domingo, 29 de abril de 2018
Selfies associadas às carências afetivas
Três jovens da cidade de Xinguara, no norte do Piauí, caíram de uma ponte ao tentarem tirar uma foto no dia 22 de abril de 2018. De acordo com a polícia local, as garotas tentavam fazer uma selfie quando a lateral da ponte desabou, fazendo com que elas despencassem de uma altura de 10 metros , fraturando as suas pernas e pés. A ponte passa sobre o rio Cais e é utilizada como linha férrea, apesar de degastada com o tempo. As adolescentes estavam tirando selfie no local, quando a plataforma da lateral desabou com elas. [1]
Essa não é a primeira vez que uma tentativa de selfie termina mal. Na Rússia, o governo chegou a criar um manual para evitar novas mortes por esse motivo. Entre as indicações há a exibição de riscos ao subir em pontes, parar no meio da rua ou mesmo se esticar em uma plataforma de trem.
Uma pessoa de bem consigo mesma, na maioria das vezes, posta selfies com imagens mais espontâneas, ao invés daquelas estrategicamente montadas e editadas. Pessoas mais desatentas tendem a postar selfies às vezes mais erotizadas e exibicionistas, com o intuito de receber o maior número de “curtidas”, e com isso obterem uma falsa percepção de que são “amadas”.
Há aqueles que fazem selfies nas academias retratando os corpos “sarados”, e se não tiverem “curtidas” e “comentários” ficam frustrados, deprimidos e aumentam os exercícios para esculturar o visual. Há, sem dúvida, alguns transtornos que podem estar associados ao comportamento descontrolado da produção de selfies, como depressão, fobia social, transtorno afetivo bipolar e transtorno dismórfico corporal[2]. Tais transtornos trazem prejuízos concretos à vida do indivíduo, como isolamento social, anorexia, bulimia, automutilação e, no extremo, até suicídio.
Neste sentido, o vício de tirar centenas de selfies não é uma prática recomendável, até porque a “auto representação seletiva” não aumenta a autoestima e nem a autoconfiança. Normalmente, carências afetivas são as principais causas da necessidade de se expor, de chamar a atenção. Quando não preenchidas, comumente provocam situações psicopatológicas extremas.
Há pessoas (alucinadas) que vão tirar selfie próximas a animais ferozes, subindo no trilho de um trem, equilibrando-se no parapeito de uma ponte, nas culminâncias das torres ou ainda nos pontos mais altos de edifícios gigantes, que aliás têm sido uma das "modas" mais perigosas dos últimos tempos, e isso tem trazido consequências graves.
A tecnologia de registro de imagens precisa estar a nosso favor e a benefício da sociedade. Que tal se, em vez de postar constantemente o próprio retrato, postássemos imagens com informações culturais ou compartilhássemos projetos sociais importantes? Isso sim seria muito útil à sociedade. Obviamente não será através da postagem de milhares de fotos de si mesmo que se estará colaborando com a melhoria da vida no planeta.
O sentimento de inferioridade ou de baixa autoestima associa os viciados nas selfies a uma auto-exposição exagerada, a uma autonegligência ou desmazelo das coisas pessoais. O nosso avanço espiritual consiste, exclusivamente, na forma de vermos a vida, e isso nada mais é do que a demonstração de uma nova visão otimista de nós mesmos e do mundo ao nosso redor.
Pensemos nisso!
(Jorge Hesssen)
Referências:
[1] Disponível em g1.globo.com
[2] Termo usado para designar a discrepância ou diferença entre aquilo que a pessoa acredita ser, em termos de imagem corporal, e aquilo que realmente é.
Obsessão Entre Entes Queridos
(O excesso de apego dos que ficam pode atrapalhar nosso entes queridos no plano espiritual)
Alonso, um colaborador, de maneiras simpáticas, dirigiu a palavra ao nosso orientador, com grande interesse; tratava-se de um velhinho de humilde expressão, que lhe falava com mostras de justo respeito.
— E o senhor recebeu as notícias?
— Sim, nossos mensageiros certificaram-me
dos detalhes mínimos. Sua viúva continua muitíssimo acabrunhada, os
filhinhos gozam saúde, mas permanecem na mesma ansiedade por motivo de
sua ausência.
O velho, que parecia muito bondoso, esboçou um gesto de confirmação e acrescentou:
O velho, que parecia muito bondoso, esboçou um gesto de confirmação e acrescentou:
— Tenho sentido tanta falta deles! Nos
olhos transparecia a tristeza resignada, de quem deseja alguma coisa,
medindo a extensão dos obstáculos.
— Você, porém, Alonso, não deve angustiar-se. Sei que está trabalhando agora pelo futuro da família.
NA TERRA, NA QUALIDADE DE PAIS, CONSEGUIMOS MOVIMENTAR MUITAS PROVIDÊNCIAS A FAVOR DOS FILHOS;
ENTRETANTO, AQUI, NO PLANO ESPIRITUAL, PODEMOS REALIZAR CERTAS MEDIDAS EM BENEFÍCIO DELES, COM MAIOR SEGURANÇA. NEM SEMPRE AGIMOS NO MUNDO COM A NECESSÁRIA VISÃO; MAS AQUI É POSSÍVEL SENTIR, DE MAIS PERTO, OS INTERESSES IMPERECÍVEIS DAQUELES QUE AMAMOS.
ENTRETANTO, AQUI, NO PLANO ESPIRITUAL, PODEMOS REALIZAR CERTAS MEDIDAS EM BENEFÍCIO DELES, COM MAIOR SEGURANÇA. NEM SEMPRE AGIMOS NO MUNDO COM A NECESSÁRIA VISÃO; MAS AQUI É POSSÍVEL SENTIR, DE MAIS PERTO, OS INTERESSES IMPERECÍVEIS DAQUELES QUE AMAMOS.
O sentimento elevado é sempre um caminho reto para nossa alma; todavia, não podemos dizer o mesmo, a respeito do sentimentalismo cultivado no círculo da Crosta.
É preciso que você tenha muito cuidado em não desorganizar a mente. A saudade que fere, impedindo-nos atender à Vontade Divina, não é louvável nem útil. É enfermidade do coração, precipitando-nos em abismos insondáveis do pensamento.
Alonso deixou de sorrir, mostrou os olhos rasos dágua e falou em voz súplice.
— Reconheço, senhor Alfredo, a oportunidade de suas observações.
Graças a Jesus, venho melhorando minha vida mental, nos deveres novos
que me concedeu e, de fato, sinto-me renovado espiritualmente. Sei que
sua palavra não me advertiria sem razão, mas, ousaria pedir licença para
visitar a esposa e os filhos à noite, quando me concentro nas preces
habituais, sinto, em torno de mim, os seus pensamentos.Esses pensamentos me penetram fundo, atraindo-me toda a atenção para a Terra.
Às vezes, consigo repousar um pouco, mas com muita dificuldade. Sei que a esposa e os filhos estão chamando, dolorosamente, por mim. Esta certeza me perturba de algum modo.
Não tenho sentido a mesma firmeza para o trabalho diário e desejaria remediar a situação.
Reconheço que minhas obrigações, presentemente, são outras e que devo estar conformado; no entanto, confesso que minha luta espiritual tem sido bem grande. Estou certo de que me perdoará a fraqueza. Que chefe de família não se sentiria atormentado, ouvindo angustiosos apelos do lar, sem meios de atender, como se faz indispensável?
E, revelando o enorme anseio da alma, enxugou os olhos e prosseguiu:
— Quisera rogar aos meus, calma e coragem, esclarecendo que meu coração inda é frágil e necessita do amparo deles; estimaria pedir-lhes esse auxílio para que eu possa atender as atuais obrigações, sem desfalecimentos. Quem sabe me concederá, agora, a permissão precisa? Temos bem perto de nossa casa um grupo de amigos espiritistas; talvez não me fosse difícil transmitir algumas palavras, breves que fossem, tentando tranqüilizar a esposa e os filhos!...
Alfredo, imperturbável, não respondeu negativamente. Parecia compreender toda a inquietação do servidor simpático e humilde. Observei-lhe no olhar, muito lúcido, o desejo sincero de atender, e, com extrema simpatia por sua conduta generosa, ouvi-o ponderar:
— Não será impossível satisfazê-lo, meu caro. Nossos emissários poderão conduzi-lo, nas viagens comuns; entretanto, creia que, como amigo, ficaria preocupado com você, pela manutenção de sua paz. Não posso abusar da autoridade e sei que cada um tem a experiência que lhe cabe, mas creio seja de seu vital interesse o fortalecimento do coração. É imprescindível conformarmo-nos com os desígnios do Eterno. Você e sua mulher não ficariam separados se não necessitassem de experiências novas. As dificuldades que ela vem amargando com a sua ausência, sofre-as também você com a separação dela. Tenho a impressão, Alonso, de que Deus nos deixa sozinhos, por vezes, a fim de refazermos o aprendizado, melhorando o coração. A soledade, porém, quando aproveitada pela alma, precede o sublime reencontro. Além disso, você não deve ignorar que os filhos pertencem a Deus, que cada um deles precisa definir responsabilidades e cogitar da própria realização. Por enquanto, vivem chorosos, desalentados. A revolta lhes visita a alma invigilante.
Estabeleceu-se a desordem doméstica, depois da sua vinda. Entretanto, que fazer senão pedir para eles e para nós a bênção do Eterno? Precisam eles da conformação com a realidade justa, e você, que já lhes deu o que era razoável, necessita, igualmente, evolver e aperfeiçoar-se na senda nova a que fomos chamados. Em que ficaria, meu caro, se permitisse a invasão total do sentimentalismo doentio em seus pensamentos? Tão dedicado é você à família do sangue, que, por agora, não o sinto com bastante preparo a tudo ver no antigo lar, sem sofrer desastrosamente.
HÁ TEMPOS, AUTORIZEI A VISITA DE DOIS COLEGAS NOSSOS À ESFERA DA CROSTA, A FIM DE REVEREM AS VIÚVAS E ABRAÇAREM DE NOVO OS FILHINHOS; MAS FORAM TÃO VIOLENTAMENTE SURPREENDIDOS PELA SITUAÇÃO, QUE NÃO PUDERAM VOLTAR AOS SEUS DEVERES AQUI, LÁ FICANDO AGARRADOS AO NINHO QUE HAVIAM ABANDONADO. NÃO VIGIARAM O CORAÇÃO, CONVENIENTEMENTE. OUVIRAM, EM DEMASIA, OS PRANTOS FAMILIARES TERRESTRES, ENVOLVERAM-SE NOS PESADOS FLUIDOS DO CLIMA DOMÉSTICO E, PASSADA A SEMANA DE LICENÇA, NÃO CONSEGUIRAM ERGUER-SE PARA O REGRESSO. ESTAVAM COMO PÁSSAROS APRISIONADOS PELA VISÃO DAS TENTAÇÕES. OS ENCARREGADOS DO NOTICIÁRIO PARTICULAR VOLTARAM AO POSTO SEM ELES, COM GRANDE SURPRESA PARA MIM. E, FRANCAMENTE, NÃO SEI QUANDO PODERÃO REASSUMIR AS FUNÇÕES QUE LHES CABEM, O PREJUÍZO DE AMBOS É MUITO GRANDE.
Depois de pequena pausa, Alfredo rematou:
— Os vôos de grande altura pedem asas fortes. Alonso, que ouvia de olhos arregalados, considerou resignado:
— Desisto do pedido. O senhor tem razão.
O administrador abraçou-o e murmurou:
— Deus ilumine o seu entendimento.
OS MENSAGEIROS - Francisco Cândido Xavier – André Luiz
Autor
André Luiz
Médium
Chico Xavier
Autor
André Luiz
Médium
Chico Xavier
Divergências (André Luiz)
Divergências (André Luiz)
Lembre-se de que as outras pessoas são diferentes e, por isso mesmo, guardam maneiras próprias de agir.
Esclarecer à base de entendimento fraterno, sim, polemizar, não.
Antagonizar sistematicamente é um processo exato de angariar aversões.
Você pode claramente discordar sem ofender, desde que fale apreciando os direitos do opositor.
Afaste as palavras agressivas do seu vocabulário.
Tanto quanto nos acontece, os outros querem ser eles mesmos na desincumbência dos compromissos que assumem.
Existem inúmeros meios de auxiliar sem ferir.
Geralmente,
nunca se discute com estranhos e sim com as pessoas queridas; visto
isso, valeria a pena atormentar aqueles com quem nos cabe viver em paz?
Aprendamos a ceder em qualquer problema secundário, para sermos fiéis às realidades essenciais.
Se
alguém diz que a pedra é madeira, é justo se lhe acate o modo de crer,
mas se alguém toma a pedra ou a madeira para ferir a outrem, é
importante argumentar quanto à impropriedade do gesto insano.
Do livro: Sinal verde
A influência dos espíritos em nossas vidas
É inata nos seres humanos a ideia da existência de seres inteligentes
extracorpóreos na natureza. Apenas os ateus não a comungam, e bastaria
observarmos que até mesmo os silvícolas, em todo o globo terrestre,
creem na existência dos Espíritos e acreditam na participação deles na
vida dos encarnados, sem que tenham recebido alguma doutrinação para
isso.
A Bíblia atesta a influência e participação dos Espíritos na vida dos encarnados, com várias descrições de ações do Senhor Jesus interrompendo litígios de variados tipos entre desencarnados e encarnados.
Em meio ao século dezenove o eminente educador francês Hipólito Leon Denizard Rivail tomou contato com fenômenos extraordinários que se davam em salões da sociedade parisiense e tomando a decisão de estudá-los chegou, pelas vias da experiência e racionalidade, à conclusão que os fenômenos eram provocados pelos Espíritos, e com eles iniciaram-se os diálogos que resultaram no corpo da Doutrina Espírita.
Declara o educador, agora com o pseudônimo de Allan Kardec:
“Os seres que se comunicam designam-se, a si mesmos, como o dissemos, sob o nome de Espíritos ou de Gênios, tendo pertencido, pelo menos alguns, a homens que viveram na Terra. Eles constituem o mundo espiritual, como nós constituímos, durante nossa vida, o mundo corporal”.
Continua Kardec:
“O Espírito não é, portanto, um ser abstrato, indefinido, que somente o pensamento pode conceber; é um ser real, definido, que, em alguns casos, pode ser reconhecido, avaliado pelos sentidos da visão, da audição e do tato.”
Sendo as almas daqueles que aqui viveram, carregam consigo as características que desenvolveram, por isso naturalmente diferentes entre si, como são os encarnados, mas também como entre nós, vinculados à Lei do Progresso. Daí a necessidade da reencarnação.
Esclarece Kardec:
“Os Espíritos não pertencem perpetuamente à mesma ordem. Todos melhoram ao passar pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esse progresso ocorre pela encarnação, que é imposta a alguns como expiação e a outros como missão. A vida material é uma prova que devem suportar várias vezes, até que tenham atingido a perfeição absoluta.
É uma espécie de exame severo ou de depuração, de onde saem mais ou menos purificados.”
Os Bons Espíritos representam a Providência Divina junto aos encarnados, protegendo-os e instruindo-os, para que aproveitem o máximo das possibilidades de progresso moral, e os Maus Espíritos, que o são por opção pessoal, ao contrário, procuram induzir os encarnados ao erro, pelos mais diversos motivos, tanto quanto buscam arrastá-los e mantê-los na viciação, qualquer que seja ela.
Em O Livro dos Espíritos os Espíritos Superiores nos esclarecem dizendo que “os Espíritos veem tudo o que fazemos, porque nos rodeiam incessantemente, mas cada um vê apenas as coisas sobre as quais dirige sua atenção”, e que podem “conhecer nossos mais secretos pensamentos e, frequentemente, conhecem o que gostaríeis de esconder de vós mesmos. Nem atos, nem pensamentos lhes podem ser ocultados”, e por isso “os Espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações e sua influência é maior do que podeis imaginar. Muitas vezes são eles que vos dirigem”.
Entretanto, “pode o homem se libertar da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal porque apenas se ligam àqueles que os solicitam por seus desejos ou os atraem pelos seus pensamentos”, e se “pode neutralizar a influência dos maus Espíritos fazendo o bem e colocando toda a confiança em Deus”. Com isso se “repele a influência dos Espíritos inferiores e anulais o domínio que querem ter sobre vós”.
Aconselham ainda não “escutar as sugestões dos Espíritos que vos inspiram maus pensamentos, sopram a discórdia e excitam todas as más paixões. Desconfiai, especialmente, daqueles que exaltam o vosso orgulho, porque vos conquistam pela fraqueza. Eis por que Jesus nos ensinou a dizer na oração dominical: Senhor, não nos deixe cair em tentação, mas livrai-nos do mal”!
É nesse sentido que se deve entender a orientação “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação” dada por Jesus, que o evangelista Mateus anotou no versículo quarenta e um do capítulo vinte e seis de seu Evangelho.
Há muito mais a ser estudado na Doutrina Espírita sobre esse tema, incluindo os casos de influência e perseguição motivadas por vingança por parte de Espíritos desencarnados, que não conseguindo perdoar perseguem o encarnado que o vitimou no passado, mas para este pequeno ensaio é o suficiente para entendermos que são nossos valores morais que dão sustentação aos nossos pensamentos, vontades e ações, que atraem os Espíritos para junto de nós, sejam eles bons ou maus.
Convidamos os caros leitores a esse estudo através da literatura espírita, como também das palestras públicas e reuniões de estudos que os Centros Espíritas realizam no dia a dia.
Reafirmamos, por último, que é pela superioridade moral, pela prece, prática do bem e eliminação dos vícios, que se consegue se defender dos Espíritos inferiores, educando-os, ou afastando-os, ensinam os Superiores, porque o resto é medida paliativa que tende a piorar a situação em maior ou menor tempo.
Pensemos nisso.
Antônio Carlos Navarro
A Bíblia atesta a influência e participação dos Espíritos na vida dos encarnados, com várias descrições de ações do Senhor Jesus interrompendo litígios de variados tipos entre desencarnados e encarnados.
Em meio ao século dezenove o eminente educador francês Hipólito Leon Denizard Rivail tomou contato com fenômenos extraordinários que se davam em salões da sociedade parisiense e tomando a decisão de estudá-los chegou, pelas vias da experiência e racionalidade, à conclusão que os fenômenos eram provocados pelos Espíritos, e com eles iniciaram-se os diálogos que resultaram no corpo da Doutrina Espírita.
Declara o educador, agora com o pseudônimo de Allan Kardec:
“Os seres que se comunicam designam-se, a si mesmos, como o dissemos, sob o nome de Espíritos ou de Gênios, tendo pertencido, pelo menos alguns, a homens que viveram na Terra. Eles constituem o mundo espiritual, como nós constituímos, durante nossa vida, o mundo corporal”.
Continua Kardec:
“O Espírito não é, portanto, um ser abstrato, indefinido, que somente o pensamento pode conceber; é um ser real, definido, que, em alguns casos, pode ser reconhecido, avaliado pelos sentidos da visão, da audição e do tato.”
Sendo as almas daqueles que aqui viveram, carregam consigo as características que desenvolveram, por isso naturalmente diferentes entre si, como são os encarnados, mas também como entre nós, vinculados à Lei do Progresso. Daí a necessidade da reencarnação.
Esclarece Kardec:
“Os Espíritos não pertencem perpetuamente à mesma ordem. Todos melhoram ao passar pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esse progresso ocorre pela encarnação, que é imposta a alguns como expiação e a outros como missão. A vida material é uma prova que devem suportar várias vezes, até que tenham atingido a perfeição absoluta.
É uma espécie de exame severo ou de depuração, de onde saem mais ou menos purificados.”
Os Bons Espíritos representam a Providência Divina junto aos encarnados, protegendo-os e instruindo-os, para que aproveitem o máximo das possibilidades de progresso moral, e os Maus Espíritos, que o são por opção pessoal, ao contrário, procuram induzir os encarnados ao erro, pelos mais diversos motivos, tanto quanto buscam arrastá-los e mantê-los na viciação, qualquer que seja ela.
Em O Livro dos Espíritos os Espíritos Superiores nos esclarecem dizendo que “os Espíritos veem tudo o que fazemos, porque nos rodeiam incessantemente, mas cada um vê apenas as coisas sobre as quais dirige sua atenção”, e que podem “conhecer nossos mais secretos pensamentos e, frequentemente, conhecem o que gostaríeis de esconder de vós mesmos. Nem atos, nem pensamentos lhes podem ser ocultados”, e por isso “os Espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações e sua influência é maior do que podeis imaginar. Muitas vezes são eles que vos dirigem”.
Entretanto, “pode o homem se libertar da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal porque apenas se ligam àqueles que os solicitam por seus desejos ou os atraem pelos seus pensamentos”, e se “pode neutralizar a influência dos maus Espíritos fazendo o bem e colocando toda a confiança em Deus”. Com isso se “repele a influência dos Espíritos inferiores e anulais o domínio que querem ter sobre vós”.
Aconselham ainda não “escutar as sugestões dos Espíritos que vos inspiram maus pensamentos, sopram a discórdia e excitam todas as más paixões. Desconfiai, especialmente, daqueles que exaltam o vosso orgulho, porque vos conquistam pela fraqueza. Eis por que Jesus nos ensinou a dizer na oração dominical: Senhor, não nos deixe cair em tentação, mas livrai-nos do mal”!
É nesse sentido que se deve entender a orientação “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação” dada por Jesus, que o evangelista Mateus anotou no versículo quarenta e um do capítulo vinte e seis de seu Evangelho.
Há muito mais a ser estudado na Doutrina Espírita sobre esse tema, incluindo os casos de influência e perseguição motivadas por vingança por parte de Espíritos desencarnados, que não conseguindo perdoar perseguem o encarnado que o vitimou no passado, mas para este pequeno ensaio é o suficiente para entendermos que são nossos valores morais que dão sustentação aos nossos pensamentos, vontades e ações, que atraem os Espíritos para junto de nós, sejam eles bons ou maus.
Convidamos os caros leitores a esse estudo através da literatura espírita, como também das palestras públicas e reuniões de estudos que os Centros Espíritas realizam no dia a dia.
Reafirmamos, por último, que é pela superioridade moral, pela prece, prática do bem e eliminação dos vícios, que se consegue se defender dos Espíritos inferiores, educando-os, ou afastando-os, ensinam os Superiores, porque o resto é medida paliativa que tende a piorar a situação em maior ou menor tempo.
Pensemos nisso.
Antônio Carlos Navarro
Adolescente Diante da Família
Incontestavelmente, o lar é o melhor educandário, o mais eficiente,
porque as lições aí ministradas são vivas e impressionáveis, carregadas
de emoção e força. A família, por isso mesmo, é o conjunto de seres que
se unem pela consangüinidade para um empreendimento superior, no qual
são investidos valores inestimáveis que se conjugam em prol dos
resultados felizes que devem ser conseguidos ao largo dos anos, graças
ao relacionamento entre pais e filhos, irmãos e parentes.
Nem sempre, porém, a família é constituída por Espíritos afins, afetivos, compreensivos e fraternos.
Na maioria das vezes a família é formada para auxiliar os equivocados a se recuperarem dos erros morais, a repararem danos que forem causados em outras tentativas nas quais malograram.
Assim, pois, há famílias-bênção e famílias-provação. As primeiras são aquelas que reúnem os Espíritos que se identificam nos ideais do lar, na compreensão dos deveres, na busca do crescimento moral, beneficiando-se pela harmonia freqüente e pela fraternidade habitual. As outras são caracterizadas pelos conflitos que se apresentam desde cedo, nas animosidades entre os seus membros, nas disputas alucinadas, nos conflitos contínuos, nas revoltas sem descanso.
Amantes que se corromperam, e se abandonaram, renascem na condição de pais e filhos, a fim de alterarem um comportamento afetivo e sublimarem as aspirações; inimigos que se atiraram em duelos políticos, religiosos, afetivos, esgrimindo armas e ferindo-se, matando-se, retornam quase sempre na mesma consangüinidade, a fim de superarem as antipatias remanescentes; traidores de ontem agora se refugiam ao lado das vítimas para conseguirem o seu perdão, vestindo a indumentária do parentesco próximo, porque ninguém foge dos seus atos. Onde vai o ser, defronta-se com a sua realidade que se pode apresentar alterada, porém, no âmago, é ele próprio.
A família, desse modo, é o laboratório moral para as experiências da evolução, que caldeia os sentimentos e trabalha as emoções, proporcionando oportunidade de equilíbrio, desde que o amor seja aceito como o grande equacionador dos desafios e das dificuldades.
Invariavelmente, por falta de estrutura espiritual e desconhecimento da Lei das reencarnações, as pessoas que se reencontram na família, quase sempre, dão vazão aos seus sentimentos e, ao invés de retificar os negativos, mais os fixam nos painéis do inconsciente, gerando novas aversões que complicam o quadro do relacionamento fraternal.
Às vezes, a afetividade como a animosidade são detectadas desde o período da gestação, predispondo os pais à aceitação ou à rejeição do ser em formação, que lhes ouve as expressões de carinho ou lhes sente as vibrações inamistosas, que se irão converter em conflitos psicológicos na infância e na adolescência, gerando distúrbios para toda a existência porvindoura.
Renasce-se, portanto, no lar, na família de que se tem necessidade, e nem sempre naquela que se gostaria ou que se merece, a fim de progredir e limar as imperfeições com o buril da fraternidade que a convivência propicia e dignifica.
Em razão disso, o adolescente experimenta na família esses choques emocionais ou se sente atraído pelas vibrações positivas, de acordo com os vínculos anteriores que mantém com o grupo no qual se encontra comprometido. Essa aceitação ou repulsão irá afetar de maneira muito significativa o seu comportamento atual, exigindo, quando negativa, terapia especializada e grande esforço do paciente, a fim de ajustar-se à sociedade, que lhe parecerá sempre um reflexo do que viveu no ninho doméstico,
A família equilibrada, isto é, estruturada com respeito e amor, é fundamental para uma sociedade justa e feliz. No entanto, a família começa quando os parceiros se resolvem unir sexualmente, amparados ou não pelo beneplácito das Leis que regem as Nações, respeitando-se mutuamente e compreendendo que, a partir do momento em que nascem os filhos, uma grande, profunda e significativa modificação se deverá dar na estrutura do relacionamento, que agora terá como meta a harmonia e a felicidade do grupo, longe do egoísmo e do interesse imediatista de cada qual.
Infelizmente, não é o que ocorre, e disso resulta uma sociedade juvenil desorganizada, revoltada, agressiva, desinteressada, cínica ou depressiva, deambulando pelos rumos torpes das drogas, da violência, do crime, do desvario sexual...
Os pais devem unir-se, mesmo quando em dificuldade no relacionamento pessoal, a fim de oferecerem segurança psicológica e física à progênie.
Essa tarefa desafiadora é de grande valia para o conjunto social, mas não tem sido exercida com a elevação que exige, em razão da imaturidade dos indivíduos que se buscam para os prazeres, nos quais há uma predominância marcante de egoísmo, com altas doses de insensatez, desamor e apatia de um pelo outro ser com quem se vive, quando as ocorrências não lhes parecem agradáveis ou interessantes.
Os divórcios e as separações, legais ou não, enxameiam, multiplicam-se em altas estatísticas de indiferença pela família, produzindo as tristes gerações dos órfãos de pais vivos e desinteressados, agravando a economia moral da sociedade, que lhes sofre o dano do desequilíbrio crescente.
O adolescente, em um lar desajustado, naturalmente experimenta as conseqüências nefastas dos fenômenos de agressividade e luta que ali têm lugar, escondendo as próprias emoções ou dando-lhes largas nos vícios, a fim de sobreviver, carregado de amargura e asfixiado pelo desamor.
Apesar dessa situação, cabe ao adolescente em formação de personalidade, compreender a conjuntura na qual se encontra localizado, aceitando o desafio e compadecendo-se dos genitores e demais familiares envolvidos na luta infeliz, como sendo seres enfermos, que estão longe da cura ou se negam a terapia da transformação moral.
É, sem dúvida, o mais pesado desafio que enfrenta o jovem, pagar esse elevado ônus, que é entender aqueles que deveriam fazê-lo, ajudar aqueles que, mais velhos e, portanto, mais experientes, tinham por tarefa compreendê-lo e orientá-lo.
O lar é o grande formador do caráter do educando. Muitas vezes, no entanto, lares infelizes, nos quais as pugnas por nonadas se fazem cruentas e constantes, não chegam a perturbar adolescentes equilibrados, porque são Espíritos saudáveis e ali se encontram para resgatar, mas também para educar os pais, servir de exemplo para os irmãos e demais familiares. Não seja, pois, de estranhar, os exemplos históricos de homens e mulheres notáveis que nasceram em lares modestos, em meios agressivos, em famílias degeneradas, e superaram os limites, as dificuldades impostas, conseguindo atingir as metas para as quais reencarnaram.
Quando o espírito da dignidade humana viger nos adultos, que se facultarão amadurecer os compromissos da progenitura, haverá uma mudança radical nas paisagens da família, iniciando-se a época da verdadeira fraternidade.
Quando o sexo for exercido com responsabilidade e não agressivamente, quando os indivíduos compreenderem que o prazer cobra um preço, e este, na união sexual, mesmo com os cuidados dos preservativos, é a fecundação, haverá uma mudança real no comportamento geral, abrindo espaço para a adolescência bem orientada na família em equilíbrio.
Seja, porém, qual for o lar no qual se encontre o adolescente, terá ele campo para a compreensão da fragilidade dos pais e dos irmãos, para avaliação dos seus méritos. Se não for compreendido ou amado, esforce-se para amar e compreender, tendo em vista que é devedor dos genitores, que poderiam haver interrompido a gravidez, e, no entanto, não o fizeram.
Assim, o adolescente tem, para com a família, uma dívida de carinho, mesmo quando essa não se dê conta do imenso débito que tem para com o jovem em formação. Nesse tentame, o de compreender e desculpar, orando, o adolescente contará com o auxílio divino que nunca falta e a proteção dos seus Guias Espirituais, que são responsáveis pela sua nova experiência reencarnatória.
Divaldo Pereira. Adolescência e Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL
Nem sempre, porém, a família é constituída por Espíritos afins, afetivos, compreensivos e fraternos.
Na maioria das vezes a família é formada para auxiliar os equivocados a se recuperarem dos erros morais, a repararem danos que forem causados em outras tentativas nas quais malograram.
Assim, pois, há famílias-bênção e famílias-provação. As primeiras são aquelas que reúnem os Espíritos que se identificam nos ideais do lar, na compreensão dos deveres, na busca do crescimento moral, beneficiando-se pela harmonia freqüente e pela fraternidade habitual. As outras são caracterizadas pelos conflitos que se apresentam desde cedo, nas animosidades entre os seus membros, nas disputas alucinadas, nos conflitos contínuos, nas revoltas sem descanso.
Amantes que se corromperam, e se abandonaram, renascem na condição de pais e filhos, a fim de alterarem um comportamento afetivo e sublimarem as aspirações; inimigos que se atiraram em duelos políticos, religiosos, afetivos, esgrimindo armas e ferindo-se, matando-se, retornam quase sempre na mesma consangüinidade, a fim de superarem as antipatias remanescentes; traidores de ontem agora se refugiam ao lado das vítimas para conseguirem o seu perdão, vestindo a indumentária do parentesco próximo, porque ninguém foge dos seus atos. Onde vai o ser, defronta-se com a sua realidade que se pode apresentar alterada, porém, no âmago, é ele próprio.
A família, desse modo, é o laboratório moral para as experiências da evolução, que caldeia os sentimentos e trabalha as emoções, proporcionando oportunidade de equilíbrio, desde que o amor seja aceito como o grande equacionador dos desafios e das dificuldades.
Invariavelmente, por falta de estrutura espiritual e desconhecimento da Lei das reencarnações, as pessoas que se reencontram na família, quase sempre, dão vazão aos seus sentimentos e, ao invés de retificar os negativos, mais os fixam nos painéis do inconsciente, gerando novas aversões que complicam o quadro do relacionamento fraternal.
Às vezes, a afetividade como a animosidade são detectadas desde o período da gestação, predispondo os pais à aceitação ou à rejeição do ser em formação, que lhes ouve as expressões de carinho ou lhes sente as vibrações inamistosas, que se irão converter em conflitos psicológicos na infância e na adolescência, gerando distúrbios para toda a existência porvindoura.
Renasce-se, portanto, no lar, na família de que se tem necessidade, e nem sempre naquela que se gostaria ou que se merece, a fim de progredir e limar as imperfeições com o buril da fraternidade que a convivência propicia e dignifica.
Em razão disso, o adolescente experimenta na família esses choques emocionais ou se sente atraído pelas vibrações positivas, de acordo com os vínculos anteriores que mantém com o grupo no qual se encontra comprometido. Essa aceitação ou repulsão irá afetar de maneira muito significativa o seu comportamento atual, exigindo, quando negativa, terapia especializada e grande esforço do paciente, a fim de ajustar-se à sociedade, que lhe parecerá sempre um reflexo do que viveu no ninho doméstico,
A família equilibrada, isto é, estruturada com respeito e amor, é fundamental para uma sociedade justa e feliz. No entanto, a família começa quando os parceiros se resolvem unir sexualmente, amparados ou não pelo beneplácito das Leis que regem as Nações, respeitando-se mutuamente e compreendendo que, a partir do momento em que nascem os filhos, uma grande, profunda e significativa modificação se deverá dar na estrutura do relacionamento, que agora terá como meta a harmonia e a felicidade do grupo, longe do egoísmo e do interesse imediatista de cada qual.
Infelizmente, não é o que ocorre, e disso resulta uma sociedade juvenil desorganizada, revoltada, agressiva, desinteressada, cínica ou depressiva, deambulando pelos rumos torpes das drogas, da violência, do crime, do desvario sexual...
Os pais devem unir-se, mesmo quando em dificuldade no relacionamento pessoal, a fim de oferecerem segurança psicológica e física à progênie.
Essa tarefa desafiadora é de grande valia para o conjunto social, mas não tem sido exercida com a elevação que exige, em razão da imaturidade dos indivíduos que se buscam para os prazeres, nos quais há uma predominância marcante de egoísmo, com altas doses de insensatez, desamor e apatia de um pelo outro ser com quem se vive, quando as ocorrências não lhes parecem agradáveis ou interessantes.
Os divórcios e as separações, legais ou não, enxameiam, multiplicam-se em altas estatísticas de indiferença pela família, produzindo as tristes gerações dos órfãos de pais vivos e desinteressados, agravando a economia moral da sociedade, que lhes sofre o dano do desequilíbrio crescente.
O adolescente, em um lar desajustado, naturalmente experimenta as conseqüências nefastas dos fenômenos de agressividade e luta que ali têm lugar, escondendo as próprias emoções ou dando-lhes largas nos vícios, a fim de sobreviver, carregado de amargura e asfixiado pelo desamor.
Apesar dessa situação, cabe ao adolescente em formação de personalidade, compreender a conjuntura na qual se encontra localizado, aceitando o desafio e compadecendo-se dos genitores e demais familiares envolvidos na luta infeliz, como sendo seres enfermos, que estão longe da cura ou se negam a terapia da transformação moral.
É, sem dúvida, o mais pesado desafio que enfrenta o jovem, pagar esse elevado ônus, que é entender aqueles que deveriam fazê-lo, ajudar aqueles que, mais velhos e, portanto, mais experientes, tinham por tarefa compreendê-lo e orientá-lo.
O lar é o grande formador do caráter do educando. Muitas vezes, no entanto, lares infelizes, nos quais as pugnas por nonadas se fazem cruentas e constantes, não chegam a perturbar adolescentes equilibrados, porque são Espíritos saudáveis e ali se encontram para resgatar, mas também para educar os pais, servir de exemplo para os irmãos e demais familiares. Não seja, pois, de estranhar, os exemplos históricos de homens e mulheres notáveis que nasceram em lares modestos, em meios agressivos, em famílias degeneradas, e superaram os limites, as dificuldades impostas, conseguindo atingir as metas para as quais reencarnaram.
Quando o espírito da dignidade humana viger nos adultos, que se facultarão amadurecer os compromissos da progenitura, haverá uma mudança radical nas paisagens da família, iniciando-se a época da verdadeira fraternidade.
Quando o sexo for exercido com responsabilidade e não agressivamente, quando os indivíduos compreenderem que o prazer cobra um preço, e este, na união sexual, mesmo com os cuidados dos preservativos, é a fecundação, haverá uma mudança real no comportamento geral, abrindo espaço para a adolescência bem orientada na família em equilíbrio.
Seja, porém, qual for o lar no qual se encontre o adolescente, terá ele campo para a compreensão da fragilidade dos pais e dos irmãos, para avaliação dos seus méritos. Se não for compreendido ou amado, esforce-se para amar e compreender, tendo em vista que é devedor dos genitores, que poderiam haver interrompido a gravidez, e, no entanto, não o fizeram.
Assim, o adolescente tem, para com a família, uma dívida de carinho, mesmo quando essa não se dê conta do imenso débito que tem para com o jovem em formação. Nesse tentame, o de compreender e desculpar, orando, o adolescente contará com o auxílio divino que nunca falta e a proteção dos seus Guias Espirituais, que são responsáveis pela sua nova experiência reencarnatória.
Divaldo Pereira. Adolescência e Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL
Adolescentes que “casam” e ou engravidam precocemente (Jorge Hessen)
Adolescentes que “casam” e ou engravidam precocemente (Jorge Hessen)
Estreando mais cedo na prática sexual e estando mais suscetíveis às influências dos adultos, as adolescentes são vítimas das induções psicológicas da sociedade. Dados do Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, os últimos disponíveis, indicam que 877 mil mulheres que têm hoje entre 20 e 24 anos se “casaram” quando tinham até 15.
Segundo estudo realizado pelo Instituto Promundo entre 2013 e 2015, Maranhão e Pará são os Estados com maior prevalência de “uniões” precoces. O levantamento mostra que as meninas se “casam” e têm o primeiro filho, em média, aos 15 anos. A pesquisa atribui o “casamento” infantil a três principais causas.
A primeira é vulnerabilidade das comunidades, caracterizada por baixos níveis de escolaridade e infraestrutura, e fraca presença do Estado. Em segundo lugar, as adolescentes querem sair da casa dos pais porque desejam começar a namorar e, por isso, veem no “casamento” uma forma de fuga das proibições dos pais. A terceira causa é a fragilidade das estruturas familiares, que leva as meninas a buscar estabilidade e segurança fora de casa.
A ânsia por liberdade, a desestrutura familiar e a vulnerabilidade das comunidades atingem também os grandes centros urbanos, especialmente a periferia das cidades. É o retrato de um Brasil sacudido por uma violenta crise ética, alimentada pela petulância e cinismo presentes nalguns juízes do ineficaz STF (nossa suprema corte de justiça)e da desonestidade de políticos que deveriam dar exemplo de integridade moral e honradez.
A responsabilidade também pode ser compartilhada com o povo, com os governantes, com os formadores de opinião e pais de família, que, num exercício de anticidadania, aceitam que uma nação além de corrupta ainda seja definida no exterior como o poleiro do sexo fácil, barato, descartável. É triste, para não dizer trágico, ver o Brasil ser citado como um paraíso cultural de promiscuidade, corrupção , um oásis excitante para os turistas que querem satisfazer suas taras e fantasias sexuais com crianças e adolescentes conterrâneos.
A juventude está atônita, sem alicerces morais intensos, ofuscada, com influências extremamente sensualistas. Nas crônicas históricas, jamais um jovem teve contato tão aberto com mensagens erotizantes, como nos dias atuais, graças à Internet. Esse trágico quadro moral nos remete à filosofia do prazer que impulsiona a recondução do adolescente à era das cavernas, fazendo-o mergulhar nos subterrâneos das orgias e, aí, entregando-se à fuga da consciência e do raciocínio, pela busca do deleite alucinado pelo prazer imediato do sexo.
No Sudeste brasileiro há casos em que meninas de 10 a 12 anos, frequentadoras dos típicos bailes (funk e análogos) engravidam. No Nordeste há diversos casos de aliciamento de menores, muitas vezes abusadas pelos próprios pais. Cada vez mais cedo, e com maior magnitude, as excitações da criança e do adolescente germinam adicionadas pelos diversos e desencontrados apelos das revistas libertinas, da mídia eletrônica, das drogas, do consumismo impulsivo, do mau gosto comportamental, da banalidade exibida e outras tantas extravagâncias, como espelhos claros de pais que relaxam em demorar-se à frente da educação dos próprios filhos.
Uma adolescente que “casa” e ou engravida precocemente é, sem dúvida, uma pessoa cujos direitos foram violados e cujo futuro fica comprometido. O “casamento” e ou gravidez precoce ecoa a indigência e a repressão de cúmplices (família e comunidade). Não obstante esse caótico cenário há muitas adolescentes que têm atividade religiosa oferecendo um conjunto de valores morais que as encoraja a desenvolver comportamento sexual equilibrado.
De ordinário, uma adolescente evangelizada, fiel ao recado de Jesus (independente do rótulo religioso que abrace), é, quase sempre, bastante rígida no que diz respeito à constituição familiar e abstenção da prática sexual pré-marital.
Lembremos que pais equilibrados produzem lares equilibrados; lares equilibrados resultam em filhos equilibrados, mesmo que resvalem em algumas compreensíveis e pequenas falhas humanas.
Estreando mais cedo na prática sexual e estando mais suscetíveis às influências dos adultos, as adolescentes são vítimas das induções psicológicas da sociedade. Dados do Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, os últimos disponíveis, indicam que 877 mil mulheres que têm hoje entre 20 e 24 anos se “casaram” quando tinham até 15.
Segundo estudo realizado pelo Instituto Promundo entre 2013 e 2015, Maranhão e Pará são os Estados com maior prevalência de “uniões” precoces. O levantamento mostra que as meninas se “casam” e têm o primeiro filho, em média, aos 15 anos. A pesquisa atribui o “casamento” infantil a três principais causas.
A primeira é vulnerabilidade das comunidades, caracterizada por baixos níveis de escolaridade e infraestrutura, e fraca presença do Estado. Em segundo lugar, as adolescentes querem sair da casa dos pais porque desejam começar a namorar e, por isso, veem no “casamento” uma forma de fuga das proibições dos pais. A terceira causa é a fragilidade das estruturas familiares, que leva as meninas a buscar estabilidade e segurança fora de casa.
A ânsia por liberdade, a desestrutura familiar e a vulnerabilidade das comunidades atingem também os grandes centros urbanos, especialmente a periferia das cidades. É o retrato de um Brasil sacudido por uma violenta crise ética, alimentada pela petulância e cinismo presentes nalguns juízes do ineficaz STF (nossa suprema corte de justiça)e da desonestidade de políticos que deveriam dar exemplo de integridade moral e honradez.
A responsabilidade também pode ser compartilhada com o povo, com os governantes, com os formadores de opinião e pais de família, que, num exercício de anticidadania, aceitam que uma nação além de corrupta ainda seja definida no exterior como o poleiro do sexo fácil, barato, descartável. É triste, para não dizer trágico, ver o Brasil ser citado como um paraíso cultural de promiscuidade, corrupção , um oásis excitante para os turistas que querem satisfazer suas taras e fantasias sexuais com crianças e adolescentes conterrâneos.
A juventude está atônita, sem alicerces morais intensos, ofuscada, com influências extremamente sensualistas. Nas crônicas históricas, jamais um jovem teve contato tão aberto com mensagens erotizantes, como nos dias atuais, graças à Internet. Esse trágico quadro moral nos remete à filosofia do prazer que impulsiona a recondução do adolescente à era das cavernas, fazendo-o mergulhar nos subterrâneos das orgias e, aí, entregando-se à fuga da consciência e do raciocínio, pela busca do deleite alucinado pelo prazer imediato do sexo.
No Sudeste brasileiro há casos em que meninas de 10 a 12 anos, frequentadoras dos típicos bailes (funk e análogos) engravidam. No Nordeste há diversos casos de aliciamento de menores, muitas vezes abusadas pelos próprios pais. Cada vez mais cedo, e com maior magnitude, as excitações da criança e do adolescente germinam adicionadas pelos diversos e desencontrados apelos das revistas libertinas, da mídia eletrônica, das drogas, do consumismo impulsivo, do mau gosto comportamental, da banalidade exibida e outras tantas extravagâncias, como espelhos claros de pais que relaxam em demorar-se à frente da educação dos próprios filhos.
Uma adolescente que “casa” e ou engravida precocemente é, sem dúvida, uma pessoa cujos direitos foram violados e cujo futuro fica comprometido. O “casamento” e ou gravidez precoce ecoa a indigência e a repressão de cúmplices (família e comunidade). Não obstante esse caótico cenário há muitas adolescentes que têm atividade religiosa oferecendo um conjunto de valores morais que as encoraja a desenvolver comportamento sexual equilibrado.
De ordinário, uma adolescente evangelizada, fiel ao recado de Jesus (independente do rótulo religioso que abrace), é, quase sempre, bastante rígida no que diz respeito à constituição familiar e abstenção da prática sexual pré-marital.
Lembremos que pais equilibrados produzem lares equilibrados; lares equilibrados resultam em filhos equilibrados, mesmo que resvalem em algumas compreensíveis e pequenas falhas humanas.
OBSESSÃO DE ENCARNADO PARA DESENCARNADO
Este tipo de obsessão muitas das vezes está ligada às expressões de
amor egoísta e possessivo daqueles que ainda estão encarnados e que se
ficam mentalmente naqueles que desencarnaram. E esses pensamentos de
dor, revolta, desequilíbrio acabam não permitindo que o desencarnado
alcance o equilíbrio para enfrentar a nova situação.
Por exemplo, a perda de um ente querido (um filho) pode desencadear a inconformação e o desespero e isso pode se transformar em obsessão que pode atormentá-lo.
Por exemplo, a perda de um ente querido (um filho) pode desencadear a inconformação e o desespero e isso pode se transformar em obsessão que pode atormentá-lo.
Outro exemplo é a questão da briga de herdeiros pela herança. Muitos
inconformados com as determinações do desencarnado se fixam mentalmente
neles e passam os pensamentos de ódio e rancor.
E ainda, a inconformação pelo retorno ao plano espiritual, a saudade ou a tristeza são fatores capazes de manter prisioneiro o desencarnado.
*Site Boa Nova
E ainda, a inconformação pelo retorno ao plano espiritual, a saudade ou a tristeza são fatores capazes de manter prisioneiro o desencarnado.
*Site Boa Nova
COMO O ESPIRITISMO ENCARA OS TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS?
O assunto não foi, evidentemente, tratado por Kardec, mas o Dr. Jorge
Andréa, no seu livro Psicologia Espírita, págs. 42 e 43, examinando o
tema, assevera que não há nenhuma dúvida de que, nas condições atuais da
vida em que nos encontramos, os transplantes devem ser utilizados.
“A conquista da ciência é força cósmica positiva que não deve ser relegada a posição secundária por pieguismos religiosos. Por isso, chegará o dia em que poderemos avaliar até que ponto as influências espirituais se encontram nesses mecanismos, a fim de que as intervenções sejam coroadas de êxito e pleno entendimento”.
Perguntaram a Chico Xavier se os Espíritos consideram os transplantes de órgãos prática contrária às leis naturais.
Chico respondeu: “Não. Eles dizem que assim como nós aproveitamos uma peça de roupa que não tem utilidade para determinado amigo, e esse amigo, considerando a nossa penúria material, nos cede essa peça de roupa, é muito natural, aos nos desvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com segurança e proveito”.
Todos podemos doar nossos órgãos ou há casos em que isso não se recomenda?
É claro que todos podemos.
A extração de um órgão não produz reflexos traumatizantes no perispírito do doador.
O que lesa o perispírito, que é nosso corpo espiritual, são as atitudes incorretas perpetradas pelo indivíduo, e não o que é feito a ele ou ao seu corpo por outras pessoas.
Além disso, o doador desencarnado é, muitas vezes, beneficiado pelas preces e pelas vibrações de gratidão e carinho por parte do receptor e de sua família.
A integridade, pois, do perispírito está intimamente relacionada com a vida que levamos e não com o tipo de morte que sofremos ou com a destinação de nossos despojos.
Há casos, no entanto, que a doação ou a extração de órgãos não se recomenda.
No dia 6 de fevereiro de 1996, atendemos um Espírito em sofrimento, que recebera o coração de um jovem morto num acidente, o qual, sem haver compreendido que desencarnara, o atormentava no plano espiritual, reclamando o coração de volta.
Curiosamente, o Espírito que recebera o órgão sabia estar desencarnado e lembrava até haver doado as córneas a outra pessoa.
Indagaram a Chico Xavier: “Chico, você acha que o espírita deve doar as suas córneas? Não haveria nesse caso repercussões para o lado do perispírito, uma vez que elas devem ser retiradas momentos após a desencarnação do indivíduo?”.
Respondeu o bondoso médium mineiro (“Folha Espírita”, nov/82, apud “Chico, de Francisco”, pág. 84):
“Sempre que a pessoa cultive desinteresse absoluto em tudo aquilo que ela cede para alguém, sem perguntar ao beneficiado o que fez da dádiva recebida, sem desejar qualquer remuneração, nem mesmo aquela que a pessoa humana habitualmente espera com o nome de compreensão, sem aguardar gratidão alguma, isto é, se a pessoa chegou a um ponto de evolução em que a noção de posse não mais a preocupa, esta criatura está em condições de dar, porque não vai afetar o perispírito em coisa alguma.
No caso contrário, se a pessoa se sente prejudicada por isso ou por aquilo no curso da vida, ou tenha receio de perder utilidades que julga pertencer-lhe, esta criatura traz a mente vinculada ao apego a determinadas vantagens da existência e com certeza, após a morte do corpo, se inclinará para reclamações descabidas, gerando perturbação em seu próprio campo íntimo. Se a pessoa tiver qualquer apego à posse, inclusive dos objetos, das propriedades, dos afetos, ela não deve dar, porque ela se perturbará”.
Anos depois dessa resposta, registrou-se o caso Wladimir, o jovem suicida que foi aliviado em seus sofrimentos post-mortem graças às preces decorrentes da doação de córneas por ele feita, mostrando que, mesmo em mortes traumáticas como essa, a caridade da doação, quando praticada pelo próprio desencarnante, é largamente compensada pelas leis de Deus.
(O caso Wladimir é narrado no livro “Quem tem medo da morte?”, de Richard Simonetti.)
Do site “O Consolador” - Estudos Espíritas
“A conquista da ciência é força cósmica positiva que não deve ser relegada a posição secundária por pieguismos religiosos. Por isso, chegará o dia em que poderemos avaliar até que ponto as influências espirituais se encontram nesses mecanismos, a fim de que as intervenções sejam coroadas de êxito e pleno entendimento”.
Perguntaram a Chico Xavier se os Espíritos consideram os transplantes de órgãos prática contrária às leis naturais.
Chico respondeu: “Não. Eles dizem que assim como nós aproveitamos uma peça de roupa que não tem utilidade para determinado amigo, e esse amigo, considerando a nossa penúria material, nos cede essa peça de roupa, é muito natural, aos nos desvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com segurança e proveito”.
Todos podemos doar nossos órgãos ou há casos em que isso não se recomenda?
É claro que todos podemos.
A extração de um órgão não produz reflexos traumatizantes no perispírito do doador.
O que lesa o perispírito, que é nosso corpo espiritual, são as atitudes incorretas perpetradas pelo indivíduo, e não o que é feito a ele ou ao seu corpo por outras pessoas.
Além disso, o doador desencarnado é, muitas vezes, beneficiado pelas preces e pelas vibrações de gratidão e carinho por parte do receptor e de sua família.
A integridade, pois, do perispírito está intimamente relacionada com a vida que levamos e não com o tipo de morte que sofremos ou com a destinação de nossos despojos.
Há casos, no entanto, que a doação ou a extração de órgãos não se recomenda.
No dia 6 de fevereiro de 1996, atendemos um Espírito em sofrimento, que recebera o coração de um jovem morto num acidente, o qual, sem haver compreendido que desencarnara, o atormentava no plano espiritual, reclamando o coração de volta.
Curiosamente, o Espírito que recebera o órgão sabia estar desencarnado e lembrava até haver doado as córneas a outra pessoa.
Indagaram a Chico Xavier: “Chico, você acha que o espírita deve doar as suas córneas? Não haveria nesse caso repercussões para o lado do perispírito, uma vez que elas devem ser retiradas momentos após a desencarnação do indivíduo?”.
Respondeu o bondoso médium mineiro (“Folha Espírita”, nov/82, apud “Chico, de Francisco”, pág. 84):
“Sempre que a pessoa cultive desinteresse absoluto em tudo aquilo que ela cede para alguém, sem perguntar ao beneficiado o que fez da dádiva recebida, sem desejar qualquer remuneração, nem mesmo aquela que a pessoa humana habitualmente espera com o nome de compreensão, sem aguardar gratidão alguma, isto é, se a pessoa chegou a um ponto de evolução em que a noção de posse não mais a preocupa, esta criatura está em condições de dar, porque não vai afetar o perispírito em coisa alguma.
No caso contrário, se a pessoa se sente prejudicada por isso ou por aquilo no curso da vida, ou tenha receio de perder utilidades que julga pertencer-lhe, esta criatura traz a mente vinculada ao apego a determinadas vantagens da existência e com certeza, após a morte do corpo, se inclinará para reclamações descabidas, gerando perturbação em seu próprio campo íntimo. Se a pessoa tiver qualquer apego à posse, inclusive dos objetos, das propriedades, dos afetos, ela não deve dar, porque ela se perturbará”.
Anos depois dessa resposta, registrou-se o caso Wladimir, o jovem suicida que foi aliviado em seus sofrimentos post-mortem graças às preces decorrentes da doação de córneas por ele feita, mostrando que, mesmo em mortes traumáticas como essa, a caridade da doação, quando praticada pelo próprio desencarnante, é largamente compensada pelas leis de Deus.
(O caso Wladimir é narrado no livro “Quem tem medo da morte?”, de Richard Simonetti.)
Do site “O Consolador” - Estudos Espíritas
quinta-feira, 19 de abril de 2018
Oração do Dia - O VALOR DO SORRISO
Senhor, não permita jamais que eu me esqueça de sorrir com o coração - e sorrir muito, todos os dias!
Quando raiar o sol e meus olhos se abrirem para a vida, que o sorríso seja a meu primeiro louvor, agradecendo o novo dia que amanhece!...
Em meu lar, que seja ele o precursor da palavra serena e do diálogo amistoso, para que meus familiares, assim como eu, possam iniciar o seu dia entre as melhores vibrações de paz e bom ânimo!
Sem a claridade do riso, tudo é mais triste, sombrio!...
Sem a bênção da alegria, os semblantes são frios e as palavras rudes, qual que imensa desolação envolvesse a todos, negando-lhes desenvoltura e euforia - acompanhantes obrigatórios das determinações felizes!...
Sorrir alivia o coração e desafoga a alma, recolocando harmonia e pacificação no lugar da irritação e do mau humor. Trazer a luz do sorriso no rosto é iluminar estradas e transeuntes, fazendo de seu portador um pequenino imã a atrair simpatia e cooperação...
Aquele que sorri sinaliza o Bem, aonde quer que esteja.
Abençoa-me hoje, Senhor, e faz de mim um foco de alegria a espargir o melhor aos meus companheiros de estrada, para que amanhã, quando eu estiver triste e desanimado, o sorriso que eu despertei nos outros possa ser o remédio salutar que me trará de volta a vontade viver e lutar, porque o sorriso é assim como um raio de luz: embora pequeno transpassa todas as sombras, e onde toca sempre produz calor, alegria e refazimento...
Quando raiar o sol e meus olhos se abrirem para a vida, que o sorríso seja a meu primeiro louvor, agradecendo o novo dia que amanhece!...
Em meu lar, que seja ele o precursor da palavra serena e do diálogo amistoso, para que meus familiares, assim como eu, possam iniciar o seu dia entre as melhores vibrações de paz e bom ânimo!
Sem a claridade do riso, tudo é mais triste, sombrio!...
Sem a bênção da alegria, os semblantes são frios e as palavras rudes, qual que imensa desolação envolvesse a todos, negando-lhes desenvoltura e euforia - acompanhantes obrigatórios das determinações felizes!...
Sorrir alivia o coração e desafoga a alma, recolocando harmonia e pacificação no lugar da irritação e do mau humor. Trazer a luz do sorriso no rosto é iluminar estradas e transeuntes, fazendo de seu portador um pequenino imã a atrair simpatia e cooperação...
Aquele que sorri sinaliza o Bem, aonde quer que esteja.
Abençoa-me hoje, Senhor, e faz de mim um foco de alegria a espargir o melhor aos meus companheiros de estrada, para que amanhã, quando eu estiver triste e desanimado, o sorriso que eu despertei nos outros possa ser o remédio salutar que me trará de volta a vontade viver e lutar, porque o sorriso é assim como um raio de luz: embora pequeno transpassa todas as sombras, e onde toca sempre produz calor, alegria e refazimento...
Não Julgueis...
“Não julgueis, e não sereis julgados. Porque do mesmo modo que
julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes
medido, também vós sereis medidos. Por que olhas a palha que está no
olho de teu irmão e não vês a trave que está no teu? Hipócrita! Tira
primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do
teu irmão”.
Jesus
Mateus, 7:1 a 5
Esclarecimentos iniciais:
Julgar (do Latim Judicare) significa:
verbo transitivo: decidir como juiz ou árbitro; sentenciar; entender; avaliar; formar juízo; lavrar ou pronunciar sentenças; apreciar;
verbo intransitivo: formar opinião, conceito a respeito de pessoa ou coisa; ajuizar.
Existe aí uma pequena confusão. A palavra crítico (do Latim. criticu , do Grego. Kritikós) tem como significado “capaz de julgar”, mas no sentido de avaliar.
Daí decorre que geralmente pensamos na palavra “criticar” num sentido negativo - destacar falhas nos outros. Mas a palavra “criticar” significa simplesmente “avaliar”.
Entendendo as palavras do Mestre
Neste passo, as palavras de Jesus não significam estar contra o julgamento civil.
O próprio Mestre, apesar da grandiosidade de seu espírito, a despeito de ser o maior que veio a Terra (questão 625 de “O Livro dos Espíritos”), que estava em condições de exercer qualquer espécie de julgamento, não concordou em desempenhar o papel de juiz:
"Disse-Lhe então alguém do meio do povo: “Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a
herança”. Jesus respondeu-lhe: “Meu amigo, quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós?”
Lucas, 12:13 e 14
Pedro, discípulo ocular de Jesus, em sua Primeira Epístola, no capítulo II, versículos 13 e 14, relembra o ensino do Mestre:
“Por amor do Senhor, sede submissos, pois, a toda autoridade humana, quer ao rei como soberano, quer aos
governadores como enviados por ele para castigo dos malfeitores e para favorecer as pessoas honestas”.
Como a Bíblia não se contradiz, Paulo, Apóstolo dos Gentios, reafirma:
“Admoesta-os a que sejam submissos aos magistrados e às autoridades,
sejam obedientes, estejam prontos para qualquer obra boa”.
Epístola a Tito, 3:1
e
“Cada qual seja submisso às autoridades constituídas. Porque não há autoridade
que não venha de Deus, e as que existem foram instituídas por Deus”.
Epístola aos Romanos, 13:1
Então qual o propósito de Jesus ao “ordenar”: precisamos parar de julgar?
Em Mateus, 5:17, Ele deixa claro que não queria modificar a lei ou os profetas, mas dar-lhes novo entendimento. Dessa forma Ele falava aos judeus:
1) Os judeus já estavam seguindo Jesus por onde quer que Ele fosse, na tentativa de achar alguma falha para acusá-Lo (Lucas, 6:1 a 7);
2) Os escribas e fariseus eram culpados do tipo de julgamento que Jesus estava denunciando (Lucas, 18:9 a 14);
3) Em Mateus, 5:20, Ele disse: “(…) Se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus”
Quando Jesus nos disse: não julgueis para não serdes julgados, Ele quis nos dizer para não condenarmos a criatura, e não a sua atitude. Ele quis nos dizer para não denegrir a criatura, não condenar a criatura e sim o mal que ela possa ter feito.
Então, reprimir o mal é nosso dever. Censurar o mal, também, mas não as criaturas. É através do exemplo que devemos educar. As palavras, até convencem, mas os exemplos arrastam.
De um modo geral, somos benevolentes para com os nossos erros e muito severos para com os erros dos outros.
A nossa tendência é nos acharmos as criaturas mais perfeitas da face da Terra. Sempre estamos certos e os outros sempre errados.
As palavras de Jesus ensinam que existe um determinado tipo de julgamento que devemos evitar:
Tendencioso: Uma deficiência comum é permitir que nossa formação, nossos preconceitos e preferências influenciem nosso julgamento. É difícil evitar isto. Dizem que os gregos antigos às vezes realizavam julgamentos no escuro para serem influenciados somente pelos fatos.
Precipitado: Acontece com freqüência de julgarmos os outros precipitadamente, sem ter todos os fatos ou conhecer todas as circunstâncias. Muitas vezes, não temos as informações completas sobre o que realmente aconteceu. Pode ser que não entendamos o histórico ou a motivação do indivíduo acusado. Talvez não saibamos se aquele ato foi a regra ou uma exceção na vida dele. Antes de instruir a multidão a “julgar com reta justiça”, Jesus disse: “Não julgueis segundo a aparência” (João, 7:24).
Severo: Como resultado das perspectivas negativas acima citadas, ao se formular um julgamento, não raro somos severos e hipercríticos em nosso parecer, quando deveríamos temperar nossa análise com misericórdia e amor. Pedro disse: “Antes de tudo, mantenham entre vós uma ardente caridade, porque a caridade cobre a multidão de pecados” (1 Pedro, 4:8).
Dar-se bem com os outros é em grande parte uma questão de espírito. Por um lado, há um espírito amoroso e compassivo que acredita no melhor e tenta elevar e ajudar o outro. Por outro lado, há um espírito severo, insensível e julgador que se deleita em ver alguém “receber o que merece”. Este conflito está representado na espada a nós prometida pelo Mestre dos Mestres em Mateus 10:34.
Insensível: Jesus também estava condenando a atitude de pensar o pior sobre o que as pessoas fazem, em vez de pensar no melhor. Em 1 Coríntios 13:4 a 7, Paulo diz, em outras palavras, que o amor está “sempre ávido para crer no melhor”.
É verdade que podemos conhecer uma pessoa pelo que ela faz, mas geralmente seus atos estão sujeitos a pelo menos duas interpretações diferentes: uma boa e outra má. Nesse caso, qual interpretação geralmente consideramos para o que essa pessoa fez?
E Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Lucas, cap. 23:34
Com estas palavras Jesus nos ensina em primeiro lugar, que ao Pai compete o nosso julgamento;.em segundo, Ele se apresenta como defensor daqueles que O ofendem.
Isto implica dizer que, no âmbito da lei de causa e efeito, seremos bitolados pelo mesmo gabarito que usarmos contra o nosso irmão no desenrolar das nossas vidas terrenas.
Que Paz do Senhor seja com todos.
Fraternal abraço.
Marcos José Ferreira da Cruz Machado
Jesus
Mateus, 7:1 a 5
Esclarecimentos iniciais:
Julgar (do Latim Judicare) significa:
verbo transitivo: decidir como juiz ou árbitro; sentenciar; entender; avaliar; formar juízo; lavrar ou pronunciar sentenças; apreciar;
verbo intransitivo: formar opinião, conceito a respeito de pessoa ou coisa; ajuizar.
Existe aí uma pequena confusão. A palavra crítico (do Latim. criticu , do Grego. Kritikós) tem como significado “capaz de julgar”, mas no sentido de avaliar.
Daí decorre que geralmente pensamos na palavra “criticar” num sentido negativo - destacar falhas nos outros. Mas a palavra “criticar” significa simplesmente “avaliar”.
Entendendo as palavras do Mestre
Neste passo, as palavras de Jesus não significam estar contra o julgamento civil.
O próprio Mestre, apesar da grandiosidade de seu espírito, a despeito de ser o maior que veio a Terra (questão 625 de “O Livro dos Espíritos”), que estava em condições de exercer qualquer espécie de julgamento, não concordou em desempenhar o papel de juiz:
"Disse-Lhe então alguém do meio do povo: “Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a
herança”. Jesus respondeu-lhe: “Meu amigo, quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós?”
Lucas, 12:13 e 14
Pedro, discípulo ocular de Jesus, em sua Primeira Epístola, no capítulo II, versículos 13 e 14, relembra o ensino do Mestre:
“Por amor do Senhor, sede submissos, pois, a toda autoridade humana, quer ao rei como soberano, quer aos
governadores como enviados por ele para castigo dos malfeitores e para favorecer as pessoas honestas”.
Como a Bíblia não se contradiz, Paulo, Apóstolo dos Gentios, reafirma:
“Admoesta-os a que sejam submissos aos magistrados e às autoridades,
sejam obedientes, estejam prontos para qualquer obra boa”.
Epístola a Tito, 3:1
e
“Cada qual seja submisso às autoridades constituídas. Porque não há autoridade
que não venha de Deus, e as que existem foram instituídas por Deus”.
Epístola aos Romanos, 13:1
Então qual o propósito de Jesus ao “ordenar”: precisamos parar de julgar?
Em Mateus, 5:17, Ele deixa claro que não queria modificar a lei ou os profetas, mas dar-lhes novo entendimento. Dessa forma Ele falava aos judeus:
1) Os judeus já estavam seguindo Jesus por onde quer que Ele fosse, na tentativa de achar alguma falha para acusá-Lo (Lucas, 6:1 a 7);
2) Os escribas e fariseus eram culpados do tipo de julgamento que Jesus estava denunciando (Lucas, 18:9 a 14);
3) Em Mateus, 5:20, Ele disse: “(…) Se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus”
Quando Jesus nos disse: não julgueis para não serdes julgados, Ele quis nos dizer para não condenarmos a criatura, e não a sua atitude. Ele quis nos dizer para não denegrir a criatura, não condenar a criatura e sim o mal que ela possa ter feito.
Então, reprimir o mal é nosso dever. Censurar o mal, também, mas não as criaturas. É através do exemplo que devemos educar. As palavras, até convencem, mas os exemplos arrastam.
De um modo geral, somos benevolentes para com os nossos erros e muito severos para com os erros dos outros.
A nossa tendência é nos acharmos as criaturas mais perfeitas da face da Terra. Sempre estamos certos e os outros sempre errados.
As palavras de Jesus ensinam que existe um determinado tipo de julgamento que devemos evitar:
Tendencioso: Uma deficiência comum é permitir que nossa formação, nossos preconceitos e preferências influenciem nosso julgamento. É difícil evitar isto. Dizem que os gregos antigos às vezes realizavam julgamentos no escuro para serem influenciados somente pelos fatos.
Precipitado: Acontece com freqüência de julgarmos os outros precipitadamente, sem ter todos os fatos ou conhecer todas as circunstâncias. Muitas vezes, não temos as informações completas sobre o que realmente aconteceu. Pode ser que não entendamos o histórico ou a motivação do indivíduo acusado. Talvez não saibamos se aquele ato foi a regra ou uma exceção na vida dele. Antes de instruir a multidão a “julgar com reta justiça”, Jesus disse: “Não julgueis segundo a aparência” (João, 7:24).
Severo: Como resultado das perspectivas negativas acima citadas, ao se formular um julgamento, não raro somos severos e hipercríticos em nosso parecer, quando deveríamos temperar nossa análise com misericórdia e amor. Pedro disse: “Antes de tudo, mantenham entre vós uma ardente caridade, porque a caridade cobre a multidão de pecados” (1 Pedro, 4:8).
Dar-se bem com os outros é em grande parte uma questão de espírito. Por um lado, há um espírito amoroso e compassivo que acredita no melhor e tenta elevar e ajudar o outro. Por outro lado, há um espírito severo, insensível e julgador que se deleita em ver alguém “receber o que merece”. Este conflito está representado na espada a nós prometida pelo Mestre dos Mestres em Mateus 10:34.
Insensível: Jesus também estava condenando a atitude de pensar o pior sobre o que as pessoas fazem, em vez de pensar no melhor. Em 1 Coríntios 13:4 a 7, Paulo diz, em outras palavras, que o amor está “sempre ávido para crer no melhor”.
É verdade que podemos conhecer uma pessoa pelo que ela faz, mas geralmente seus atos estão sujeitos a pelo menos duas interpretações diferentes: uma boa e outra má. Nesse caso, qual interpretação geralmente consideramos para o que essa pessoa fez?
E Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Lucas, cap. 23:34
Com estas palavras Jesus nos ensina em primeiro lugar, que ao Pai compete o nosso julgamento;.em segundo, Ele se apresenta como defensor daqueles que O ofendem.
Isto implica dizer que, no âmbito da lei de causa e efeito, seremos bitolados pelo mesmo gabarito que usarmos contra o nosso irmão no desenrolar das nossas vidas terrenas.
Que Paz do Senhor seja com todos.
Fraternal abraço.
Marcos José Ferreira da Cruz Machado
PRECISAMOS APRENDER A AGIR, PENSAR E FALAR
* Não adianta procurarmos tratamentos espirituais para afastar as
energias negativas de nossa vida se nós somos a própria energia negativa
pulsando vinte e quatro horas por dia.
* Não adianta obtermos uma bênção espiritual se continuamos amaldiçoando a vida e as pessoas.
* Não adianta obtermos uma bênção espiritual se continuamos amaldiçoando a vida e as pessoas.
* Como querer que o passe nos cure se não deixamos passar a tristeza e a mágoa?
* Como pretender proteção para o lar contra as forças negativas se em casa impera o vício e a falta de respeito entre os familiares?
* De que forma posso desejar que meus caminhos se abram se meus pensamentos estão fechados na falta de confiança em mim e em Deus?
* De que nos adianta consultar os astros se não fazemos brilhar a estrela dos nossos talentos?
As companhias espirituais e as energias que nos circundam são atraídas pela nossa forma de agir, pensar e falar.
José Carlos De Lucca
* Como pretender proteção para o lar contra as forças negativas se em casa impera o vício e a falta de respeito entre os familiares?
* De que forma posso desejar que meus caminhos se abram se meus pensamentos estão fechados na falta de confiança em mim e em Deus?
* De que nos adianta consultar os astros se não fazemos brilhar a estrela dos nossos talentos?
As companhias espirituais e as energias que nos circundam são atraídas pela nossa forma de agir, pensar e falar.
José Carlos De Lucca
Música, Vibração e Sintonia
A música é vibração e pode estimular o Espírito, provando sensações
de nível superior, permitindo vibrarmos em sintonia com esse algo
superior, despertando a essência Divina que dorme em cada um de nós. Ao
vibrar, sintonizamos com vibrações sutis que pululam no Universo.
Podemos sentir vibrações que, por outros meios não sentiríamos, emoções
novas brotam na alma, levando o Espírito a querer evoluir. A música
representa, pois, elevada interação vertical com as esferas superiores
da vida universal.
A MÚSICA EM O LIVRO DOS ESPÍRITOS
“- Queres falar de vossa música?
O que é ela diante da música celeste? Desta harmonia que nada sobre a Terra pode vos dar uma idéia? Uma é para a outra o que o canto do selvagem é para a suave melodia. Entretanto, os Espíritos vulgares podem experimentar um certo prazer em ouvir a vossa música, porque não são ainda capazes de compreender outra mais sublime. A música tem para os
Espíritos encantos infinitos, em razão de suas qualidades sensitivas muito desenvolvidas. Refiro-me à música celeste, que é tudo o que a imaginação espiritual pode conceber de mais belo e de mais suave.”( O Livro dos Espíritos – questão 251)
EFEITOS DA MÚSICA NA EVOLUÇÃO DO SER
Orson Peter Carrara
Há influência musical no equilíbrio humano?
A variedade de sons alcançados pelas notas musicais na integração entre instrumentos e vozes humanas exerce grande influência na emoção e no desenvolvimento das criaturas humanas. Claro que com variedades, pois determinada melodia poderá trazer lembranças agradáveis a alguém, provocar melancolia e até entusiasmo em outras, enquanto nada provoque em muitas pessoas.
O tema é interessante e mereceu uma única pergunta de Kardec em O Livro dos Espíritos: a de número 251. Mas há observações valiosas em Obras Póstumas e na Revista Espírita.
Sem preocupar-nos com a história da música, biografia de grandes mestres ou outras informações de caráter cultural ou histórico, procuremos analisar o tema, à luz da Doutrina Espírita, sobre lembranças e emoções que a música provoque na sensibilidade humana. Afinal o que diz a Doutrina Espírita?
Em Obras Póstumas, no capítulo A Música Celeste, numa reunião familiar, a filha indaga ao pai se haveria música no Plano Espiritual. Sob ação mediúnica, ela escreve resposta do Espírito: O som de nossos instrumentos, a nossa mais bela voz, não podem dar a mais fraca idéia da música celeste e sua suave harmonia.
Logo mais o Espírito São Luiz ensina: A filha, desligando-se parcialmente, foi admitida nas regiões celestes onde pode perceber as impressões da harmonia celeste e expressou “Que música! Que música!”
E Kardec indaga o compositor Rossini* (Espírito) sobre o estado atual da música e sobre as modificações que lhe poderiam trazer a influência das crenças espíritas e a resposta do Espírito inicia-se com abordagem sobre harmonia. Segundo o dicionário, a palavra harmonia significa sucessão de sons agradáveis ao ouvido. Arte de formar e dispor os acordes musicais. Concórdia, paz e amizade entre pessoas. Ordem, coerência. O Espírito Rossini, todavia, em outras palavras, define harmonia como: resultante de um arranjo musical; como um sentido íntimo da alma e que é percebida em razão do desenvolvimento desse sentido íntimo da alma.
E oferece-nos esta pérola de pensamento: “(…) O Espírito produz os sons que quer. (…) Aquele que compreende muito, que tem nele a harmonia já conquistada, age sobre o fluido universal e reproduz o que o Espírito concebe, sente e quer (…)”.
Numa comparação, usando inclusive o pensamento de Rossini, podemos dizer que o éter vibra a ação da vontade do Espírito. A harmonia que traz em si se concretiza como a exalar o perfume, com lentidão ou rapidez, como no som harmonioso que se espalha. O Espírito que já conquistou a harmonia é como aquele que tem a aquisição intelectual. O Espírito sábio que ensina a ciência sente-se feliz por ensinar os que não sabem. O Espírito que faz o éter ressoar com os acordes da harmonia que já traz em si, sente-se feliz de ver satisfeitos os que o ouvem. E do mesmo Espírito, encontramos essa definição magistral: A música é o médium da harmonia.
Ela é, pois, essencialmente, moralizadora, uma vez que leva harmonia às almas, que por sua vez as eleva e as engrandece. Deduz-se, pois, que a música exerce uma feliz influência sobre a alma e a alma que a concebe exerce também uma influência sobre a música.
A alma virtuosa que tem a paixão do bem, do belo, que adquiriu a harmonia, produzirá obras primas capazes de penetrar as almas mais blindadas, fechadas em si mesmas, e comovê-las. Já o compositor terra-a-terra como poderá representar a virtude que ele despreza, o belo que ignora ou o grande que ele não compreende? Suas composições serão o reflexo de seus gestos sensuais, de sua leviandade. Serão obscenas, licenciosas, sensuais e causarão mais danos que melhorar os ouvintes.
É aí que o pensamento de Rossini, adaptando-o com texto de nossa autoria, aparece em toda sua grandeza: O Espiritismo, moralizando os homens, exercerá, pois, grande influência sobre a música. Por sua vez, ouvintes moralizados, apreciarão músicas elevadas, deixarão de lado a música frívola que se apodera das massas.
Na Revista Espírita, de maio de 1858, entretanto, Kardec entrevista o compositor Mozart (1756-1791), que foi famoso menino prodígio (aos 4 anos já tocava de cor e aos 5 já compôs), e que declarou “Quando estou em boas disposições e inteiramente só, durante o meu passeio, os pensamentos musicais me vêm com abundância. Ignoro donde procedem esses pensamentos e como me chegam; nisso não tenho a mínima vontade, a menor intervenção”. Habitante de Júpiter, revelou: “Onde habito, há melodia em toda parte: no murmúrio das águas, no ciciar das folhas, no canto dos ventos; as flores rumorejam e cantam; tudo produz sons melodiosos. Sê bom, alcança este planeta pelas tuas virtudes”. E fornece essa pérola para esse tema: A música religiosa ajuda a elevação da alma. O pensamento compõe e os ouvintes desfrutam. Claro que a história humana registrou a presença de grandes gênios da música em nosso planeta. Seria impossível relacioná-los todos num simples artigo, abordar suas conquistas e feitos, a genialidade que nos ofereceram. Optamos por Mozart, pois que presente na Revista Espírita.
E na mesma publicação, de maio de 1861, o Espírito Lamennais (brilhante escritor, figura influente e controvertida na história da igreja francesa e ordenado padre aos 34 anos) afirma: a música é a arte que vai mais direta ao coração.
Já na edição de janeiro de 1869, o mesmo Rossini afirma: para ser músico, não basta mais alinhar as notas sobre uma pauta, de maneira a conservar a justeza das relações musicais: assim só se produz ruídos agradáveis; mas é o sentimento que nasce sob a pena do verdadeiro artista. É ele que canta, que chora, que ri. Mas para dar alma à música, para fazê-la chorar, rir, uivar, é preciso em si mesmo ter sentido estes diferentes sentimentos de dores, de alegrias, de cólera.
E Kardec, com toda sua lucidez, também na Revista Espírita, exemplar de setembro de 1864, nos traz essa importante revelação: A música comove as fibras entorpecidas da sensibilidade e as predispõe a receber as impressões morais. A música amolece a alma – é poderosa auxiliar de moralização.
Nesta altura, como poderíamos esquecer os grandes nomes da música nacional e internacional? Vozes inesquecíveis, melodias extraordinárias, compositores, autores, intérpretes, conjuntos, maestros, letras e apresentações que marcaram época e conquistaram memórias em todos os tempos, em composições inesquecíveis e belíssimas.
Neste ponto, podemos buscar a questão 251 de O Livro dos Espíritos: Os Espíritos são sensíveis à música? E a resposta: Queres falar da vossa música? O que ela é diante da música celeste? Desta harmonia que nada sobre a Terra pode vos dar uma idéia? Uma é para a outra o que o canto do selvagem é para a suave melodia. Entretanto, os Espíritos vulgares podem experimentar um certo prazer em ouvir a vossa música, porque não são ainda capazes de compreender outra mais sublime. A música tem para os Espíritos encantos infinitos, em razão de suas qualidades sensitivas muito desenvolvidas. Refiro-me à música celeste, que é tudo o que a imaginação espiritual pode conceber de mais belo e de mais suave.
Tudo isso para pensarmos no esforço da espiritualidade em despertar nossa sensibilidade. Seja através da música religiosa – em corais, conjuntos ou valores individuais’ –, de qualquer denominação, seja pelas canções que marcam as crianças para sempre ou pelas melodias dos grandes gênios musicais de nossa história… Ou mesmo, e por que não, nas músicas contemporâneas e fruto do regionalismo, em todo o planeta?
É que a música é também um dos instrumentos de despertamento da sensibilidade humana. Existem vários, como a dor através da expiação; as provas através dos obstáculos; a fé como virtude, entre tantos outros. E entre eles, a música, para elevar nosso padrão vibratório e nos convidar a pensar na grandeza de Deus.
Ponderemos que estamos num mundo de provas e expiações, onde ainda há império do mal. E se, num plano de provas e expiações, já temos os sons magníficos da natureza, a voz humana que sensibiliza nos esforços e combinações vocais, e a presença das belas músicas que nos ajudam a viver com mais harmonia, podemos imaginar o que nos aguarda para o futuro?
Selecionemos, pois, as belas conquistas que já possuímos no campo desta arte maravilhosa que é a música, para elevarmos o padrão espiritual de nossos ambientes. Deixemo-nos comover pela mensagem que trazem; reflitamos nas motivações que ensejaram a concepção dessas peças que verdadeiramente nos comovem pela beleza e sublimidade. E, obviamente, prestemos também mais atenção no canto dos pássaros; no latido dos cães e sons característicos de outros animais; nos sons naturais de trovoadas, chuvas e ventos e mesmo na variedade das vozes humanas, para percebermos o quanto o som influencia nossa harmonia ou desarmonia interior. É, como em tudo, uma questão de seleção e afinidades. Aprendamos, pois, a selecionar…
Fonte: Kardec Rio Preto
A MÚSICA EM O LIVRO DOS ESPÍRITOS
“- Queres falar de vossa música?
O que é ela diante da música celeste? Desta harmonia que nada sobre a Terra pode vos dar uma idéia? Uma é para a outra o que o canto do selvagem é para a suave melodia. Entretanto, os Espíritos vulgares podem experimentar um certo prazer em ouvir a vossa música, porque não são ainda capazes de compreender outra mais sublime. A música tem para os
Espíritos encantos infinitos, em razão de suas qualidades sensitivas muito desenvolvidas. Refiro-me à música celeste, que é tudo o que a imaginação espiritual pode conceber de mais belo e de mais suave.”( O Livro dos Espíritos – questão 251)
EFEITOS DA MÚSICA NA EVOLUÇÃO DO SER
Orson Peter Carrara
Há influência musical no equilíbrio humano?
A variedade de sons alcançados pelas notas musicais na integração entre instrumentos e vozes humanas exerce grande influência na emoção e no desenvolvimento das criaturas humanas. Claro que com variedades, pois determinada melodia poderá trazer lembranças agradáveis a alguém, provocar melancolia e até entusiasmo em outras, enquanto nada provoque em muitas pessoas.
O tema é interessante e mereceu uma única pergunta de Kardec em O Livro dos Espíritos: a de número 251. Mas há observações valiosas em Obras Póstumas e na Revista Espírita.
Sem preocupar-nos com a história da música, biografia de grandes mestres ou outras informações de caráter cultural ou histórico, procuremos analisar o tema, à luz da Doutrina Espírita, sobre lembranças e emoções que a música provoque na sensibilidade humana. Afinal o que diz a Doutrina Espírita?
Em Obras Póstumas, no capítulo A Música Celeste, numa reunião familiar, a filha indaga ao pai se haveria música no Plano Espiritual. Sob ação mediúnica, ela escreve resposta do Espírito: O som de nossos instrumentos, a nossa mais bela voz, não podem dar a mais fraca idéia da música celeste e sua suave harmonia.
Logo mais o Espírito São Luiz ensina: A filha, desligando-se parcialmente, foi admitida nas regiões celestes onde pode perceber as impressões da harmonia celeste e expressou “Que música! Que música!”
E Kardec indaga o compositor Rossini* (Espírito) sobre o estado atual da música e sobre as modificações que lhe poderiam trazer a influência das crenças espíritas e a resposta do Espírito inicia-se com abordagem sobre harmonia. Segundo o dicionário, a palavra harmonia significa sucessão de sons agradáveis ao ouvido. Arte de formar e dispor os acordes musicais. Concórdia, paz e amizade entre pessoas. Ordem, coerência. O Espírito Rossini, todavia, em outras palavras, define harmonia como: resultante de um arranjo musical; como um sentido íntimo da alma e que é percebida em razão do desenvolvimento desse sentido íntimo da alma.
E oferece-nos esta pérola de pensamento: “(…) O Espírito produz os sons que quer. (…) Aquele que compreende muito, que tem nele a harmonia já conquistada, age sobre o fluido universal e reproduz o que o Espírito concebe, sente e quer (…)”.
Numa comparação, usando inclusive o pensamento de Rossini, podemos dizer que o éter vibra a ação da vontade do Espírito. A harmonia que traz em si se concretiza como a exalar o perfume, com lentidão ou rapidez, como no som harmonioso que se espalha. O Espírito que já conquistou a harmonia é como aquele que tem a aquisição intelectual. O Espírito sábio que ensina a ciência sente-se feliz por ensinar os que não sabem. O Espírito que faz o éter ressoar com os acordes da harmonia que já traz em si, sente-se feliz de ver satisfeitos os que o ouvem. E do mesmo Espírito, encontramos essa definição magistral: A música é o médium da harmonia.
Ela é, pois, essencialmente, moralizadora, uma vez que leva harmonia às almas, que por sua vez as eleva e as engrandece. Deduz-se, pois, que a música exerce uma feliz influência sobre a alma e a alma que a concebe exerce também uma influência sobre a música.
A alma virtuosa que tem a paixão do bem, do belo, que adquiriu a harmonia, produzirá obras primas capazes de penetrar as almas mais blindadas, fechadas em si mesmas, e comovê-las. Já o compositor terra-a-terra como poderá representar a virtude que ele despreza, o belo que ignora ou o grande que ele não compreende? Suas composições serão o reflexo de seus gestos sensuais, de sua leviandade. Serão obscenas, licenciosas, sensuais e causarão mais danos que melhorar os ouvintes.
É aí que o pensamento de Rossini, adaptando-o com texto de nossa autoria, aparece em toda sua grandeza: O Espiritismo, moralizando os homens, exercerá, pois, grande influência sobre a música. Por sua vez, ouvintes moralizados, apreciarão músicas elevadas, deixarão de lado a música frívola que se apodera das massas.
Na Revista Espírita, de maio de 1858, entretanto, Kardec entrevista o compositor Mozart (1756-1791), que foi famoso menino prodígio (aos 4 anos já tocava de cor e aos 5 já compôs), e que declarou “Quando estou em boas disposições e inteiramente só, durante o meu passeio, os pensamentos musicais me vêm com abundância. Ignoro donde procedem esses pensamentos e como me chegam; nisso não tenho a mínima vontade, a menor intervenção”. Habitante de Júpiter, revelou: “Onde habito, há melodia em toda parte: no murmúrio das águas, no ciciar das folhas, no canto dos ventos; as flores rumorejam e cantam; tudo produz sons melodiosos. Sê bom, alcança este planeta pelas tuas virtudes”. E fornece essa pérola para esse tema: A música religiosa ajuda a elevação da alma. O pensamento compõe e os ouvintes desfrutam. Claro que a história humana registrou a presença de grandes gênios da música em nosso planeta. Seria impossível relacioná-los todos num simples artigo, abordar suas conquistas e feitos, a genialidade que nos ofereceram. Optamos por Mozart, pois que presente na Revista Espírita.
E na mesma publicação, de maio de 1861, o Espírito Lamennais (brilhante escritor, figura influente e controvertida na história da igreja francesa e ordenado padre aos 34 anos) afirma: a música é a arte que vai mais direta ao coração.
Já na edição de janeiro de 1869, o mesmo Rossini afirma: para ser músico, não basta mais alinhar as notas sobre uma pauta, de maneira a conservar a justeza das relações musicais: assim só se produz ruídos agradáveis; mas é o sentimento que nasce sob a pena do verdadeiro artista. É ele que canta, que chora, que ri. Mas para dar alma à música, para fazê-la chorar, rir, uivar, é preciso em si mesmo ter sentido estes diferentes sentimentos de dores, de alegrias, de cólera.
E Kardec, com toda sua lucidez, também na Revista Espírita, exemplar de setembro de 1864, nos traz essa importante revelação: A música comove as fibras entorpecidas da sensibilidade e as predispõe a receber as impressões morais. A música amolece a alma – é poderosa auxiliar de moralização.
Nesta altura, como poderíamos esquecer os grandes nomes da música nacional e internacional? Vozes inesquecíveis, melodias extraordinárias, compositores, autores, intérpretes, conjuntos, maestros, letras e apresentações que marcaram época e conquistaram memórias em todos os tempos, em composições inesquecíveis e belíssimas.
Neste ponto, podemos buscar a questão 251 de O Livro dos Espíritos: Os Espíritos são sensíveis à música? E a resposta: Queres falar da vossa música? O que ela é diante da música celeste? Desta harmonia que nada sobre a Terra pode vos dar uma idéia? Uma é para a outra o que o canto do selvagem é para a suave melodia. Entretanto, os Espíritos vulgares podem experimentar um certo prazer em ouvir a vossa música, porque não são ainda capazes de compreender outra mais sublime. A música tem para os Espíritos encantos infinitos, em razão de suas qualidades sensitivas muito desenvolvidas. Refiro-me à música celeste, que é tudo o que a imaginação espiritual pode conceber de mais belo e de mais suave.
Tudo isso para pensarmos no esforço da espiritualidade em despertar nossa sensibilidade. Seja através da música religiosa – em corais, conjuntos ou valores individuais’ –, de qualquer denominação, seja pelas canções que marcam as crianças para sempre ou pelas melodias dos grandes gênios musicais de nossa história… Ou mesmo, e por que não, nas músicas contemporâneas e fruto do regionalismo, em todo o planeta?
É que a música é também um dos instrumentos de despertamento da sensibilidade humana. Existem vários, como a dor através da expiação; as provas através dos obstáculos; a fé como virtude, entre tantos outros. E entre eles, a música, para elevar nosso padrão vibratório e nos convidar a pensar na grandeza de Deus.
Ponderemos que estamos num mundo de provas e expiações, onde ainda há império do mal. E se, num plano de provas e expiações, já temos os sons magníficos da natureza, a voz humana que sensibiliza nos esforços e combinações vocais, e a presença das belas músicas que nos ajudam a viver com mais harmonia, podemos imaginar o que nos aguarda para o futuro?
Selecionemos, pois, as belas conquistas que já possuímos no campo desta arte maravilhosa que é a música, para elevarmos o padrão espiritual de nossos ambientes. Deixemo-nos comover pela mensagem que trazem; reflitamos nas motivações que ensejaram a concepção dessas peças que verdadeiramente nos comovem pela beleza e sublimidade. E, obviamente, prestemos também mais atenção no canto dos pássaros; no latido dos cães e sons característicos de outros animais; nos sons naturais de trovoadas, chuvas e ventos e mesmo na variedade das vozes humanas, para percebermos o quanto o som influencia nossa harmonia ou desarmonia interior. É, como em tudo, uma questão de seleção e afinidades. Aprendamos, pois, a selecionar…
Fonte: Kardec Rio Preto
“Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem". - Jesus.
As palavras do Mestre no momento da crucificação têm significado especial aos nossos corações.
Jesus havia passado uma noite de humilhações acompanhadas de terríveis castigos físicos sob a ação da turba movida por energias inferiores diversas. Fora coroado com espinhos e obrigado a carregar um dos madeiros que compunha a cruz, caiu na estrada que levava até o Calvário.
Não havia ali nenhum gesto de aparente justiça e a multidão, em sua maioria, que havia recebido dele exemplos de paz e mansidão, exalava ingratidão, um dos mais sórdidos sentimentos que habita a alma humana.
Jesus havia passado uma noite de humilhações acompanhadas de terríveis castigos físicos sob a ação da turba movida por energias inferiores diversas. Fora coroado com espinhos e obrigado a carregar um dos madeiros que compunha a cruz, caiu na estrada que levava até o Calvário.
Não havia ali nenhum gesto de aparente justiça e a multidão, em sua maioria, que havia recebido dele exemplos de paz e mansidão, exalava ingratidão, um dos mais sórdidos sentimentos que habita a alma humana.
Após ser erguido no madeiro, Ele, o Mestre, observava no cenário de
dor, com os olhos divinos, a infelicidade de todo aquele povo.
Acreditavam sacrificá-lo pela blasfêmia de dizer ser igual a Deus e
falar do seu reino, como se fosse um rei em terras alheias. No entanto,
somente o seu coração carregava a leveza do dever cumprido e a sabedoria
que vive na morada do justos e bons.
Toda a paisagem que a multidão contemplava era a dos três crucificados erguidos e acobertados pelo céu de Jerusalém.
Aos olhos dos criminosos vulgares, em ambas as cruzes, viviam sentimentos opostos. Um rogava o perdão divino e a assistência do Pai; no outro havia blasfêmia e críticas, filhas da ignorância e do pecado. Certamente, ambos olhavam a multidão com tristeza, mas via nela assassinos e justiceiros.
O Cristo, porém, sereno, na certeza de estar cumprindo a Vontade do Pai, contemplava a pobreza da alma humana, a mesquinharia dos poderosos e a dor do simples e humildes, que ali estavam em minoria tentando solidarizar-se com o Mestre. Ele não os via com qualquer expressão de animosidade.
O madeiro o aproximava mais e mais do Céus, seus braços, embora forçados pela crucificação, expressavam suas possibilidades de a todos acolher. E o erguer o olhar ao Alto para se dirigir ao Pai demonstrava a mais sublime expressão da fé que, mesmo estando dolorido e alquebrado, se entregava em sacrifício em nome do Amor e fazia ali o pedido mais profundo, pois ao se esquecer das humilhações e das dores, voltava-se à Deus e rogava o perdão por todos os atos que ali foram cometidos por força da ignorância.
Aprendamos com Jesus: erguer os olhos ao Pai é sintonizar-se com seu Amor; e o Espírito sintonizado com Amor divino vence suas dores, alivia-se do seu fardo e consegue ver o outro em sua dificuldade e busca ofertar-lhe o que tem, para que o outro também consiga subir mais e mais em sintonia e se encontrar com Amor Maior -Essência primária de Deus.
Muita paz!
Carlos.
Mensagem psicografada na AMEMG, em 28/03/18, pelo médium Roberto Lúcio Vieira de Souza.
..............................................................................................
FELIZ PÁSCOA! FELIZ RENASCIMENTO!
Toda a paisagem que a multidão contemplava era a dos três crucificados erguidos e acobertados pelo céu de Jerusalém.
Aos olhos dos criminosos vulgares, em ambas as cruzes, viviam sentimentos opostos. Um rogava o perdão divino e a assistência do Pai; no outro havia blasfêmia e críticas, filhas da ignorância e do pecado. Certamente, ambos olhavam a multidão com tristeza, mas via nela assassinos e justiceiros.
O Cristo, porém, sereno, na certeza de estar cumprindo a Vontade do Pai, contemplava a pobreza da alma humana, a mesquinharia dos poderosos e a dor do simples e humildes, que ali estavam em minoria tentando solidarizar-se com o Mestre. Ele não os via com qualquer expressão de animosidade.
O madeiro o aproximava mais e mais do Céus, seus braços, embora forçados pela crucificação, expressavam suas possibilidades de a todos acolher. E o erguer o olhar ao Alto para se dirigir ao Pai demonstrava a mais sublime expressão da fé que, mesmo estando dolorido e alquebrado, se entregava em sacrifício em nome do Amor e fazia ali o pedido mais profundo, pois ao se esquecer das humilhações e das dores, voltava-se à Deus e rogava o perdão por todos os atos que ali foram cometidos por força da ignorância.
Aprendamos com Jesus: erguer os olhos ao Pai é sintonizar-se com seu Amor; e o Espírito sintonizado com Amor divino vence suas dores, alivia-se do seu fardo e consegue ver o outro em sua dificuldade e busca ofertar-lhe o que tem, para que o outro também consiga subir mais e mais em sintonia e se encontrar com Amor Maior -Essência primária de Deus.
Muita paz!
Carlos.
Mensagem psicografada na AMEMG, em 28/03/18, pelo médium Roberto Lúcio Vieira de Souza.
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FELIZ PÁSCOA! FELIZ RENASCIMENTO!
A PAIXÃO DE CRISTO
Os últimos cinco dias que Jesus Cristo passou vivo foram
emocionantes. Tanto para ele como para seus seguidores. A entrada
triunfal dele em Jerusalém na semana da páscoa judaica, os tumultos que
sua presença causou ao redor do Templo Sagrado, as altercações com os
fariseus, a última ceia, a traição, a prisão, o julgamento, a flagelação
e a crucificação, tudo foi muito rápido, avassalador, compondo os atos
do Drama da Paixão. Episódio trágico até hoje representado no mundo
inteiro pelas comunidades cristãs.
A páscoa em Jerusalém:
"A religião, até hoje, não teria existido sem uma parte de ascetismo, de devoção, de maravilhoso." E.Renan – A Vida de Jesus, 1863.
Na páscoa Jerusalém lotava. Em situações normais acredita-se que a cidade não comportasse mais de 50 mil habitantes na época de Jesus Cristo. Todavia, durante as grandes festas judaicas, multidões vindas de todas as partes do País de Canaã para lá afluíam. As cercanias ao redor do Beit Hamikdash, o Templo Sagrado, tornavam-se um vespeiro humano com o entra e sai daqueles que para lá iam depositar suas oferendas nos altares santos e fazer as prostrações.
Vindo da Galiléia, um tanto que fugido, sentindo-se ameaçado pela polícia de Herodes Antipas, Cristo decidiu-se por fazer uma entrada triunfal na cidade santa. Para afirmar publicamente que o seu reinado, ao contrário da monarquia herodiana, era o império dos simples, adentrou pelo portão montado num jumentinho. A multidão local, lançado Hosanas, recebeu-o como "o filho de Davi", alguém que havia herdado do lendário rei o poder de fazer curas e operar milagres. Entretanto, o recém chegado logo se indispôs com meio mundo.
A PALESTINA NO TEMPO DE CRISTO.
Herodes o Grande e dois de seus filhos:
A Palestina, na ocasião chamada de País de Canaã (da cor púrpura, em fenício), estava ocupada pelas legiões romanas desde que Pompeu fizera de Jerusalém seu quartel-general, no ano 63 a.C. Sabendo que a única maneira de manter uma certa autonomia dos judeus era aliando-se aos romanos, o rei Herodes, dito o Grande, da etnia dos ismodeus judaizados, resolveu associar-se inteiramente aos desígnios de Roma. Desde o ano de 38 a.C. ele, com o beneplácito dos triúnviros Marco Antônio e Otávio, fora indicado como Rex amicus et socius populi Romani.
A política de Herodes foi sempre apoiar o principal caudilho romano, posição essa que não era bem vista pelo seu povo em geral. Mas o que poderia fazer o pequeno reino de Israel frente às águias imperiais cujas asas estendiam-se por boa parte do mundo europeu e mediterrâneo? Assim é que os hebreus tiveram que conformar-se em submeter-se ao Regime do Protetorado. Quanto Herodes o Grande morreu, no ano 4 a.C. (data que virou festa judaica), seu reino foi dividido numa tetrarquia entre seus filhos. O próprio povo, por meio dos altos sacerdotes, intercedeu junto as autoridades de ocupação para que os poderes tirânicos da dinastia herodiana fossem limitados por Roma.
A tetrarquia e os procuradores romanos:
A Arquelau coube a posição de tetrarquia (uma espécie de governador de província) da Judéia e da Samária, a Herodes Antipas a parte da Galiléia e da Perea, enquanto que o seu irmão Herodes Filipe ficou com a Iturea e a Galaunítida. Todos eles inteiramente obedientes ao Legatus Augustae, ao governador-geral romano da Síria. Este por sua vez se fazia representar na região através de um procurador cuja sede oficial ficava na cidade de Cesaréia Marítima, deixando que Jerusalém permanecesse no controle simbólico do sinédrio, da assembléia dos anciãos responsáveis pelo Templo Sagrado, presidida por um sumo-sacerdote.
Na época de Cristo, ele chamava-se Caifás.
Os romanos, seguindo a tradição de serem liberais nas questões religiosas, permitiam que os judeus mantivessem suas cerimônias e se comprometeram a não perturbarem os rituais ou a profanarem os espaços sagrados deles. Tanto assim que causou enorme tumulto quando Herodes o Grande, num gesto de querer agradar os ocupantes, mandara expor uma águia dourada, símbolo romano, numa das entradas do Templo. Perturbação que obrigou os romanos a submeterem os hierosolimitas, a população de Jerusalém, ao duro braço da legião.
Fonte: Forum Espírita
A páscoa em Jerusalém:
"A religião, até hoje, não teria existido sem uma parte de ascetismo, de devoção, de maravilhoso." E.Renan – A Vida de Jesus, 1863.
Na páscoa Jerusalém lotava. Em situações normais acredita-se que a cidade não comportasse mais de 50 mil habitantes na época de Jesus Cristo. Todavia, durante as grandes festas judaicas, multidões vindas de todas as partes do País de Canaã para lá afluíam. As cercanias ao redor do Beit Hamikdash, o Templo Sagrado, tornavam-se um vespeiro humano com o entra e sai daqueles que para lá iam depositar suas oferendas nos altares santos e fazer as prostrações.
Vindo da Galiléia, um tanto que fugido, sentindo-se ameaçado pela polícia de Herodes Antipas, Cristo decidiu-se por fazer uma entrada triunfal na cidade santa. Para afirmar publicamente que o seu reinado, ao contrário da monarquia herodiana, era o império dos simples, adentrou pelo portão montado num jumentinho. A multidão local, lançado Hosanas, recebeu-o como "o filho de Davi", alguém que havia herdado do lendário rei o poder de fazer curas e operar milagres. Entretanto, o recém chegado logo se indispôs com meio mundo.
A PALESTINA NO TEMPO DE CRISTO.
Herodes o Grande e dois de seus filhos:
A Palestina, na ocasião chamada de País de Canaã (da cor púrpura, em fenício), estava ocupada pelas legiões romanas desde que Pompeu fizera de Jerusalém seu quartel-general, no ano 63 a.C. Sabendo que a única maneira de manter uma certa autonomia dos judeus era aliando-se aos romanos, o rei Herodes, dito o Grande, da etnia dos ismodeus judaizados, resolveu associar-se inteiramente aos desígnios de Roma. Desde o ano de 38 a.C. ele, com o beneplácito dos triúnviros Marco Antônio e Otávio, fora indicado como Rex amicus et socius populi Romani.
A política de Herodes foi sempre apoiar o principal caudilho romano, posição essa que não era bem vista pelo seu povo em geral. Mas o que poderia fazer o pequeno reino de Israel frente às águias imperiais cujas asas estendiam-se por boa parte do mundo europeu e mediterrâneo? Assim é que os hebreus tiveram que conformar-se em submeter-se ao Regime do Protetorado. Quanto Herodes o Grande morreu, no ano 4 a.C. (data que virou festa judaica), seu reino foi dividido numa tetrarquia entre seus filhos. O próprio povo, por meio dos altos sacerdotes, intercedeu junto as autoridades de ocupação para que os poderes tirânicos da dinastia herodiana fossem limitados por Roma.
A tetrarquia e os procuradores romanos:
A Arquelau coube a posição de tetrarquia (uma espécie de governador de província) da Judéia e da Samária, a Herodes Antipas a parte da Galiléia e da Perea, enquanto que o seu irmão Herodes Filipe ficou com a Iturea e a Galaunítida. Todos eles inteiramente obedientes ao Legatus Augustae, ao governador-geral romano da Síria. Este por sua vez se fazia representar na região através de um procurador cuja sede oficial ficava na cidade de Cesaréia Marítima, deixando que Jerusalém permanecesse no controle simbólico do sinédrio, da assembléia dos anciãos responsáveis pelo Templo Sagrado, presidida por um sumo-sacerdote.
Na época de Cristo, ele chamava-se Caifás.
Os romanos, seguindo a tradição de serem liberais nas questões religiosas, permitiam que os judeus mantivessem suas cerimônias e se comprometeram a não perturbarem os rituais ou a profanarem os espaços sagrados deles. Tanto assim que causou enorme tumulto quando Herodes o Grande, num gesto de querer agradar os ocupantes, mandara expor uma águia dourada, símbolo romano, numa das entradas do Templo. Perturbação que obrigou os romanos a submeterem os hierosolimitas, a população de Jerusalém, ao duro braço da legião.
Fonte: Forum Espírita
VISÃO ESPÍRITA DA PÁSCOA
Por Marcelo Henrique
Eis-nos, uma vez mais, às vésperas de mais uma Páscoa. Nosso pensamento e nossa emoção, ambos cristãos, manifestam nossa sensibilidade psíquica. Deixando de lado o apelo comercial da data, e o caráter de festividade familiar, a exemplo do Natal, nossa atenção e consciência espíritas requerem uma explicação plausível do significado da data e de sua representação perante o contexto filosófico-científico-moral da Doutrina Espírita.
Deve-se comemorar a Páscoa? Que tipo de celebração, evento ou homenagem é permitida nas instituições espíritas? Como o Espiritismo visualiza o acontecimento da paixão, crucificação, morte e ressurreição de Jesus?
Em linhas gerais, as instituições espíritas não celebram a Páscoa, nem programam situações específicas para “marcar” a data, como fazem as demais religiões ou filosofias “cristãs”. Todavia, o sentimento de religiosidade que é particular de cada ser-Espírito, é, pela Doutrina Espírita, respeitado, de modo que qualquer manifestação pessoal ou, mesmo, coletiva, acerca da Páscoa não é proibida, nem desaconselhada.
O certo é que a figura de Jesus assume posição privilegiada no contexto espírita, dizendo-se, inclusive, que a moral de Jesus serve de base para a moral do Espiritismo. Assim, como as pessoas, via de regra, são lembradas, em nossa cultura, pelo que fizeram e reverenciadas nas datas principais de sua existência corpórea (nascimento e morte), é absolutamente comum e verdadeiro lembrarmo-nos das pessoas que nos são caras ou importantes nestas datas. Não há, francamente, nenhum mal nisso.
Mas, como o Espiritismo não tem dogmas, sacramentos, rituais ou liturgias, a forma de encarar a Páscoa (ou a Natividade) de Jesus, assume uma conotação bastante peculiar. Antes de mencionarmos a significação espírita da Páscoa, faz-se necessário buscar, no tempo, na História da Humanidade, as referências ao acontecimento.
A Páscoa, primeiramente, não é, de maneira inicial, relacionada ao martírio e sacrifício de Jesus. Veja-se, por exemplo, no Evangelho de Lucas (cap. 22, versículos 15 e 16), a menção, do próprio Cristo, ao evento: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes da minha paixão. Porque vos declaro que não tornarei a comer, até que ela se cumpra no Reino de Deus.” Evidente, aí, a referência de que a Páscoa já era uma “comemoração”, na época de Jesus, uma festa cultural e, portanto, o que fez a Igreja foi “aproveitar-se” do sentido da festa, para adaptá-la, dando-lhe um novo significado, associando-o à “imolação” de Jesus, no pós-julgamento, na execução da sentença de Pilatos.
Historicamente, a Páscoa é a junção de duas festividades muito antigas, comuns entre os povos primitivos, e alimentada pelos judeus, à época de Jesus. Fala-se do “pesah”, uma dança cultural, representando a vida dos povos nômades, numa fase em que a vinculação à terra (com a noção de propriedade) ainda não era flagrante. Também estava associada à “festa dos ázimos”, uma homenagem que os agricultores sedentários faziam às divindades, em razão do início da época da colheita do trigo, agradecendo aos Céus, pela fartura da produção agrícola, da qual saciavam a fome de suas famílias, e propiciavam as trocas nos mercados da época. Ambas eram comemoradas no mês de abril (nisan) e, a partir do evento bíblico denominado “êxodo” (fuga do povo hebreu do Egito), em torno de 1441 a.C., passaram a ser reverenciadas juntas. É esta a Páscoa que o Cristo desejou comemorar junto dos seus mais caros, por ocasião da última ceia.
Logo após a celebração, foram todos para o Getsêmani, onde os discípulos invigilantes adormeceram, tendo sido o palco do beijo da traição e da prisão do Nazareno.
Mas há outros elementos “evangélicos” que marcam a Páscoa. Isto porque as vinculações religiosas apontam para a quinta e a sexta-feira santas, o sábado de aleluia e o domingo de páscoa. Os primeiros relacionam-se ao “martírio”, ao sofrimento de Jesus – tão bem retratado neste último filme hollyodiano (A Paixão de Cristo, segundo Mel Gibson) –, e os últimos, à ressurreição e a ascensão de Jesus.
No que concerne à ressurreição, podemos dizer que a interpretação tradicional aponta para a possibilidade da mantença da estrutura corporal do Cristo, no post-mortem, situação totalmente rechaçada pela ciência, em virtude do apodrecimento e deterioração do envoltório físico. As Igrejas cristãs insistem na hipótese do Cristo ter “subido aos Céus” em corpo e alma, e fará o mesmo em relação a todos os “eleitos” no chamado “juízo final”. Isto é, pessoas que morreram, pelos séculos afora, cujos corpos já foram decompostos e reaproveitados pela terra, ressurgirão, perfeitos, reconstituindo as estruturas orgânicas, do dia do julgamento, onde o Cristo, separá justos e ímpios.
A lógica e o bom-senso espíritas abominam tal teoria, pela impossibilidade física e pela injustiça moral. Afinal, com a lei dos renascimentos, estabelece-se um critério mais justo para aferir a “competência” ou a “qualificação” de todos os Espíritos. Com “tantas oportunidades quanto sejam necessárias”, no “nascer de novo”, é possível a todos progredirem.
Mas, como explicar, então as “aparições” de Jesus, nos quarenta dias póstumos, mencionadas pelos religiosos na alusão à Páscoa?
A fenomenologia espírita (mediúnica) aponta para as manifestações psíquicas descritas como mediunidades. Em algumas ocasiões, como a conversa com Maria de Magdala, que havia ido até o sepulcro para depositar algumas flores e orar, perguntando a Jesus – como se fosse o jardineiro – após ver a lápide removida, “para onde levaram o corpo do Raboni”, podemos estar diante da “materialização”, isto é, a utilização de fluido ectoplásmico – de seres encarnados – para possibilitar que o Espírito seja visto (por todos). Igual circunstância se dá, também, no colóquio de Tomé com os demais discípulos, que já haviam “visto” Jesus, de que ele só acreditaria, se “colocasse as mãos nas chagas do Cristo”. E isto, em verdade, pelos relatos bíblicos, acontece. Noutras situações, estamos diante de uma outra manifestação psíquica conhecida, a mediunidade de vidência, quando, pelo uso de faculdades mediúnicas, alguém pode ver os Espíritos.
A Páscoa, em verdade, pela interpretação das religiões e seitas tradicionais, acha-se envolta num preocupante e negativo contexto de culpa. Afinal, acredita-se que Jesus teria padecido em razão dos “nossos” pecados, numa alusão descabida de que todo o sofrimento de Jesus teria sido realizado para “nos salvar”, dos nossos próprios erros, ou dos erros cometidos por nossos ancestrais, em especial, os “bíblicos” Adão e Eva, no Paraíso. A presença do “cordeiro imolado”, que cumpre as profecias do Antigo Testamento, quanto à perseguição e violência contra o “filho de Deus”, está flagrantemente aposta em todas as igrejas, nos crucifixos e nos quadros que relatam – em cores vivas – as fases da via sacra.
Esta tradição judaico-cristã da “culpa” é a grande diferença entre a Páscoa tradicional e a Páscoa espírita, se é que esta última existe. Em verdade, nós espíritas devemos reconhecer a data da Páscoa como a grande – e última lição – de Jesus, que vence as iniqüidades, que retorna triunfante, que prossegue sua cátedra pedagógica, para asseverar que “permaneceria eternamente conosco”, na direção bussolar de nossos passos, doravante.
Nestes dias de festas materiais e/ou lembranças do sofrimento do Rabi, possamos nós encarar a Páscoa como o momento de transformação, a vera evocação de liberdade, pois, uma vez despojado do envoltório corporal, pôde Jesus retornar ao Plano Espiritual para, de lá, continuar “coordenando” o processo depurativo de nosso orbe. Longe da remissão da celebração de uma festa pastoral ou agrícola, ou da libertação de um povo oprimido, ou da ressurreição de Jesus, possa ela ser encarada por nós, espíritas, como a vitória real da vida sobre a morte, pela certeza da imortalidade e da reencarnação, porque a vida, em essência, só pode ser conceituada como o amor, calcado nos grandes exemplos da própria existência de Jesus, de amor ao próximo e de valorização da própria vida.
Nesta Páscoa, assim, quando estiveres junto aos teus mais caros, lembra-te de reverenciar os belos exemplos de Jesus, que o imortalizam e que nos guiam para, um dia, também estarmos na condição experimentada por ele, qual seja a de “sermos deuses”, “fazendo brilhar a nossa luz”.
Comemore, então, meu amigo, uma “outra” Páscoa. A sua Páscoa, a da sua transformação, rumo a uma vida plena.
(*) Marcelo Henrique, Doutorando em Direito e Assessor Administrativo da Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo - ABRADE.
Eis-nos, uma vez mais, às vésperas de mais uma Páscoa. Nosso pensamento e nossa emoção, ambos cristãos, manifestam nossa sensibilidade psíquica. Deixando de lado o apelo comercial da data, e o caráter de festividade familiar, a exemplo do Natal, nossa atenção e consciência espíritas requerem uma explicação plausível do significado da data e de sua representação perante o contexto filosófico-científico-moral da Doutrina Espírita.
Deve-se comemorar a Páscoa? Que tipo de celebração, evento ou homenagem é permitida nas instituições espíritas? Como o Espiritismo visualiza o acontecimento da paixão, crucificação, morte e ressurreição de Jesus?
Em linhas gerais, as instituições espíritas não celebram a Páscoa, nem programam situações específicas para “marcar” a data, como fazem as demais religiões ou filosofias “cristãs”. Todavia, o sentimento de religiosidade que é particular de cada ser-Espírito, é, pela Doutrina Espírita, respeitado, de modo que qualquer manifestação pessoal ou, mesmo, coletiva, acerca da Páscoa não é proibida, nem desaconselhada.
O certo é que a figura de Jesus assume posição privilegiada no contexto espírita, dizendo-se, inclusive, que a moral de Jesus serve de base para a moral do Espiritismo. Assim, como as pessoas, via de regra, são lembradas, em nossa cultura, pelo que fizeram e reverenciadas nas datas principais de sua existência corpórea (nascimento e morte), é absolutamente comum e verdadeiro lembrarmo-nos das pessoas que nos são caras ou importantes nestas datas. Não há, francamente, nenhum mal nisso.
Mas, como o Espiritismo não tem dogmas, sacramentos, rituais ou liturgias, a forma de encarar a Páscoa (ou a Natividade) de Jesus, assume uma conotação bastante peculiar. Antes de mencionarmos a significação espírita da Páscoa, faz-se necessário buscar, no tempo, na História da Humanidade, as referências ao acontecimento.
A Páscoa, primeiramente, não é, de maneira inicial, relacionada ao martírio e sacrifício de Jesus. Veja-se, por exemplo, no Evangelho de Lucas (cap. 22, versículos 15 e 16), a menção, do próprio Cristo, ao evento: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes da minha paixão. Porque vos declaro que não tornarei a comer, até que ela se cumpra no Reino de Deus.” Evidente, aí, a referência de que a Páscoa já era uma “comemoração”, na época de Jesus, uma festa cultural e, portanto, o que fez a Igreja foi “aproveitar-se” do sentido da festa, para adaptá-la, dando-lhe um novo significado, associando-o à “imolação” de Jesus, no pós-julgamento, na execução da sentença de Pilatos.
Historicamente, a Páscoa é a junção de duas festividades muito antigas, comuns entre os povos primitivos, e alimentada pelos judeus, à época de Jesus. Fala-se do “pesah”, uma dança cultural, representando a vida dos povos nômades, numa fase em que a vinculação à terra (com a noção de propriedade) ainda não era flagrante. Também estava associada à “festa dos ázimos”, uma homenagem que os agricultores sedentários faziam às divindades, em razão do início da época da colheita do trigo, agradecendo aos Céus, pela fartura da produção agrícola, da qual saciavam a fome de suas famílias, e propiciavam as trocas nos mercados da época. Ambas eram comemoradas no mês de abril (nisan) e, a partir do evento bíblico denominado “êxodo” (fuga do povo hebreu do Egito), em torno de 1441 a.C., passaram a ser reverenciadas juntas. É esta a Páscoa que o Cristo desejou comemorar junto dos seus mais caros, por ocasião da última ceia.
Logo após a celebração, foram todos para o Getsêmani, onde os discípulos invigilantes adormeceram, tendo sido o palco do beijo da traição e da prisão do Nazareno.
Mas há outros elementos “evangélicos” que marcam a Páscoa. Isto porque as vinculações religiosas apontam para a quinta e a sexta-feira santas, o sábado de aleluia e o domingo de páscoa. Os primeiros relacionam-se ao “martírio”, ao sofrimento de Jesus – tão bem retratado neste último filme hollyodiano (A Paixão de Cristo, segundo Mel Gibson) –, e os últimos, à ressurreição e a ascensão de Jesus.
No que concerne à ressurreição, podemos dizer que a interpretação tradicional aponta para a possibilidade da mantença da estrutura corporal do Cristo, no post-mortem, situação totalmente rechaçada pela ciência, em virtude do apodrecimento e deterioração do envoltório físico. As Igrejas cristãs insistem na hipótese do Cristo ter “subido aos Céus” em corpo e alma, e fará o mesmo em relação a todos os “eleitos” no chamado “juízo final”. Isto é, pessoas que morreram, pelos séculos afora, cujos corpos já foram decompostos e reaproveitados pela terra, ressurgirão, perfeitos, reconstituindo as estruturas orgânicas, do dia do julgamento, onde o Cristo, separá justos e ímpios.
A lógica e o bom-senso espíritas abominam tal teoria, pela impossibilidade física e pela injustiça moral. Afinal, com a lei dos renascimentos, estabelece-se um critério mais justo para aferir a “competência” ou a “qualificação” de todos os Espíritos. Com “tantas oportunidades quanto sejam necessárias”, no “nascer de novo”, é possível a todos progredirem.
Mas, como explicar, então as “aparições” de Jesus, nos quarenta dias póstumos, mencionadas pelos religiosos na alusão à Páscoa?
A fenomenologia espírita (mediúnica) aponta para as manifestações psíquicas descritas como mediunidades. Em algumas ocasiões, como a conversa com Maria de Magdala, que havia ido até o sepulcro para depositar algumas flores e orar, perguntando a Jesus – como se fosse o jardineiro – após ver a lápide removida, “para onde levaram o corpo do Raboni”, podemos estar diante da “materialização”, isto é, a utilização de fluido ectoplásmico – de seres encarnados – para possibilitar que o Espírito seja visto (por todos). Igual circunstância se dá, também, no colóquio de Tomé com os demais discípulos, que já haviam “visto” Jesus, de que ele só acreditaria, se “colocasse as mãos nas chagas do Cristo”. E isto, em verdade, pelos relatos bíblicos, acontece. Noutras situações, estamos diante de uma outra manifestação psíquica conhecida, a mediunidade de vidência, quando, pelo uso de faculdades mediúnicas, alguém pode ver os Espíritos.
A Páscoa, em verdade, pela interpretação das religiões e seitas tradicionais, acha-se envolta num preocupante e negativo contexto de culpa. Afinal, acredita-se que Jesus teria padecido em razão dos “nossos” pecados, numa alusão descabida de que todo o sofrimento de Jesus teria sido realizado para “nos salvar”, dos nossos próprios erros, ou dos erros cometidos por nossos ancestrais, em especial, os “bíblicos” Adão e Eva, no Paraíso. A presença do “cordeiro imolado”, que cumpre as profecias do Antigo Testamento, quanto à perseguição e violência contra o “filho de Deus”, está flagrantemente aposta em todas as igrejas, nos crucifixos e nos quadros que relatam – em cores vivas – as fases da via sacra.
Esta tradição judaico-cristã da “culpa” é a grande diferença entre a Páscoa tradicional e a Páscoa espírita, se é que esta última existe. Em verdade, nós espíritas devemos reconhecer a data da Páscoa como a grande – e última lição – de Jesus, que vence as iniqüidades, que retorna triunfante, que prossegue sua cátedra pedagógica, para asseverar que “permaneceria eternamente conosco”, na direção bussolar de nossos passos, doravante.
Nestes dias de festas materiais e/ou lembranças do sofrimento do Rabi, possamos nós encarar a Páscoa como o momento de transformação, a vera evocação de liberdade, pois, uma vez despojado do envoltório corporal, pôde Jesus retornar ao Plano Espiritual para, de lá, continuar “coordenando” o processo depurativo de nosso orbe. Longe da remissão da celebração de uma festa pastoral ou agrícola, ou da libertação de um povo oprimido, ou da ressurreição de Jesus, possa ela ser encarada por nós, espíritas, como a vitória real da vida sobre a morte, pela certeza da imortalidade e da reencarnação, porque a vida, em essência, só pode ser conceituada como o amor, calcado nos grandes exemplos da própria existência de Jesus, de amor ao próximo e de valorização da própria vida.
Nesta Páscoa, assim, quando estiveres junto aos teus mais caros, lembra-te de reverenciar os belos exemplos de Jesus, que o imortalizam e que nos guiam para, um dia, também estarmos na condição experimentada por ele, qual seja a de “sermos deuses”, “fazendo brilhar a nossa luz”.
Comemore, então, meu amigo, uma “outra” Páscoa. A sua Páscoa, a da sua transformação, rumo a uma vida plena.
(*) Marcelo Henrique, Doutorando em Direito e Assessor Administrativo da Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo - ABRADE.
UM FENÔMENO DE MATERIALIZAÇÃO NA PÁSCOA
De acordo com as tradições judaicas as festas relativas à Pascoa
estão ligadas as dois fatos: o primeiro é a libertação do povo Hebreu do
cativeiro no Egito, aproximadamente 1.280 anos a.C., e o segundo está
ligado ao aspecto agrícola, tratava-se da festa do fim de inverno e
início da primavera, o primeiro mês da colheita da cevada.(Êxodo cap. 12
e Deuteronômio cap. 16).
CRISTIANISMO
CRISTIANISMO
No ano de 325 d.C., por decreto do Primeiro Concílio de Niceia a
Páscoa passou a ser também uma festa cristã em Celebração à Ressurreição
de Jesus Cristo. Hoje os cristãos comemoram o período Pascal que inicia
no domingo da Páscoa e se estende até o dia de Pentecostes.
ESPIRITISMO
A Doutrina Espírita embora respeitando todos os livros considerados sagrados, como o Talmude, o Thorá, o Corão, o Bhagavad Gita entre outros não menos respeitáveis, adotou os Livros do Novo Testamento onde estão contidos os ensinamentos morais de Jesus Cristo.
Os ensinos do Cristo estão presentes em todas as obras da Codificação Espírita e, especialmente no livro "O Evangelho segundo o Espiritismo" e, as questões da Páscoa e da ressurreição mereceram um estudo particular de Allan Kardec na obra "A Gênese", capítulo XV: "Prodígios por ocasião da morte de Jesus; do item n. 54 até item n.66, e finaliza com este comentário:
- "Jesus, portanto, teve como todos nós, um corpo carnal e um corpo fluídico, o que é comprovado pelos fenômenos materiais e os fenômenos psíquicos que assinalaram sua vida".
Em "O livro dos Médiuns" o codificador apresenta o resultado das suas pesquisas e as informações recebidas dos Espíritos superiores sobre a natureza do corpo fluídico, o qual todos os Espíritos encarnados e desencarnados possuem. A esse corpo Allan Kardec deu o nome de Perispírito. Esse perispírito, portanto, sobrevive à morte do corpo físico e pode servir de instrumento para o Espírito desencarnado fazer-se visível através do fenômeno de ectoplasmia (materialização).
Renomados homens de ciência como Willian Crooks, (Fatos Espíritas), Alexandre Aksakof, (Um Caso de Desmaterialização) e Gustave Geley, (O Ser Subconsciente) ,entre tantos outros, posteriormente realizaram inúmeros estudos e pesquisas que vieram confirmar as deduções de Allan Kardec.
Portanto, a Páscoa, para a Doutrina Espírita, além das celebrações religiosas de Judeus e Cristãos, tem um significado da mais relevante importância; pois nesta ocasião fazem mais de dois mil anos, o Cristo demonstrou de maneira inquestionável a sobrevivência e a comunicabilidade do Espírito.
Por isso, para o Espiritismo, até prova em contrário, e mesmo respeitando outras linhas de pensamento, o corpo com que o Cristo se apresenta no domingo da Páscoa, é o seu corpo espiritual.
UMA BOA PÁSCOA PARA TODOS ! MUITA PAZ.
ESPIRITISMO
A Doutrina Espírita embora respeitando todos os livros considerados sagrados, como o Talmude, o Thorá, o Corão, o Bhagavad Gita entre outros não menos respeitáveis, adotou os Livros do Novo Testamento onde estão contidos os ensinamentos morais de Jesus Cristo.
Os ensinos do Cristo estão presentes em todas as obras da Codificação Espírita e, especialmente no livro "O Evangelho segundo o Espiritismo" e, as questões da Páscoa e da ressurreição mereceram um estudo particular de Allan Kardec na obra "A Gênese", capítulo XV: "Prodígios por ocasião da morte de Jesus; do item n. 54 até item n.66, e finaliza com este comentário:
- "Jesus, portanto, teve como todos nós, um corpo carnal e um corpo fluídico, o que é comprovado pelos fenômenos materiais e os fenômenos psíquicos que assinalaram sua vida".
Em "O livro dos Médiuns" o codificador apresenta o resultado das suas pesquisas e as informações recebidas dos Espíritos superiores sobre a natureza do corpo fluídico, o qual todos os Espíritos encarnados e desencarnados possuem. A esse corpo Allan Kardec deu o nome de Perispírito. Esse perispírito, portanto, sobrevive à morte do corpo físico e pode servir de instrumento para o Espírito desencarnado fazer-se visível através do fenômeno de ectoplasmia (materialização).
Renomados homens de ciência como Willian Crooks, (Fatos Espíritas), Alexandre Aksakof, (Um Caso de Desmaterialização) e Gustave Geley, (O Ser Subconsciente) ,entre tantos outros, posteriormente realizaram inúmeros estudos e pesquisas que vieram confirmar as deduções de Allan Kardec.
Portanto, a Páscoa, para a Doutrina Espírita, além das celebrações religiosas de Judeus e Cristãos, tem um significado da mais relevante importância; pois nesta ocasião fazem mais de dois mil anos, o Cristo demonstrou de maneira inquestionável a sobrevivência e a comunicabilidade do Espírito.
Por isso, para o Espiritismo, até prova em contrário, e mesmo respeitando outras linhas de pensamento, o corpo com que o Cristo se apresenta no domingo da Páscoa, é o seu corpo espiritual.
UMA BOA PÁSCOA PARA TODOS ! MUITA PAZ.
ENJÔOS DURANTE A GESTAÇÃO, VISÃO ESPÍRITA
Com o desenvolvimento da gravidez, à medida que o embrião vai se
estruturando, conforme o molde energético dado pelas matrizes
perispirituais da entidade reencarnante, vão se intensificando as trocas
fluídicas ou energéticas, entre o perispírito da mãe e o espírito
reencarnante.
Já se observa, a certa altura, uma intensa sintonia vibratória com grande intercâmbio de campos energéticos. Sucede que estas vibrações permutadas podem ser doentes (espiritualmente falando ) ou sadias.
As vivências das encarnações anteriores, indelevelmente registradas nos arquivos energéticos do espírito, são núcleos de emanação de ondas que exercem influência sobre a gestante.
As experiências de sofrimentos ainda não resolvidas psicologicamente, os ressentimentos mantidos, são concentrações de força a irradiar sobre a estrutura psicofísica materna. As experiências comuns entre mãe e filho, vividas em estâncias pretéritas, se reencontram agora com anestesia apenas parcial.
Não resta dúvida, que é a grande oportunidade da reaproximação e solução dos débitos passados.
Também é importante se reafirme toda a assistência espiritual presente no transcurso da gravidez, amparando à dupla.
As trocas fluídico-energéticas entre ambos, frequentemente produzem enjôos à mãe.
A intensidade destes enjôos muitas vezes está relacionada (também) a diferenças de nível evolutivo entre o espírito reencarnante e a gestante.
Em determinadas situações, no entanto, não se trata de diferença de nível espiritual, pois normalmente aos espíritos superiores não é difícil superar e compreender as limitações dos menos evoluídos.
Frequentemente são os reconhecimentos inconscientes das experiências comuns vividas. São as
sensações decorrentes do espelhar mútuo, da situação espiritual vivenciada no passado e ainda não resolvida.
Cuidemos, no entanto, para não cometer injustiça ou erros de julgamento.
Os enjôos tem também causas meramente orgânicas ligadas a fatores anatômicos e fisiológicos do processo gestacional. Atribuir aos enjôos apenas significado de ordem espiritual seria empobrecer a ciência
espírita e comprometer sua imagem perante as pessoas de bom senso.
Os estranhos desejos da gestante:
As aparentes extravagâncias da mulher grávida podem ter, também, causas ligadas às influências do espírito reencarnante. Não estamos aqui, portanto, excluindo de maneira alguma o componente fisiológico. As profundas alterações hormonais sob o comando da hipófise são sem dúvida co-fatores que interferem no psiquismo da gestante determinando tendências na esfera alimentar. Tendo sido feita esta ressalva , cumpre-nos estudar a outra face da moeda.
Estando a estrutura do corpo espiritual da entidade reencarnante unida ao chakra genésico materno, passa a sofrer a influência de fortes correntes eletromagnéticas que lhe impõem a redução volumétrica necessária. O corpo astral
(perispírito) que possuía digamos 175cm deverá se adaptar a um organismo fetal bem menor. Ocorre então a redução dos espaços intermoleculares da matéria perispiritual. Tal fato ocorre pela diminuição da vibração das moléculas do
corpo espiritual. A energia cinética se reduz, as moléculas se aproximam reduzindo os espaços intermoleculares. Além desta redução, toda molécula excedente, que não serve ao trabalho fundamental de refundição da forma é
devolvida ao plano “espiritual ” e reintegrada ao fluido cósmico universal.
No organismo materno, mais especificamente no chakra genésico, há uma função que lembra o trabalho de um exaustor de cozinha. Neste aparelho doméstico se processa a absorção da gordura excedente, eliminando-a do ambiente. Conforme encontramos no livro” Entre a Terra e o Céu “, cap. XXX, André Luiz que se expressa da seguinte forma.” O organismo materno, absorvendo as emanações da entidade reencarnante, funciona como um exaustor de fluidos em desintegração, fluidos estes que nem sempre são aprazíveis ou suportáveis pela sensibilidade
feminina”.
Há espíritos que por se acharem zoantropizados ou licantropizados (isto é, tão deformados que se parecem com animais,lobos etc ) , portanto com morfologia tão alterada e acrescida de fluidos prejudiciais que sofrerão intenso processo de reabsorção fluídica por parte do chakra genésico materno. O fato citado gera intensas e frequentes sensações psíquicas na gestante. Estas sensações não tem tradução lógica em valores conhecidos aos sentidos físicos. Como são sensações , o cérebro decodifica em algo material e expressa como: Desejo de comer, cheirar
ou fazer alguma coisa diferente. Portanto, embora seja inverdade que desejos insatisfeitos possam determinar defeitos físicos no bebê, mera crendice, os desejos existem e quando não são tão absurdos como comer sabonete com cebola, não custa nada (às vezes) satisfazer a pobre da gestante…. Mas não exageremos….
Ricardo Di Bernardi ( SC )
Já se observa, a certa altura, uma intensa sintonia vibratória com grande intercâmbio de campos energéticos. Sucede que estas vibrações permutadas podem ser doentes (espiritualmente falando ) ou sadias.
As vivências das encarnações anteriores, indelevelmente registradas nos arquivos energéticos do espírito, são núcleos de emanação de ondas que exercem influência sobre a gestante.
As experiências de sofrimentos ainda não resolvidas psicologicamente, os ressentimentos mantidos, são concentrações de força a irradiar sobre a estrutura psicofísica materna. As experiências comuns entre mãe e filho, vividas em estâncias pretéritas, se reencontram agora com anestesia apenas parcial.
Não resta dúvida, que é a grande oportunidade da reaproximação e solução dos débitos passados.
Também é importante se reafirme toda a assistência espiritual presente no transcurso da gravidez, amparando à dupla.
As trocas fluídico-energéticas entre ambos, frequentemente produzem enjôos à mãe.
A intensidade destes enjôos muitas vezes está relacionada (também) a diferenças de nível evolutivo entre o espírito reencarnante e a gestante.
Em determinadas situações, no entanto, não se trata de diferença de nível espiritual, pois normalmente aos espíritos superiores não é difícil superar e compreender as limitações dos menos evoluídos.
Frequentemente são os reconhecimentos inconscientes das experiências comuns vividas. São as
sensações decorrentes do espelhar mútuo, da situação espiritual vivenciada no passado e ainda não resolvida.
Cuidemos, no entanto, para não cometer injustiça ou erros de julgamento.
Os enjôos tem também causas meramente orgânicas ligadas a fatores anatômicos e fisiológicos do processo gestacional. Atribuir aos enjôos apenas significado de ordem espiritual seria empobrecer a ciência
espírita e comprometer sua imagem perante as pessoas de bom senso.
Os estranhos desejos da gestante:
As aparentes extravagâncias da mulher grávida podem ter, também, causas ligadas às influências do espírito reencarnante. Não estamos aqui, portanto, excluindo de maneira alguma o componente fisiológico. As profundas alterações hormonais sob o comando da hipófise são sem dúvida co-fatores que interferem no psiquismo da gestante determinando tendências na esfera alimentar. Tendo sido feita esta ressalva , cumpre-nos estudar a outra face da moeda.
Estando a estrutura do corpo espiritual da entidade reencarnante unida ao chakra genésico materno, passa a sofrer a influência de fortes correntes eletromagnéticas que lhe impõem a redução volumétrica necessária. O corpo astral
(perispírito) que possuía digamos 175cm deverá se adaptar a um organismo fetal bem menor. Ocorre então a redução dos espaços intermoleculares da matéria perispiritual. Tal fato ocorre pela diminuição da vibração das moléculas do
corpo espiritual. A energia cinética se reduz, as moléculas se aproximam reduzindo os espaços intermoleculares. Além desta redução, toda molécula excedente, que não serve ao trabalho fundamental de refundição da forma é
devolvida ao plano “espiritual ” e reintegrada ao fluido cósmico universal.
No organismo materno, mais especificamente no chakra genésico, há uma função que lembra o trabalho de um exaustor de cozinha. Neste aparelho doméstico se processa a absorção da gordura excedente, eliminando-a do ambiente. Conforme encontramos no livro” Entre a Terra e o Céu “, cap. XXX, André Luiz que se expressa da seguinte forma.” O organismo materno, absorvendo as emanações da entidade reencarnante, funciona como um exaustor de fluidos em desintegração, fluidos estes que nem sempre são aprazíveis ou suportáveis pela sensibilidade
feminina”.
Há espíritos que por se acharem zoantropizados ou licantropizados (isto é, tão deformados que se parecem com animais,lobos etc ) , portanto com morfologia tão alterada e acrescida de fluidos prejudiciais que sofrerão intenso processo de reabsorção fluídica por parte do chakra genésico materno. O fato citado gera intensas e frequentes sensações psíquicas na gestante. Estas sensações não tem tradução lógica em valores conhecidos aos sentidos físicos. Como são sensações , o cérebro decodifica em algo material e expressa como: Desejo de comer, cheirar
ou fazer alguma coisa diferente. Portanto, embora seja inverdade que desejos insatisfeitos possam determinar defeitos físicos no bebê, mera crendice, os desejos existem e quando não são tão absurdos como comer sabonete com cebola, não custa nada (às vezes) satisfazer a pobre da gestante…. Mas não exageremos….
Ricardo Di Bernardi ( SC )
A Semana Santa e o Espiritismo
▬ Como o Espiritismo visualiza o acontecimento da paixão, crucificação, morte e ressurreição de Jesus?
▬ A Semana Santa e a Páscoa?
▬ A Semana Santa e a Páscoa?
A Páscoa é uma festa judaica que comemora a saída do povo hebreu do
Egito. Como nesse dia foi realizada a crucificação de Jesus, os cristãos
absorveram, desde aí, como comemoração de Sua imolação. Para o Espírita
deve ser vista apenas como uma festa cultural religiosa.
Como o Espiritismo não tem dogmas, sacramentos, rituais ou liturgias, a forma de encarar a Páscoa não possui nenhuma conotação especial. As instituições espíritas não celebram a Páscoa, nem programam situações específicas para “marcar” a data, como fazem as demais religiões ou filosofias “cristãs”.
A Páscoa, em verdade, pela interpretação das religiões e seitas tradicionais, acha-se envolta num preocupante e negativo contexto de culpa. Afinal, acredita-se que Jesus teria padecido em razão dos “nossos” pecados, numa alusão de que todo o sofrimento de Jesus teria sido realizado para “nos salvar”, dos nossos próprios erros, ou dos erros cometidos por nossos ancestrais, em especial, os “bíblicos” Adão e Eva, no Paraíso.
A presença do “cordeiro imolado”, que cumpre as profecias do Antigo Testamento, quanto à perseguição e violência contra o “filho de Deus”, está flagrantemente aposta em todas as igrejas, nos crucifixos e nos quadros que relatam – em cores vivas – as fases da via sacra.
Esta tradição judaico-cristã da “culpa” é a grande diferença entre a Páscoa tradicional e a visão espírita da Páscoa. Em verdade, nós espíritas reconhecemos a data da Páscoa como a grande, e última lição, de Jesus, que vence as iniqüidades, que retorna triunfante, que prossegue sua cátedra pedagógica, para asseverar que doravante “permaneceria eternamente conosco”, como Mestre e Guia de nossas vidas.
Nestes dias de festas materiais e/ou lembranças do sofrimento do Rabi, possamos nós encarar a Páscoa como o momento de transformação, a verdadeira evocação de liberdade, pois, uma vez despojado do envoltório corporal, Jesus retorna ao Plano Espiritual para, de lá, continuar “coordenando” o processo evolutivo de nosso planeta.
Longe da remissão da celebração de uma festa pastoral ou agrícola, ou da libertação de um povo oprimido, ou da ressurreição de Jesus, possa a Páscoa ser encarada como a vitória real da vida sobre a morte, da certeza da imortalidade e da reencarnação, porque a vida, em essência, só pode ser conceituada como o amor, calcado nos grandes exemplos da própria existência de Jesus, de amor ao próximo e de valorização da própria vida.
Creuza Santos Lage
Diretora Presidente da Federação Espírita do Estado da Bahia
Como o Espiritismo não tem dogmas, sacramentos, rituais ou liturgias, a forma de encarar a Páscoa não possui nenhuma conotação especial. As instituições espíritas não celebram a Páscoa, nem programam situações específicas para “marcar” a data, como fazem as demais religiões ou filosofias “cristãs”.
A Páscoa, em verdade, pela interpretação das religiões e seitas tradicionais, acha-se envolta num preocupante e negativo contexto de culpa. Afinal, acredita-se que Jesus teria padecido em razão dos “nossos” pecados, numa alusão de que todo o sofrimento de Jesus teria sido realizado para “nos salvar”, dos nossos próprios erros, ou dos erros cometidos por nossos ancestrais, em especial, os “bíblicos” Adão e Eva, no Paraíso.
A presença do “cordeiro imolado”, que cumpre as profecias do Antigo Testamento, quanto à perseguição e violência contra o “filho de Deus”, está flagrantemente aposta em todas as igrejas, nos crucifixos e nos quadros que relatam – em cores vivas – as fases da via sacra.
Esta tradição judaico-cristã da “culpa” é a grande diferença entre a Páscoa tradicional e a visão espírita da Páscoa. Em verdade, nós espíritas reconhecemos a data da Páscoa como a grande, e última lição, de Jesus, que vence as iniqüidades, que retorna triunfante, que prossegue sua cátedra pedagógica, para asseverar que doravante “permaneceria eternamente conosco”, como Mestre e Guia de nossas vidas.
Nestes dias de festas materiais e/ou lembranças do sofrimento do Rabi, possamos nós encarar a Páscoa como o momento de transformação, a verdadeira evocação de liberdade, pois, uma vez despojado do envoltório corporal, Jesus retorna ao Plano Espiritual para, de lá, continuar “coordenando” o processo evolutivo de nosso planeta.
Longe da remissão da celebração de uma festa pastoral ou agrícola, ou da libertação de um povo oprimido, ou da ressurreição de Jesus, possa a Páscoa ser encarada como a vitória real da vida sobre a morte, da certeza da imortalidade e da reencarnação, porque a vida, em essência, só pode ser conceituada como o amor, calcado nos grandes exemplos da própria existência de Jesus, de amor ao próximo e de valorização da própria vida.
Creuza Santos Lage
Diretora Presidente da Federação Espírita do Estado da Bahia
Desencarnação de Stephen Hawking
Almir Del Prette
Grande parte dos meios de comunicação noticiou, no dia 14 de março do ano em curso, o passamento do notável cientista, aos 76 anos de idade. Pode parecer estranho aos leitores deste instrumento de divulgação do movimento espírita, “O informando”, acostumados a leituras sobre os grandes vultos do espiritismo e conteúdos doutrinários espiritas, que nos ocupemos desse acontecimento. Afinal, trata-se de alguém que nunca explicitou de forma clara e inequívoca que aceitava a ideia de Deus. Isso tudo é verdadeiro, porém também é verdade que ele nunca se alinhou como militante de um movimento ateísta.
Grande parte dos meios de comunicação noticiou, no dia 14 de março do ano em curso, o passamento do notável cientista, aos 76 anos de idade. Pode parecer estranho aos leitores deste instrumento de divulgação do movimento espírita, “O informando”, acostumados a leituras sobre os grandes vultos do espiritismo e conteúdos doutrinários espiritas, que nos ocupemos desse acontecimento. Afinal, trata-se de alguém que nunca explicitou de forma clara e inequívoca que aceitava a ideia de Deus. Isso tudo é verdadeiro, porém também é verdade que ele nunca se alinhou como militante de um movimento ateísta.
A vida desse cientista pende de maneira notável para uma atitude
biófila e, mesmo em situação orgânica complicada, jamais perdeu a
esperança e a perseverança de viver com toda plenitude que lhe era
possível. O termo biofilia, aqui empregado, foi utilizado por Erich
Fromm para se referir a pessoas que valorizam a vida em oposição à
necrofilia que explicita tendência negativas e destrutivas. No primeiro
caso temos a celebração da vida, a alegria, à sociabilidade. No segundo,
o cultivo da tristeza, do isolamento e até mesmo o prazer pela dor.
Stephen superou inúmeras dificuldades a começar lutando com um diagnóstico de doença degenerativa, Esclerose lateral Amiotrófica (ELA), no final da adolescência, cujo prognóstico indicava perda gradual de movimentos e morte prematura. Entretanto, ele teve que se reinventar e afirmou em entrevista a BBC que sobreviver após os 21 anos de idade lhe soava como um bônus. Disse ainda compreender as pessoas que em situações semelhantes desejam a morte, mas que ele “gostava de viver e sentia que tinha muita coisa a fazer”. E de fato viveu intensamente!.
Costumeiramente podia ser visto na cidade de Cambridge, “pilotando” sua cadeira de rodas junto dos filhos... Além de pesquisar, dar aulas e proferir conferências encontrou tempo para participar de inúmeras outras atividades como de composições com Pink Floyd, por exemplo, keep tal king, da série cômica the big beng. theory, escreveu histórias infantis, por exemplo, “George e o segredo do universo” e popularizou a sua teoria de tempo e espaço com o livro “Breve História do Tempo”, com 10 milhões de exemplares vendidos no mundo. Sua contribuição à Física, a Astrofísica e Astronomia, o coloca junto aos grandes nomes como Newton e Einstein.
Se seu problema orgânico era prova ou expiação é uma especulação de nenhuma importância. Importa sim lhe enviarmos nossas melhores vibrações de paz e de breve refazimento com agradecimentos pelos exemplos marcantes que deixou para toda a humanidade
Almir Del Prette/São Carlos/SEOB
Stephen superou inúmeras dificuldades a começar lutando com um diagnóstico de doença degenerativa, Esclerose lateral Amiotrófica (ELA), no final da adolescência, cujo prognóstico indicava perda gradual de movimentos e morte prematura. Entretanto, ele teve que se reinventar e afirmou em entrevista a BBC que sobreviver após os 21 anos de idade lhe soava como um bônus. Disse ainda compreender as pessoas que em situações semelhantes desejam a morte, mas que ele “gostava de viver e sentia que tinha muita coisa a fazer”. E de fato viveu intensamente!.
Costumeiramente podia ser visto na cidade de Cambridge, “pilotando” sua cadeira de rodas junto dos filhos... Além de pesquisar, dar aulas e proferir conferências encontrou tempo para participar de inúmeras outras atividades como de composições com Pink Floyd, por exemplo, keep tal king, da série cômica the big beng. theory, escreveu histórias infantis, por exemplo, “George e o segredo do universo” e popularizou a sua teoria de tempo e espaço com o livro “Breve História do Tempo”, com 10 milhões de exemplares vendidos no mundo. Sua contribuição à Física, a Astrofísica e Astronomia, o coloca junto aos grandes nomes como Newton e Einstein.
Se seu problema orgânico era prova ou expiação é uma especulação de nenhuma importância. Importa sim lhe enviarmos nossas melhores vibrações de paz e de breve refazimento com agradecimentos pelos exemplos marcantes que deixou para toda a humanidade
Almir Del Prette/São Carlos/SEOB
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