intercambio mediúnico com o mundo espiritual é algo muito serio e nobre e também perigoso, a mediunidade tem que ser praticada com disciplina, elevação moral, responsabilidade, ordem e critérios doutrinários.
Tudo no mundo espiritual ou plano astral é regulado pela Lei de Sintonia Vibratória dos Pensamentos ou Afinidade Moral.
Os semelhantes se atraem e os diferentes se repelem.
O Bem tem sintonia com o Bem.
A Virtude tem sintonia com a virtude.
A Verdade tem sintonia com a Verdade.
O mal tem sintonia com o mal.
O vicio tem sintonia com o vicio.
A mentira tem sintonia com a mentira.
Tudo é sintonia e atração no plano espiritual.
Cada pessoa conforme seus pensamentos, sentimentos e atitudes vai atrair Bons ou maus espíritos, tudo depende do Padrão Moral dos pensamentos das pessoas.

2)Não adianta usar roupas brancas, amuletos, talismã, velas, incenso, exorcismos, imagens de santos, para afastar os maus espíritos.

Temos que cultivar pensamentos elevados e nobres e praticar o Bem e as Virtudes, dessa forma a pessoa consegue elevar seu Padrão Vibratório e repele as vibrações pesadas e negativas dos espíritos inferiores, perturbadores e obsessores do plano astral.
Não havendo sintonia vibratória os maus espíritos não conseguem influenciar as pessoas.
O Bem repele o mal.
Uma outra questão muito importante no Espiritismo é que esses espíritos desencarnados que se apresentam nas reuniões mediúnicas pedindo cigarros, farofa, charutos, cachaça, velas, despachos e sacrifícios de pobres animais, são espíritos moralmente atrasados apegados a matéria e aos vícios e desejos terrenos, somente espíritos inferiores podem pedir tais coisas.
Os Espiritos Superiores e os Bons Espiritos já estão com seus pensamentos e sentimentos moralmente depurados, eles não tem necessidades matérias.
Quem pede essas coisas são espíritos inferiores que possuem um perispirito denso, grosseiro, eles sentem ainda as necessidades matérias que eles tinham quando estavam encarnados, como eles não possuem mais o corpo físico para saciar tais desejos e vícios terrenos, eles vão se servir dos encarnados que possuem esses desejos e vícios.
Eles vão encostar o seu perispirito no perispirito do encarnado que esta bebendo ou fumando e vão sugar fluidicamente os fluidos da nicotina e do álcool num processo chamado de Vampirismo psíquico, eles são tipo parasitas espirituais.
É por isso que esses médiuns que usam cachaça e charutos são Vampirizados por espíritos inferiores do plano astral.

3) Perguntamos.

Vocês acham que um Espírito Superior um Espírito de Luz vai necessitar de velas, cachaça, cigarros, charutos e despachos???
Vocês acham que um Espírito Elevado vai pedir sacrifícios de pobres animais????
Procurem raciocinar.
Quem pede essas coisas são espíritos que ainda estão presos as necessidades matérias, são espíritos moralmente atrasados.
E muitos desses espíritos podem ser maldosos e vingativos, cuidado!!
Os despachos são usados para esses espíritos sugarem as emanações fluídicas dos alimentos que são colocados ali.
É um bando de Vampiros, isso que eles são.
E muitas pessoas acham que são Espíritos Elevados que pedem essas coisas, isso é deplorável.
Esses espíritos que se apresentam como caboclos, índios, pretos velhos, orixás, são espíritos desencarnados que ainda estão com seus pensamentos e sentimentos apegados as coisas matérias, eles precisam se depurar moralmente e se esclarecerem.

4) O Espiritismo tem por finalidade básica instruir, esclarecer, educar, moralizar e espiritualizar as pessoas, incentivando elas a seguirem o caminho do Bem, da caridade e das virtudes.

O Espiritismo é uma Escola de esclarecimentos espirituais, um dos seus ensinamentos básicos é desenvolver a Fé raciocinada na mente das pessoas.
O Espiritismo nas Obras do Mestre Allan Kardec esclarece que não existem milagres e nem fatos sobrenaturais no Universo, todos os fenômenos espíritas e mediúnicos são fenômenos NATURAIS regulados por Leis naturas, eternas e imutáveis.
O Deus bíblico que realiza milagres, que castiga, que perdoa, que distribui favores não existe, esse é o Deus criado pelos homens.
Deus criou o homem e o homem criou vários Deuses.
O Deus bíblico é uma criação humana.
Esse Deus que sente ira, cólera, raiva, pede sacrifícios de animais, manda exterminar povos estrangeiros, é uma fantasia.
Deus não faz milagres, Jesus nunca fez milagres, as curas realizadas pelo grande Mestre Jesus eram fenômenos psíquicos Naturais.
O Mestre Kardec fala em seus livros, que é a falta de conhecimentos das Leis naturais que regem o mundo espiritual que criou a idéia do milagre e do sobrenatural.
É por isso que a fé no Espiritismo é Racional e não mística.

5) Existe muitas pessoas que se dizem espíritas e quando começam a falar do Espiritismo, falam de banho de ervas, banho de sal grosso, velas, amuletos, roupas brancas, imagens de santos, vamos ver claramente que não são Espíritas, por que, o Espiritismo ou Doutrina Espírita não prega essas coisas.
O Mestre Kardec em seus livros não manda ninguém usar velas, amuletos, talismã, roupas brancas, imagens de santos ou anjos, nem fazer despachos ou sacrificar pobres animais, nada disso existe na Doutrina Espírita.

Portanto, temos que estudar as Obras de Allan Kardec para podermos ter uma visão clara e segura do Espiritismo.
Sem Kardec não existe Doutrina Espírita.
Uma outra questão importante, a Umbanda não é Espiritismo.
A umbanda trabalha com fenômenos mediúnicos, ou seja, a mediunidade, eles entram em contato com os espíritos desencarnados para certos trabalhos.
Porem, as diferenças entre Espiritismo e Umbanda é muito grande, repetimos, o Mestre Allan Kardec em seus Livros não orienta ninguém a usar velas, amuletos, roupas brancas, imagens de santos, fazer despachos e sacrificar covardemente animais inocentes, isso não tem nada haver com os princípios Doutrinários do Espiritismo.
Não estou discriminando nada só estou definindo questões Doutrinarias.
Não podemos misturar coisas diferentes.

6) Como reconhecer a elevação dos espíritos desencarnados que se apresentam nos trabalhos mediúnicos???

A Linguagem e os ensinamentos é o ponto chave.
Os Espíritos Superiores e os Bons Espíritos possuem sempre uma Linguagem moralmente LIMPA, sua linguagem é elevada, nobre, pura, digna, lógica, e sublime de moralidade e seus Ensinamentos possuem sempre um teor Moral elevado e digno, eles pregam sempre em suas comunicações ou mensagens, a Caridade, o Amor, as Virtudes, a Disciplina, a Ordem, a Justiça, a Humildade, a Elevação Moral.
Os Espíritos Elevados são Virtuosos em seus ensinamentos.
De um Espírito Elevado só pode vim Virtudes, Luz e Amor.

Os espíritos inferiores apegados a matéria e aos vícios e desejos terrenos, possuem sempre uma Linguagem moralmente pesada e maliciosa.
Eles possuem uma Linguagem grosseira, pesada, vulgar, violenta, agressiva, chula, sem lógica e sem elevação moral.
Desses espíritos só podem vim vícios, mentiras, vulgaridades e grosserias.
A Linguagem é o ponto chave que devemos analisar sempre nas comunicações mediúnicas.
Portanto, nas comunicações e mensagens que venha dos espíritos desencarnados temos que analisar com muito cuidado a Linguagem e os ensinamentos dos Espíritos.

Os espíritos inferiores também gostam de se impor e dar ordens, querem ser obedecidos, não podemos questionar nada, temos que aceitar as suas orientações.
Esse é um sinal claro de embuste.
Os espíritos elevados jamais se impõem e nem dão ordens, eles dão conselhos e orientações visando sempre a melhoria Moral e espiritual das pessoas, uma outra questão importante, os Espíritos Elevados nunca vão tratar de assuntos matérias como, volta da pessoa amada, sorte no jogo, sorte com o dinheiro, predizer o futuro, revelar tesouros escondidos, revelar formulas para ficar rico etc...
Somente espíritos apegados a matéria é que tratam dessas coisas e muitos desses espíritos podem ser obsessores.
Outra questão importante, os Espíritos de Luz ou Espíritos Superiores e Elevados não possuem necessidades matérias, eles não precisam de velas, charutos, cigarros, cachaça, farofa etc...
Quem precisa dessas coisas são espíritos apegados a matéria e aos vícios e desejos terrenos, somente isso.
Vocês acham que os Espíritos de Luz vão pedir essas coisas????
Procurem pensar.

7)Existe no mundo espiritual ou plano extra físico muitos espíritos embusteiros, mentirosos, hipócritas, sedutores e mistificadores, o Mestre Allan Kardec chama esses espíritos de os falsos profetas da erraticidade, Kardec explica que esses espíritos embusteiros tomam nomes falsos e usam uma Linguagem melosa e sedutora para enganar as pessoas.

Como evitar os espíritos mistificadores???

Primeiro, não podemos aceitar nada que venha dos espíritos desencarnados sem rigoroso exame.
Segundo, todos os ensinamentos que venham dos espíritos desencarnados têm que passar pelo crivo severo da Razão e da Lógica mais rigorosa possível para poder ser aceito.
Qualquer ensinamento que choque a lógica, a razão e a moral elevada, deve ser rejeitado, essas são as recomendações DOUTRINARIAS do Mestre Allan Kardec.
É por isso, que eu procuro raciocinar muito nessas questões, por que, a Fé no Espiritismo tem que ser Racional e não mística.
Tudo isso que eu coloquei esta nas Obras do Mestre Kardec.


Texto complementar

Da Obra “Plantão De Respostas “ – Emmanuel E Francisco Cândido Xavier.
Esclarecimentos de Chico Xavier sobre as Entidades.
1)Respostas sobre UMBANDA e CANDOMBLÉ dadas pelo médium mineiro CHICO XAVIER no programa Pinga Fogo de 1971
UMBANDA
Pergunta: Quem são os “pretos-velhos”, “exus” e “pombas-giras” que incorporam na Umbanda? Se são espíritos de luz, por que há necessidade de cigarro, cachaça e sons barulhentos?
Resposta: PARA ESPÍRITOS DE LUZ, OU SEJA, ESPÍRITOS SUPERIORES E PUROS, NÃO EXISTEM NECESSIDADES MATERIAIS. Os espíritos que trabalham nos terreiros, em sua grande maioria, são aqueles que ainda guardam grandes necessidades das sensações terrenas e por isso usam os médiuns para absorvelas; quando não têm, fazem-no através dos despachos. São, na classificação da Doutrina Espírita, chamados de espíritos mais simples. É claro que existem aqueles outros que, mesmo tendo condição moral mais elevada, manifestam-se nos terreiros de Umbanda, guardando os procedimentos ali adotados.
CANDOMBLÉ

Pergunta: Qual a diferença entre as entidades de luz da Doutrina Kardecista e os orixás do Candomblé, que são reverenciados em seus templos com bons pratos, roupas tradicionais e músicas? Isso não seria prendê-los ao materialismo?
Resposta: Primeiro; devemos esclarecer que a Doutrina não é Kardecista e sim dos Espíritos. Allan Kardec foi o codificador dessa Doutrina, ou seja, através de método científico, reuniu e compilou, com a ajuda de vários médiuns, as informações que hoje conhecemos editadas nos livros básicos da Doutrina Espírita.

Quanto à diferença entre “entidades de luz”, ou seja, espíritos de luz e os orixás do Candomblé; esta reside no fato de QUE OS ESPÍRITOS DE LUZ ENCONTRAM-SE EM ELEVADA CONDIÇÃO DE EVOLUÇÃO MORAL, ESTANDO, PORTANTO, LIVRES DAS SENSAÇÕES MATERIAIS.
SEM DÚVIDA QUE AS OFERENDAS QUE RECEBEM OS “ORIXÁS” OS PRENDEM À MATÉRIA.

Da Obra “Plantão De Respostas “ – Emmanuel E Francisco Cândido Xavier.
Emmanuel é bem claro, somente espíritos apegados as sensações matérias é que pedem cigarros, charutos, cachaça e despachos, ou seja, espíritos atrasados.
Perguntamos.

Emmanuel esta certo ou errado nessa questão??????

Os Espíritos de Luz ou os Espíritos Superiores e Elevados não possuem necessidades matérias, eles estão moralmente depurados.
Os Espíritos de Luz possuem sempre uma Linguagem pura, digna, elevada, nobre, lógica e sublime de moralidade e seus ensinamentos visam sempre a melhoria Moral e espiritual das pessoas.
Os Espíritos Elevados são Virtuosos em seus ensinamentos.
Eles pregam o Bem, a caridade, o amor, a elevação moral, a disciplina, a ordem, as virtudes.
Os espíritos inferiores, perturbadores e obsessores possuem sempre uma Linguagem moralmente pesada, grosseira, ímpia, agressiva, maliciosa, sem lógica e sem elevação moral.
E suas mensagens só tratam de assuntos matérias vulgares.
Os Espiritos de Luz jamais vão pedir coisas matérias, como velas, despachos, cachaça, charutos, farofa e sacrifícios de animais.

Somente espíritos apegados a matéria e aos vícios terrenos é que pedem tais absurdos.

2) Emmanuel é bem claro nessa questão ele diz.

PARA ESPÍRITOS DE LUZ, OU SEJA, ESPÍRITOS SUPERIORES E PUROS, NÃO EXISTEM NECESSIDADES MATERIAIS. Os espíritos que trabalham nos terreiros, em sua grande maioria, são aqueles que ainda guardam grandes necessidades das sensações terrenas e por isso usam os médiuns para absorvelas; quando não têm, fazem-no através dos despachos.
Os espíritos que trabalham nos terreiros, em sua grande maioria, são aqueles que ainda guardam GRANDES NECESSIDADES TERRENAS E POR ISSO USAM OS MÉDIUNS PARA ABSORVELAS, QUANDO NÃO TEM, FAZEM-NO ATRAVÉS DOS DESPACHOS.
Isso mostra que os espíritos que atuam nos terreiros são espíritos apegados as sensações terrenas e POR ISSO USAM OS MÉDIUNS PARA ABSORVELAS.
Os médiuns que usam cigarros, charutos e cachaça são vampirizados por espíritos inferiores do plano astral.
Como disse Emmanuel, PARA ESPÍRITOS DE LUZ, OU SEJA, ESPÍRITOS SUPERIORES E PUROS, NÃO EXISTEM NECESSIDADES MATERIAIS.
Perguntamos Emmanuel esta errado nessa questão?????
Qual a sua resposta???
Emmanuel fala que as oferendas que fazem aos orixás ( espíritos desencarnados) os prendem a matéria.
OS ESPÍRITOS DE LUZ ENCONTRAM-SE EM ELEVADA CONDIÇÃO DE EVOLUÇÃO MORAL, ESTANDO, PORTANTO, LIVRES DAS SENSAÇÕES MATERIAIS.
SEM DÚVIDA QUE AS OFERENDAS QUE RECEBEM OS “ORIXÁS” OS PRENDEM À MATÉRIA.

Wilson Moreno

Espiritismo não é Igreja e Kardecismo não existe...

" A gente não faz amigos, reconhece-os." (Vinícius de Morais)




Partindo do princípio que o objetivo de todo jornalística ético e sensato é o de informar bem, com coerência, honestidade, dignidade e imparcialidade, preocupando-se sempre com o indispensável conhecimento da causa que leva a reportar, venho apresentar-lhes uma contribuição em cima de um assunto que muitos profissionais do jornalismo, embora bem intencionados, terminam cometendo equívocos lamentáveis, por uma inexplicável ignorância que compromete os seus nomes bem como o dos veículos por onde vinculam as suas matérias ou reportagens.
Falo com respeito ao assunto Espiritismo, tema este que invariavelmente é visto apenas no campo religioso, o que na verdade não é, e sobretudo, o que é mais lamentável, sempre enfocado com afirmativas de conceitos absurdos, oriundos do "achismo" e também de uma cultura criada na cabeça das pessoas, pela intolerância e a desonestidade religiosa.
Não objetivo aqui defender crença ou fé nenhuma, porque não é isto que está em questão. Só quero mesmo prestar contribuição ao gigantesco segmento honesto do jornalismo acerca de uma coisa, como ela realmente é, para que ele esteja melhor informado, sem a menor pretensão de querer fazer com que nenhum profissional o aceite, concorde com os seus postulados e, muito menos, se converta.

Vamos aos assuntos:

Espiritismo não é igreja

Em princípio corrijam a conceituação inicial: Espiritismo não é simplesmente religião. Ele não veio ao mundo com objetivo nenhum de ser religião. Trata-se de uma doutrina filosófica, com base calcada na racionalidade, na lógica e na razão, apenas com conseqüências religiosas, haja vista que os seus adeptos ficam livres da submissão a qualquer religião, por não serem obrigados a coisa nenhuma e nem serem proibidos de nada. Há centros espíritas que se portam como se fossem igrejas, mas isto é produto da concepção equivocada dos seus dirigentes, que ainda sentem a necessidade da rezação, em que pese o Espiritismo ser algo muito acima disto.
Não existe "Kardecismo", existe "Espiritismo"
O jornalista equivocado costuma utilizar-se da expressão "kardecismo" , para identificar algo que ele imagina ser uma "ramificação" do Espiritismo, achando que Espiritismo é um "montão de coisas" que existe por aí, quando na realidade não é.
A palavra "Espiritismo" foi criada, ou inventada, como queiram, pelo senhor Allan Kardec, exclusivamente, para denominar a doutrina nova que foi trazida ao mundo, por iniciativa de Espíritos, e que tem os seus postulados próprios.
Portanto, qualquer crença ou prática religiosa que utiliza-se da denominação "Espiritismo", fora desta que se enquadre nos seus postulados, está utilizando-se indevidamente de uma denominação, mergulhando no campo da fraude. Daí a verdade que o nome disto que vocês chamam de "kardecismo", verdadeiramente é "Espiritismo".
Apenas para clarear o campo de conhecimento dos que ainda têm dúvidas, em achar que Candomblé, Cartomancia, Necromancia, Umbanda e outras práticas espiritualistas é Espiritismo, vai aqui uma pequena tabela, exemplificando algumas práticas de alguns segmentos, para apreciação daqueles que consideram relevante o uso da inteligência e do bom senso, a fim de um discernimento mais coerente e responsável.
Como pode, então, um profissional que tem a obrigação de estar bem informado, poder afirmar que Espiritismo e Umbanda são a mesma coisa? Não seria mais coerente dizer que tem mais semelhanças com o Catolicismo, embora não seja também a mesma coisa?
O espírita não tem a menor pretensão de diminuir ou desvalorizar o adepto da Umbanda que, por sua vez, tem também a sua denominação própria que é Umbanda, e não Espiritismo, apenas quer deixar claro que Espiritismo é Espiritismo e Umbanda é Umbanda, assim como Catolicismo é Catolicismo, Protestantismo é Protestantismo.
A afirmativa que alguns fazem, em dizer que tudo é a mesma coisa, com a diferença de que na Umbanda se reúnem negros e pobres e no tal "Kardecismo" se reúnem o que chamam de elites, é extremamente leviana, desonesta e irresponsável. O Espiritismo não faz qualquer discriminação de raças, cor ou padrão social, já que em seu movimento existem inúmeros negros, mulatos, brancos e de todas as etnias.

Allan Kardec não inventou o Espiritismo

Allan Kardec não inventou, ou criou, Espiritismo nenhum. A proposta veio de Espíritos, através de manifestações espontâneas, consideradas como fenômenos, na época, e ele, que nada tinha a ver com aquilo, foi convidado por alguns amigos para examinar e analisar os tais fenômenos, em suas casas, oportunidade em que foi convidado, pelos Espíritos, pela sua condição de pedagogo e educador criterioso, a organizar aqueles ensinamentos em livros e disponibilizar para a humanidade.
Ele foi tão honesto e consciente de que a obra não era de sua autoria, que evitou colocar o seu nome famoso na Europa antiga (Denizard Rivail) como autor dos livros e preferiu utilizar-se de um pseudônimo. É bom que se saiba que o tal professor Rivail era autor famoso de livros didáticos e que tudo o que aparecia com seu nome vendia muito, não apenas na França como em toda a Europa..
Atentem para o detalhe: Os Espíritos optaram por um pedagogo, um professor, e não por um padre, um religioso, o que nos convida a entender que o Espiritismo é escola e não igreja..
Sobre a reencarnação
Não é patrimônio exclusivo do Espiritismo e não foi inventada pelo Espiritismo, posto que é algo conhecido pela maior parte da humanidade, por milênios, muito antes do Espiritismo, que tem apenas 151 anos de idade.
O espírita, depois de estudar a reencarnação, não crê na reencarnação, ele passa a SABER a reencarnação, o que é diferente. Exemplificando: Você crê que a Lua existe ou você sabe que ela existe? Afinal, você pode vê-la e comprovar, inclusive cientificamente? É isto aí.
Portanto a afirmativa de que os espíritas crêem na reencarnação é infantil e sem sentido.
Sobre a mediunidade
Também não é patrimônio exclusivo e nem foi inventada pelo Espiritismo. É uma faculdade humana normal e independe de crença religiosa, já que a pessoa pode possuí-la, com maior ou menor intensidade, acredite ou não. O Espiritismo apenas se dispõe a estudá-la, educar e disciplinar as pessoas que a possuem, para que o seu uso possa ser benéfico a elas e aos outros, absolutamente dentro dos elementares padrões de moralidade. Segundo os postulados espíritas ela não deve ser comercializada, nunca, e deve ser utilizada gratuitamente; todavia é praticada comercialmente em alguns lugares do mundo, por pessoas que são médiuns, inclusive honestas, mas nada sabem sobre Espiritismo, numa comprovação de que ela existe fora do meio espírita.
Qualquer afirmativa do tipo que "alguém tem mediunidade e precisa desenvolver" é vinda de pessoas inconseqüentes, mesmo algumas que se auto rotulam espíritas, posto que o Espiritismo propõe que a faculdade deve ser educada e não desenvolvida.

Sobre o caráter do centro espírita

É um local que deve atuar como escola e não como igreja . A sua proposta é de estudos, sobretudo da matéria que trata da reforma íntima das pessoas, dando ciência do papel de cada um de nós na terra, da nossa razão de existir enquanto criaturas úteis ao nosso próximo, esclarecimento da nossa condição espiritual no presente e no futuro e, principalmente, a nossa conduta moral.
Recomenda a prática da Caridade, sim, mas de forma ampla no sentido de orientar e informar aos outros sobre os meios de libertações dos conflitos, das amarguras, das incompreensões e do sofrimento em si e não esse entendimento estreito de que Caridade se resume apenas a dar prato de sopa ou roupas usadas para pobres, para qualificar o doador como bonzinho.
Adota Jesus, sim, inclusive como o maior modelo e guia que temos para seguir, concebendo o seu Evangelho como a bula coerente a nos conduzir, e não como sendo ele o próprio Deus.
Enfim. O centro espírita é um local de estudo e não de rezação.
Sobre quem é reencarnação de quem
Recentemente vimos um jornalista afirmar, nas páginas da VEJA, que os espíritas juram que Fulano é reencarnação de Ciclano, o que se constitui em um absurdo. Em princípio espírita não adota jura nenhuma. Segundo, que não consta da atividade espírita a preocupação de quem é reencarnação de quem, uma vez que esta discussão é irrelevante, não tem razão nenhuma, não acrescenta absolutamente nada na proposta espírita para a criatura humana, em que pese alguns espíritas, apenas alguns, (nem todos entendem bem a proposta da doutrina) se ocuparem com esse tipo de discussão.
Falar em quem é ou talvez possa ser reencarnação de quem, é conversa amena de momentos de descontração de espíritas, apenas em nível de curiosidade ou especulação, jamais tema de estudo sério da casa espírita.
Ainda que possa existir, em alguns locais de estudos mais profundos e pesquisas espíritas, interesses em trabalhar as questões da reencarnação, os estudiosos apenas sugerem que fulano possa ser a reencarnação de alguém, mas nunca afirmam, apesar de evidências marcantes e inquestionáveis, quando a condução da pesquisa é séria e criteriosa.
Quem anda dizendo que é a reencarnação de reis, de rainhas e de personagens poderosas do passado não são os espíritas , são apenas alguns bobos que estão no Espiritismo sem consciência do seu papel..

Apologia ao sofrimento

Matérias de revistas e jornais, dentro deste equívoco que nos referimos, chegaram a afirmar, diversas vezes, que o Espiritismo ensina as pessoas a serem acomodadas em relação ao sofrimento e até chegarem a dizer que o sofrimento é bom.
Não condiz com o coerente ensinamento do Espiritismo. Se algum espírita chega a dizer isto, certamente é vítima do masoquismo e, provavelmente, deve praticar um ritual em sua casa, quando, talvez uma vez por semana, colocar a mão sobre uma mesa e dar uma martelada em seu dedo.
Sofrimento não é condição fundamental para a evolução de ninguém, embora entendemos que, ao passar por ele, muitas pessoas terminam acordando para a realidade da vida e mudando de conduta, sobretudo no campo do orgulho, do egoísmo e da presunção.

Mesa branca

Não existe espiritismo mesa branca, alto espiritismo, baixo espiritismo ou qualquer ramificação do Espiritismo, que é um só. O hábito de forrar mesas com toalhas de cor branca, na maioria dos centros espíritas, nada mais é que um hábito de alguns espíritas, de certa forma até equivocados também, uns talvez achando que a cor branca da toalha ou das roupas das pessoas tem algum significado virtuoso, quando na verdade não existe esta orientação no Espiritismo. Muito pelo contrário, seria preferível utilizar toalhas (por que tem sempre que ter toalhas nas mesas?) de outras cores, posto que tecidos em cor branca tem maior facilidade de sujar.
Portanto a citação de "espiritismo mesa branca" é mais uma expressão da ignorância popular, o que não se admite nos jornalistas.
Terapia de vidas passadas
Não é procedimento espírita, em que pese ser recomendável em alguns casos, porém em consultórios de profissionais especializados, geralmente psicólogos ou médicos. É fato, existe, é comprovado, tem resultados cientificamente respaldados, mas não é prática espírita.
Cromoterapia, piramidologia etc...
Se alguém usa uma dessas práticas no espaço físico de uma casa espírita, é por pura deliberação da direção da casa, que se considera livre para fazer o que quiser, até mesmo dar aulas de arte culinária, corte e costura, curso de inglês, informática ou o que quiser, que são atividades úteis, sem dúvidas. Mas não tem a ver diretamente com o Espiritismo.

Sucessor de Chico Xavier

Isto nunca existiu no Espiritismo, em que pese vários jornalistas terem colocado em matérias diversas, quando o Chico Xavier "morreu", e ainda repetem, talvez querendo estabelecer alguma comparação do Espiritismo (que vêem apenas como religião) com a Igreja Católica, que tem sucessores dos papas, quando morrem. Chico Xavier nunca foi uma espécie de papa, de cardeal ou de qualquer autoridade eclesiástica dentro do movimento espírita.
Divaldo Pereira Franco nunca foi sucessor do Chico, nunca teve essa pretensão, ninguém no movimento espírita fala nisto, que é coisa apenas de páginas de revistas desinformadas sobre o que verdadeiramente é o Espiritismo.

A sua relação com a Ciência

Faz parte da formação espírita a seguinte recomendação: "Se algum dia a Ciência comprovar que o Espiritismo está errado em algum ponto, cumpre aos espíritas abandonarem imediatamente o ponto equivocado e seguirem a orientação da Ciência" .
Mas isto não quer dizer que o que afirma determinadas criaturas, como o padre Quevedo, que se apresenta presunçosamente como cientista, deva ser entendido como Ciência, já que ele não é unanimidade e nem ao menos aceito pela maioria dos cientistas coisa nenhuma. Ele é padre, nada mais do que padre, com um tipo de postura que não aceita nem pela maioria do seio católico, quanto mais pelo científico.
Não é à pseudo-ciência ou a opiniões pessoais de um ou outro elemento, que se diz de Ciência, que o Espiritismo se submete, com esta recomendação, é a Ciência, como um todo, em descobertas inquestionáveis.
Até agora a Ciência não conseguiu apontar e muito menos comprovar erro em um ensinamento espírita, sequer.
Se alguém exige, por exemplo, querer provas por parte dos que afirmam que existe vida fora da Terra, por questão de bom senso deve ter também provas de que não existe. Será que tem?
Medicina e Espiritualidade
Alguns médicos, tradicionalmente, sempre afirmaram que os problemas de saúde das pessoas nada tem a ver com problemas espirituais, porque estes se resumem a crendices. Hoje existe um curso de "Medicina e Espiritualidade" , oficial, dentro da USP (Universidade de São Paulo), a maior Universidade do País, onde são estudados estes questionamentos que alguns continuam a dizer que são crendices. Em nível de informação, sugerimos que os jornalistas se interessem em reportar sobre este assunto, sem que vá aqui a menor intenção de querer converter ninguém. Não se trata de questão religiosa, trata-se de questão científica. Para melhor informação, as aulas deste curso podem ser vistas no site: www.redevisao.net . O telefone da Pineal Mind, onde são ministradas as aulas, é (11) 3209-5531 e o e-mail é faleconosco@uniespirito..com.br onde poderão ser obtidas maiores informações sobre o curso. Toda sexta-feira, às 19 horas, tem aula ao vivo, pelo site, numa webtv.
Diante de todo o exposto sugerimos que os grandes veículos de comunicação de massa, obviamente comprometidos com a credibilidade dos seus nomes, repassem estes esclarecimentos aos seus profissionais de jornalismo, não necessariamente para que eles sejam simpáticos à idéia espírita, já que ninguém é obrigado a aceitar coisa nenhuma, mas para, pelo menos, não comprometerem as suas honorabilidades dizendo mentiras, leviandades e até se expondo ao ridículo reportando sobre um assunto que não entendem.
"Quando não puder mais acreditar nos seus sonhos, acredite no seu coração