sexta-feira, 21 de setembro de 2018

PRECE NAS AFLIÇÕES DA VIDA

PRECE NAS AFLIÇÕES DA VIDA


PRECE

Deus Todo-Poderoso, que vêdes as nossas misérias, diguinai-vos ouvir favoràvelmente o pedido que vos faço neste momento. Se fôr inconveniente o meu pedido, perdoai-me; se fôr justo e útil aos vossos olhos, que os Bons Espíritos executores dos vossos desígnios, venham ajudar-me na sua realização. Como quer que seja, meu Deus, seja feita a vossa vontade. Se os meus desejos não forem atendidos, é que desejais experimentar-me, e submeto-me sem murmurar. Fazei que eu não me desanime de maneira alguma, e que nem a minha fé, nem a minha resignação sejam abaladas. (formular o pedido)





Podemos solicitar a Deus benefícios terrenos, e Ele pode nos atender, quando tenham uma finalidade útil e séria. Mas, como julgamos a utilidade das coisas segundo a nossa visão imediatista, limitada ao presente, geralmente não vemos o lado mau daquilo que desejamos. Deus, que vê melhor do que nós, e só deseja o nosso bem, pode então nos recusar o que pedimos, como um pai recusa ao filho aquilo que pode prejudicá-lo. se aquilo que pedimos não nos é concedido, não devemos nos abater por isso. É necessário pensar, pelo contrário, que a privação nesse caso nos é imposta como prova ou expiação, e que a nossa recompensa será proporcional à resignação com que a suportamos. (Caps. XXVII, n 6 e II, ns. 4,6 e 7.)

Do livro ALLAN KARDEC (Preces do Evangelho segundo o Espiritismo)
Tradução de J. Herculano Pires

Sinais de DEUS

Conta-se que um velho árabe analfabeto orava toda noite com tanto fervor e com tanto carinho que, certa vez, o rico chefe de uma grande caravana chamou-o e lhe perguntou:




Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, se nem ao menos sabes ler?
O crente fiel respondeu:

Grande senhor, conheço a existência de nosso Pai Celeste pelos sinais dele.
Como assim? - Indagou o chefe, admirado.
O servo humilde explicou:

Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?
Pela letra. Respondeu.
E quando o senhor admira uma joia, como é que se informa sobre a sua autoria?
Pela marca do ourives, é claro.
O servo sorriu e acrescentou:

Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo, um boi?

Pelos rastros, respondeu o chefe, surpreendido.
Então, o velho crente convidou-o para ir para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a lua brilhava, cercada por milhares de estrelas, exclamou, respeitoso:

Senhor, aqueles sinais lá em cima, não podem ser de homens!
Naquele momento, o orgulhoso caravaneiro rendeu-se às evidências e, ali mesmo na areia, sob a luz prateada do luar, começou a orar também.
Deus, mesmo sendo invisível aos nossos olhos, deixa-nos sinais das mais variadas formas: na manhã que nasce calma e silenciosa...

No calor do sol que aquece os seres e permite a vida...
Na chuva que molha a relva, corre nos leitos dos rios e refresca as areias quentes das praias solitárias...
Os sinais de Deus estão nas pastagens verdes que alimentam o gado... e na vida teimosa do sertão esturricado pelo calor escaldante dos verões...
Podemos encontrar sinais de Deus nos campos floridos de todos os continentes... e no canto alegre do pássaro que desperta a madrugada...
Os sinais de Deus também são visíveis nas noites bordadas de estrelas e nas tempestades que limpam a atmosfera com seus raios purificadores.
Vale lembrar que as obras feitas pelos homens são assinadas para que não se confunda o autor. Já as obras de Deus não trazem Sua assinatura pelo simples fato de que só Ele é capaz de fazê-las, ninguém mais.
É por essa razão que Deus não precisa colocar Seu nome numa etiqueta, em cada campina que existe, porque só Ele faz campinas.
Partindo do princípio de que não há obras sem autoria, tudo o que não é obra do homem, só pode ser obra de Deus.
Como disse o grande poeta francês Victor Hugo: Deus é o invisível evidente.
Até um louco sabe contar as sementes que há numa maçã; mas só Deus sabe contar as maçãs todas que há numa semente.

Fonte: livro Momento Espírita v. 3

Prove o Amor

A cura tem inicio quando o paciente se ama e passa a amar o seu próximo. É um processo profundo de integração da pessoa nos programas superiores da Vida.

Joanna de Angelis





Curar-se, em última análise, deve ser um ato de amor profundo. Amar faz com que nossas células vibrem em perfeita harmonia. E onde a harmonia se faz presente a doença não encontra lugar.
Mas o amor só tem sentido quando ele é experenciado, sentido. A palavra "amor" é neutra, expressa apenas uma ideia. Somente quando se ama é que poderemos saber o amor. Saber tem sentido de saborear, ex- perimentar. Olhar para uma fruta não nos permite conhecer seu sabor. Somente quando a provamos é que sentiremos seu gosto.
Por que você não sente o gosto do amor agora mesmo? Será que não existe alguém esperando um abraço seu? Um telefonema? Não existe alguém precisando da sua palavra amiga? De um simples pedaço de pão que você queira dividir?
Será que você também não será capaz de um gesto de amor por si mesmo? Eu tenho certeza que sim. Ligue para um amigo e peça ajuda para suas dificuldades. Procure amparo espiritual no templo religioso de sua fé.

Acerque-se de pessoas de bom astral. Cultive somente idéias positivas a seu respeito.
Além do mais, o ato de abandonar um hábito nocivo que agrada nosso corpo é uma das formas mais autenticas de amar a si mesmo.
Nós não gostaríamos de ver um filho entregue às drogas porque o amamos, não é verdade? E por que não temos amor suficiente por nós, para nos libertar de hábitos infelizes que estão destruindo a nossa vida?

Jesus é considerado o médico dos médicos porque experimentou o amor em todos os lances da sua vida, sobretudo nos mais aflitivos.
Jesus não foi um teórico do amor, por isso Ele se tornou o Guia Espiritual da humanidade nos indicando que, amando, seriamos verdadeiramente felizes.
Acha isso apenas poesia? Mas, será que de fato não está faltando mais poesia em nossa vida?
Pois, então, o que é que faremos com todo o nosso dinheiro se não o transformarmos em coisas e situações que sensibilizem e alimentem nossa alma?
O que faremos diante da farta refeição se não tivermos pelo me- nos um amigo que queira sentar-se conosco à mesa?

Que faremos do nosso diploma se não fizermos da nossa profissão um campo de serviço ao semelhante?
Que faremos das crianças a nossa volta se não tivermos mais ale- gria em nossa vida?
Que faremos dos idosos se não conseguirmos mais contemplar o pôr-do-sol?
Que faremos dos nossos amores se já não formos capazes de na- morar as estrelas solitárias no céu?
Saboreie o amor, ponha mais poesia e encantamento em seu olhar, veja além da realidade física, pois é mudando a percepção sobre a nossa jornada existencial que encontraremos o caminho da cura.

Livro - O médico Jesus