sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

O EVANGELHO E O CELULAR

O EVANGELHO E O CELULAR

Já imaginou o que aconteceria se tratássemos o Evangelho do jeito que tratamos nosso celular?
E se sempre carregássemos o nosso Evangelho no bolso ou na bolsa?
E se déssemos uma olhada nele várias vezes ao dia?
E se voltássemos para apanhá-lo quando o esquecêssemos em casa ou no trabalho?
E se o usássemos para enviar mensagens aos nossos amigos?
E se o tratássemos como se não pudéssemos viver sem ele?
E se o déssemos de presente para as crianças?
E se o usássemos quando viajamos?
E se lançássemos mão dele em caso de emergência?


Ao contrário do celular, o Evangelho não fica sem sinal.
Ele pega em qualquer lugar. Não é preciso se preocupar com a falta de crédito, porque Jesus já pagou a conta e os créditos não têm fim.
E o melhor de tudo: não cai a ligação e a carga da bateria é para toda vida.

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Quando você estiver triste, ligue - no cap. V no texto que começa "Bem aventurados os que choram..."
Quando pessoas falarem de você, ligue no cap. V no trecho "Bem aventurados os que sofrem perseguição..."
Quando você estiver nervoso, ligue no cap. IX "Bem aventurados os mansos e pacíficos..."
Quando você estiver preocupado, ligue no cap.IX – item 7 "A paciência".
Quando você estiver em perigo, ligue no cap. V – item 22 "Um homem de bem teria morrido".
Quando Deus parecer distante, ligue no cap. XXVII – item 1 "Caracteres da perfeição".
Quando sua fé precisar ser ativada, ligue no cap. XIX – item 1 "Poder da fé".
Quando você estiver solitário e com medo, ligue no cap. XVI item 10 "M. Espírito Protetor".
Quando você for áspero e crítico, ligue no cap. VII – item 11 "O orgulho e a humildade".
Para saber o segredo da felicidade, ligue no cap. V – item 20 "A felicidade não é deste mundo".
Quando você sentir-se triste e sozinho, ligue no cap. XXVI - item 5 "Vendilhões expulsos do templo".
Quando você quiser paz e felicidade, ligue no cap. XX – item 5 "Obreiros do Senhor".
Quando o mundo parecer maior que Deus ligue no cap. XIX – item 11 "Fé, mãe da esperança e da caridade.

Autoria desconhecida.

sábado, 17 de fevereiro de 2018

DEPRESSÃO – QUANDO A ALMA PADECE

Muito se ouve e se lê sobre a Depressão, alguns até afirmam ser o mal do século, mas, para que tratemos desse complexo assunto precisamos entender o que é a “Depressão”.
Bem a palavra “Depressão” quer dizer ato ou efeito de deprimir(se), ou ,é um termo utilizado na psiquiatria para designar um transtorno de humor; e ai esta o ponto forte do problema...é um TRANSTORNO; que pode ser definido comosituação que causa incômodo a outrem ou desequilíbrio do estado mental de uma pessoa (termo psicológico), e ambos os casos estão corretos para descrever uma pessoa depressiva.



Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 5% das pessoas sofrem com a depressão em todo o mundo, ou seja, aprox.. 350 milhõesde pessoas, sendo que 2% e, estado grave e 15% dos depressivos acabam se matando.
De acordo com projeções da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2030 ela será o mal mais prevalente do planeta, à frente de câncer e de algumas doenças infecciosas, ai o motivo da afirmação de que é o “mal do século”.Para se ter uma ideia, o número de depressivos hoje é quase quatro vezes maior do que o de portadores de HIV/Aids.
No Brasil 7,6% dos adultos brasileiros já foram diagnosticados com o distúrbio,nas análiseslocalizadas, a taxa foi maior na Região Sul (4,8%) e menor na Norte (2,9%).O número, divulgado no fim de 2014 pelo IBGE indica que o universo de brasileiros com depressão é de 11 milhões de pessoas e o agravante é que7 em cada 10 pessoas depressivas nem mesmo sabem que estão com essa doença.
Quando considerado um período de 12 meses seguidos, o Brasil lidera, entre os países em desenvolvimento, o ranking mundial de prevalência da depressão: 18% da população que participou da pesquisa estavam deprimidas há pelo menos um ano.[i]
As causas ainda estão sob investigação de diversos pesquisadores, mas a grande maioria convergem em alterações em neurotransmissores; ou seja pessoas com taxas muito alteradas de determinados neurotransmissores, como serotonina e noradrenalina, tem mais chances de sofrer depressão. Segundo o psiquiatra Edson Hirata do Hospital Santa Cruz (, Curitiba – PR) isso acontece justamente por que a doença se desenvolve por conta da falta desses neurotransmissores, que são responsáveis pela comunicação entre os neurônios na área do cérebro responsável pelas emoções - o sistema límbico.
Quando uma pessoa nasce com esses neurotransmissores naturalmente baixos, o sistema límbico e sua percepção das emoções ficam comprometidos, podendo causar a depressão. "A queda destes neurotransmissores no sistema límbico é a base bioquímica da doença", afirma o especialista.
E o espiritismo? O que a doutrina pode nos afirmar sobre esse “Mal do século”?
Conforme Alírio C. Filho[ii] em sua obra Saúde Espiritual, a causa das doenças, tanto as mentais, quanto as físicas, estão no Espírito doente que ainda somos. (ESTAMOS).
“A doença é um processo de bloqueio nas energias que compõem o ser humano. (espirituais, psíquicos e emocionais – somatizadas - desarmonizam a mente.”( FILHO,2006)[iii]
O psiquiatra Roberto Lúcio Vieira de Souza, [iv], acredita que, do ponto de vista moral, a depressão é um processo auto-obsessivo pelo fato de o deprimido ser um rebelde, cuja energia destrutiva é, antes de tudo, voltada contra si.
“Dentro da abordagem espiritual, existem podemos dizer que vem de fundo carmático, oriundas de ações moralmente doentias do espírito, em uma ou diversas encarnações, nas quais prejudicou a si ou a terceiros, demarcando, quando do processo reencarnatório, a escolha de um material genético comprometido, capaz de dar origem à doença; E as desencadeadas por situações atuais de profundo comprometimento da tristeza, geralmente de intensidade mais leve e que não respondem ao tratamento convencional de maneira satisfatória”.[v]
Na obra Livro : “IDEAL ESPÍRITA” de Francisco C. Xavier, encontramos de Irmã Sheilla o texto SINAIS DE ALARME, que nos diz:
“Há dez sinais vermelhos, no caminho da experiência, indicando queda provável na obsessão:

1- Quando entramos na faixa da impaciência;
2- Quando acreditamos que a nossa dor é a maior;
3- Quando passamos a ver ingratidão nos amigos;
4- Quando imaginamos maldade nas atitudes dos companheiros;
5- Quando comentamos o lado menos feliz dessa ou daquela pessoa;
6- Quando reclamamos apreço e reconhecimento;
7- Quando supomos que o nosso trabalho está sendo excessivo;
8- Quando passamos o dia a exigir esforço, sem prestar o mais leve serviço;
9- Quando pretendemos fugir de nós mesmos, através da gota de álcool ou da pitada de entorpecente;
10- Quando julgamos que o dever é apenas dos outro

Toda vez que um desses sinais venha a surgir no trânsito de nossas ideias, a Lei Divina está presente, recomendando-nos, a prudência de parar no socorro da prece ou na luz do discernimento.”
Na obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, traz uma mensagem intitulada “A melancolia” (nome que, à época era utilizado para denominar a depressão), na qual atribui à nostalgia a causa da depressão:
“Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida? É que vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele. Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia, e vos julgais infelizes”
Poderíamos aqui estabelecer um link com o jogo da Baleia Azul, que tem sido muito comentado nas mídias devido sua indução ao suicídio, e muitos pesquisadores atribuem a ser uma ação de alienação e dominação sobre jovens depressivos; de fato este jogo tem levado adolescentes a automutilações e até mesmo ao suicídio. Ele teria surgido na Rússia em 2015 e chegou ao Brasil a pouquíssimo tempo. Nomearamde 'baleia-azul' o jogo, os criadores teriam feito referência às supostas tendências suicidas das baleias, que voluntariamente procurariam encalhar em praias com o intuito de se suicidar;a moda do jogo virtual surgiu na esteira da estreia do lançamento da polêmica série do Netflix "13 ReasonsWhy"( Os treze porquês,) que também aborda a temática do suicídio, salientamos que os jovens estão em plena “Adolescência” e é um período de indefinição entre criança e adulto o qual gera alguns enfrentamentos psicológicos, como a perda da proteção dos pais, a necessidade de desenvolvimento da autonomia e a construção de uma identidade, inclusive a sexual. Tudo isso acarreta em novas emoções, percepções e reflexões.
Na adolescência dentre diversos de outros sintomas destacamos: desequilíbrio nas emoções, que se reflete na sensibilidade exagerada e na irritabilidade de carácter, conhece pela primeira vez as suas limitações e fraquezas, e sente-se indefeso perante elas, conflito interior ou da personalidade, não tem consciência daquilo que se está a passar, por isso devemos atentar às divulgações deque os jogadores que são induzidos a ações de auto flagelo e até suicídio, são jovens depressivos, temos de tomar cuidado com essa afirmativa, nem todos são de fato depressivos, muitos, atrelados as mudanças hormonais e comportamentais da faze da adolescência, entram no jogo por puro desafio, porém quando veem seus familiares ameaçados caso não cumpra as tarefas, acaba se submetendo as ordens do monitor do jogo.
Independente de ser um jovem depressivo ou não, o olhar atento dos pais, o controle de que fazem e com se relacionam é atitude primordial dos pais e/ou responsáveis; a informação e os conselhos devem ser parte do cotidiano entre pais e filhos, além de os incentivarem a escolha e interação com pessoas de “corpo e alma”, ou seja, interagir fisicamente e não por meio virtual, uma das táticas que podem (e devem) ser utilizadas, é a evangelização infanto-juvenil, onde o jovem além de ser orientadosob a luz da boa nova, também se relacionara, com outros da mesma idade porém sem influencias negativas.
Também é na evangelização infantil, que temos nossa moldagem de caráter e orientação de princípios nas bases espíritas, abrindo as chances de bloquear ações malfazejas de espíritos que nos intuam para ações danosas aos outros ou a nós mesmos.

VELHICE NA VISÃO ESPÍRITA

Quando encarnamos, recebemos uma carga de fluido vital (fluido da vida). Quando este fluido acaba, morremos. Somos como a pilha que com o tempo vai descarregando.
Chegamos ao ponto que os remédios já não fazem mais efeito. Daí não resta outra alternativa senão trocar de “roupa” e voltar para a escola planetária.




Mas a quantidade de fluido vital não é igual em todos seres orgânicos. Isso dependerá da necessidade reencarnatória de cada um de nós.
Quando chegamos á Terra cada um tem uma "estimativa de vida". Vai depender do que viemos fazer aqui. A pessoa que está estimado viver em torno de 60 anos receberá mais fluido que a pessoa que está estimado viver 20 anos.
André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, explica que poucos são completistas, ou seja, nascemos com uma estimativa de vida e, com os abusos, desencarnamos antes do previsto, não completamos o tempo estimado, isso chama-se suicídio indireto.
Se viemos acertar as pendências biológicas por mau uso do corpo, como o suicídio direto ou indireto, nós vamos ficar aqui pouco tempo. É só para cobrir aquele buraco que nós deixamos. Exemplo: Se nossa estimativa de vida é 60 anos e nós, por abusos, desencarnamos aos 40 anos, ficamos devendo 20 anos. Então, na próxima encarnação viveremos somente 20 anos.
Mas há outros indivíduos que vem para uma tarefa prisional. E daí vai ficar, 70, 80, 90, 100 anos. Imaginamos que quem vira os 100 anos está resgatando débitos. Porque vê as diversas gerações que já não são as suas. E o indivíduo vai se sentindo cada vez mais um estranho no ninho. Os jovens o olham como se ele fosse um dinossauro. Os da sua idade já não se entendem mais porque já faltam certos estímulos (visuais, auditivos, etc.). Já não podem visitar reciprocamente, com raras exceções. Tornam-se pessoas dependentes dos parentes, dos descendentes para levar aqui e acolá. Até para cuidar-se e tratar-se. Então, só pode ser resgate para dobrar o orgulho, para ficar nas mãos de pessoas que nem sempre gostam dela. Alguns velhos apanham, outros são explorados na sua aposentadoria, outros são colocados em asilos onde nunca recebem visitas.
Em compensação, outros vêm, cuidam da família, educam os filhos em condição de caminhar, fecham os olhos e voltam para a casa com a missão cumprida com aqueles que se comprometeu em orientar, impulsionar, a ajudar.
Por isso, precisamos conversar com os jovens. Dizer a eles que é na juventude que a gente estabelece o que quer na velhice, se chegar lá. E que vamos colher na velhice do corpo o que tivermos plantado na juventude. Se ele quiser ter um ídolo, que escolha alguém que esteja envolvido com a paz, com a saúde, a ética, ao invés de achar ídolos da droga, do crime, das sombras.
E aqueles que não tem jovens para orientar e que estão curtindo a própria maturidade, avaliar o que fizeram da vida até agora. Se a morte chegasse hoje, o que teriam para levar? Se chegarem a conclusão que não tem nada para levar lembrem que: HÁ TEMPO.
Enquanto Deus nos permitir ficar na Terra, HÁ TEMPO, para fazermos algum serviço no Bem seja ao próximo ou a nós mesmos: estudar, aprender uma língua, uma arte, praticar um esporte. Enquanto respirarmos no corpo perguntemos: “O QUE DEUS QUER QUE EU FAÇA?” Usemos bem o fluido que nos foi disponibilizado.
ATENÇÃO: a vida bem vivida pela causa do Bem pode nos dar “MORATÓRIA”, ou seja, uma sobrevida, uma dilatação do tempo de permanência do Espírito no corpo de carne. Por isso vemos muitos trabalhadores do BEM desencarnando com idade bem avançada. Estes receberão uma carga extra de fluido vital para estender seu tempo no corpo físico.
Então, há idosos em caráter expiatório e em caráter de moratória.

Fonte: José Raul Teixeira

NANISMO por Chico Xavier

Ele afirmou que a pessoa encarna sob essa condição, basicamente por duas razões: a primeira delas, a mais freqüente, porque praticou o suicídio em outra existência e a segunda por ter abusado da beleza física, causando a infelicidade de outras pessoas.



O nanismo está particularmente ligado ao suicídio por precipitação de grandes alturas. O anão revoltado, segundo explicou-nos Chico, em geral é o suicida de outra existência que não se conforma de não ter morrido, porque constatou que a vida é uma fatalidade e, mesmo desejando, não conseguiu extingui-la.
Chico afirmou que o corpo espiritual sofre, com esse tipo de morte, lesões que vão interferir no próximo corpo, prejudicando particularmente a produção de hormônios, daí a formação do corpo anão, e as diversas formas de nanismo, mais ou menos graves, segundo o comprometimento do espírito.
Ele disse ainda que conhece mães e pais maravilhosos que têm aceitado a prova com coragem e amparado os filhos anões com muito carinho e dedicação. Reconhece que a explicação espírita através da lei de causa e efeito e das encarnações sucessivas contribui bastante para a resignação perante a prova. Suas palavras são de estímulo e encorajamento aos pais e portadores de nanismo para que não se revoltem e aceitem essa estágio na Terra como um valioso aprendizado para o espírito imortal.


-Texto extraído do livro Lições de Sabedoria – Chico Xavier-

Violência sexual contra a mulher

Fonte : Correio espírita - Por: Melissa Santos

Violência sexual contra a mulher ganha destaque após caso de estupro coletivo.
O nome é forte: estupro coletivo. Parece que só de ser lido ou falado, agride aos ouvidos. Imaginar tamanha crueldade já parece desumano. Mas a violência contra uma jovem de apenas 16 anos, no morro São José Operário, no Complexo da Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, no final de maio, trouxe à tona a discussão.





Estima-se que no Brasil, 50 mil mulheres sejam violentadas sexualmente todos os anos. Isso nos dá uma média de 136 casos por dia. No estado do Rio, acredita-se que uma mulher é estuprada a cada duas horas. Por medo, vergonha, frustração, a maioria das vítimas não leva os casos de abuso às autoridades responsáveis. E vivem no silêncio da agonia, revivendo o momento da agressão sofrida, sem perspectiva de melhora.
Em um vídeo na internet, datado de maio de 2015, Divaldo Pereira Franco, orador espírita mundialmente conhecido, fala sobre a questão da violência sexual: “é um dos atos mais vergonhosos, mais perversos ao lado da pedofilia. É um crime hediondo porque a pessoa estuprada, masculino ou feminina, vai ficar com a alma dilacerada, não o corpo! Vai ter um conflito sexual terrível. Vai detestar o sexo de quem lhe perturbou. Vai ter conflitos por toda a vida. Há aqueles que matam o corpo. E aqueles que matam o entusiasmo de viver são muito mais covardes!”
A Doutrina Espírita nos ensina que o acaso não existe, e que Deus é “soberanamente justo e bom”. Mas não irei entrar aqui no mérito das infinitas possibilidades do grupo envolvido neste crime, vítima e algozes, já estarem neste percurso, que inclui entre outras coisas, distúrbios sexuais, há longas datas e até séculos. E eu me refiro como grupo a todos os envolvidos nesta história, encarnados e desencarnados, pois sabemos que é certa a atuação dos irmãos ainda equivocados do plano espiritual.
No vídeo, um dos jovens canta um trecho de um funk, que faz referência ao estupro. Reforçando para nós o cuidado e atenção com os nossos filhos, no que eles fazem, veem e ouvem. Pois músicas com tal conteúdo destrutivo, com certeza, não vão incentivar ou aproximar companhias de espíritos abnegados e entusiastas da causa do bem. Muito pelo contrário! Sabemos que locais, assuntos e principalmente, nossa frequência de pensamento ditam com quem iremos sintonizar.
Mas a atuação de espíritos equivocados não isenta a responsabilidade dos atuantes encarnados. Todos nós responderemos pelos atos que fizermos, sejam eles bons ou ruins. Lembremos mais uma vez das doces e sábias palavras de Jesus, neste caso, registradas em Mateus 18: 7-9 : “ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele por quem o escândalo vier! Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo, ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno. E, se o teu olho te escandalizar, arranca-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno.”
Isso quer ressaltar que independentemente do que aconteceu conosco nessas ou em outras vidas, não se torna para nós um motivo de “desculpa” para cometer falha ou erro. Todos temos o livre arbítrio, e como espíritas sabemos que podemos contar com a ajuda direta dos amigos espirituais, através da oração, sempre que tivermos passando por momentos de profunda tentação. É nosso dever lutar contra as nossas más inclinações! Cabe a nós buscarmos a melhoria necessária para pôr em prática as corrigendas que temos que fazer em nós mesmos, para alcançarmos passos mais firmes rumo ao caminho que nos leva a evolução espiritual.
O escândalo que se deu com a divulgação da história desta jovem, que foi obrigada a mudar de casa e entrar no serviço de proteção à testemunha, trouxe à tona também o machismo que ainda impera em nossa sociedade. Alguns chegaram a destilar equivocadas opiniões que insinuavam que a vítima era na verdade a grande responsável pela própria agressão. Neste aspecto, sobre a suposta superioridade masculina sobre a feminina, os Espíritos são diretos.
No capítulo IX, da Lei da Igualdade, de O Livro dos Espíritos, na lição 817, Allan Kardec pergunta: “são iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos?”. E a resposta é: “não outorgou Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir?”. Na pergunta seguinte, Kardec enfatiza: “donde provém a inferioridade moral da mulher em certos países?”. E a reposta é clara: “do predomínio injusto e cruel que sobre ela assumiu o homem. É resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre homens moralmente pouco adiantados, a força faz o direito.”
Mas a Doutrina Espírita também nos ensina a olharmos de forma neutra toda e qualquer situação analítica. Pelas lentes do amor, nós sabemos também que o estuprador é uma pessoa doente do corpo e da alma. No livro “ Mundo Maior”, André Luiz nos fala sobre as “enfermidades do instinto sexual”: “inútil é supor que a morte física ofereça solução pacífica aos espíritos em extremo desequilíbrio, que entregam o corpo aos desregramentos passionais. A loucura, em que se debatem, não procede de simples modificações do cérebro: dimana da desassociação dos centros perispiríticos, o que exige longos períodos de reparação.
Assim, face às torturas genésicas a que se vê relegada, gera aflitivas contas cármicas a lhe vergastarem a alma no espaço e a lhe retardarem o progresso no tempo. Desse modo, por semelhantes rupturas dos sistemas psicossomáticos, harmonizados em permutas de cargas magnéticas afins, no terreno da sexualidade física ou exclusivamente psíquica, é que múltiplos sofrimentos são contraídos por nós todos, no decurso dos séculos, porquanto, se forjamos inquietações e problemas nos outros, com o instinto sexual, é justo que venhamos a solucioná-los em ocasião adequada”.
O caso do estupro coletivo trouxe para a sociedade a discussão em torno dos distúrbios sexuais. A nós espíritas, não cabe julgamentos, e sim, amparo. Não devemos engrossar as fileiras daqueles que apontam e que tiram conclusões. Mas devemos sim, estender as mãos a todos aqueles que sofrem, mesmo aos que ainda não entendam a zona de sofrimento em que se encontram.
Por isso, se você, irmão, que lê esse artigo, sofre de qualquer tipo de distúrbio sexual, procure ajuda. Vá a especialistas, converse com pessoas mais experientes e que pensem diferente, busque na prece e na leitura edificante a força para resistir às tentações. Não deixe que os instintos e as más inclinações o dominem. E você, irmã ou irmão, que sofreu qualquer tipo de abuso sexual, independentemente de quando tenha acontecido, também busque ajuda. E denuncie às autoridades competentes, pois isso é um freio ao agressor, para que ele não faça novas crueldades. Quanto àqueles que nesta encarnação não sofrem deste tipo de distúrbio sexual, que possamos orar por todos que ainda vivem nesse processo.
E como disse Divaldo, no vídeo já citado a cima: “chegará um momento, não muito distante, em que a sociedade verá esses crimes (estupro, pedofilia, pena de sorte, aborto e suicídio) como páginas terríveis da nossa história no passado”

fonte - http://www.institutochicoxavier.com/i…/informativo/atualidad...

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

INIMIGOS INSIDIOSOS

Psicografada por Divaldo P. Franco


Foste estigmatizado pela infâmia cavilosa, e porque te refugiaste na oração, conseguiste superá-la sem seqüelas.
Experimentaste o escárnio daqueles que te subestimam o valor, no entanto, persistindo nos ideais de enobrecimento venceste o desafio.




Suportaste a enfermidade desgastante, entretanto, mantendo o pensamento otimista e cuidando-te sem cessar, atravessaste o período de debilidade, recuperando a saúde.
Recebeste pedradas morais, promovidas por adversários invejosos que desejavam competir contigo, e porque não ambicionavas destaques no mundo ficaste incólume às agressões.
Foste visitado, diversas vezes, pela tentação da ira, da mágoa, da revolta, porém, reflexionando a respeito dos elevados objetivos da existência, não te detiveste nos desvios da inferioridade, avançando, alegremente.
Proclamaram a tua queda, a tua deserção do Bem, alguns companheiros precipitados, todavia, permanecendo imperturbável, eles odiaram-te, sem que isso te afetasse.
Fustigaram-te os sentimentos através de variados ardis, mas como te encontravas com a mente referta de idealismo e o sentimento rico de entusiasmo não foste alcançado pelo mal que te rondava.
Recebeste a ingratidão de comensais da tua afetividade, no entanto, despido dos interesses de compensação de qualquer tipo, seguiste adiante, sem lamentar-lhes o afastamento que te não fez falta.
Provaste solidão e foste impelido ao silêncio, por circunstâncias penosas, entrementes, sintonizando com as Esferas Superiores, ouviste as vozes dos Céus e sentiste a companhia dos Benfeitores espirituais, dando prosseguimento ao trabalho.
Tentaram arruinar-te o nome, objetivando dificultar o teu acesso aos corações, apesar disso, os teus testemunhos de dignidade superaram as informações descabidas e falsas, mais ampliando os teus horizontes de edificações morais.
Armaram redes de acusadores fixados em ti, perturbados pela monoidéia de impedir-te o avanço, assim mesmo, porque não cessaste de agir e de servir, esses inimigos da tua paz sofrem por ver-te impertérrito na desincumbência do compromisso assumido com Jesus.
Em todas as situações afligentes lograste manter a inteireza moral, superando-te a ti mesmo.
Porque o teu vínculo é com Jesus e não com as pessoas, tudo quanto te fizerem, certamente não te afetará, se porfiares, porque Ele te defende de todo mal que não esteja estabelecido pela lei de Causa e Efeito.
Na luta forjam-se os heróis e os santos, os mártires e os abnegados construtores da Humanidade feliz.
Nunca temas, nem te afadigues em defesas injustificáveis quão desnecessárias, porquanto estás fadado à conquista do Infinito...
***
A situação em que te vês agora é bem diversa, mais grave do que todas antes enfrentadas, porque sutil, quase despercebida.
Semelhante a cupim devorador e oculto no âmago da madeira, estás sendo carcomido interiormente, perdendo valiosas energias e vigor.
Insidioso, esse inimigo cruel tem-te rondado os passos, desde há muito tempo, sendo sempre repelido com tenacidade.
Agora, talvez porque te sintas cansado, como é natural, ei-lo tomando as províncias do teu sentimento e apoderando-se do teu entusiasmo.
Trata-se do desânimo, esse inimigo sibilino e torpe.
Tem cuidado e redobra a atenção a seu respeito.
Sob pretexto algum dá-lhe oportunidade de alojamento no teu mundo íntimo.
Ele tem sido responsável por muitas defecções de obreiros do progresso, que se sentiram desestimulados e desistiram de lutar.
A princípio, não se lhe percebe a façanha destrutiva, porque se apresenta como tédio, para logo transformar-se em indiferença, por fim converter-se em abatimento e fuga das responsabilidades.
Contrapõe-lhe a vontade férrea, a alegria de viver, o interesse para concluir o trabalho iniciado.
Se te escassearem energias, refaze-te na oração, mergulhando no oceano de forças benfazejas que envolve tudo.
De imediato, a seguir, busca a meditação, analisando a transitoriedade de todos os fenômenos e remontando-lhes às causas eternas, assim constatando que não vale a pena desperdiçar o tempo em questões de secundária importância.
Tem em mente que estes momentos também passarão, como se diluíram outros de alegrias e de tristezas, aguardando o porvir.
Se, por acaso, persistir o bafio pestilento, considera as aflições do teu próximo a quem podes ajudar, e sai da jaula asfixiante do desânimo para a liberdade de servir.
Respirarás, então, o oxigênio da caridade, logo sentindo-te renovado.
Ama, pois, e auxilia em qualquer situação que se te apresente.
Iniciar atividades é muito fácil, mantê-las é mais difícil e concluí-las é o desafio que a reencarnação propõe a todos.

***

Jesus assinalou com muita propriedade e sabedoria que tudo é possível àquele que crê, que se empenha e não cessa de lutar.
Investe mais nos teus objetivos abraçados e insiste durante os bons e os maus períodos.
A vitória somente pode ser celebrada quando concluída a luta, encerrada a tarefa.
Sob a inspiração de Jesus, persevera e crê nos resultados superiores dos investimentos da tua atual existência e conseguirás alcançar a meta.
Desanimar, porém, nunca!

Joanna de Ângelis

(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, na sessão mediúnica da noite de 05 de abril de 2004, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia)

Qual a visão espírita da avareza?

Os setes pecados capitais, que são: gula, luxúria, avareza, ira, soberba, preguiça e inveja, foram formalizados no século VI, pelo Papo Gregório Magno, que tomou como base as Epístolas de São Paulo. Porém a lista só se tornou “oficial” na Igreja Católica no século XII, através da Suma Teológica, documento publicado pelo teólogo São Tomás de Aquino.




O termo “capital” (latim “caput”, apresenta como significado líder, chefe, que quer dizer os setes pecados são “líderes” de todos os outros.
E um dos pecados da história que é cometido até hoje é a avareza, que é o desejo de ter bens materiais, de acumular riquezas, é ser ganancioso. Aquele que é avarento apresenta dificuldade de abrir mão, mesmo recebendo algo em troca.
Qual a visão espírita da avareza?
Em Lucas, XII: 13-21, lemos a seguinte passagem:
“Então lhe disse um homem da plebe: Mestre, dize a meu irmão, que reparta comigo a herança. Porém, Jesus lhe respondeu: Homem, quem me constituiu a mim, juiz ou partidor sobre vós outros?
Depois lhes disse: Guardai-vos e acautelai-vos de toda avareza, porque a vida de cada um não consiste na abundância das coisas que possui. Sobre o que, lhes propôs esta parábola, dizendo:
O campo de um homem rico tinha dado abundantes frutos, e ele revolvia dentro de si estes pensamentos, dizendo: Que farei que não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: farei isto, derrubarei os meus celeiros e os farei maiores; e neles recolherei todas as minhas colheitas e os meus bens.
E direi à minha alma: Minha alma, tu tens muitos bens em depósito para largos anos; descansa, come, bebe, regala-te.
Mas Deus disse a este homem: Néscio, esta noite te virão demandar a tua alma, e as coisas que tu ajustaste, para quem serão? Assim é o que entesoura para si, e não é rico para Deus.
Com esta passagem, Jesus diz que o homem está muito coerente com sua missão na Terra, além de mostrar pouca importância no que diz respeito aos bens materiais para o aperfeiçoamento do Espírito imortal.
O homem que se preocupa em ser antes de ter, sempre valoriza a vida por tudo o que ela oferece, se mostra interessado no que está ao seu redor. Já aquele, que liga a felicidade aos bens materiais, acaba ficando desconfiado, apresenta dificuldade nos relacionamentos pessoais, etc.
Por isso lembre-se:
“A vida do homem não consiste na abundância daquilo que possui, mas na abundância dos benefícios que esparge e semeia, atendendo aos desígnios do Supremo Senhor.” (Emmanuel, Vinha de Luz, psicografia de Francisco Cândido Xavier)
A avareza pode ser evitada por meio do autoconhecimento, da reforma íntima e da generosidade.

Fonte: Rádio Boa Nova

QUALIFICAÇÃO DE MÉDIUM

Por Deolindo Amorim

0 bom médium não é o que se comunica facilmente, mas o que é mais simpático aos bons Espíritos e está sempre assistido por eles. Tal frase encontramos em O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XXIV n. ° 12
0 ensino é claro, mas muita gente ainda pensa que o bom médium é o que tem possibilidades de receber muitas comunicações.



O qualificativo de BOM médium é um juízo de valor e, por isso, muito subjetivo, pois depende do ponto de vista. Para os que encaram a produção mediúnica exclusivamente em termos quantitativos, o bom médium, na realidade, é o que produz muito, é aquele que tem facilidade, por exemplo, de captar
mensagens à vontade. Mas qual é o conteúdo dessas mensagens? É aí que está o problema. Quem, no
entanto, vê o trabalho mediúnico pelo teor das comunicações naturalmente há-de considerar bom médium aquele que está em sintonia com Espíritos capazes de transmitir ensinos elevados e construtivos.
Muitas vezes o médium pode produzir muito, e a qualquer momento ; mas nem por isso tem condições para tarefas de grande responsabilidade moral. Veja-se o que ocorreu com o próprio Kardec, exatamente quando estava empenhado de corpo e alma na preparação de O Livro dos Espíritos. Tudo ia bem quando, a certa altura, em diálogo com o Espírito de Hahnemann, Kardec perguntou à entidade orientadora se poderia aproveitar determinado médium no prosseguimento dos trabalhos. Era um médium que naturalmente produzia, mas não tinha idoneidade para a obra.
Por isso mesmo, o Espírito instrutor fez logo restrição
-Acho melhor não te servires dele. Porque a verdade não pode ser interpretada pela mentira.

E continuou:

... o médium secunda o Espírito e, quando o Espírito é velhaco, ele se presta a auxiliá-lo. Aristo e B (o Espírito e o médium) acabarão mal, arrematou Hahnemann.
Pois bem, logo depois veio a derrocada do médium,que teria comprometido a Codificação, se tivesse sido convocado para participar dos trabalhos de Kardec. Leia-se a propósito a nota de Kardec nos seguintes

termos:

"B..., bom moço, era um médium escrevente, muito maleável, mas assistido por um Espírito muito orgulhoso e arrogante, que dava o nome de Aristo, e que lhe lisonjeava o amor-próprio. As previsões de Hahnemann se realizaram. O moço, julgando ter na sua faculdade um meio de enriquecer, já atendendo a consultas médicas, já realizando inventos e descobertas produtivas, somente colheu decepções."(Comunicação dada em 10 de junho de 1856)
-Obras Póstumas-2. ° parte.

Eis aí a lição : médium maleável, tendo possibilidade de ser muito útil, não era bom médium, no sentido qualitativo, porque, em primeiro lugar, sofria influência de um Espírito orgulhoso e, portanto, ainda atrasado; em segundo lugar, porque se apresentava como inventor e queria fazer muita coisa com o intuito de auferir vantagens através da mediunidade. Tinha mediunidade positiva, não há dúvida mas não tinha educação espiritual nem envergadura moral... De que valia, então, a quantidade das mensagens que recebia? Não seria até melhor se recebesse muito menos, ainda que fosse lá uma vez por outra, mas recebesse boas mensagens, oriundas realmente de Espíritos orientadores ?
É muito difícil, por isso mesmo, classificar os médiuns em juízos de valor. Qual será, afinal, o bom médium, na acepção certa,? É melhor que não entremos nesse terreno pois o médium é uma criatura com responsabilidade tremenda. Mas ainda em processo de experiência, sujeito aos altos e baixos da vida
humana... Devemos ajudá-los, compreendê-los, em suas tarefas. Mas não queiramos transformá-los em seres
intocáveis!...

Deolindo Amorim
Do livro: Ponto de Encontro 2 edição
Escritores: Celso Martins e Deolindo Amorim
Editora: Do Lar/ABC Do Interior

Doutrina e Aplicação (Bezerra de Menezes)

Doutrina e Aplicação (Bezerra de Menezes)

Filhos, o Senhor nos abençoe.
Somos defrontados hoje por impositivos da fé que realmente se nos mostram por obrigações de caráter inadiável.
Achamo-nos, sem dúvida, à frente de um mundo, - a nossa casa, - atravessado de problemas que a nós outros compete resolver.
Lutas, conflitos, dificuldades, desafios de variada espécie nos convocam à divulgação da Doutrina de Amor e Luz, a cujo engrandecimento estamos convocados, cada qual de nós na posição em que se encontra.





Por isso mesmo, já que estudais a virtude, reflitamos na expansão dos princípios espíritas evangélicos como sendo a demonstração generalizada e simples da virtude do Cristianismo Redivo no Espiritismo, a porta libertadora de nossos corações no rumo da emancipação com o Cristo de Deus.
Entretanto, filhos, a divulgação a que nos reportamos será, sim, a da exposição verbal de nossas teses edificantes mas sobretudo a prática dos ensinamentos a que se nos afeiçoam a idéia e coração.
Acrescentemos Espiritismo à nossas atividades cotidianas.
Mais amor no exercício de nossos deveres, mais luz em nossa palavra.
Em casa, aditemos Doutrina às nossas mínimas atitudes, a fim de que o lar se nos mantenha por santuário bendito de aperfeiçoamento espiritual a que nos empenhamos e em nossos grupos de serviço apliquemos a Doutrina em nossos gestos mais obscuros, de vez que no instituto doméstico e em nossa equipe de trabalho é que surpreendemos os mais difíceis problemas de ordem espiritual para iluminação do futuro.
Isso porque é no ambiente mais intimo da experiência terrestre que acolhemos laços mais sublimes do amor e os elos mais aflitivos das aversões que nós mesmos trazemos na bagagem de passadas reencarnações.
Do lar e do grupo social, seja esse grupo de caráter idealístico ou afetivo, na ação e na afinidade, é que nos afastamos para a Família Maior, - a Humanidade, - assim como a embarcação que se retira do cais, em demanda do alto mar.
Por essa razão, nessas duas escolas da alma é forçoso adestrar-nos na Doutrina Espírita, a fim de que a travessia da viagem na vida física se faça amparada no êxito necessário.
Enfim, traduzamos a nossa fé em trabalho incessante no Bem, desentranhemos as lições de Jesus, milenarmente arquivadas em nossa memória para o trato afetivo com as experiências do dia-a-dia, auxiliando-nos uns aos outros, através do perdão aprendido e sofrido e da tolerância trabalhada e esculpida no próprio esforço reconhecendo que o outro é o nosso reflexo.
O próximo é o caminho e Jesus é a meta.
Sirvamo-nos.
Ajudemo-nos.
Tão-somente assim, ofereceremos substância às realizações espíritas-cristãs, à maneira do material que monumentaliza esse ou aquele plano de construção.
Atividade, mas não aquela atividade a que os nossos irmãos ainda sediados na rebeldia se referem nos apelos com que conclamam o Mundo à renovação.
Esforço e nós mesmo, para que a nossa fé se nos instale definitivamente na vida pessoal para que a felicidade não mais se erija em nós por mito que a desilusão quebra ou destrói.
Construamos Doutrina em nós e em nossas próprias existências, dando conta dos encargos que o Senhor nos reservou, tomando a compreensão e a bondade por diretrizes de cada dia.
Apenas assim, - unicamente assim´- faremos a divulgação do Espiritismo por Doutrina Perfeita, a destacar-se de nossas próprias imperfeições, a fim de que pelo trabalho de hoje, venhamos a alcançar co o Divino Mestre, a felicidade indestrutível pela vivência positiva e real da legenda que Ele mesmo, Jesus, nos deu a todas as criaturas na Terra, por divino roteiro indispensável à paz de cada um: - "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei."

Obra: Doutrina e Vida, Francisco Cândido Xavier)

Uma questão atual...

Trecho do discurso pronunciado por Léon Denis na sessão de 11 de setembro de 1888, no Congresso Espírita de Paris, respondendo ao Sr. Fauvety:
"Não vos viemos dizer que devamos ficar confinados no círculo, por mais vasto que seja, do Espiritismo Kardequiano. Não; o próprio mestre nos convida a avançar nas vias novas, a alargar a sua obra."
"Estendamos as mãos a todos os inovadores, a todos os de boa-vontade, a todos os que têm no coração o amor da Humanidade."





Trata-se da epígrafe do livro "No Invisível", de Léon Denis.
Embora eu não saiba a circunstância em que essa resposta foi dada, uma vez que começo a ler o livro nesse instante, me senti inspirado a tecer esse breve comentário sobre o trecho em questão.
Ele me lembrou que, embora me considere um espírita por formação no lar e, naturalmente, por convicção nos dias atuais, já fui também, em passado não muito distante, membro da Igreja Messiânica Mundial, ou simplesmente, um messiânico.
Meus sentimentos em relação a minha fé anterior mudaram bastante com o tempo, mas no fundo, simpatizo muito com os ideais daquela religião, que são, basicamente, o culto da verdade, do bem e do belo, o altruísmo como alternativa ao egoísmo, e o estímulo à prática do Johrei (irradiação por imposição de mãos) e da Agricultura Natural. O que deixou de fazer sentido para mim, me afastando da sua prática, é um tanto pessoal e não vem ao caso nesse momento.
Hoje, reconheço que tais ideais são, a meu ver, vertentes inovadoras dos ensinos do Cristo. Apesar de tratar-se de uma religião de matriz japonesa, com raízes no budismo, ela traz a figura de um Deus Supremo, doador de toda a vida.
Identifico na Messiânica a bondade do Mestre Divino, que no governo das atividades de nosso globo, veio, através do seu fundador, Mokiti Okada, introduzir conceitos cristãos, universais, às crenças dos povos orientais, os quais não foram tão influenciados pelas religiões ocidentais ao longo dos milênios, conforme nos relata trechos do livro "A Caminho da Luz", de Emmanuel.
Naquele livro, Emmanuel sugere que vários emissários foram e vem sendo enviados ao planeta com a missão de conduzir os povos ao entendimento de suas lições de amor e fraternidade. Creio que essa é uma verdade inconteste. Reconheço, entretanto, que o Evangelho exemplificado pelo Cristo permanece insuperável, pela perfeição de seus ensinamentos, em relação às demais religiões e filosofias humanas.
Hoje em dia temos visto, aqui e ali, movimentos de intolerância religiosa de parte a parte, levantando trincheiras e bandeiras em defesa de sua "pureza", situação contraprodutiva em vários aspectos, por perturbadora, na minha opinião.
Produções literárias de grande interesse religioso, filosófico e científico foram e vem sendo produzidas fora das fileiras do Espiritismo Kardequiano, tais como a obra de Pietro Ubaldi, por exemplo, dentre muitas outras conhecidas, corroborando com o que nos adverte o texto inicial deste comentário, o qual acredito ser oportuno relembrar nesse momento.

FALEMOS DE CARNAVAL (Jorge Hessen)

Raciocinemos sobre o tal Carnaval, um termo oriundo de uma festa romana e egípcia em homenagem ao Deus Saturno, quando carros alegóricos (a cavalo) desfilavam com homens e mulheres. Eram os carrum navalis, daí a origem da palavra “carnaval”. Há quem interprete a palavra conforme as primeiras sílabas das palavras da frase: carne nada vale. Como festa popular, poderia ser um acontecimento cultural plausível, não fossem os excessos cometidos em nome da alegria.




Nesses períodos os carnavalescos alucinados surgem de todos os (re)cantos para caça da contraversão da ética. Para muitos são longas as estações de dias e noites para as preparações do delírio insano dos três dias de fantasias. Vários incautos esfolam as finanças familiares para experimentar o encanto efêmero de curtir dias de completa paranoia. Adolescentes e marmanjos se abandonam nas arapucas pegajosas das drogas lícitas e ílícitas. Não compreendem que bandos de malfeitores do além (obsessores) igualmente colonizam as avenidas das escolas de samba num lúgubre show de bizarrices. Celerados das escuridões espirituais se acoplam aos bobalhões fantasiados pelos condutores invisíveis do pensamento, em face dos entulhos concupiscentes que trazem no mundo íntimo.
Sobrevém uma permuta vibratória em todos e em tudo. Os espíritos das brumas umbralinas se conectam aos escravos de momo descuidados, desvirtuando-os a devassidões deprimentes e jeitos grotescos de deploráveis implicações morais. Tramas tétricas são armadas no além-tumba e levadas a efeito nessas oportunidades em que momo impera dominador sobre as pessoas que se consentem despenhar na festa medonha.
Enquanto olhos embaciados dos foliões abrangem o fulgor dos refletores e das fantasias brilhantes (inspirações ridículas impostas pelos malfeitores habitantes das províncias lamacentas do além túmulo), nas avenidas onde percorrem carros alegóricos (que, pasmem! já até transportou a efígie do Chico Xavier sob aplausos de omissos líderes espíritas), a visão dos espíritos observa o recinto espiritual envolto em carregadas e sombrias nuvens cunhadas pelas oscilações de baixo teor mental.
Os três dias de folia, assim, poderão se transformar em três séculos de penosas reparações. É bom pensarmos um pouco nisso: o que o carnaval traz ao nosso Espírito? Alegria? Divertimento? Cultura? É de se perguntar: será que vale a pena pagar preço tão elevado por uns dias de desvario grupal?
Quando se pretende alcançar essa alegria, através do prazer desregrado e dos excessos de toda ordem, o resultado é a insatisfação íntima, o vazio interior provocado pelo desequilíbrio moral e espiritual. Portanto, não fossem os exageros, o Carnaval, como festa de integração sócio-racial, poderia se tornar um acontecimento compreensível, até porque não admitir isso é incorrer em erro de intolerância. Porém, para os espíritas merece reflexão a advertência de André Luiz: “Afastar-se de festas lamentáveis, como aquelas que assinalam a passagem do carnaval, inclusive as que se destaquem pelos excessos de gula, desregramento ou manifestações exteriores espetaculares. A verdadeira alegria não foge da temperança.” (1)
A efervescência momesca é episódio que satura, em si, a carga da barbárie e do primitivismo que ainda reina entre nós, os encarnados, distinguidos pelas paixões do prazer violento. Costuma ser chamado de folia, que vem do francês folle, que significa loucura ou extravagância. Nos dias conturbados de hoje, sabe-se que “(…) de cada dez casais que caem juntos na folia, sete terminam a noite brigados (cenas de ciúme etc); que, desses mesmos dez casais, posteriormente, seis se transformam em adultério, cabendo uma média de três para os homens e três para as mulheres (por exemplo); que, de cada dez pessoas (homens e mulheres) no carnaval, pelo menos sete se submetem espontaneamente a coisas que normalmente abominam no seu dia a dia, como álcool, entorpecente etc. Dizem, ainda, que tudo isso decorre do êxtase atingido na Grande Festa, quando o símbolo da liberdade, da igualdade, mas, também, da orgia e depravação, somadas ao abuso do álcool, levam as pessoas a se comportarem fora do seu normal (…)” (2)
O Espírito Emmanuel adverte: “Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. (…) Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidades e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem.”(3)
Como proferi supra, nesse panorama, os obsessores “influenciam os incautos que se deixam arrastar pelas paixões de Momo, impelindo-os a excessos lamentáveis, comuns por essa época do ano, e através dos quais eles próprios, os Espíritos, se locupletam de todos os gozos e desmandos materiais, valendo-se, para tanto, das vibrações viciadas e contaminadas de impurezas dos mesmos adeptos de Momo, aos quais se agarram.” (4)
Portanto, além da companhia de encarnados, vincula-se a nós uma inumerável legião de seres invisíveis, recebendo deles boas e más influências a depender da faixa de sintonia em que nos encontremos. As tendências ao transtorno comportamental de cada um, e a correspondente impotência ou apatia em vencê-las, são qual imã que atrai os espíritos desequilibrados e fomentadores do descaso à dignidade humana, que, em suma, não existiriam se vivêssemos no firme propósito de educar as paixões instintivas que nos animalizam.
Será racional fechar as portas dos centros espíritas nos dias de Carnaval, ou mudar o procedimento das reuniões? Existem alguns centros que fecham suas portas nos feriados do carnaval por vários motivos não razoáveis. Repensemos: uma pessoa com necessidades imediatas de atendimento fraterno, ou dos recursos espirituais urgentes em caso de obsessão, seria fraterno fazê-la esperar para ser atendida após as “cinzas”, uma vez ocorrendo essa infelicidade em dia de feriado momesco?
Os foliões crônicos declaram que o carnaval é um extravasador de tensões, “liberando as energias”… Entretanto, no carnaval não são serenadas as taxas de agressividade e as neuroses. O que se observa é um somatório da bestialidade urbana e de desventura doméstica. Aparecem após os funestos três dias as gravidezes indesejadas e a consequente proliferação de assassinatos de intrusos bebês nos ventres, incidem acidentes automobilísticos, ampliação da criminalidade, estupros, suicídios, aumento do consumo de várias substâncias estupefacientes e de alcoólicos, assim como o aparecimento de novos viciados, dispersão das moléstias sexualmente transmissíveis (inclusive a AIDS) e as chagas morais, assinalando, densamente, certas almas desavisadas e imprevidentes.
O carnaval edifica o nosso Espírito? Muitos espíritas, ingenuamente, julgam que a participação nas festas de Carnaval, tão do agrado dos brasileiros, nenhum mal acarreta à nossa integridade fisiopsicoespiritual. No entanto, por detrás da aparente alegria e transitória felicidade, revela-se o verdadeiro atraso espiritual em que ainda vivemos pela explosão de animalidade que ainda impera em nosso ser. É importante lembrá-los de que há muitas outras formas de diversão, recreação ou entretenimento disponíveis ao homem contemporâneo, alguns verdadeiros meios de alegria salutar e aprimoramento (individual e coletivo), para nossa escolha.
Não vemos, por fim, outro caminho que não seja o da “abstinência sincera dos folguedos”, do controle das sensações e dos instintos, da canalização das energias, empregando o tempo de feriado do carnaval para a descoberta de si mesmo; o entrosamento com os familiares, o aprendizado através de livros e filmes instrutivos ou pela frequência a reuniões espíritas, eventos educacionais, culturais ou mesmo o descanso, já que o ritmo frenético do dia a dia exige, cada vez mais, preparo e estrutura físico-psicológica para os embates pela sobrevivência.
Somente poderemos garantir a vitória do Espírito sobre a matéria se fortalecermos a nossa fé, renovando-nos mentalmente, praticando o bem nos moldes dos códigos evangélicos, propostos por Jesus Cristo.


Referências bibliográficas:

(1) Vieira, Waldo. Conduta Espírita, ditado pelo Espirito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001, cap.37 “Perante As Fórmulas Sociais”
(2) São José Carlos Augusto. Carnaval: Grande Festa…De enganos! , Artigo publicado na Revista Reformador/FEB-Fev 1983
(3) Xavier , Francisco Cândido. Sobre o Carnaval, mensagem ditada pelo Espírito Emmanuel, fonte: Revista Reformador, Publicação da FEB fevereiro/1987
(4) Pereira, Ivone. Devassando o Invisível, Rio de Janeiro: cap. V, edição da FEB, 1998

Sonhos com Entes Queridos

Podemos estar com nossos entes queridos em sonho e, ao acordar, não lembrarmos de nada?
O desprendimento da alma pelo sono constitui uma situação muito oportuna para entrarmos em relação com nossos entes queridos. Afirmam-nos os Espíritos da Codificação que “é tão habitual o fato de irdes encontrar-vos, durante o sono, com amigos e parentes, com os que conheceis e que vos podem ser úteis, que quase todas as noites fazeis essas visitas” (questão 414 de 'O Livro dos Espíritos'). Por outro lado, o sonho “é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono”. No entanto, nem sempre recordamos nossas experiências após despertar. Dizem os Benfeitores Espirituais que isso se dá porque ainda não temas “a alma no pleno desenvolvimento de suas faculdades” (questão 402 de 'O Livro dos Espíritos').




Creditam ainda este esquecimento às características da matéria grosseira e pesada que compõe nosso corpo físico. “O corpo dificilmente conserva as impressões que o Espírito recebeu, porque a este não chegaram por intermédio dos órgãos corporais” (questão 403 de 'O Livro dos Espíritos'). É muito justa esta observação da Espiritualidade, pois em nossa condição de Espíritos encarnados, constituem-se memórias conscientes apenas aquelas reminiscências que irritam os centros nervosos correspondentes, localizados no Sistema Nervoso Central.
Em função disso, muitos questionam a utilidade destes encontros, alegando que as idéias e conselhos compartilhados durante o sono não possam ser aproveitados na vida de vigília. Neste ponto, esclarecem os Espíritos da Codificação que “pouco importa que comumente o Espírito as esqueça, quando unido ao corpo. Na ocasião oportuna, voltar-lhe-ão como inspiração de momento” (questão 410a de 'O Livro dos Espíritos'). Até porque a grande maioria destes diálogos diz respeito a temas que interessam mais à vida espiritual do que à corpórea.
Portanto, percebemos que a possibilidade de encontro com entes queridos durante o sono é real e freqüente. Aliás, o sono é “a porta que Deus lhes abriu para que possam ir ter com seus amigos do céu” (questão 402 de 'O Livro dos Espíritos'). Mas, para que isso aconteça, mais do que o simples fato de querer, quando desperto, é preciso evitar que as paixões nos escravizem e nos conduzam, durante o sono, a campos menos felizes da experiência espiritual.
“Aquele que se acha compenetrado desta verdade eleve o seu pensamento, no momento em que sente aproximar-se o sono; solicite o conselho dos Bons Espíritos e daqueles cuja memória lhe seja cara, a fim de que venham assisti-lo, no breve intervalo que lhe é concedido. Se assim fizer, ao acordar se sentirá fortalecido contra o mal, com mais coragem para enfrentar as adversidades” (item 38 do Capítulo XXVIII de 'O Evangelho Segundo o Espiritismo').