domingo, 28 de janeiro de 2018

EVOCAÇÃO DE ESPÍRITOS

"Quanto tempo depois da morte se pode evocar um Espírito?

pode-se evocá-lo no instante mesmo da morte; mas, como nesse
momento, ainda está em perturbação, não responde senão imperfeitamente.
"(0 Livro dos Médiuns -Segunda Parte - Cap. XXV)


 


No capitulo das evocações, cremos que seja desnecessário lembrar aos nossos irmãos quanto
à sua inconveniência.

O Espírito recém - desencarnado passa por um período mais ou menos longo de perturbação, até
que se readapte ao Mundo Espiritual. Muitas vezes, encontra-se ele sem a mínima condição de responder ao apelo que lhe está sendo feito. De outras, o Espírito evocado não encontra um médium que lhe sirva de instrumento, posto que, repetimos, sintonia mediúnica não se improvisa.
Não raro, os Espíritos que comparecem às reuniões mediúnicas, evocados indiretamente pela presença de seus familiares e amigos que esperam ouvi-los em mensagem, transmitem as suas impressões de além - túmulo como podem, e não como desejariam. É por este motivo que nem sempre os comunicados mediúnicos correspondem à expectativa dos que anseiam por recebê-los.
Os Espíritos anseiam por se comunicar com os que deixaram na Terra que, por sua vez, anseiam pelo contato com eles... Intermediando essas ansiedades, está o médium ansioso por desempenhar o seu papel, "pressionado" que se sente pelos dois lados da vida. Em consequência, surge uma mensagem, digamos, truncada, que acaba não satisfazendo aos anseios nem de uns, nem de outros.
Se o médium compreendesse as suas limitações e se as pessoas entendessem as dificuldades do Espírito
comunicante que, afinal de contas, nem sempre conhece o processo do intercâmbio mediúnico, haveria uma maior tolerância de ambas as partes, permitindo que o Espírito se manifestasse sem tantos constrangimentos.
Uma outra questão delicada desejamos abordar aqui.
Num simples comunicado do Além, as pessoas exigem que o Espírito, numas poucas linhas que consegue escrever ou numas poucas palavras que consegue falar, identifique-se de forma incontestável. Querem nomes, datas, detalhes, caligrafia idêntica, apelidos, respostas a indagações mentais formuladas no momento...
Em outras palavras, o que as pessoas exigem é quase que o Espírito se materialize; e mesmo se tal ocorresse, ainda pediriam as provas que Tomé pediu a Jesus Cristo... E talvez, ainda depois de obtê-las, retirariam-se perguntando:-"Será?!..."
O que vemos ser feito com alguns médiuns de boa vontade é uma falta de caridade!
Sem que saibam, eles estão sendo testados em suas faculdades, expondo-se às críticas amargas daqueles a quem tudo fizeram para confortar,"recebendo" para eles as mensagens que puderam receber...Acreditamos que os médiuns, por melhor intencionados que sejam, em Defesa de sua própria dignidade, não devem sair por aí oferecendo-se para receber mensagens dos desencarnados. Que eles fiquem em seus postos de serviço.

É o sedento que deve ir à fonte, e não o contrário.

Se os Espíritos tivessem um telefone sempre à disposição, um telefone que os permitisse ligar para a Terra sem intermediações, eles o fariam. Assim como os homens querem contactá-los, os Espíritos desejam contactar os homens. Infelizmente, habitando planos que se interpenetram, mas que não se tocam, devemos contentar-nos com o que obtemos. E o pouco que já obtemos na mediunidade representa muito, pois antes do Espiritismo estávamos como que completamente ilhados em nossos Planos de existência. Gritávamos e ninguém nos ouvia, falávamos e a nossa voz não encontrava eco, abraçávamos e a nossa presença era ignorada...
Quando um Espírito em desespero apossava-se de alguém, era o demônio, a quem os homens sempre deram o direito de se comunicar... Mas quando se tratava de um Espírito familiar, saudoso dos entes amados que deixou no mundo, ainda provocava ele o encarceramento, a excomunhão ou a morte do "herege" que ousara evocar os " mortos".''

E é assim que nós vamos caminhando com Deus!

Pode-se dizer, sem exagero algum, que embora os quase cento e cincoenta anos da Codificação Kardeciana, os médiuns que hoje atuam na mediunidade são os desbravadores do futuro, mártires da renúncia e do sacrifício, bandeirantes da Civilização do Espírito que florescerá na Terra do Terceiro Milênio!


Do Livro: Mediunidade E Caminho (Janeiro de 1992)
Médium: Carlos A. Baccelli
Espírito: Odilon Fernandes
Editora: Instituto de Difusão Espírita

Amadurecimento Emocional

A mudança dos hábitos viciosos para saudáveis exige esforço hercúleo e prolongado. Certamente, não é de um para outro momento que se anulam condicionamentos negativos, substituindo-os por novos costumes que se devem incorporar de tal forma que se automatizem, funcionando sem imposições mentais. A consciência, que jaz adormecida, estimulada pelos fatores externos e as necessidades de auto-realização, libera recursos latentes ampliando as aspirações do ser e passando a dirigir-lhe o processo renovador.

 

Todos os indivíduos que se dignificaram e contribuíram para o progresso da sociedade viveram esse momento de decisão, de escolha, de renovação. Saturaram-se dos hábitos perturbadores e os substituíram por processos de auto-realização. Houve também o exemplo de indivíduos simples que se cansaram de ser instrumento da própria desagregação moral e optaram pela eleição de uma estrutura saudável, esforçando-se para encontrar o objetivo elevado da existência, e tornaram-se vitoriosos.
É inevitável o progresso, que constitui Lei da Vida. Ninguém existe que esteja condenado à retaguarda. Entretanto, não há privilégio para criatura alguma.
O desenvolvimento dos recursos adormecidos ocorre, somente, quando o cansaço e a frustração se instalam naquele que se entrega à indolência, vindo a acordar mediante o concurso do sofrimento, da desolação ou da amargura, para assumir uma postura saudável, verdadeiramente grandiosa.
A fatalidade da vida apresenta a plenitude como etapa final, mas a livre opção é companheira do indivíduo que a deve eleger, estabelecendo quando e como a alcançará.

(Sendas Luminosas - Divaldo P. Franco - Joanna de Ângelis)

TERAPIA DA ORAÇÃO

TERAPIA DA ORAÇÃO

Recurso valioso para todo momento ou necessidade, a oração encontra-se ao alcance de quem deseja paz e realização, alterando para melhor os fatores que fomentam a vida e facultam o seu desenvolvimento.
A oração é o instrumento pelo qual a criatura fala a Deus, e a inspiração lhe chega na condição de divina resposta.
Quando alguém ora, luariza a paisagem mental e inunda-se de paz, revitalizando os fulcros da energia mantenedora da vida.




A oração sincera, feita de entrega íntima a Deus, desenvolve a percepção de realidades normalmente não detectadas, que fazem parte do mundo extrafísico.
O ser material é condensação do energético, real, transitoriamente organizado em complexos celulares para o objetivo essencial da evolução. Desarticulando-se, ou sofrendo influências degenerativas, necessita de reparos nos intrincados mecanismos vibratórios, de modo a recompor-se, reequilibrar-se e manter a harmonia indispensável, para alcançar a finalidade a que se destina.
O psiquismo que ora, consegue resistências no campo de energia, que converte em forças de manutenção dos equipamentos nervosos funcionais da mente e do corpo.
A oração induz à paz e produz estabilidade emocional, geradora de saúde integral.
A mente que ora, sintoniza com as Fontes da Vida, enriquecendo-se de forças espirituais e lucidez.
Terapia valiosa, a oração atrai as energias refazentes que reajustam moléculas orgânicas no mapa do equilíbrio físico, ao tempo que dinamiza as potencialidades psíquicas e emocionais, revigorando o indivíduo.
Quando um enfermo ora, recebe valiosa transfusão de forças, que vitalizam os leucócitos para a batalha da saúde e sustentação dos campos imunológicos, restaurando-lhes as defesas.
O indivíduo é sempre o resultado dos pensamentos que elabora, que acolhe e que emite.
O pessimista autodestrói-se, enquanto o otimista auto-sustenta-se.
Aquele que crê nas próprias possibilidades desenvolve-as, aprimora-as e maneja-as com segurança.
Aqueloutro que duvida de si mesmo e dos próprios recursos, envolvendo-se em psicosfera perturbadora, desarranja os centros de força e exaure-se, especialmente quando enfermo.
Assemelha-se a uma vela acesa nas duas extremidades, que consome duplamente o combustível que sustenta a luz, até sua extinção.
A mente que se vincula à oração ilumina-se sem desprender vitalidade, antes haurindo-a, e mais expandindo a claridade que possui.
Envolvendo-se nas irradiações da oração a que se entregue, logrará o ser enriquecer-se de saúde, de alegria e paz, porquanto a oração é o interfone poderoso pelo qual ele fala a Deus, e por cujo meio, inspirado e pacificado, recebe a resposta do Pai.
Ao lado, portanto, de qualquer terapia prescrita, seja a oração a de maior significado e a mais simples de ser utilizada.

Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco.
Do Livro Momentos Enriquecedores

Aperfeiçoamento do médium - Por M.B Tamassia

Um ser constitutivamente difícil Geralmente quando encontram um cidadão dotado de faculdade mediúnica, colocam-no logo numa fortíssima corrente magnética e espírita, a qual rompe a sua defesa natural somática, tornando-o médium desenvolvido da noite para o dia. Ora, médium não é biscoito, cuja massa se leva ao forno ardente e se tira já pronto para servi-lo à mesa, atendendo os diversos paladares !







Médium também, não é tão somente um instrumento indiferente, impassível como o violão que nada reclama se aparece um joão-ninguém qualquer e o"arranha". Médium é, de fato, instrumento, mas o instrumento mais original e ímpar que Deus produziu, pois que é vivo.
Não é vivo simplesmente como foca amestrada mas vivo consciente e responsável ! Logo, (entendam bem isto) quando o espírito for tocá-lo, para comunicar-se A ALMA DO MÉDIUM TOCARÁ JUNTO. Dai que o som da transmissão mediúnica nunca seja pura. Imagine, 0 leitor, como seria curioso se tocássemos um violão que tivesse capacidade de dizer SIM ou NÃO, manifestando, no meio do solo musical, a sua preferência, opondo-se a que o musicista tocasse "Thais" de Massenet, exigindo que executasse "Luar do Sertão"! Ou, então, imaginemos um violão com livre arbítrio e que, no melhor da festa, resolvesse quebrar três das suas seis cordas! Ou, ainda melhor, um violão que pudesse afinar e desafinar sozinho?! Eis que o médium se assemelha a este estranho lnstrumento que pode interferir na comunicação ou dificultá-la.


. Aprimoramento instrumental


Tudo que é espiritual se opõe de certo modo a fórmulas, diagramas e paradigmas, porque espírito é vida e vida é movimento. "Se é verdade diz Edgard Armond que não se pode forçar a eclosão das faculdades mediúnicas porque isso depende de amadurecimento espontâneo e oportuno, não é menos certo que se pode e se deve aperfeiçoar e disciplinar tais dotes para se obter resultados mais favoráveis".

O aperfeiqoamento do médiúm deve ser integral, mas, por imperativo prático, podemos coordená-lo assim:



. Sublimação - edificação interior, ascensão espiritual, evangelização.

. Cultura - conhecimentos gerais, artes, letras e ciências.

. Técnica - conhecimento e prática da mediunidade, leitura, aprendizagem, cursos trábalho, controle de emotividade, eliminação de reflexos.


. A Sublimação

Antes de qualquer coisa o médium precisa endireitar-se a si próprio ao menos tem de lutar neste
sentido, dando combate sem tréguas aos desequilíbrios, Diríamos que o médium é semelhante a um balão destes vistosos das festas juninas. O primeiro passo é sustentar o balão de pé, direito e não penso.
Acende-se lhe a mecha. Não o largamos ainda; exercemos lhe controle até senti-lo em condições de
superar as dificuldades, Ai então largamo-lo. O balão se liberta das suas amarras e sobe, Isto chama-se ascensão ou sublimação, Quanto mais se eleva mais ampla é a paisagem e o entendimento da vida, O médium, também, quanto mais se sublima mais entendimento, paciência e compreensão possui e mais apto se encontra para receber as mensagens do Alto.
Se soltamos o balão de repente sem prepará-lo, ele corre o risco de vacilar, indo de um a outro lado,
em horizontalidades. Para que a ascensão seja vertical importa que se eleve rumo ao zênite.
Assim também o médium tem de se libertar das amarras terrenas mas tem de ligar-se a um ponto fixo no alto, a Deus e, principalmente, ao divino Mestre Jesus.
Em regra, os médiuns que não se evangelizam ou, de alguma sorte não se espiritualizam, estão sujeitos a terríveis quedas e desenganos.


. A Cultura

A pessoa erradamente supõe que, sendo dotada de mediunidade, não necessita de mais nada e raciocina
assim: "Eu sou um instrumento passivo e minha missão é entregar-me aos guias espirituais para que
escrevam pela minha mão ou falem pela minha boca. Portanto, não preciso aprender nada".
Isto é fruto de equívoco tremendo do que seja a mediunidade, pois os médiuns têm necessidade de burilamento. Neste ponto poderíamos também dar um exemplo: Eis um maravilhoso piano de meia cauda e, sentado na banqueta, o grande pianista Liszt. Ele se adianta à nossa curiosidade e diz-nos: "Os grandes protetores da música me escalaram para, nesta noite, prodigalizar aos terrícolas um grande concerto..."Liszt começa a execução e vemo-lo suar, fazer caretas, afligir-se. A melodia chega-nos ao ouvido truncada e os acordes incompletos. Na sala estrugem vaias e apupos: "Fora seu mistificador. Nunca fostes Liszt, mas um espírito enganador e mentiroso! "O pianista que era mesmo Liszt, deixa asala e chora!
Que aconteceu?!
Simplesmente o seguinte : O piano, embora vistoso e de marca famosa, estava sem feltro, porque os ratos o roeram; os martelinhos sem elástico, por ressecamento; as cordas enferrujadas e impercutíveis. Nem Santa Cecilia conseguiria tocar naquele instrumento.
Eis o drama que se passa entre o espírito comunicante e o médium transmitente. Como Rui Barbosa poderá expressar-se através de quem mal conhece a cartilha escolar? Onde o espírito de Oswaldo Cruz discorreria sobre epidemias com precisão terminológica?

pode acontecer de um médium semiletrado transmitir produções de elevada importância literária ou em idioma absolutamente estranho ao aparelho mediúnico mas isto não é a regra. Quando ocorre é porque, em sua vida pregressa, o médium teve experiências em tais setores do conhecimento, guardando, pois,elementos disponíveis em seu perispírito. A célebre médium Rosemary, através da qual se manifestava Lady Noona, em língua egípcia arcaica, tinha em antiquíssima encarnação vivido no Egito. Andrew Davis, cuja profissão era a de sapateiro, grosseirão e inculto, falava em hebraico, quando nele se incorporava o espírito do célebre Swedenborg, fato conferido pelo Dr, George Bush, professor de hebraico da Universidade de Nova York. Edgar Cayce fazia diagnósticos observando rigorosamente terminologia médica e deixou 30.000 exames para a "The Association for Ressearch and Enlightnment Inc." para pesquisá-las.

Acontece, porém, que, conforme as suas próprias revelações, ele em existência pregressa foi médico.

.A Técnica

Note-se que antigamente a medicina era exercida pelos barbeiros aptos a fazerem sangrias. O médium empírico de hoje poderá no futuro, vir também a ser antes preparado para o exercício de posição tão
sublime. A técnica se refere à aplicação prática das suas faculdades.
Que significa uma aproximação e como identificar a sua qualidade fluídica? Qual é a relação entre o
guia principal e o médium? Emmanuel e Chico Xavier? De que forma disciplinar-se mesmo sendo
inconsciente? Localização dos chacras, função de cada um e importância das correntes.
No entanto, nem de longe pensamos em uniformização. Estejamos prontos para entender a resposta que Chico Xavier deu aos que lhe perguntavam: "Importa que utilizemos nestes assuntos a não
inflexibilidade, uma atitude que não é flexibilidade e nem é inflexibilidade.

M.B Tamassia 1983
Do Livro: Você e a Mediunidade
Por M.B Tamassia
Editora: Casa Editora O Clarim

Como os obsessores nos dominam?

Um obsessor não conseguirá nos dominar se não abrirmos as portas Psíquicas e Espirituais e essas portas são abertas pela queda de nossa vibração. Durante o dia temos muitas oscilações vibracionais. Há muitos anos tive a oportunidade de assistir uma palestra com um pesquisador que esteve por várias vezes com o Chico Xavier. Ele era um cientista que trabalhava com a Máquina Kirlian.



Fotografava as auras das pessoas para suas pesquisas científicas. Lá, com o Chico, sempre que ele fotografava sua aura, ela estava sempre de cor azul. Os pensamentos elevados do Chico mantinham uma vibração equilibrada e constante. E as pessoas presentes eram também fotografadas pela Máquina Kirlian e suas auras saiam de cores diferentes a cada foto. Havia uma oscilação nítida da vibração e consequentemente da aura. É assim que abrimos as portas para o obsessor. Deixando cair nossa vibração. O que pensamos e sentimos é o que comanda a vibração. CAMINHOS USADOS PELOS OBSESSORES - Consciência pesada os atrai, culpa, remorso, medo, descontentamento, intolerância, todo tipo de vício, tabagismo, alcoolismo, drogas, promiscuidade sexual. O cultivo da raiva, do ódio, da ganância; mágoas, ressentimentos, inveja, ciúme, vaidade, orgulho, egoísmo. Quaisquer outras emoções negativas SÃO PORTAS ABERTAS PARA A OBSESSÃO. O Obsessor examina nossas franquezas e as estimula para, através delas, baixar nossas vibrações e nos dominar.
Suely Caldas Schubert, em seu livro Obsessão e desobsessão, nos conta que certa vez numa reunião de desobsessão percebeu a presença de um grupo de jovens de 15 a 18 anos que se portavam como aqueles que vivem nas ruas, os trombadinhas; seus gestos, palavras, ações. Uma jovem de 17 anos era sua porta-voz e entre as narrações disse que entravam nas casas onde encontravam as portas abertas (entenda-se portas materiais e espirituais). E ali faziam de tudo; usavam todo o conforto da casa que não tiveram quando encarnados, provocam os moradores mentalmente, encetavam a discussões, conflitos e até agressões.

E por que conseguiam entram assim nas casas? Porque os moradores se igualavam a eles em comportamentos, pensamentos, sentimentos e vibrações.
Certa vez estava dirigindo uma sessão prática e veio um espírito agitado, rebelde e dizia que ia a centenas de lares todos os dias. Explicava, eles me chamam, com os palavrões, com a discórdia, com a raiva, com a intolerância, com o ódio... Alimento-me dessas vibrações!!
L.E. perg, 459 – Os espíritos estão por toda parte e muitas vezes são eles que nos dirigem.
(QUANDO NÃO ORAMOS E VIGIAMOS, COMO NOS ENSINOU JESUS)
Perg. 475 – Pode-se, por si mesmo, afastar os maus espíritos e se libertar de sua dominação? R)- Pode-se sempre sacudir um jugo, quanto se tem vontade firme. Perg. 476, R) ...porque quanto mais se é um homem de bem, mais se tem poder sobre os Espíritos imperfeitos para os afastar...

Fonte: Jairo Capasso

TRAGÉDIAS COLETIVAS (NOVO TEXTO) - DIVALDO FRANCO

TRAGÉDIAS COLETIVAS (NOVO TEXTO) - DIVALDO FRANCO

Constantemente a humanidade é surpreendida por tragédias coletivas. Desde os fenômenos sísmicos às guerras, aos acidentes de várias ordens, demonstrando a fragilidade do ser humano ante as forças da natureza e as suas próprias paixões, que, amiúde, somos convidados a reflexionar em torno da transitoriedade carnal e sobre a continuidade da vida em outra dimensão.



Há poucos dias, um desastre aéreo de lamentáveis consequências feriu dezenas de famílias, ceifando vidas juvenis em plena busca da felicidade. Desejamos referir-nos ao acidente que arrebatou 71 vidas, especialmente de chapecoenses, deixando aflições inomináveis em muitos familiares e amigos.
Os conceitos filosóficos do materialismo diante do infortúnio não conseguem acalmar as ansiedades e as dores dos sentimentos vitimados pelas ocorrências infelizes do cotidiano, provocando, não raro, revolta e desespero.

Algumas correntes religiosas despreparadas para o enfrentamento dos desafios afligentes que ferem a humanidade simplificam a maneira de os encarar, transferindo para a “vontade de Deus” todas as ocorrências nefastas, sem que, igualmente, com algumas exceções, logrem o conforto moral e a esperança nas suas vítimas.
Ao Espiritismo cabe a tarefa urgente de demonstrar que a criatura humana é autora do próprio destino através dos atos que realiza.
A Divindade estabelece leis morais que atuam nas existências, com a mesma severidade que aqueloutras que regem o Universo e são inalteradas.

Embora Deus seja amor, o dever e o equilíbrio são expressões desse incomparável amor pelas criaturas. O sofrimento não é um ato punitivo da Divindade, mas uma resposta da Vida ao comportamento malsão de quem se permite desrespeito aos supremos códigos.
Por intermédio da reencarnação o Espiritismo explica a lógica de acontecimentos tão funestos.
No caso em tópico, segundo a Imprensa, a Anac havia proibido a viagem programada, mas a fatalidade conseguiu uma maneira de atender ao determinismo cármico, mediante o aluguel de uma outra aeronave boliviana. Alguns sobreviventes e outros, que não puderam viajar por uma ou outra razão, foram poupados da terrível provação, por não fazerem parte do grupo comprometido com as Leis divinas.

Provavelmente essas vítimas resgataram antigo débito moral no seu processo evolutivo e foram reunidas para o ressarcimento coletivo, conforme a responsabilidade do conjunto em algum desmando anterior, de existência pregressa.
Hoje, no mundo espiritual, na condição de vítimas das circunstâncias de que não são responsáveis, encontram-se amparados por Espíritos nobres, que os auxiliarão a encontrar a plenitude. Aos seus familiares e amigos, apresentamos a nossa solidariedade.

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 1-12-2016.

Médium
Divaldo Franco

Aceitação

Quando precisamos aceitar uma circunstância que não foi planejada, o primeiro impulso que temos é o de ser resistente à nova situação.
É difícil aceitar as perdas materiais ou afetivas, a dificuldade financeira, a doença, a humilhação, as traições.




A nossa tendência natural é resistir e combater tudo o que nos contraria e que nos gera sofrimento.
Agindo assim, estaremos prolongando a situação. Resistir nos mantém presos ao problema, muitas vezes perpetuando-o e tornando tudo mais complicado e pesado.
Em outras ocasiões, nossa reação é a de negação do problema e, por vezes, nos entregamos a desequilíbrios emocionais como revolta, tristeza, culpa e indignação.
Todas essas reações são destrutivas e desagregadoras.
Quando não aceitamos, nos tornamos amargos e insatisfeitos. Esses padrões mentais e emocionais criam mais dificuldades e nos impedem de enxergar as soluções.
Pode parecer que quando nos resignamos diante de uma situação difícil, estamos desistindo de lutar e sendo fracos.
Mas não. Apenas significa que entendemos que a existência terrestre tem uma finalidade e que a vida é regida pela lei de ação e reação; que a luta deve ser encarada com serenidade e fé.
Na verdade, se tivermos a verdadeira intenção de enfrentar com equilíbrio e sensatez as grandes mudanças que a vida nos apresenta, devemos começar admitindo a nova situação.
A aceitação é um ato de força interior que desconhecemos. Ela vem acompanhada de sabedoria e humildade, e nos impulsiona para a luta.
É detentora de um poder transformador que só quem já experimentou pode avaliar.
Existem inúmeras situações na vida que não estão sob o nosso controle. Resta-nos então acatá-las.
É fundamental entender que esse posicionamento não significa desistir, mas sim manter-se lúcido e otimista no momento necessário.
No instante em que aceitamos, apaga-se a ilusão de situações que foram criadas por nós mesmos e as soluções surgem naturalmente.
Aceitar é exercitar a fé. É expandir a consciência para encontrar respostas, soluções e alívio. É manter uma atitude saudável diante da vida.
Énos entregarmos confiantes ao que a vida tem a nos oferecer.

* * *

Estamos nesta vida pela misericórdia de Deus, que nos concedeu nova oportunidade de renascimento no corpo físico.
Os sentimentos de amargura, desespero e revolta, que permeiam nossa existência, são frutos das próprias dificuldades em lidar com os problemas.
Lembremos que todas as dores são transitórias.
Quando elas nos alcançarem, as aceitemos com serenidade e resignação. Olhemos para elas como mecanismos da Lei Universal que o Pai utiliza para que possamos crescer em direção a Ele.
Busquemos, desse modo, as fontes profundas do amor a que se reporta Jesus que o viveu, e o amor nos dirá como nos devemos comportar perante a vida, no crescimento e avanço para Deus.

Redação do Momento Espírita

com base no texto Aceitação, de autoria desconhecida e com parágrafo final do

cap. 20, do livro Terapêutica de emergência, por diversos Espíritos,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

AS LEIS DIVINAS

Desde tempos imemoriais, a Ciência vem-se dedicando exclusivamente ao estudo dos fenômenos do mundo físico, suscetíveis de serem examinados pela observação e experimentação, deixando a cargo da Religião o trato das questões metafísicas e espirituais.
Com o avanço científico nos últimos séculos, principalmente no XIX, o divórcio entre Ciência e Religião transformou-se em beligerância.




Apoiada na Razão, e superestimando os descobrimentos no campo da matéria, a Ciência passou a zombar da Religião, enquanto esta, desarvorada e ferida em seus alicerces - os dogmas sem prova -, revidava como podia, lançando anátemas às conquistas daquela, apontando-as como contrárias à Fé.
Devido a posição extremada que tomaram e ao ponto de vista exclusivo que defendiam, Ciência e Religião deram à Humanidade a falsa impressão de serem irreconciliáveis e que os triunfos de uma haveriam de custar, necessariamente, o enfraquecimento da outra.
Não é assim, felizmente.

O Espiritismo, embora ainda repelido e duramente atacado, tanto pela Ciência como pela Religião ditas oficiais, veio trazer, no momento oportuno, preciosa cota de conhecimentos novos, do interesse de ambas, oferecendo-lhes, com isso, o elo de ligação que lhes faltava, para que se ponham de acordo e se prestem mútua cooperação, porque, se é exato que a Religião não pode ignorar os fatos naturais comprovados pela Ciência, esta, igualmente, jamais chegaria a completar-se se continuasse a fazer tábua rasa do elemento espiritual.

Graças ao Espiritismo, começa-se a reconhecer que o homem, criatura complexa que é, formada de corpo e alma, não sofre apenas as influências do meio físico em que vive, quais o clima, o solo, a alimentação, etc, mas tanto ou mais influências da psicosfera terrena, ou seja, das entidades espirituais - boas ou más - que coabitam este planeta (os chamados anjos ou demônios), as quais interferem em seu comportamento em muito maior escala do que ele queira admitir. Daí a recomendação do Cristo: "orai e vigiai para não cairdes em tentação."
Graças ainda ao Espiritismo, sabe-se, hoje, que o espírito (ou alma) não é mera "função" do sistema sensório-nervoso-cerebral, como apregoava a pseudo-ciência materialista, nem tão-pouco uma "centelha" informe, incapaz de subsistir por si mesma, como o imaginavam as religiões primevas ou primárias, mas sim um ser individualizado, revestido de uma substância quintessenciada, que, apesar de imperceptível aos nossos sentidos grosseiros, é passível de, enquanto encarnado, ser afetado pelas enfermidades ou pelos traumatismos orgânicos, mas que, por outro lado, também afeta o indumento (soma) de que se serve durante a existência humana, ocasionando-lhe, com suas emoções, distúrbios funcionais e até mesmo lesões graves, como o atesta a psiquiatria moderna ao fazer medicina psicossomática.

Quanto mais o homem desenvolve suas faculdades intelectuais e aprimora suas percepções espirituais, tanto mais vai-se inteirando de que o mundo material, esfera de atuação da Ciência, e a ordem moral, objeto especulativo da Religião, guardam íntimas e profundas relações entre si, concorrendo, uma e outra, para a harmonia universal, mercê das leis sábias, eternas e imutáveis que os regem, como sábio, eterno e imutável é o Seu legislador.
Não pode nem deve haver, portanto, nenhum conflito entre a verdadeira Ciência e a verdadeira Religião. Sendo, como são, expressões da mesma Verdade Divina, o que precisam fazer é dar-se as mãos, apoiando-se reciprocamente, de modo que o progresso de uma sirva para fortalecer a outra e, juntas, ajudem o homem a realizar os altos e gloriosos destinos para que foi criado.


Do livro "As Leis Morais", de Rodolfo Calligaris. Capítulo baseado no Livro dos Espíritos, Cap. I, q. 614 e seguintes, de Allan Kardec.

MÉDIUNS -- Por Roque Jacintho

A generalização da faculdade mediúnica a todas as criaturas encarnadas, contudo, ainda é necessidade evolutiva da nossa Humanidade. Por tal razão, embora seja comum à espécie humana, deverá tornar-se conquista de cada alma que se empenhar no desabrochar desse novo sentido que lhe permite contacto com o mundo inteligente intangível.




À vista dessa necessidade de progressão, teremos nos dias atuais, e para efeitos destes nossos estudos, de esta belecer a existência de duas categorias gerais de médiuns:

· médiuns latentes,

. médiuns ostensivos.

Médiuns latentes são todos aqueles que, em determinadas ocasiões ou circunstâncias de sua vida, servem inconscientemente de intermediários da Espiritualidade, quer para transmitir algum ensinamento relevante, quer para retratar o submundo espiritual de paixões e vícios.
Médiuns ostensivos são aqueles que guardam, em maior ou menor intensidade, noções de sua posição de intermediários, reconhecendo que operam sob a influência controlável de forças estranhas às suas.
A consciência do fenômeno mediúnico, porém não automatiza a transmissão dos pensamentos ou a vontade dos Espíritos e nem padroniza as mensagens. Tanto poderá o médium ostensivo
fazer-se medianeiro de orientação renovadora, quanto poderá tornar-se porta-voz de mensagens perturbadoras. Os Espíritos que se comunicam se ajustam ao degrau mental do medianeiro e mais ainda, ao seu nível moral.
Assim, uns poderão usar linguagem aparentemente científica ou ou filosófica, sem nenhum escorço (perspectiva) de conduta moral, e outros poderão exprimir a mais pura moral em suas prédicas, mesmo se servindo de palavras simples ou expressões populares.
Ainda apenas para efeitos de nossos estudos, subdividiremos os médiuns-ostensivos em três grandes categorias:

. médium-egoísta,

· médium-orgulhoso,

· médium Espírita-cristão.

Esta classificação é elaborada à vista dos fins que o médium objetiva com a sua faculdade. E para maior clareza, estabeleçamos uma comparação com o Uso de um dos cinco sentidos comuns que quase todos já conquistamos: o da audiência. Todos os homens podem ouvir.

0 homem-egoísta, porém, ouve e se detém apenas no que lhe traga
benefícios diretos. O seu circuito de atenção se estabelece tão
tão somente com o que poderá vir incorporar-se às suas posses
ou conquistas materiais.

0 homem-orgulhoso, conseqüentemente, cinge-se ao que lhe amplie a
desmedida auto-consideração, Sua tensão emocional sustenta-se
apenas nos acontecimentos ou referências que louvem a sua
suficiência, a sua capacidade e que, via de regra, nutram ainda
mais o seu desajuste psíquico.

0 homem-cristão, no entanto, ouve e analisa o Bem em favor de seu
semelhante, olvidando a si mesmo sempre que necessário. Seu interesse
é solicitado ou criado pelo que se possa organizar a beneficio
pelo que se possa organizar a beneficio do semelhante, recolhendo
para si as sobras da caridade que espalha.

As mesmas posições subsistem para o sentido mediúnico. Aqueles que colocam a comunicação com os Espíritos a serviço de seus interesses materiais, seja diretamente por tentar fazê-los lacaios de seus programas individuais, seja indiretamente barateando a fenomenologia e dela fazendo um balcão de favores terrenos para os seus eventuais consulentes, esses são MÉDIUNS-EGOÍSTAS.
Outros que tomam a mediunidade para sustentar a própria vaidade, fazendo-se
crer privilegiados pelos dons que revelam, criando adeptos servis e escravos
de si ou dos Espiritos de que são medianeiros, esses são MÉDIUNS-ORGULHOSOS.
Existem, todavia, os que acolhem a mediunidade como ampliação de serviços,
fonte perene de consolação e orientação moral de seus irmãos de romagem terrena.
Sublimam a sua faculdade, utilizando-a com critério e amor, buscando por seu
intermédio atingir a própria renovação intima, de si e de seus semelhantes.
Enobrecem a fenomenologia e ilustram-se moral e mentalmente no contacto com
Espíritos elevados, vivendo exemplos tocantes de amor e caridade, de ternura
e piedade esses são os MÉDIUNS ESPÍRITAS-CRISTÃOS.

Não devemos esquecer, todavia, que médiuns egoístas e médiuns orgulhosos são
almas enfermas e companheiros nossos de viagem e aprendizagem na escola da
carne, urgindo por assistência caridosa por parte de todos nós. Tão logo, pois
nos abalancemos em identificá-los classificá-los em nossos agrupamentos ou fora
deles, estaremos assumindo o compromisso de auxiliá-los
na regeneração de si mesmos, porque quem tem olhos para divisar o Mal deve ter
coração para criar o Bem.


Roque Jacintho


Do livro Desenvolvimento Mediúnico 9.edição Maio de 1988
Editora Luz no Lar

VICIAÇÕES MENTAIS - INSATISFAÇÃO. INDIFERENÇA. PÂNICO. MEDO DA MORTE.

INSATISFAÇÃO

Há uma necessidade urgente de reprogramar-se a mente. Hábitos longamente mantidos, viciações sustentadas por largo prazo, acomodações psicológicas a acontecimentos e atitudes justificadas por mecanismos de evasão do ego tornam-se outra forma de natureza nos automatismos da própria natureza.
Quando a mente está pronta, parece que todas as coisas o estão igualmente, isto porque dela dependem o senso crítico, a avaliação, o discernimento. Enquanto se encontra entorpecida ou mal desenvolvida, não consegue abranger a finalidade existencial, e também se adapta ao habitual, automatizando-se.





À medida que se amplia o campo mental, mais fáceis se tornam as novas aquisições psíquicas, favorecendo a memória, que supera os lapsos, por liberar-se das cargas negativas que a obnubilam.
A autodepreciação é fator preponderante para a infelicidade pessoal e para o relacionamento com outras pessoas, em razão do desrespeito a si mesmo. Quem se subestima, supervaloriza os outros, fazendo confrontos entre si e os demais de forma inadequada, ou projeta a sua sombra, acreditando que são todos iguais, variando apenas na habilidade que aqueles possuem para mascarar-se. O seu é um critério de avaliação distorcido, doentio, sem parâmetros bem delineados.

Quando tal ocorre, pensa-se em viajar, mudar de trabalho, acabar o casamento ou casar-se, conforme o caso, variar os relacionamentos sociais... O problema, no entanto, não se encontra nos outros, mas no próprio indivíduo, nele enraizado. Claramente possui uma autoimagem incorreta, feita de autopiedade ou com autopunição, o que se transforma em uma lente defeituosa que altera a visão do mundo e das outras criaturas.

Para onde o ser se transfere, fugindo, leva-se consigo e reencontra-se, logo mais, no novo lugar, assim se acostume com a novidade.
O fundamento não é mudar de atividade profissional, alterar a vida conjugal e social... Talvez essas atitudes possam contribuir para um despertamento interior, que é difícil, mas o essencial é a coragem para enfrentar-se, despir-se e querer realmente modificar-se.

O tentame se coroará de êxito mediante uma reprogramação da mente, iniciando-a com a indispensável conceituação da autoimagem, reforçada com a disposição de não retroceder. Funcionará, a vontade, na forma de dever para consigo mesmo, de reestruturação do programa da vida, do redescobrimento do Si e da sua eternidade diante do Cosmo.
Diminuem, nesse momento, os gigantes íntimos ameaçadores, que se fazem pigmeus e se desintegram na sucessão da experiência renovadora.

Nessa fase de reprogramação mental, a pessoa descobre que todos são diferentes uns dos outros, com desafios parecidos, mas não iguais, em lutas contínuas, no entanto, específicas, e que a vitória alcançada por eles, em determinados combates não lhes impede nem lhes evita novos enfrentamentos.
Lentamente nascem os estímulos para avançar, as disposições para não ceder às tentações da acomodação, e a lucidez mental propicia a percepção das vantagens que advêm de cada conquista alcançada. Os problemas e dificuldades se tornam mais fáceis de ser resolvidos e ultrapassados, fazendo a vida mais agradável, não lhes dando maior importância.
Os obstáculos, que antes pareciam intransponíveis, agora são contornáveis, e as pessoas adquirem outro valor, na sua grandeza como na sua pequenez. Desaparecem os privilegiados e os abandonados pela sorte, passando a ser compreendidos e tolerados como são, e não pela forma da apresentação.
A tolerância, que resulta da melhor identificação dos valores éticos e das conquistas espirituais, enseja maior respeito por si mesmo, permitindo-se os limites aos quais não se submete mais, sem reações inamistosas nem aquiescências injustificáveis.

A insatisfação decorre da ignorância, do desconhecimento do Eu profundo e das suas inesgotáveis possibilidades.
Supondo-se, equivocadamente, que tudo está feito e terminado, a entrega a esse fatalismo gera saturação, desmotivando para novas conquistas.
Quanto mais a pessoa se autopenetra, mais se descobre e mais possibilidades tem de conhecer-se. Essa conquista leva ao infinito, porque vai até o deus interno que abre as portas ao entendimento do Criador.
A psicologia da religião começa na análise dos recursos de cada um: sua fé, sua dedicação, seus interesses espirituais, suas buscas e fugas, seus medos e conflitos...
Na programação da mente, saturando o subconsciente de forças positivas, de legados idealistas, de esperanças factíveis de ser conseguidas, da luz do amor, do perdão, do Bem, todos os resíduos de negativismo, de depreciação, de antagonismo devem ser eliminados, sem saudades, iniciando-se novo ciclo de experiências de equilíbrio.

As agressões exteriores, os choques sociais e emocionais, mesmo que recebidos, passarão por critérios novos de
avaliação e serão compreendidos, retirando-se deles o que seja positivo e diluindo os efeitos perturbadores. A mente, desacostumada aos novos compromissos, expressará lapsos, reavivará fixações, que são os naturais fenômenos de sobrevivência das ideias usuais. Não abastecida pela mesma vibração dos pensamentos anteriores se lhes desabituará, imprimindo as novas ordens recebidas e ampliando a área de entendimento.
A insatisfação, irmã gêmea do tédio, nesse campo mental programado, com muita atividade a executar, não encontra área para permanecer e desaparece. Somente através do esforço do próprio indivíduo que se sente saturado, descontente com a vida, é que o fenômeno da sua transformação se opera.


INDIFERENÇA


Nos estados depressivos a apatia se manifesta, não raro, dominando as paisagens emocionais da pessoa. Essa apatia impede a realização das atividades habituais, matando o interesse por quaisquer objetivos. É uma indiferença tormentosa, que isola, a pouco e pouco, o paciente
do mundo objetivo, alienando-o.

Além dessa manifestação psicopatológica, há aquela que resulta da viciação mental em não se preocupar com as outras pessoas, nem com o lugar onde se encontra. Tão grave quanto a primeira, essa indiferença provém de vários conflitos, como as decepções em relação à própria existência, em demasiada valorização do secundário em detrimento do essencial, que é a própria vida e não aqueles que a utilizam egoisticamente, de forma infeliz, com desrespeito pelo seu próximo, pela sociedade.
Noutros casos, há a atitude egocêntrica, que remanesce da infância e não alcançou a maturidade psicológica na idade adulta, sentindo-se o ser desconsiderado, desamparado, sem chance de triunfar; o cansaço decorrente de tentativas malogradas de autoafirmação, de empreendimentos
perdidos; o desamor, em razão de haver aplicado mal o sentimento, como troca de interesses ou vigência de paixões; o abandono de si mesmo pela falta de autoestima...

Para esse tipo psicológico é mais fácil entregar-se à indiferença, numa postura fria de inimigo de todos, do que lutar contra as causas desse comportamento.
Vício mental profundamente alienador, arraigado nos derrotistas, a indiferença termina por matar os sentimentos, levando o paciente a patologias mais graves na sucessão do tempo.
Caracteriza também a personalidade esquizofrênica de muitos títeres e algozes da Humanidade, a insensibilidade que resulta da indiferença, quando praticam crimes, por mais hediondos sejam.
Inicia-se, às vezes, numa acomodação mental em relação aos acontecimentos, como mecanismo de defesa, para poupar-se a trabalho ou a preocupação, caracterizado num triste conceito: - Deixa pra lá.
Toda questão não resolvida, retorna complicada. Ninguém se pode manter em indiferença no inevitável processo da evolução. A vida é movimento e o repouso traduz pobreza de percepção dos fenômenos em volta.

Terminada uma cerimônia religiosa em plena Natureza, fez-se um imenso silêncio que tomou conta de todos os presentes. Sensibilizado, um jovem disse ao seu pastor: - Nunca percebi tão grande e profundo silêncio. Ao que o outro respondeu: — Nunca havia ouvido toda a música das
galáxias nas suas revoluções siderais...

Quando a indiferença começar a sinalizar as atividades emocionais, faz-se urgente interrompê-la, aplicar-lhe a terapia da mudança do centro de interesse emotivo, despertando outras áreas do sentimento, adormecidas ou virgens, a fim de poupar-se o indivíduo à sua soberania. Acostumando-se-lhe, inicia-se uma viciação mental mais difícil de ser corrigida, por ter um caráter anestesiante, tóxico, ao largo do tempo. Se o estresse responde pela sua existência, em alguns casos, o relaxamento, acompanhado de novas propostas de vida, produz efeito salutar, que deve ser utilizado.
O Fluxo Divino da força da vida é incessante, e qualquer indiferença significa rebeldia aos códigos do movimento, da ação, proporcionando hipertrofia do ser e paralisia da alma. Uma análise do próprio fracasso em qualquer campo redunda eficaz, para retirar proveitosa lição dele e levantar-
-se para novas tentativas.

Nas experiências retributivas da afetividade mal direcionada, das quais resulta a síndrome da indiferença, a escolha pelo amor sem recompensa, pelo bem sem gratidão, emula o indivíduo a sair do gelo interior para os primeiros narradores da emotividade e da autorrealização.
Nunca deixar que a indiferença se enraíze. E se, por acaso, crer que a própria vida não tem sentido nem significado, num gesto honroso de arrebentar algemas, deve experimentar
dar-se ao próximo, a quem deseja viver, a quem, na paralisia e na enfermidade, busca uma quota mínima de alegria, de companheirismo, de afeto e de paz. Fazendo-o, esse indivíduo descobre que se encontra consigo mesmo no seu próximo ao doar-se, assim recuperando a razão e o objetivo
para viver em atividade realizadora.


PÂNICO


No imenso painel dos distúrbios psicológicos, o medo avulta, predominando em muitos indivíduos e apresentando-se, quando na sua expressão patológica, em forma de distúrbio de pânico. O medo, em si mesmo, não é negativo, assim se mostrando quando, irracionalmente, desequilibra a pessoa.

O desconhecido, pelas características de que se reveste, pode desencadear momentos de medo, o que também ocorre em relação ao futuro e sob determinadas circunstâncias, tornando-se, de certo modo, fator de preservação da vida, ampliação do instinto de autodefesa. Mal trabalhado na infância, por educação deficiente, o que poderia tornar-se útil, diminuindo os arroubos excessivos e a precipitação
irrefletida, converte-se em perigoso adversário do equilíbrio do educando.

São comuns, nesse período, as ameaças e as chantagens afetivas: — Se você não se alimentar, ou não dormir, ou não proceder bem, papai e mamãe não gostarão mais de você..., ou O bicho papão lhe pega, etc. A criança, incapaz de digerir a informação, passa a ter medo de perder o amor, de ser
devorada, perturbando a afetividade, que entorpece a naturalidade no seu processo de amadurecimento, tornando o adolescente inseguro e um adulto que não se sente credor de
carinho, de respeito, de consideração.

A deformação leva-o às barganhas sentimentais - conquistar mediante presentes materiais, bajulação, anulando a sua personalidade, procurando agradar o outro, diminuindo-se e supervalorizando o afeto que anela. A pessoa é, e deve ser amada, assim como é. Naturalmente, todo o seu empenho deve ser direcionado para o crescimento interior, o desenvolvimento dos recursos que dignificam: não invejando quem lhe parece melhor — pois alcançará o mesmo patamar e outros mais elevados, se o desejar - nem se magoando ante a agressividade dos que se encontram em níveis menores.

Por outro lado, em face das ameaças, o ser permanece tímido, procurando fazer-se bonzinho, não pela excelência das virtudes, mas por mecanismo de sobrevivência afetiva.
O medo, assim considerado, pode assumir estados incontroláveis, causando perturbações graves no comportamento. Os fatores psicossociais, as pressões emocionais influem, igualmente, para tornar o indivíduo amedrontado, especialmente diante da liberação sexual, gerando temores injustificáveis a respeito do desempenho na masculinidade ou na feminilidade, que propiciam conflitos psicológicos de insegurança, a se refletirem na área correspondente, com prejuízos muito sérios.

Bem canalizado, o medo se transforma em prudência, em equilíbrio, auxiliando a discernir qual o comportamento ético adequado, até o momento em que o amadurecimento emocional o substitui pela consciência responsável. Confunde-se o pânico como expressão do medo, quando irrompe acompanhado de sensações físicas: disritmia cardíaca, sudorese, sufocação, colapso periférico produzindo algidez generalizada. Essa sensação de morte com opressão no peito e esvaecimento das energias que aparece subitamente, desencadeada sem aparente motivo, tem outras
causas, raízes mais profundas.

Na anamnese do distúrbio de pânico, constata-se o fator genético com alta carga de preponderância e especialmente a presença da noradrenalina no sistema nervoso central. É, portanto, uma disfunção fisiológica. Predomina no sexo feminino, especialmente no período pré-catamenial, o que mostra haver a interferência de hormônios, sendo menor a incidência durante a gravidez.

Sem dúvida, a terapia psiquiátrica faz-se urgente, a fim de que determinadas substâncias químicas sejam administradas ao paciente, restabelecendo-lhe o equilíbrio fisiológico. Invariavelmente atinge os indivíduos entre os vinte e os trinta e cinco anos, podendo surgir também em outras faixas etárias, desencadeado por fatores psicológicos, requerendo cuidadosa terapia correspondente. Há, entretanto, síndromes de distúrbio de pânico que fogem ao esquema convencional. Aquelas que têm um componente paranormal, como decorrência de ações espirituais
em processos lamentáveis de obsessão.

Agindo psiquicamente sobre a mente da vítima, o ser espiritual estabelece um intercâmbio parasitário, transmitindo-lhe telepaticamente clichês de aterradoras imagens que vão se fixando, até se tornarem cenas vivas, ameaçadoras, encontrando ressonância no inconsciente profundo,
onde estão armazenadas as experiências reencarnatórias, que, desencadeadas, emergem, produzindo confusão mental até o momento em que o pânico irrompe incontrolável, generalizado.
Dá-se, nesse momento, a incorporação do invasor do domicílio mental, que passa a controlar a conduta da vítima, que se lhe submete à indução cruel.
Cresce assustadoramente na sociedade atual essa psicopatologia mediúnica, que está requerendo sérios estudos e cuidadosas pesquisas. As terapias de libertação têm a ver com a transformação
moral do paciente, a orientação ao agente e a utilização dos recursos da meditação, da oração, da ação dignificadora e beneficente.

Quando a ingerência psíquica do agressor se faz prolongada, somatiza distúrbios fisiológicos que eliminam noradrenalina no sistema nervoso central do enfermo, requerendo, concomitantemente, a terapia especializada, já referida. Mediante uma conduta saudável de respeito ao próximo
e à vida, o indivíduo precata-se  (PREVINE-SE) da interferência perniciosa dos seres espirituais perturbadores, adversários de existências passadas, que ainda se comprazem na ação perversa.
Esse sítio que promovem, responde por inúmeros fenômenos de sofrimento entre os homens.
Não sendo a morte do soma o aniquilamento da vida, a essência que o vitaliza - o Eu profundo prossegue com suas conquistas e limitações, grandezas e misérias. Como o intercâmbio decorre das afinidades morais e psíquicas, fácil é constatarem-se as ocorrências que se banalizam.

O medo, portanto, necessita de canalização adequada, e o distúrbio do pânico, examinada a sua gênese, merece os cuidados competentes, sendo passíveis de recuperação ambos os fenômenos psicológicos viciosos, a que o indivíduo se adapta, mesmo sofrendo.


MEDO DA MORTE


O medo da morte resulta do instinto de conservação, que trabalha em favor da manutenção da vida.
A vida, no entanto, são todos os acontecimentos existenciais que ocorrem durante a reencarnação — no corpo como fora dele - no Espírito.

O desconhecimento da imortalidade, as informações fragmentárias, as lendas e fantasias, os mistérios, a ignorância, vestiram a morte de inusitadas e irreais expressões, que não correspondem à realidade. O fenômeno da morte diz respeito ao fatalismo biológico das transformações moleculares
do corpo. Com o desaparecimento da forma, suspeitou-se que haveria o aniquilamento da essência, como se essa fosse derivada da matéria e não a sua responsável.

Para atenuar-se o desconhecimento, compuseram-se os funerais, as cerimônias e ritos fúnebres, ocultando a face inevitável da legitimidade imortal. Esses recursos são valiosos para os familiares, parentes e amigos que se desobrigam das responsabilidades humanas, na Terra, e dos deveres afetivos
para com os que são desalojados do corpo. Para o Espírito somente valem os sentimentos, as preces e vibrações de autêntica afeição e honesta intercessão, especialmente os próprios pensamentos e atos mantidos durante a experiência carnal.

Em outras circunstâncias, porque a fantasia concebeu o Divino Poder com sentimentos arbitrários e apaixonados, que perdoa e pune irremissivelmente, as consciências culpadas temem-lhe o encontro, quando seriam duramente castigadas, elaborando, inconscientemente, mecanismos de evasão.
Às vezes se torna tão grave o medo da morte que portadores de transtornos psicológicos matam-se para não aguardarem a morte, em terrível atitude paradoxal.

Não houvesse a morte física, e o sentido da vida desapareceria, assim como a finalidade da luta, da conquista de valores e do desenvolvimento intelecto-moral do ser.
Analisando-se a sobrevivência — fenômeno natural e consequência da vida - a existência terrestre adquire significado e a dimensão de tempo, um grande valor.

Por ignorar-se quando ocorrerá a fatalidade orgânica, todo minuto e cada ação constituem admiráveis bênçãos e devem ser utilizados com sabedoria e propriedade, vivendo-os intensamente.
A compreensão da vida como um todo, feito de etapas, estimula a conquista dos patamares do progresso, ainda mais pela sua marcha ascensional. Fosse limitada ao período berço - túmulo, todos os labores perderiam o seu conteúdo ético e os esforços esvair-se-iam na consumpção do nada.
Considerando a energia psíquica valiosa e atuante, a mente, desatrelada do cérebro, prossegue independente dele, e a vida estua.

Desse modo, enfrentando-se com equilíbrio o conceito da sobrevivência, a morte desaparece e o medo que possa inspirar transforma-se em emulação para enfrentá-la com uma atitude psicológica saudável e rica de motivações, quando ocorrer naturalmente. Vício mental arraigado, o medo do fim converte-se em esperança de um novo princípio.

Fonte - Auto descobrimento - Uma Busca Interior (Psicografia Divaldo Pereira Franco - Espírito Joanna de Ângelis)

sábado, 27 de janeiro de 2018

MAL A SERVIÇO DO BEM

A cada dia é notória a transformação pela qual está passando o Planeta Terra. A violência tanto urbana como no seio familiar toma conta sufocando. O clima está mais quente e a água está cada vez mais escassa, com falta em alguns países. Os conflitos entre nações poderosas se acentuam e pelas estatísticas em geral vemos que os números assustam, nos compelindo a que busquemos entender esse emaranhado de situações.





Como tudo na vida tem de evoluir e o Planeta não foge a regra, é necessário que o homem busque melhorar-se para atrair boas energias do Plano Cristo, pois só assim haverá mais amor e por consequência menos dores, pois quando Jesus diz existir muitas moradas na casa do Pai se referia à pluralidade dos mundos habitados, e no caso a Terra que é uma dessas moradas está passando para uma categoria de maior elevação, e esta transformação embora lenta, é notória para quem tiver a sensibilidade na análise.
Muitos que habitam aqui e que são refratários em praticar o bem e atrapalham o progresso, irá numa próxima vida reencarnar em outra morada, isto é, num Planeta triste, sem tecnologia, com epidemias, assemelhando-se a Terra há alguns milênios, isto para que nas dificuldades possam ajudar aqueles Espíritos que lá estão a prosperarem e desenvolverem aptidões, e assim todos compreenderão na dor a necessidade de perseverar no bem.
Com a saída desses irmãos de baixa vibração, maldosos e que nada fizeram para melhorarem-se, e utilizaram o livre arbítrio equivocadamente, a Terra terá o ambiente propício para predominância do bem, onde segundo a Espiritualidade Maior nos informa através de mensagens mediúnicas, haverá a aurora da felicidade.
Vimos muitos desencarnes em massa no ano que terminou, com desastres, acidentes, catástrofes, e não temos condições de avaliar o comprometimento que cada Espírito destes tem em comum para partirem juntos daqui, e fazerem chorar em comunhão os que ficaram. Por outro lado, nos causou muito prazer o nascimento de crianças em sua maioria dotadas de capacidades, que se orientadas para o bem surpreenderão com suas aptidões, pois são elas que estarão imbuídas da transição planetária, e certamente somando-se há muitas que aqui já aportaram e hoje são adultos lideres ocupando cargos de destaque, e, portanto, Espíritos com ideias inatas, continuarão promovendo a estruturação dessa Nova Terra.
Tenhamos fé no Criador, pois nenhum de nós está no abandono. Busquemos asserenar nossos corações com a certeza de que os benfeitores nos auxiliarão sempre, pois o mal está a serviço do bem como ingrediente do processo evolutivo.

Nilton Cardoso Moreira

SOMOS ESPERTOS OU DESONESTOS?

Costumamos julgar ladrões, assassinos, enfim, os presos de uma penitenciária. Mas, será que fora dos presídios só tem pessoas honestas?
Vejamos: quem compra produtos roubados são pessoas honestas?
Elas não estão incentivando a violência através de roubos, assaltos, muitas vezes seguida de morte, etc.?






Quem usa droga não está incentivando o tráfico de drogas e de armas?
Não está fortalecendo as guerras entre traficantes?
Não é a maioria deles que roubam, assaltam para sustentar o vício?
Quem rouba objetos de colegas de trabalho e do local de trabalho é o que?
Quem não devolve o troco que o comerciante deu a mais é o que?
Quem compra ou empresta e não paga é o que?
Quem constrói uma casa ou apartamento com material de segunda e vende pelo preço de material de primeira é o que?
Quem recebe para fazer um asfalto de primeira e faz um asfalto de segunda, causando morte na estrada é o que? Quem desvia verba pública que mata pessoas nas filas de hospitais, sem remédio, etc., é o que?
Quem vende a palavra de Jesus dizendo ser para a obra de Deus, mas só faz uso para a obra do homem é o que? Quem coloca filhos na escola particular e não paga é o que?
Quem conserta um eletrodoméstico ou eletrônico e mente para cobrar mais é o que?
Político que promete e não cumpre é o que? Quem cobra preço abusivo de gasolina aproveitando-se de uma crise é o que?
Quem aumenta o preço de gás, água, comida, etc., quando há uma enchente é o que?
Quem desvia doações de pessoas carentes ou que sofreram perdas numa catástrofe é o que?
Quem passa na frente de outras pessoas numa fila qualquer é o que?
Quem estaciona na vaga de idoso ou deficiente sem ser idoso ou deficiente é o que?
Quem encontra uma carteira com dinheiro e não devolve é o que?
Quem usa de sua influência para retirar multas de trânsito é o que?
Quem bebe e dirige é o que?
Quem pode comprar remédio e pega remédio gratuito de pessoas carentes é o que?
Vender ou comprar gabarito com respostas para passar em concurso, vestibular, etc. é o que? Etc., etc., etc.
Veja que, julgamos os condenados pela justiça dos homens, mas aos olhos de Deus há muitos condenados que estão fora de presídios e achando-se “espertos”, quando na verdade são“desonestos”, transgressores das leis dos homens e de Deus, já que enganar o próximo não é cristão. A inversão de valores rotulam os honestos de "bobos". Mas os "bobos" são os verdadeiros "espertos" porque estão fazendo a vontade de Jesus que pediu que “fizéssemos ao outro o que gostaríamos que o outro nos fizesse”. Enquanto que os "desonestos" que se intitulam "espertos" estão se comprometendo com as leis de Deus.
Então, perguntemos: “Somos espertos ou desonestos?”

Rudymara

Laços de Família

Os laços familiares não são obras do acaso. São o cumprimento da Lei de Causa e Efeito, que representa o dever da responsabilidade que temos sobre nossa conduta, seja através de atos, palavras ou pensamentos, que une esses seres no presente impelidos pelas causas do passado. Por essa razão, temos famílias nas quais vige o desentendimento entre seus membros, famílias em que a harmonia impera entre seus membros e famílias em que existe, às vezes, um indivíduo que destoa dos demais membros.






Com vistas à Lei do Progresso – da qual nada nem ninguém escapa – os seres se reúnem para saldarem as dívidas de uns para com os outros. Muitas vezes, tentamos fugir desses débitos, mas não adianta, porque seremos sempre constrangidos a liquidá-los com nossos credores. Mais cedo ou mais tarde, estaremos juntos a eles no cumprimento dos desígnios divinos.
Por esse motivo, a equipe familiar, no mundo, nem sempre é um jardim florido. Na maioria das vezes, é um espinheiro de preocupações e de angústias que exige, de cada um de nós, um grande número de renúncias e sacrifícios, que nem sempre estamos dispostos a fazer. Então, mais uma vez, é preciso lembrar que seremos chamados a prestar contas das nossas atitudes despóticas dentro do lar, da nossa intolerância, da nossa negligência para com os seres que foram colocados ao nosso lado, da nossa intransigência em não aceitar as diferenças nas formas de pensar e agir, numa guerra psicológica surda, que pode ter consequências dolosas para os seres mais frágeis que compõem o grupo familiar e a quem deveríamos dar proteção. Seremos, sim, chamados a responder pelo que fizermos aos nossos filhos, aos nossos pais, aos nossos companheiros de jornada.
Todos os parentes, sejam eles consanguíneos ou afins, começando pelos nossos pais, são obras de amor que Deus nos deu a realizar. É preciso ajudá-los, amparando-os, através da cooperação, do carinho, atendendo aos desígnios da fraternidade, lembrando que a caridade começa em nosso lar. Nossos pais, por exemplo. A lei humana exige – sob pena de responsabilidade penal – que eles sejam assistidos em suas necessidades, sobretudo se impedidos de conseguir seu próprio sustento. E o que fazemos? Nós os colocamos nos menores quartos, dando somente e estritamente o necessário, sem nos lembrarmos dos pequenos gestos, que tanto aquecem o coração. Isso quando não os forçamos a trabalhos domésticos, como forma de pagamento por aquilo que lhes é de direito − nosso dever de cuidado.
Mas, a lei moral que nos alcança, além da lei humana, orienta-nos – sob pena de sermos chamados à responsabilidade diante das Leis Divinas – a cuidar deles em atenção às suas necessidades, inclusive, e, principalmente, as afetivas.
A Instrutora Espiritual Joanna de Ângelis lembra esse nosso dever com a seguinte frase: “não percas a oportunidade de semear dentro de casa”, porque ela é a primeira escola de amor onde somos colocados para aprender a amar. Um exemplo que podemos destacar são os déspotas domésticos: pessoas dóceis fora de casa e que criam o terror dentro dela, fazendo com que sejam temidos por criaturas que deveriam amá-los. Tristes figuras essas que dizem orgulhosos: “em casa sou obedecido, porque todos me temem”, porque poderiam acrescentar a essa frase: “e também sou odiado”.
O lar é uma praia estreita que nos dá condição, através das vivências que ali experimentamos, de servirmos com êxito – no futuro - no mar alto das grandes experiências. É preciso aprender no pouco para experimentar no muito com maior segurança.
Assim, o exemplo que cada um de nós dá no ambiente doméstico passa a ser o adubo que vai propiciar o desenvolvimento de valores positivos ou negativos nesse meio, fortalecendo ou não atitudes que poderão, mais tarde, comprometer, diante das Leis de Deus, o processo evolutivo dos Espíritos envolvidos nesse processo de reajuste reencarnatório. Sob esse prisma, podemos entender, então: 1 – que uma família não se mede pelo número de membros que a compõe ou pelo tempo que essas pessoas passam juntas; 2 – que não é um ato religioso ou civil que forma uma família, mas o sentimento que une essas pessoas e que dá sentido à palavra família.
Desse modo, cabe uma pergunta que Kardec fez aos Espíritos superiores: “A família acaba com o desencarne de seus componentes?”*
E os Benfeitores responderam que quando o sentimento que une essas pessoas é verdadeiro, baseado no amor, no respeito, no companheirismo de uns para com os outros, ela sobreviverá além da vida material. Esses laços são fortes e mais se consolidam no plano espiritual. Encontram-se lá e reúnem-se de novo para outras tarefas na vida material. Temos aí as famílias harmoniosas.
Agora, quando os sentimentos são de ordem puramente material, baseados no egoísmo e no orgulho, nas ilusões de nomes ilustres, de cargos, fortunas ou beleza física, o desencarne, às vezes, apenas de um dos seus membros, romperá esses laços e a família desaparecerá. Não mais se encontrarão na vida espiritual como tal, mas deverão reencontrar-se em novas existências para saldarem os débitos contraídos uns com os outros. É isso que explica a existência de famílias em desequilíbrio, em constante desarmonia, em eternas cobranças.
Por essa razão, a advertência de Jesus ainda é muito preciosa: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”. Inicia, dentro do lar, o plantio de amor que irá converter-se em colheita farta de bons frutos.

*Ver "O Evangelho Segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, capítulo 14.

Fonte: Leda Maria Flaborea

Obstáculos (Emmanuel)

Obstáculos são, por si, movimentos de renovação e progresso.
O que possa parecer fracasso ou desencanto é preparação de um mundo novo.
Estejamos convencidos de que nunca é tarde para que alguém seja feliz e que o Reino de Deus está dentro de nós. E com semelhante luz, ser-nos-á possível esquecer quaisquer provocações e vencê-las, situando-nos, desde agora, a caminho da Vida Superior.





A felicidade que pode realmente não existir na Terra, enquanto a Terra padecer a dolorosa influenciação de um só gemido de sofrimento, pode existir na alma humana, quando a criatura compreender que a felicidade verdadeira é sempre aquela que conseguimos criar para a felicidade do próximo.
Lembra-te da casa nobre começando nos alicerces e não te desmandes na pressa, a fim de que a tua existência se ajuste à gloriosa sinfonia da vida.
Protege o próprio lar contra a perturbação e a desarmonia, mas se a tua ação surte efeito, aceita a casa em que vives por tua escola de regeneração e de amor.
Atende ao bem, conquanto as dificuldades que encontres para isso.
Sem dúvida é imperioso te guardes no pensamento positivo da confiança em Deus e em ti mesmo.
À maneira de viajante na travessia do rio da vida, que será de ti, se não controlas o leme do teu barco, orientando-lhe os movimentos em rumo certo?

Do livro "Caminho iluminado"
Pelo espírito de Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier

O despertar da consciência

Pergunta: O arrependimento se dá no estado corporal ou no estado espiritual?
Resposta: No estado espiritual; mas, também pode ocorrer no estado corporal quando bem compreendeis a diferença entre o bem e o mal.






Questão n° 990 do Livro dos Espíritos Podemos definir o arrependimento como a consciência de que fizemos algo errado, de que prejudicamos alguém ou a nós mesmos.
Implica em dor moral, tão profunda quanto a natureza de nossas faltas e o grau de nossa maturidade. Quanto mais evoluído, mais sofre o Espírito, ao avaliar a extensão dos prejuízos que causou a si mesmo ou ao semelhante.
Pode ocorrer na Terra, pelo exercício da razão. Exemplo típico: o indivíduo que parte para a violência em face de determinada contrariedade.
O marido traído, que mata a esposa...
A mãe que fere a criança ao castigá-la...
Depois o lamento:
- Ah! Meu Deus! Por que não me controlei!
Mais freqüentemente o arrependimento eclode no Plano Espiritual, quando o Espírito defronta-se com sofrimentos e desajustes decorrentes de suas iniciativas desatinadas.
No livro "Nosso Lar", psicografia de Francisco Cândido Xavier, o Espírito André Luiz, após reportar-se a dolorosas surpresas, em face de seu comprometimento com a inconseqüência nas lides humanas, faz dramático apelo:
- Oh! Amigos da Terra! Quantos de vós podereis evitar o caminho da amargura com o preparo dos campos interiores do coração? Acendei vossas luzes antes de atravessar a grande sombra. Buscai a verdade antes que a verdade vos surpreenda. Suai agora para não chorardes depois.
O arrependimento não redime. É apenas o primeiro passo na árdua jornada da reabilitação, em favor da qual não bastam penitências, ritos ou rezas. É de fundamental importância que o mal seja reparado.
Por isso, para os Espíritos mais amadurecidos, o arrependimento é sempre marcado por profundas transformações, a caminho de grandiosas realizações.
Paulo de Tarso, perseguidor implacável dos cristãos, articulador do processo que culminou com a morte de Estevão, o primeiro mártir do Cristianismo, experimentou o despertar da consciência no inesquecível encontro com Jesus, às portas de Damasco, e se transformou no grande arauto da mensagem evangélica.
Simão Pedro teve seu momento decisivo ao ver cumprida a previsão de Jesus, que lhe afirmou que o negaria três vezes antes que o galo cantasse, na fatídica madrugada que antecedeu o drama do calvário. A partir desse momento dedicou sua existência à causa cristã, sem jamais experimentar novas vacilações. E no grande testemunho a que foi convocado em Roma, condenado à cruz, enfrentou com serenidade seus algozes, pedindo para ser crucificado de cabeça para baixo, porquanto não se sentia digno de morrer como seu mestre.
Em Maria de Magdala temos o exemplo do missionário confundido pelas ilusões do Mundo, sob o domínio de cruéis perseguidores espirituais, até que o Cristo lhe descortinasse as excelências do Evangelho. Renovada, converteu-se em ardorosa seguidora dos princípios novos, acumulando méritos suficientes para ser ela própria a mensageira da ressurreição, aquela que primeiro viu Jesus, em gloriosa aparição, após a crucificação.
Forçoso reconhecer, entretanto, que o arrependimento sincero, de quem se conscientiza dos próprios enganos e se dispõe a uma guinada existencial, modificando seus rumos, não é fácil. O homem comum distrai-se de suas responsabilidades, sempre pronto a justificar seus desvios com intermináveis sofismas:
- Roubei, sim, e até matei, porque tinha fome - alega o criminoso esquecido das bênçãos do trabalho.
- Enriqueci, sim, mas com meu esforço, com o trabalho digno, sem prejudicar ninguém - proclama o industrial que explorou seus empregados e usou de especulações nos domínios de seus negócios.
- Bebo sim, mas para enfrentar os problemas da existência - explica o alcoólatra, sem atinar para o fato de que se transformou, ele próprio, num grande problema.
- Traí meu marido, sim, envolvi-me em aventuras extraconjugais, porque ele não me dava atenção - afirma a mulher displicente, a justificar sua irresponsabilidade.
Pessoas assim transitam pela vida de consciência anestesiada pela indiferença em relação aos valores morais, para somente despertarem no Plano Espiritual, quando se habilitam a longas e penosas jornadas de retificação.
Mostrando-nos por antecipação as realidades espirituais, a Doutrina Espírita representa o mais vigoroso apelo da Espiritualidade em favor da criatura humana, demonstrando ser imperioso que cogitemos dos valores mais nobres da existência, nos domínios da Verdade e do Bem.
No entanto, a mesma displicência moral que faz o delinqüente, o explorador, o viciado, o adúltero, induz o espírita a justificar suas omissões:
- O Espiritismo ensina que é preciso praticar a caridade, ajudar o próximo, participar de serviços assistenciais, mas não tenho tempo. Há a família, a profissão, os compromissos financeiros...
- O Espiritismo adverte que devo conter meus impulsos inferiores, mas não consigo. Sou um fraco...
- O Espiritismo orienta que devo harmonizar-me com os familiares. Impossível. São muito difíceis...
Há quem informe:
- Não posso proclamar-me espírita, porquanto tenho muitas mazelas...
Companheiros assim esperam pela virtude para serem espíritas. Ignoram deliberadamente que o espírita não é, necessariamente, um virtuoso. Apenas alguém disposto a assumir compromisso com a virtude.
Acomodados na superficialidade de suas convicções e na rotina de pálida participação em atividades espíritas, verificam, um dia, quando a morte impõe o balanço de sua existência, que tiveram tudo para caminhar mais depressa, para superar suas imperfeições e, no entanto, fizeram do conhecimento veiculado pelo Espiritismo um mero acréscimo de responsabilidade.
No livro "Voltei", psicografia de Francisco Cândido Xavier, o autor, Irmão Jacob, pseudônimo adotado por Frederico Figner, que durante muitos anos foi diretor da Federação Espírita Brasileira, adverte, dirigindo-se aos espíritas:
- Oh! Meus amigos do Espiritismo, que amamos tanto!
É para vocês - membros da grande família que tanto desejei servir - que grafei estas páginas, sem a presunção de convencer! Não se acreditem quitados com a Lei, por haverem atendido a pequeninos deveres de solidariedade humana, nem se suponham habilitados ao paraíso, por receberem a manifesta proteção de um amigo espiritual! Ajudem a si mesmos, no desempenho de suas obrigações evangélicas! Espiritismo não é somente a graça recebida, é também a necessidade de nos espiritualizarmos para as esferas superiores.
Falo-lhes hoje com experiência mais dilatada. Depois de muitos anos, nas lides da Doutrina Espírita, estou recompondo a aprendizagem, a fim de não ser o companheiro inadequado ou o servo inútil. Guardem a certeza de que o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo não é apenas um conjunto brilhante de ensinamentos sublimes para ser comentado em nossas doutrinações - é Código da Sabedoria Celestial, cujos dispositivos não podemos confundir.
O conhecimento espírita implica no compromisso de vivermos segundo seus princípios. De outra forma, o arrependimento mais tarde será apenas o inicio de inevitáveis e penosas jornadas de retificação, em busca do tempo perdido.

Richard Simonetti

NÃO TE QUEIXES

Quando te queixas de algúem
ou de alguma coisa,
é possível que estejas recusando
a presença da pessoa ou
desprezando o amparo
que a Divina Providência te
enviou para livrar-te
de males maiores
que talvez te aguardem pela frente.

Emmanuel
Do "Livro de Respostas"
Médium Francisco Cândido Xavier
Edição CEU.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

A preguiça também é uma falha moral

A preguiça também é uma falha moral
Preguiça física é a repulsa pelo trabalho, entendido este amplamente. Qualquer atividade que retire o encarnado preguiçoso do ócio dá-lhe repugnância.
Preguiça mental é a lentidão nos pensamentos e na tomada de decisões, por aversão à agilidade do raciocínio.





Ambas as formas são causadas por um espírito rebelde e recalcitrante em aceitar a sua atual posição no estágio reencarnatório que vivencia.
O preguiçoso geralmente se acostuma na fleuma do dia-a-dia, ambicionando somente métodos e estilos de vida que lhe proporcionem maior tranquilidade no agir e no pensar.
Patente desvio de conduta pode tornar-se um vício desde que o ser humano nele encontre uma habitualidade.
Vez ou outra, muitos encarnados encontram na preguiça um escape para suas pressões do cotidiano. O grande mal é torná-la uma praxe na existência material.
A preguiça alia-se ao egoísmo porque o mandrião preocupa-se muito mais consigo mesmo e seu bem-estar do que com o próximo. Família e outros que dele dependem passam por sérios problemas, enquanto o ocioso apraz-se em ser como é.
É preguiçoso desde aquele que não quer trabalhar para sustentar-se e aos seus até o que não consegue organizar seu tempo para dar conta de tudo o que tem para fazer. Neste contexto, está presente a preguiça mental.
Todos os encarnados possuem obrigações. Adultos mais, adolescentes e crianças menos. Destarte, identificar á preguiça não é tarefa difícil, pois basta verificar quem as cumpre satisfatoriamente. O difícil é combatê-la desde cedo.
Não é desnecessário dizer que a boa ou má educação dada pelos pais ao infante poderá reformar-lhe essa má tendência ou incentivá-lo a perpetuar-se nesse desvio de conduta.
É intrincado combater a preguiça porque implica dedicação, força devontade e desejo de luta, atributos que faltam ao ocioso.
O único caminho viável é através da reforma íntima. Somente compreendendo a importância do labor e do exercício do raciocínio, aceitando-os como atividades necessárias do corpo e do espírito é que poderá haver preciso combate à preguiça.
Mencionou-se linhas atrás que o ocioso é um egoísta por excelência. Também o é o individualista, sob alguns aspectos. Pode o encarnado que se isola ser um trabalhador exemplar, mas a sua preguiça está concentrada em não ter paciência, nem vontade, paraconviver com seus semelhantes. Não deixa de ser fruto da indolência a falta de gosto pela integração social ou familiar, visto que a convivência exige e demanda trabalho espiritual de resignação, atenção, zelo, solidariedade e outras virtudes que, ao preguiçoso, parecem insustentáveis.
A preguiça não deve afetar a fé, porque, se tal ocorrer, tornar-se-á muito difícil reverter o ócio pela reforma íntima. Esta pressupõe ao menos a fé para que haja, em seguida, o fortalecimento da vontade.
O comodista é um egoísta e pode ser um preguiçoso. Pretendendo garantir o seu bem-estar a qualquer custo, ele poderá cultivar o ócio como uma de suas fontes de prazer."
No nosso dia-a-dia, nos esquecemos de como a preguiça pode ser nociva. Este belo texto nos faz um alerta, promovendo a reflexão sobre as nossas atitudes.
Será que a preguiça não está nos impedindo de voar mais alto?
Fica a reflexão.

Fonte: Fundamentos da Reforma Íntima, de Abel Glaser pelo espírito Cairbar Schutel

AS VESTES DA MENTIRA

AS VESTES DA MENTIRA

"Diz uma parábola judaica que certo dia a mentira e a verdade se encontraram.
A mentira disse para a verdade:
- Bom dia, dona Verdade.





E a verdade foi conferir se realmente era um bom dia. Olhou para o alto, não viu nuvens de chuva, vários pássaros cantavam e vendo que realmente era um bom dia, respondeu para a mentira:
- Bom dia, dona mentira.
- Está muito calor hoje, disse a mentira.
E a verdade vendo que a mentira falava a verdade, relaxou.
A mentira então convidou a verdade para se banhar no rio. Despiu-se de suas vestes, pulou na água e disse:
-Venha dona Verdade, a água está uma delícia.
E assim que a verdade sem duvidar da mentira tirou suas vestes e mergulhou, a mentira saiu da água e vestiu-se com as roupas da verdade e foi embora.
A verdade por sua vez recusou-se a vestir-se com as vestes da mentira e por não ter do que se envergonhar, saiu nua a caminhar na rua.
E aos olhos de outras pessoas era mais fácil aceitar a mentira vestida de verdade, do que a verdade nua e crua."

DIZ JOANNA DE ÂNGELIS: A verdade jamais se camufla; surge com força e externa-se com dignidade. Não tem alteração íntima, permanecendo a mesma em todas as épocas. Ninguém consegue ocultá-la, porque, semelhante à luz, irradia-se naturalmente. Nem sempre é aceita, por convidar à responsabilidade. Amiga do discernimento, é a pedra angular da consciência de si mesmo, fator ético-moral da conduta saudável.

Grupo de Estudo Allan kardec

Muito poucos são operários da Seara do Mestre.

Muito poucos são operários da
Seara do Mestre.
A humildade deverá ser pedra fundamental de
todo o empreendimento que visa a evoluir e a
produzir bons frutos.

Lamentavelmente, muito poucos são operários da
Seara do Mestre que propõem a trabalhar no
anonimato e a fazer caridade sob a égide da
humildade.

B.M.
Livro AH! SE EU SOUBESSE... Volume V
Psicografia de Rose Dos Anjos
Espíritos Diversos
Outubro de 1981

CONFLITOS FAMILIARES

Um dos mais graves problemas humanos está na dificuldade de convivência no lar. Pessoas que enfrentam desajustes físicos e psíquicos tem, não raro, uma história de incompatibilidade familiar, marcada por freqüentes conflitos.





Há quem resolva de forma sumária: o marido que desaparece, a esposa que pede divórcio, o filho que opta por morar distante.
Alguns espíritas utilizam o conhecimento doutrinário para curiosas racionalizações:
- Minha mulher é o meu carma: neurótica, agressiva, desequilibrada. Que fiz de errado, meu Deus, para merecer esse "trem"?
- Só o Espiritismo para me fazer tolerar meu marido. Agüento hoje para me livrar depois. Se o deixar agora terei que voltar a seu lado em nova encarnação. Deus me livre! Resgatando meu débito não quero vê-lo nunca mais!
Espíritos que se prejudicaram uns aos outros e que, não raro, foram inimigos ferozes, reencontram-se no reduto doméstico.
Unidos não por afetividade, nem por afinidade, e sim por imperativos de reconciliação, no cumprimento das leis divinas, enfrentam inegáveis dificuldades para a harmonização, mesmo porque conservam, inconscientemente, a mágoa do passado. Daí as desavenças fáceis que conturbam a vida familiar. Naturalmente situações assim não interessam à nossa economia física e psíquica e acabam por nos desajustar.
Importante considerar, todavia, que esses desencontros são decorrentes muito mais de nosso comportamento no presente do que dos compromissos do pretérito. Não seria razoável Deus nos reunir no lar para nos agredir e magoarmos uns aos outros.
É incrível, mas somos ainda tão duros de coração, como dizia Jesus, que não conseguimos conviver pacificamente. Reunamos duas ou mais pessoas numa atividade qualquer e mais cedo ou mais tarde surgirão desentendimentos e desarmonia. Isso ocorre principalmente no lar, onde não há o verniz social e damos livre curso ao que somos, exercitando o mais conturbador de todos os sentimentos, que é a agressividade.
Neste particular, o estilete mais pontiagudo, de efeito devastador, é o palavrão. Pronunciado sempre com entonação negativa, de desprezo, deboche ou cólera, é qual raio fulminante. Se o familiar agredido responde no mesmo diapasão, o que geralmente acontece, "explode" o ambiente, favorecendo a infiltração de forças das sombras. A partir daí tudo pode acontecer: gritos, troca de insultos, graves ofensas e até agressões físicas, sucedidos, invariavelmente, por estados depressivos que desembocam, geralmente, em males físicos e psíquicos.
Se desejamos melhorar o ambiente doméstico, em favor da harmonização, o primeiro passo é inverter o processo de cobrança.
Normalmente os membros de uma casa esperam demais dos outros, reclamando atenção, respeito, compreensão, tolerância . . . A moral cristã ensina que devemos cobrar tudo isso sim, e muito mais, mas de nós mesmos, porquanto nossa harmonia íntima depende não do que recebemos, mas do que damos. E, melhorando-nos, fatalmente estimularemos os familiares a fazer o mesmo.
Todos aprendendo pelo exemplo, até o amor. Está demonstrado que crianças carentes de afeto tem muita dificuldade para amar. Será que estamos dando amor aos familiares?
Não é fácil fazê-lo porque somos Espíritos muito imperfeitos. Mas foi para nos ajudar que Jesus esteve entre nós, ensinando-nos como conviver harmoniosamente com o semelhante, exercitando valores de humildade e sacrifício, marcados indelevelmente pela manjedoura e pela cruz.
• exerça severa vigilância sobre o que fala. Geralmente as desavenças no lar tem origem no destempero verbal;
• diante de familiares difíceis, não diga: "É minha cruz!" O único peso que carregamos, capaz de esmagar a alegria e o bom-ânimo, é o de nossa milenar rebeldia ante os sábios planos de Deus;
• elogie as virtudes do familiar, ainda que incipientes, e jamais critique seus defeitos. Como plantinhas tenras, tanto uns como outros crescem na proporção em que os alimentamos;
• evite, no lar, hábitos e atitudes não compatíveis com as normas de civilidade vigentes na vida social sem respeito pelos companheiros de jornada evolutiva fica difícil sustentar a harmonia doméstica;
• cultive o diálogo. Diz André Luiz que quando os companheiros de um lar perdem o gosto pela conversa, a afetividade logo deixa a família.

Fonte: Richard Simonetti