A Doutrina Espírita possui referências em abundância sobre a relação
entre o ectoplasma e o Espiritismo. A mecânica de liberação e sua
serventia por ora pode soar muito complexa, mas alguns autores se
esforçam para simplificar esse conhecimento ao máximo.
Para
explicar o ectoplasma segundo o Espiritismo, iremos resgatar um breve
trecho da leitura do livro Consciência e Evolução, da autora Lívia
Pereira Santos:
O ectoplasma é uma substância espiritual, porém
tem peso e cheiro e é utilizado no mecanismo da mediunidade para
desenvolver as formas criadas pelo Espírito.
Essa substância
facilita a configuração espiritual, como também ajuda nos trabalhos de
cura. A depender do médium, impregna o ambiente de maneira agradável ou
desagradável conforme a natureza dos espíritos em contato com o médium.
O ectoplasma é material que precisa ser observado e pesquisado porque é
de muitíssima utilidade nos trabalhos de cura e obsessão.
Os
médiuns que predispõem a doar as suas energias e que tenha a capacidade
de gerar essa substância, o fazem de forma espontânea e intrínsecas a
própria mediunidade. Devem estar atentos para que esse material seja
utilizado pelos espíritos benfeitores, e não pelos espíritos enfermos de
obsessores.
Sendo ectoplasma gerado pelo mecanismo
físico-espiritual, ainda não sabemos decodificar todos os componentes
ectoplasmáticos. Temos a certeza de que com os estudos do perispírito e
sua ação na vida chegaremos a algumas conclusões em torno da
ectoplasmia.
No desempenho da mediunidade, o ectoplasma é de
muita necessidade porque canalizamos essa substância para os trabalhos
realizados para o benefício dos espíritos enfermos.
Quando o ectoplasma é sutil, ele estrutura formas espirituais visíveis para os médiuns videntes e perceptíveis aos sensitivos.
Ele é tão quintessenciado, que se permite sair por todos os orifícios
da organização física principalmente boca, ouvidos e narinas.
No
momento de eliminação, o mesmo sai da boca do médium em forma quase
compacta e quase materializada, como uma gaze bem fina e, também, dos
ouvidos e narinas. É nesse momento que a espiritualidade superior,
examinando ectoplasmia, a retira para os trabalhos espirituais.
Ectoplasma e Espiritismo — Para que serve o ectoplasma?
As substâncias que compõem o ectoplasma são de grande importância, pois
auxiliam na rápida cicatrização e e nos problemas mais difíceis que a
medicina terrena ainda encontra muita dificuldade.
Exitem certos
médiuns que tem a capacidade de expelir muito ectoplasma, expelindo-o
por todos os orifícios do corpo. O material ectoplasmático, para que
seja de boa qualidade, dependerá da saúde física do médium. Este,
portanto, precisa estar saudável para que seu ectoplasma possa ser usado
nos trabalhos espirituais.
O termo ectoplasma foi introduzido na
Parapsicologia por um fisiologista, então é uma coisa que não está só
vinculada ao Espiritismo. E foi introduzido para designar uma espécie de
substância esbranquiçada, o que pode exteriorizar para fora do corpo de
determinados médiuns.
E também supostamente sensível a
determinados impulsos exteriores. É visível a parte do corpo de
determinados indivíduos, com características especiais. Permite a
materialização de formas de corpos humanos distintos daquele de onde
sai, ou de forma de membros.
Ectoplasma, Espiritismo e os cuidados
na manipulação desse elemento Materialização por ectoplasmia através do
médium José Medrado
No livro “Nos Domínios da Mediunidade”,
psicografia de Chico Xavier, no capítulo 28, André Luiz relata em alguns
trechos o tamanho cuidado no preparo das sessões de ectoplasmia e os
possíveis contratempos que podem ocorrer:
“O ectoplasma está em
si tão associado ao pensamento do médium, quanto as forças do filho em
formação se encontram ligadas à mente maternal. Em razão disso, toda a
cautela é indispensável na assistência ao medianeiro”.
“Se
pudéssemos contar com mais ampla educação do instrumento, decerto menos
teríamos a temer, de vez que a própria individualidade do servidor
colaboraria junto de nós, evitando-nos preocupações e contratempos
prováveis.
A materialização de criaturas e objetos de nosso
plano, para ser mais perfeita, exige mais segura desmaterialização do
médium e dos companheiros encarnados que o assistem, porque, por mais
nos consagremos aos trabalhos dessa ordem, estamos subordinados à
cooperação dos amigos terrestres, assim como a água, por mais pura,
permanece submetida às qualidades felizes ou infelizes do canal por onde
se escoa”.
“(…) o pensamento mediúnico pode influir nas formas
materializadas, mesmo quando essas formas se encontrem sob rigoroso
controle de amigos da nossa esfera… ainda quando o médium não consiga
senhoreá-las de todo, pode perturbar-lhes a formação e a projeção,
prejudicando-nos consequentemente o serviço”
“Em alguns raros
indivíduos, encontramos semelhante energia com mais alta percentagem de
exteriorização, contudo, sabemos que ela será de futuro mais abundante e
mais facilmente abordável, quando a coletividade humana atingir mais
elevado grau de maturação.
Até lá, utilizar-nos-emos dessas
possibilidades como quem aproveita um fruto ainda verde, em
circunstâncias especiais da vida, suportando, porém, o assédio de mil
surpresas desagradáveis ao recolhê-lo, de vez que, em experiências como
esta, submetemo-nos a certas interferências mediúnicas indesejáveis,
tanto quanto a influências menos edificantes de companheiros encarnados,
francamente inaptos para os serviços dessa espécie”.
“Imaginemos
que o médium esteja possuído de interesses inferiores, seja em matéria
de afetividade mal conduzida, de ambição desregrada ou de pontos de
vista pessoais, nos diversos departamentos das paixões comuns”
Deixando claro, que os fatores perturbadores das sessões de ectoplasmia
não dependem somente da qualidade dos pensamentos e sentimentos do
médium doador do fluido, mas também de toda a equipe que ajuda na
realização do trabalho.
Na mesma obra de Chico Xavier o leitor
pode ficar informado sobre o que é o ectoplasma e para que serve o
ectoplasma; porém é preciso estar preparado para uma leitura mais
técnica. Para efeito, sugiro que no mínimo o interessado no assunto já
tenha lido O Livro dos Espíritos (Allan Kardec) para que consiga
absorver o conteúdo de Nos Domínios da Mediunidade.
Fonte:
Nos Domínios da Mediunidade (Francisco Cândido Xavier);
Consciência em Evolução (Lívia Pereira Santos).
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