A doutrina Espírita ensina que Deus é a inteligência suprema do
Universo e a causa primária de todas as coisas. Deus é eterno, não teve
começo e não terá fim. É imutável porque sendo perfeito não há o que
mudar. Deus é imaterial, único, onipotente, soberanamente bom e justo.
Deus criou os mundos e os Espíritos, estes todos iguais, simples e
ignorantes, e a todos concedeu oportunidades para evoluir, através das
vidas sucessivas, com a finalidade de se tornarem perfeitos e puros
objetivando alcançar a felicidade plena.
Os mundos evoluem
também. Podemos afirmar que existem mundos primitivos que são aqueles
onde se reencarnam Espíritos que estão iniciando a sua evolução. Todos
os mundos se modificam, evoluem sempre. A Terra já não é mundo
primitivo. Hoje é um mundo de expiação e de provas. Aqui os Espíritos se
encontram, uns para provar o que já conquistaram de bom e outros para
expiar faltas cometidas no nosso passado, em outras vidas. Portanto, os
endividados com as leis divinas, por erros praticados livremente, sofrem
as consequências dos seus atos num trabalho de reparação, e pagamento
de dívidas adquiridas com a violação da lei. Todos têm o direito de
evoluir, cumprindo assim o ensinamento de Jesus, quando ensinou que das
ovelhas que o Pai lhe confiou nenhuma se perderia. É por isso que aqui
existe gente boa e gente que não é boa.
Muitos afirmam que o
mundo está perdido, que não tem mais jeito, mas será que está perdido
mesmo? As pessoas que assim pensam só conseguem enxergar o lado ruim das
coisas, mas se olharmos para outro lado, coisas boas são realizadas,
diariamente; muita gente trabalhando no bem. O mundo está melhorando. Há
ainda uma mistura de bem e mal e está chegando a hora da separação do
joio e do trigo. Segundo a doutrina espírita, a Terra ainda é um mundo
de expiação e de prova, vai se transformar em mundo de regeneração e só
terá lugar para os bons, os que tiverem a disposição de continuar
procedendo no campo do bem. Os que não estão procedendo corretamente e
que não merecerem viver em um mundo melhor serão retirados e, pela lei
da afinidade, serão atraídos para outros mundos, talvez primitivos, onde
haverá choro e ranger de dentes, como ensinou Jesus. Essa transição não
é o fim deste Mundo; é sua renovação e promoção para um Mundo de
Regeneração.
Tempo indeterminado:
Tempo para a renovação é
indeterminado. Pelos últimos acontecimentos atmosféricos que têm
abalado a Terra é possível entender e sentir que algo diferente está
acontecendo, mas não é a determinação do fim do mundo. Retornando a
cinquenta anos atrás, constatar-se-á o progresso conquistado, quantas
novas descobertas vieram de encontro ao bem-estar da humanidade. A vida
está se tornando melhor. Mas tem gente atrapalhando a tranquilidade e o
bem-estar dos bons. Não é justo que os bons paguem pelo erro dos outros.
Estes serão retirados daqui e transferidos para uma escola de correção
de seus erros.
Transformação do mundo:
Não existe,
portanto fim de mundo. O que existe é transformação do mundo. O momento é
de transição e aí está a causa dos distúrbios que são verificados.
Tudo no Universo é evolução, tudo se transforma para melhor. O mundo
não se destrói. Muitos pregam que Jesus falou do final dos tempos sobre o
juízo final; na separação dos bons, dos maus. Interpretam erroneamente
essa passagem como se Ele pregasse o fim do mundo.
O ensino de
Jesus é de clareza meridiana. Ele falou sobre a separação que está
acontecendo, uns, os que coloca à sua direita, são os que permanecerão, e
os da esquerda, os que irão para um mundo inferior.
Para os
espíritas não existe o fim do mundo pregado pelos homens. Os grandes
pensadores de todos os tempos, como os Maias, sabiam disso antes de
reencarnar aqui. Traziam a ideia de que haveria essa mudança e
predisseram um determinado tempo para o final do mundo, mas não do mundo
físico e sim do mundo moral. O fim de mundo, segundo Jesus, é sua
transformação.
As leis de Deus são baseadas na Lei Maior que é o
Amor e os Seus desígnios têm por fim a pureza e a felicidade de toda
humanidade e não a sua destruição, o que demonstraria prepotência e
falta de amor aos seus filhos. Tudo na obra de Deus é perfeito e regido
pela Lei Amor, essa a razão de sua tolerância, concedendo a todos
oportunidades, tantas quantas forem necessárias, através das
reencarnações sucessivas, com o objetivo de que todos possam tornar-se
perfeitos e assim conquistarem a felicidade plena. As benesses divinas
são distribuídas com justiça e cada um recebe segundo suas obras, de
acordo com a lei do merecimento.
Conclusão. O tema fim do mundo
domina as atenções nos dias atuais. Além do que acima se contém, pode-se
buscar na lucidez de Allan Kardec e na clareza dos Espíritos superiores
o que ensinam sobre a intrigante questão, onde se enquadram mortes
coletivas, transformação do Planeta e flagelos destruidores. Os
interessados em conhecer mais consultem O Livro dos Espíritos nas
questões de 737 a 741 sobre flagelos destruidores, 258 a 273, 990 e l000
sobre provas e expiações, em O Evangelho segundo o Espiritismo,
capítulo III, sobre as diversas moradas na Casa de Meu Pai, diversas
categorias de mundos habitados até o final do capítulo. Em A Gênese,
capítulo XVIII, comentários elucidativos com o título “Os Tempos são
Chegados.”.
FONTE: Instituto Chico Xavier
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